Noticias de Portugal

[Andre Correa]

Portugal, fora do Euro, no cenário actual, seria suicídio colectivo... infelizmente.

[tgcastilho]

Suicídio colectivo já nós o iniciamos há muito tempo. Agora o que a mim me começa a parecer é que isto é sinal de mudança, podemos-lhe chamar uma espécie de ponto de ebulição, posso estar enganado, mas os próximos governos que se seguirem não vão ser tão cumpridores das regras, eles estão a dar de bandeja a faca e o queijo aos "sangue quente"...

[Túlio]

Sei lá, André véio, pelo caminho que ora seguem sim, dá para ver que é mesmo suicídio, podendo-se antever até a própria EXTINÇÃO da Nação Portuguesa - e portanto, da NACIONALIDADE PORTUGUESA - em prol de uma federação sob a batuta Alemã.

E isso NÃO É uma saída aceitável, digo eu! Basta ver o caso da ex-Alemanha Oriental: até hoje, cerca de duas décadas após a queda do Muro de Berlim, a população "de lá" ainda é mais pobre que a "de cá". E também são ALEMÃES! Achas que seriam mais bondosos para com Portugueses?

Sair do euro deve, sem dúvida, trazer pesados sacrifícios mas:

Quão maiores que os atuais, os quais tendem a aumentar muito além do suportável e não se vê nenhuma saída além de mais dívida e mais "austeridade" até o esgotamento completo dos recursos, até o esgarçamento do tecido social ao nível de uma sangrenta ruptura?

Recuperada a sua SOBERANIA MONETÁRIA, quanto tempo levaria Portugal para se reestabilizar? Demoraria, claro, mas cedo ou tarde isso inevitavelmente ocorreria (isso é tão inevitável quanto a perda do que restou de vossa Soberania em poucos anos e mesmo de vossa Nacionalidade, a prosseguirem se deixando esmagar). Um escudo (p. ex.) desvalorizado abriria espaço para exportações e estas à necessidade de maior produção, a qual geraria empregos que gerariam consumo e progresso. POWS, eu não sou O LULA nem O BOURNE mas ao menos isso até EU enxergo!

"Ah, mas a dívida é em euros, como pagá-la com uma moeda desvalorizada"?

Bueno, exportações são pagas em DÓLARES e/ou EUROS, parte disso pagaria uma dívida renegociada (e, interessados em RECEBER, duvido que os credores se negassem a renegociar). Aconteceu AQUI, hôme véio!!!

Foi duro, sofrido e demorado mas saímos de uma sucessão de crises e até de uma MORATÓRIA (1982) e o que somos hoje? Os queridinhos do mundo! Claro, temos montes de commodities (mas, em contraponto, uma legislação e infraestrutura nada amistosas para com empreendedores); já aí há um nível educacional muito melhor do que o nosso, o potencial produtivo é superior, até por disporem de infraestrutura melhor do que a nossa. Com poucas commodities é fazer como o Japão, botar a indústria e os serviços para andar, oras! E sair pelo mundo exportando.

Mas só terão sucesso com SOBERANIA MONETÁRIA!

Fora disso é tocar a aprender Alemão e todo mundo - até os pretos - pintar o cabelo de loiro...

[cabeça de martelo]

Antes de prosseguirmos com este debate, devemos ter noção que uma coisa é a moeda (euro), outra coisa é a União Europeia. Estão a defender o quê exactamente? A saída do euro, ou a saida do euro e da UE?

[Túlio]

Creio ter sido claro. Falei em deixar O EURO!

Talvez ainda haja alguma vantagem em fazer parte da UE, principalmente com uma moeda desvalorizada em relação à de vários de seus integrantes. Diria que isso, além de manter aberto um mercado que, pela moeda mais forte, poderia ser um bom cliente, ainda seria muito bom para o turismo e serviços, pela mesma razão, ou seja, a diferença cambial.

