NOTÍCIAS DO RAFALE
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
225 para uma porcaria do tamanho de Minas Gerais, e a gente nessa via crucis para ter 36.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- augustoviana75
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Boss escreveu:225 para uma porcaria do tamanho de Minas Gerais, e a gente nessa via crucis para ter 36.
Falou tudo, Boss! =/
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Só reforça a tendência mundial: redução da quantidade de vetores. Apedrejaram a redução do F-22, agora essa pode ser a segunda redução do Rafale, se não me engano eram mais de 300, depois reduzido para 280 e poucos e agora isso. Só espero que não aconteça com os nossos 36!
- Bourne
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
O fato da Europa estar quebrada e não consegue manter os aviões encomendados em operação. Portanto, obrigados a reduzir as compras ou aposentar prematuramente as aeronaves para não fechar a linha de produção.
Enquanto isso, na Ásia os números de caças crescem. Os norte-americanos sentiram tanto o risco que choram para manter o número de F35 e possíveis substitutos para F22 e Super Hornet.
Enquanto isso, na Ásia os números de caças crescem. Os norte-americanos sentiram tanto o risco que choram para manter o número de F35 e possíveis substitutos para F22 e Super Hornet.
- FCarvalho
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
As nossas necessidades hoje já estão em 144 caças, só para reequipar os atuais esquadrões com o padrão FX. E isso considerando que o NE vá continuar do jeito que está, ou seja, sem nada. E ainda a realocação de esquadrões de A-1M para as regiões centro-oeste e norte, como está nos planos da FAB.
Agora, imagina, como disse o colega Boss, se para 36 já é esse inferno todo, como não será, quando e se resolverem comprar o resto? Ou será que vamos seguir as tendências mundiais e defender o Brasil com 36 caças?
abs
Agora, imagina, como disse o colega Boss, se para 36 já é esse inferno todo, como não será, quando e se resolverem comprar o resto? Ou será que vamos seguir as tendências mundiais e defender o Brasil com 36 caças?
abs
Carpe Diem
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Rafale “exposto” em Raio-X Operacional Parte 1 - Introdução
Em ensaio de missão swing-role, o caça da Dassault põe em teste sua definição do conceito “Omni”.
por Vianney Jr.,
Direto de Istres
Transparência. Esta parece-me a melhor palavra para definir uma semana de avaliações do Rafale, caça da Dassault que representa hoje o principal, e em breve, único, vetor de primeira linha da Armée de l’Air e da Marine Nationale, a Força Aérea e Marinha Francesas. Além fronteiras, esta aeronave multi-função, ou, “omnirole” como prefere a “Maison” criada por Monsieur Marcel, concorre entre os favoritos em competições F-X em 3 continentes. A Dassault nos permitiu testar as capacidades de seu caça nos mínimos detalhes, tudo registrado e analisado com o suporte de telemetria durante todas as missões. Bem, pelo menos em quase todas. Na verdade, ficamos por várias vezes “invisíveis”, deixando o Rafale voar sozinho em modo Terrain Following a mais de 450kt (835km/h) abaixo de 300 pés (90 metros de altura) entre as montanhas nos arredores de Istres, e avançando sobre o Mediterrâneo a menos de 30 metros da água do mar.
7 por 1
Um avião de combate experimentado em três recentes operações - Afeganistão, Líbia e Mali, o Rafale dispensa apresentações. Diversos são os artigos e publicações que descrevem os modelos e especificações do caça francês, no entanto, vale destacar que tanto monoplaces como aeronaves com dois assentos conservam as mesmas dimensões e o mesmo percentual de compósitos em sua superfície exposta à detecção, 70%. Aqui, nos concentramos em testar as capacidades reais do avião que testamos, o Dassault Rafale, na configuração F3-04T, um F3+ que já incorpora o novo radar RBE2 AESA, e MWS (alerta de aproximação de mísseis) e FSO (suíte de sensores ópticos) melhorados, inovações estas, implantadas antes do prazo previsto pelo programa, e que nos convenceram do realístico processo de amadurecimento e evolução do Rafale.