O problema seria que mesmo para manter-se na UE (sair da ZE seria imperativo de um ou outra forma) implicaria em novas renegociações, desatrelando as capacidades produtivas de Portugal das diretrizes centrais. Em outras palavras, vosso País produziria e venderia o que PUDESSE e onde QUISESSE, não o que e onde LHE PERMITISSEM. A agricultura, por exemplo, teria de renascer, à revelia das cotas impostas pela UE.

E aí vejo pouca chance de permanecer na UE, ia ter mais gente querendo isso (mau exemplo, portanto)...

[Túlio]

Ah, tinha esquecido: essas mudanças naturalmente terão de ser FINANCIADAS por alguém, apenas a impressão de moeda não é A solução e sim apenas PARTE DELA, importantíssima mas apenas uma parte da solução!

No nosso caso, ficamos por anos e anos à mercê do FMI. Mas o exemplo mais interessante me parece ser o da ISLÂNDIA; já tinha sua moeda, assim, quando estourou a Grande Crise ela agiu basicamente em três eixos:

Obteve um empréstimo do FMI que lhe permitiu continuar a respirar.

Deixou que a banca falida resolvesse sozinha seus problemas.

Mandou brasa na produção/exportação, amparando-se numa coroa (sua moeda) desvalorizada.

A crise pegou a Islândia pelo garrão cerca de cinco anos atrás; hoje são Grau de Investimento nas três grandes agências de "rating".

Claro, Portugal está MUITO MAIS enredado na UE/ZE do que o citado pequeno País mas há lições a aprender com ele...

[Andre Correa]

Portugal não consegue sair do Euro, pois não tem uma moeda forte, não tem reservas e nem da onde tirar dinheiro, e sem auxílio externo, não é capaz de suprir 1/10 das suas necessidades internas, portanto, como poderia Portugal sair do Euro (moeda) para resolver o problema da dependência externa, se a própria saída seria uma espécie de isolamento dos seus vizinhos? Ficaríamos isolados, e todo o Estado entraria em colapso, tal como a economia interna.

Ou acaba o Euro todo, ou Portugal nunca sairá dele. Simples. Não temos uma forte indústria interna em nenhum setor, graças a tipos como esse pseudo-presidente que temos hoje, um dos culpados, junto de toda uma corja que, incrivelmente, graças a estupidez colectiva, está no poder.

Agora, o que estão a fazer hoje, é extremamente errado, pois estão a secar uma fonte, sem deixar que a mesma se regenere, e uma hora ou outra, vai secar. Aí sim conheceremos o verdadeiro caráter do povo português.

[cabeça de martelo]

Exemplo da linha seguida por Bruxelas/Berlim:

O estado Português pode resgatar à sua vontade qualquer banco nacional, pode dar dinheiro à sua vontade à banca, no entanto vai ter que fechar os Estaleiros Navais de Viana do Castelo porque no passado o dito governo auxiliou o dito estaleiro. Eles agora vão tentar vender as instalações a uma empresa que continue a produzir no mesmo local usando tanto as instalações como os funcionários.

[P44]

Ou acaba o Euro todo, ou Portugal nunca sairá dele

podemos sempre ser expulsos...


e mais uma "boa noticia", a juntar-se á dos ENVC:

Siderurgia Nacional admite fechar para abrir em Espanha

Custos energéticos elevados, dificuldades logísticas, taxas portuárias pouco competitivas podem ditar o encerramento da Siderurgia Nacional.

Vítor Andrade e Rita Atalaia
9:00 Sábado, 20 de abril de 2013

A Siderurgia Nacional, de capitais totalmente espanhóis e com unidades transformadoras na Maia e no Seixal, admite encerrar em Portugal e transferir a sua atividade para Espanha.

O administrador Alvaro Alvarez Amodóvar garante que a empresa já não consegue suportar os custos energéticos que considera "completamente desajustados da realidade".