Nossas avaliações se deram desde o planejamento da missão, um capítulo à parte por sua praticidade e versatilidade, até o debriefing digital (corroboradas pelas análises de telemetria), o que nos ajudou a entender a razão do profundo impacto da introdução do Rafale, e seu efeito na realidade operacional e respectivo reflexo na cadeia C4ISTR (Command, Control, Communications, Computer, Intelligence, Surveillance, Target Acquisition, Reconnaissance - Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento) das Forças Militares Francesas. (Veja maiores detalhes de nossa visita à Base Aérienne 113 - Commandant Antoine de Saint-Exupéry, em Saint Dizier, na Parte 2 desta avaliação)
A implantação do Dassault Rafale foi capaz de fazer face à onipresente realidade mundial de redução de orçamentos, com surpreendente resultado: Diminuição do número total de aeronaves de caça, reconhecimento e ataque, porém produzindo um incremento da capacidade de emprego e disponibilidade, com um aumento considerável da eficiência. Ao todo, 7 diferentes modelos de aeronaves com missões específicas, tiveram suas designações absorvidas pelo Rafale. Numa rápida dedução do que isso representará no âmbito dos custos quando as últimas aeronaves remanescentes forem totalmente substituídas, a constatação de uma drástica racionalização dos recursos humanos e financeiros, com a padronização de equipamentos e equipagens. Se considerarmos que a própria conversão inicial dos pilotos se dá em uma mesma estrutura (Escadron de Transformation Rafale 02.092 Aquitaine) tanto para a Força Aérea como para a Marinha, temos uma ideia de quão transformadora foi a decisão pela escolha deste avião de combate “omnirole”. Mas afinal, o que quer dizer esta denominação, na prática?
“Omni” - Dissecando um conceito
Porque o prefixo latino “Omni”, que significa “todo” ou “toda” - daí, “omnirole”, toda-função, ao invés do usual “multirole”, multi-função - poderia se justificar além de uma expressão de efeito, concebida pelo departamento de marketing? Para mim, após a avaliação, e mesmo havendo testado outros caças de primeira linha que incorporam capacidades similares, entendo que para além dos apelos comerciais, quis-se enfatizar a praticidade e facilidade de alternar, reprogramar e executar uma variada gama de missões em cenários de constante modificação durante um único voo. O Rafale apresenta o que poderíamos chamar de “ergonomia prática plena”, uma vez que a Dassault, seguindo o próprio DNA da empresa, tem o piloto como elemento chave. A aeronave desenha-se a partir da ponta dos dedos de quem a comanda. Obviamente que em apenas uma semana, estou longe de considerar-me um expert no Rafale, mas garanto que com a breve instrução intensiva que recebi, tive extrema facilidade para operá-lo.
Para comprovarmos esta capacidade e facilidade de, com uma combinação complexa de armamentos, cumprir vários tipos de missão em uma única surtida, executamos um voo que sintetizasse as operações realizadas pela Força Aérea e Marinha Francesas no Afeganistão, Líbia e Mali, porém em um teatro de operações mais hostil e contra forças ainda mais preparadas. O set de missões incorporou ataques marítimos utilizando o AM39 Exocet, com penetração à baixíssima altitude, ataque com AASM - Armement Air-Sol Modulaire a alvos planejados e redesignação em voo para alvos não-planejados, tanto em altitude quando em low level bombing, POP ataque, interceptação de longo e curto alcance, e strafing com o canhão Nexter 30 M 791 com munições de 30mm em alvos de oportunidade.
Entre conosco no cockpit do Rafale na Parte 3 deste ensaio em voo e nos vídeos de nossas missões no canal DNTV.