"Em Espanha, onde também temos uma unidade, na Galiza, os custos por megawatt hora são 21 euros mais baixos e isso faz muita diferença", diz Alvaro Almodóvar acrescentando que ou há uma revisão dos custos energéticos para as empresas ou "simplesmente" fecham e vão "produzir para outro lado, nomeadamente para Espanha".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/siderurgia-naci ... z2R7aTV8j2


E a EDP e os Mexias desta vida continuam a enriquecer...

[tgcastilho]

Siderurgia Nacional admite fechar para abrir em Espanha

Custos energéticos elevados, dificuldades logísticas, taxas portuárias pouco competitivas podem ditar o encerramento da Siderurgia Nacional.

Vítor Andrade e Rita Atalaia
9:00 Sábado, 20 de abril de 2013

A Siderurgia Nacional, de capitais totalmente espanhóis e com unidades transformadoras na Maia e no Seixal, admite encerrar em Portugal e transferir a sua atividade para Espanha.

O administrador Alvaro Alvarez Amodóvar garante que a empresa já não consegue suportar os custos energéticos que considera "completamente desajustados da realidade".

"Em Espanha, onde também temos uma unidade, na Galiza, os custos por megawatt hora são 21 euros mais baixos e isso faz muita diferença", diz Alvaro Almodóvar acrescentando que ou há uma revisão dos custos energéticos para as empresas ou "simplesmente" fecham e vão "produzir para outro lado, nomeadamente para Espanha".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/siderurgia-naci ... z2R7aTV8j2


E a EDP e os Mexias desta vida continuam a enriquecer...

O mercado é liberalizado, mas a única concorrência que existe é a de ver quem faz o preço mais alto!
É por isso que depois vamos a Bruxelas e respondem-nos que ponhamos a casa em dia, como é que um pais governado por caciques e sanguessugas pode ter credibilidade lá fora!?

[P44]

E tu ainda achas que eles não deviam ser pendurados pelo pescoço no Terreiro do Paço...

[tgcastilho]

Eu confesso que a visão é tentadora, mas também aprendi, ao longo do tempo, que não devemos começar algo que não conseguimos parar. As primaveras árabes começaram com as melhores intenções e agora... E fazer uma revolução sem sangue também é uma coisa muito foleira...


O texto abaixo vai para os "empreendedeiros", que só o são, porque nunca trabalhar por conta própria...

Um dos argumentos comuns para justificar a estagnação económica do país nos últimos 10 anos é a de falta de sentido empreendedor. Os empresários, diz-se, são mal-preparados e fazem os possíveis para fugir aos impostos. Por outro lado, fala-se numa falta de sentido empreendedor da “geração mais bem preparada de sempre”.

Para percebermos um pouco o motivo desta falta de sentido empreendedor, imaginemos o caso do Zé, um jovem engenheiro informático saído da universidade. O Zé desenvolveu um hardware especial adaptado a empresas que fazem apps. Acabado o curso, decidiu começar a comercializar o produto. O negócio começa bem e o Zé já encontrou um cliente disposto a pagar a pagar 3000 euros por mês para comprar uma unidade desse hardware. Nada mau para uma start-up, pensa ele. Precisando de ajuda, ele fala com um dos seus colegas de curso que se dispõe a fazê-lo desde que receba 1000€ líquidos por mês (12 mil € por ano). O Zé tem, portanto, um modelo de negócio que não só irá criar 36000€ de valor acrescentado (PIB) anualmente, como gerará um emprego. Se a coisa correr bem, dentro de alguns anos, a empresa poderá criar muito mais valor e empregar muito mais pessoal qualificado. Criação de riqueza e emprego, precisamente o que a economia portuguesa mais precisa.