Data Fusion
PCWRITE. Assim, com esta combinação de “letras” exibidas no canto esquerdo inferior do HLD - Head Level Display, tem-se a representação das indicações de que o radar RBE2 AESA, o sistema de Infravermelho/Laser/TV Front-Sector Optronics (FSO), o sistema interno de guerra eletrônica SPECTRA EW, o IFF (identificação amigo-inimigo), os sensores dos mísseis MICA IR (infrared seekers), e o Data Link estão fornecendo dados conjuntamente, traduzidos e fundidos numa representação visual clara e unificada direto no display SA (situation awareness) tático do caça, o que mantêm o piloto dentro do loop situacional, dando uma real e instantânea confirmação de quais sensores atuam no momento, raramente (não presenciamos nenhuma vez durante as avaliações) deixando o piloto inadvertido do cenário 360º ao redor da aeronave.
O coração desta fusão de dados é a MDPU - Unidade de Processamento de Dados em Módulos, que é composta por 19 LRUs (flight-line replaceable units), cada uma delas provendo uma capacidade de processamento até 50 vezes maior que um caça de geração anterior. Tradução: O piloto tem uma carga de trabalho reduzida, que o permite atuar como um verdadeiro tomador de decisões táticas, ao invés de um mero operador de sensores.
O ponto chave da fusão de dados é a superação das limitações de um determinado sensor isoladamente. Por exemplo, se ele é baseado em formatos de onda, frequência, calor ou imagem, e o ângulo, a distância, a altitude, condição de tempo ou qualquer outro fator, até mesmo um mal funcionamento representem uma limitação, os demais suplementam a formação da grande imagem situacional. O MDPU reúne os dados consolidados de diferentes fontes baseadas em tecnologias diversas, complementando, organizando e fornecendo a informação por meio de simbologia refinada, confiável e unificada.
RBE2 AESA e FSO
O fato da Dassault deter participação societária dentro do Grupo Thales foi fundamental para o desenvolvimento do radar de varredura eletrônica ativa - também conhecido como radar AESA (do inglês: Active Electronically Scanned Array) - do Rafale com a velocidade e independência necessárias à viabilidade do programa do caça Francês. Este tipo de radar cujo transmissor e receptor são compostos de numerosos módulos independentes permite a detecção all-aspect, look-down e look-up, e o rastreamento de múltiplos alvos aéreos, até mesmo fora da área de busca, em todas as condições meteorológicas e mesmo em ambiente de interferência e contramedidas eletrônicas.
Além desta clara, e hoje imprescindível, vantagem para missões de interceptação e superioridade aérea, o radar AESA provê consciência situacional privilegiada nas missões terrestre e naval. Durante nossos cenários simulados (Parte 3) utilizamos o RBE2 AESA para geração em tempo real de mapa tridimensional para voo no modo Terrain Following, captação de mapa 2D de alta resolução para detecção e identificação de inimigos em diferentes ambientes (urbanos e rurais), e designação e rastreamento de múltiplos alvos tanto em terra como no mar.
Dentre os demais sensores, a combinação do radar AESA com o FSO - Front-Sector Optronics (item embarcado “de fábrica”, incrustado no nariz do caça) desenvolvido pela Thales e a Sagem para o Rafale, me fez sentir muito confortável, principalmente por atestar que se as regras de engajamento nas missões que executamos de forma simulada, fossem um requisito real, eu estaria confiante na identificação dos alvos atacados sejam aéreos, terrestres ou marítimos. Sempre com a busca e rastreamento automáticos e totalmente integrado à suíte multi-sensor do Rafale. Além do mais, constatamos a capacidade de encerrar o conjunto de atividades a nós designadas, fazendo o reconhecimento em imagem de TV / Infravermelho e com mensuração laser, da neutralização dos alvos e a efetividade dos resultados da missão.
MICA e METEOR
O míssil MBDA MICA (Missile d’interception et de combat aérien) é hoje o principal armamento ar-ar tipo multi-target, all weather, fire-and-forget do Rafale. Extremamente ágil, graças ao TVC - thrust vector control, ou controle vetorado de empuxo, e as suas pequenas dimensões, incomuns se comparado a mísseis similares de curto e médio alcance, o MICA apresenta demonstrada efetividade dos 500 metros à aproximadamente 60 quilômetros, nas versões IR (imaging infra-red homing seeker) e RF (active radar homing seeker), ambos equipados com filtros que reduzem a eficiência de contramedidas como chaff e flares. O MBDA MICA também é capaz de lock-on after launch (LOAL), o que significa na prática, uma “autorização” de disparo fora do alcance dos sensores do míssil, efetivando a aquisição e travamento no alvo após o lançamento, e até mesmo sua redefinição via link com o caça.
Como mencionado na descrição de Data Fusion do Rafale, o MICA IR pode fornecer informação visual infravermelho à central de processamento e fusão de dados do caça, agindo como uma espécie de sensor extra.
Durante nossas avaliações, duelamos em sets de cenários BVR e WVR onde engajamos o Mirage 2000-5 (mais detalhadamente analisados na Parte 3 deste teste), onde tivemos oportunidade de confirmar a combinação do SPECTRA EW com as características de manobrabilidade e aquisição do MICA ER, que nos permitiu travar o alvo a partir da EM/IR/Laser Threat Detection - Detecção de Ameaça Eletromagnética / Infravermelho / Laser - quando a bolha de segurança em torno do Rafale foi invadida e executamos o lançamento do míssil over the shoulder - por cima do ombro, ou seja, o disparo de um MICA contra um alvo localizado na posição seis (atrás da aeronave) sem sequer alterar a direção de voo do nosso caça.
Fomos distinguidos com o privilégio da autorização para acompanhar o estágio atual de desenvolvimento do próximo míssil ar-ar de longo alcance a ser empregado pelo Rafale, o MBDA METEOR, impulsionado por um ramjet (motor a jato que não possui partes móveis, simples e pequeno, mas com grande velocidade) que o leva a mais de Mach 4, com potencial de letalidade a mais de 100 km. Tivemos acesso ao simulador de integração do programa, onde é ensaiado o comportamento do novo armamento em conjunto com o radar RBE2 AESA e demais sensores que compõem a suíte de fusão de dados que garantem ao Rafale uma precisa aquisição e travamento de alvos. Recebemos a honra de realizar alguns lançamentos do METEOR, que registrados, somaram-se à base de dados do programa de desenvolvimento e integração.
Seguro... a 900km/h, 20 e poucos metros do chão e cheio de inimigos ao redor
A segurança do piloto é resguardada por vários sistemas do Rafale. Já no assento, a inclinação de 29º visa distribuir a incidência gravitacional, prevenindo o G-Loc, mesmo aos 9 Gs positivos que o caça da Dassault pode puxar dentro dos fatores de carga operacionais previstos, em modo ar-ar. O GPW - Ground Proximity Warning, alerta por meio de sinais sonoros e visuais para proceder com a cautela necessária a evitar a colisão com o solo quando a atitude e altitude de voo correspondem a uma aproximação com a superfície. Caso necessite, um sistema pré-programado de recuperação pode ser acessado pelo piloto e nos casos de desorientação espacial o “anti-spin”, tanto embora o Rafale não tenha demonstrado qualquer tendência mesmo nas esquinas do envelope, uma vez acionado, reconduz a aeronave a uma situação segura com asas niveladas, 5º de incidência e 350 kt. Na ausência de reação do piloto ao GPW, igualmente, uma manobra automática é iniciada reconduzindo o avião ao nivelamento das asas e a uma razão positiva de subida.