O Zé começa então a fazer as contas. O cliente da Zé, Lda avalia o produto em 3000€, mas a empresa apenas receberá 2400€, já que 600€ irão para pagar o IVA. O Zé descobre também que, para que o seu colega de curso receba 12 mil euros por ano, a Zé Lda terá que gastar nada menos do que 20.076€ (1673€ por mês) para cobrir a retenção de IRS, a TSU do empregado e a TSU do empregador.
Eliminados estes custos, o lucro começa a parecer bastante diminuto, mas o Zé ainda é obrigado a pagar IRC sobre esses lucros. Finalmente o Zé, para gozar dos lucros da empresa que montou, ainda tem que pagar IRS sobre os dividendos.
Feitas as contas, o Zé receberá cerca de 401€, menos do que um salário mínimo. Dos 3000 mil euros de valor acrescentado, o estado absorverá 1599€. Isto sem contar com impostos de selo, taxas diversas e as multas da ASAE por a sua garagem não ter condições para empregar o amigo.

O Zé precisaria de aumentar a escala da empresa para 3 empregados e 3 produtos vendidos por mês para poder receber 1200€. Mas isso seria demasiado ambicioso para uma start-up. Dizem ao Zé que há empresas grandes que pagam bastante menos impostos recorrendo a truques contabilísticos, mas o Zé não tem grandes condições para contratar contabilistas.

O Zé desiste da ideia e vai trabalhar para um Call Center. Dez anos mais tarde ouve falar da história de um milionário Irlandês que desenvolveu um produto muito semelhante ao do Zé e agora o vende para todo o Mundo. No Prós e Contras dessa semana discute-se a falta de sentido empreendedor dos jovens licenciados.

[P44]

o zé que vá vender pipocas que sempre consegue pelo menos 100€ por mês, como disse o relvas II

[tgcastilho]

bem vistas as coisas, pagar 100€ a um tipo que tirou uma licenciatura em ciência politica com 32 equivalências, em 36 cadeiras, já é bastante!

[tgcastilho]

Na passada semana, Passos Coelho convidou o líder do PS para uma reunião, teoricamente para tentarem chegar a um acordo quanto à forma de tirar Portugal da crise. Na prática, Seguro e Coelho apenas conseguiram pôr todos os outros portugueses de acordo quanto à sua completa nulidade. Seguro saiu da reunião afirmando que, estando com o Governo na defesa do “rigor orçamental”, não podia concordar com o “desmantelamento do Estado” que atribui a Passos. Seguro parece querer “rigor orçamental” desde que o Estado possa continuar a gastar mais do que aquilo que tem, o que diz tudo acerca da sua qualificação para liderar uma alternativa ao actual executivo.

Já o problema do primeiro-ministro não está no que disse, mas no que fez: ter convocado a reunião. È óbvio para qualquer um (até para Seguro) que o “encontro” não teria qualquer resultado prático, que o “consenso” que ambos os convivas dizem querer não passa de uma palavra vã que usam para se tentarem atrapalhar mutuamente. No caso de Passos, teatros deste género são algo que o ex-jota parece confundir com a governação. Afinal, o que tem esta sido que não uma série de encenações escondendo uma realidade bem diferente da que propagandeiam?

Veja-se a muito elogiada declaração que o chefe do Governo fez após a declaração de inconstitucionalidade do OE deste ano: Passos afirmou que não seria possível aumentar mais impostos, e que se teria de cortar na despesa social; em primeiro lugar, quantas vezes este Governo já disse que não ia aumentar mais os impostos? E em quantas dessas acabou isso por efectivamente acontecer? Em segundo, seria bom não confundir os cortes que o Governo faz com verdadeiras reformas. Se a prática governativa até aqui for um indicador da futura, as “reformas” podem estar presentes no discurso, mas na realidade traduzem-se por “meros cortes”. Nenhuma medida governamental muda nada na forma como o Estado funciona ou se relaciona com os cidadãos – muda apenas a quantidade de dinheiro que distribui (menos) e que cobra (mais). Deixa Portugal tão estatista como antes, apenas tornando impossível a manutenção da ilusão de que não vivemos num país pobre. Nada que mereça elogios.

PS: Será o cabeça de martelo?