Embora o Rafale previna-se com segurança do CFIT - controlled flight into terrain, é exatamente no voo rasante (próximo ao solo - montanhoso ou plano - ou à agua) que o caça tem uma de suas principais vantagens. Uma capacidade única e inteligente de usar o que eu chamaria de “invisibilidade de guerrilha”. O modo Terrain Following, muito mais do que um auxílio à pilotagem extrema - rápida e em baixíssima altitude, age como um piloto extra na cabine, uma vez que, pela segurança que senti na fidelidade do sistema - que combina a redundância do radar AESA e do banco de dados digital, deixa-nos inteiramente focados no objetivo tático da missão. Entregar as “encomendas” no lugar certo, na hora exata... e ainda assim, rastrear alvos aéreos e ameaças durante a incursão. (Leia mais nas Parte 2 e 3).
Além dessa proteção no âmbito da pilotagem e fatores fisiológicos da atividade aeronáutica de alta performance, o Rafale incorpora um “escudo” eletrônico integrado internamente no caça, o que nos dá a sensação de voar dentro de uma bolha de segurança. A suíte interna de Guerra Eletrônica SPECTRA, desenvolvida pela Thales e MBDA, incorpora a capacidade de consciência situacional e alerta à ameaças multiespectrais, ou seja radares, lasers e mísseis inimigos. Mais que “simplesmente” - se é que podemos chamar isso de simples - deixar o piloto a frente das ameaças, com a vantagem do tempo para tomar a melhor decisão, o SPECTRA também integra o Data Fusion do Rafale, e permite o travamento de um armamento em uma ameaça, que se torna alvo. Veja os exemplos nos engajamentos com o Mirage 2000-5, na Parte 3.
Um Bruto Delicado
A sobra de potência do Rafale associada a sua robustez estrutural permite que este “bruto” carregue uma carga útil de até 140% de seu próprio peso. Tal percentual significa 24 toneladas e meia de peso máximo de decolagem. Quando nos referimos à robustez do avião da Dassault, somos práticos, reais, diretos e... inéditos! Presenciamos em Istres a implantação de duas novas estações sob as asas do caça, sem qualquer alteração ou reforço estrutural. Detalhes nas Partes seguintes desta avaliação.
Toda esta “brutalidade” não tira do Rafale, ares de bailarino, uma vez que sua agilidade, aceleração, e flexibilidade no item velocidade inside envelope demonstram um bem sucedido modelo aerodinâmico. Pausa para a poesia, por lá soube que Monsieur Marcel Dassault pregava que “uma aeronave para voar bem, tem que ser bonita”. Neste caso, paixões e preferências à parte, o Rafale é uma belíssima aeronave. Mas, deixando de lado o culto ao belo, peculiar à terra de Exupéry e Clostermann, e voltando à frieza dos números, demonstramos em vídeo da telemetria, anexo a esta Parte (DNTV), a execução de um looping em baixa velocidade, iniciado com 190 kt e reduzindo a 128 kt no topo e variando apenas 2.300 pés. Acompanhe as indicações de velocidade à esquerda e altitude à direita da projeção do HUD. Conclusões por parte do leitor.
Para despedir-me desta introdução, esperando ter deixado em nossos amigos o interesse por continuar a leitura desta versão pública de nossa semana de testes, descrevo a impressionante característica de pouso curto do Rafale, que - mesmo em dias de ventos de rajada, o que exigiu minha atenção para o toque - pousou seguramente em menos de 650 metros, com restantes 510 kg de combustível, dois MICA e um tanque supersônico externo ventral.
http://www.defesanet.com.br/rafale/noti ... Introducao
Em ensaio de missão swing-role, o caça da Dassault põe em teste sua definição do conceito “Omni”.
por Vianney Jr.,
Direto de Istres
Transparência. Esta parece-me a melhor palavra para definir uma semana de avaliações do Rafale, caça da Dassault que representa hoje o principal, e em breve, único, vetor de primeira linha da Armée de l’Air e da Marine Nationale, a Força Aérea e Marinha Francesas. Além fronteiras, esta aeronave multi-função, ou, “omnirole” como prefere a “Maison” criada por Monsieur Marcel, concorre entre os favoritos em competições F-X em 3 continentes. A Dassault nos permitiu testar as capacidades de seu caça nos mínimos detalhes, tudo registrado e analisado com o suporte de telemetria durante todas as missões. Bem, pelo menos em quase todas. Na verdade, ficamos por várias vezes “invisíveis”, deixando o Rafale voar sozinho em modo Terrain Following a mais de 450kt (835km/h) abaixo de 300 pés (90 metros de altura) entre as montanhas nos arredores de Istres, e avançando sobre o Mediterrâneo a menos de 30 metros da água do mar.
7 por 1
Um avião de combate experimentado em três recentes operações - Afeganistão, Líbia e Mali, o Rafale dispensa apresentações. Diversos são os artigos e publicações que descrevem os modelos e especificações do caça francês, no entanto, vale destacar que tanto monoplaces como aeronaves com dois assentos conservam as mesmas dimensões e o mesmo percentual de compósitos em sua superfície exposta à detecção, 70%. Aqui, nos concentramos em testar as capacidades reais do avião que testamos, o Dassault Rafale, na configuração F3-04T, um F3+ que já incorpora o novo radar RBE2 AESA, e MWS (alerta de aproximação de mísseis) e FSO (suíte de sensores ópticos) melhorados, inovações estas, implantadas antes do prazo previsto pelo programa, e que nos convenceram do realístico processo de amadurecimento e evolução do Rafale.
Nossas avaliações se deram desde o planejamento da missão, um capítulo à parte por sua praticidade e versatilidade, até o debriefing digital (corroboradas pelas análises de telemetria), o que nos ajudou a entender a razão do profundo impacto da introdução do Rafale, e seu efeito na realidade operacional e respectivo reflexo na cadeia C4ISTR (Command, Control, Communications, Computer, Intelligence, Surveillance, Target Acquisition, Reconnaissance - Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento) das Forças Militares Francesas. (Veja maiores detalhes de nossa visita à Base Aérienne 113 - Commandant Antoine de Saint-Exupéry, em Saint Dizier, na Parte 2 desta avaliação)
A implantação do Dassault Rafale foi capaz de fazer face à onipresente realidade mundial de redução de orçamentos, com surpreendente resultado: Diminuição do número total de aeronaves de caça, reconhecimento e ataque, porém produzindo um incremento da capacidade de emprego e disponibilidade, com um aumento considerável da eficiência. Ao todo, 7 diferentes modelos de aeronaves com missões específicas, tiveram suas designações absorvidas pelo Rafale. Numa rápida dedução do que isso representará no âmbito dos custos quando as últimas aeronaves remanescentes forem totalmente substituídas, a constatação de uma drástica racionalização dos recursos humanos e financeiros, com a padronização de equipamentos e equipagens. Se considerarmos que a própria conversão inicial dos pilotos se dá em uma mesma estrutura (Escadron de Transformation Rafale 02.092 Aquitaine) tanto para a Força Aérea como para a Marinha, temos uma ideia de quão transformadora foi a decisão pela escolha deste avião de combate “omnirole”. Mas afinal, o que quer dizer esta denominação, na prática?
“Omni” - Dissecando um conceito
Porque o prefixo latino “Omni”, que significa “todo” ou “toda” - daí, “omnirole”, toda-função, ao invés do usual “multirole”, multi-função - poderia se justificar além de uma expressão de efeito, concebida pelo departamento de marketing? Para mim, após a avaliação, e mesmo havendo testado outros caças de primeira linha que incorporam capacidades similares, entendo que para além dos apelos comerciais, quis-se enfatizar a praticidade e facilidade de alternar, reprogramar e executar uma variada gama de missões em cenários de constante modificação durante um único voo. O Rafale apresenta o que poderíamos chamar de “ergonomia prática plena”, uma vez que a Dassault, seguindo o próprio DNA da empresa, tem o piloto como elemento chave. A aeronave desenha-se a partir da ponta dos dedos de quem a comanda. Obviamente que em apenas uma semana, estou longe de considerar-me um expert no Rafale, mas garanto que com a breve instrução intensiva que recebi, tive extrema facilidade para operá-lo.
Para comprovarmos esta capacidade e facilidade de, com uma combinação complexa de armamentos, cumprir vários tipos de missão em uma única surtida, executamos um voo que sintetizasse as operações realizadas pela Força Aérea e Marinha Francesas no Afeganistão, Líbia e Mali, porém em um teatro de operações mais hostil e contra forças ainda mais preparadas. O set de missões incorporou ataques marítimos utilizando o AM39 Exocet, com penetração à baixíssima altitude, ataque com AASM - Armement Air-Sol Modulaire a alvos planejados e redesignação em voo para alvos não-planejados, tanto em altitude quando em low level bombing, POP ataque, interceptação de longo e curto alcance, e strafing com o canhão Nexter 30 M 791 com munições de 30mm em alvos de oportunidade.
Entre conosco no cockpit do Rafale na Parte 3 deste ensaio em voo e nos vídeos de nossas missões no canal DNTV.
Data Fusion
PCWRITE. Assim, com esta combinação de “letras” exibidas no canto esquerdo inferior do HLD - Head Level Display, tem-se a representação das indicações de que o radar RBE2 AESA, o sistema de Infravermelho/Laser/TV Front-Sector Optronics (FSO), o sistema interno de guerra eletrônica SPECTRA EW, o IFF (identificação amigo-inimigo), os sensores dos mísseis MICA IR (infrared seekers), e o Data Link estão fornecendo dados conjuntamente, traduzidos e fundidos numa representação visual clara e unificada direto no display SA (situation awareness) tático do caça, o que mantêm o piloto dentro do loop situacional, dando uma real e instantânea confirmação de quais sensores atuam no momento, raramente (não presenciamos nenhuma vez durante as avaliações) deixando o piloto inadvertido do cenário 360º ao redor da aeronave.
O coração desta fusão de dados é a MDPU - Unidade de Processamento de Dados em Módulos, que é composta por 19 LRUs (flight-line replaceable units), cada uma delas provendo uma capacidade de processamento até 50 vezes maior que um caça de geração anterior. Tradução: O piloto tem uma carga de trabalho reduzida, que o permite atuar como um verdadeiro tomador de decisões táticas, ao invés de um mero operador de sensores.
O ponto chave da fusão de dados é a superação das limitações de um determinado sensor isoladamente. Por exemplo, se ele é baseado em formatos de onda, frequência, calor ou imagem, e o ângulo, a distância, a altitude, condição de tempo ou qualquer outro fator, até mesmo um mal funcionamento representem uma limitação, os demais suplementam a formação da grande imagem situacional. O MDPU reúne os dados consolidados de diferentes fontes baseadas em tecnologias diversas, complementando, organizando e fornecendo a informação por meio de simbologia refinada, confiável e unificada.
RBE2 AESA e FSO
O fato da Dassault deter participação societária dentro do Grupo Thales foi fundamental para o desenvolvimento do radar de varredura eletrônica ativa - também conhecido como radar AESA (do inglês: Active Electronically Scanned Array) - do Rafale com a velocidade e independência necessárias à viabilidade do programa do caça Francês. Este tipo de radar cujo transmissor e receptor são compostos de numerosos módulos independentes permite a detecção all-aspect, look-down e look-up, e o rastreamento de múltiplos alvos aéreos, até mesmo fora da área de busca, em todas as condições meteorológicas e mesmo em ambiente de interferência e contramedidas eletrônicas.
Além desta clara, e hoje imprescindível, vantagem para missões de interceptação e superioridade aérea, o radar AESA provê consciência situacional privilegiada nas missões terrestre e naval. Durante nossos cenários simulados (Parte 3) utilizamos o RBE2 AESA para geração em tempo real de mapa tridimensional para voo no modo Terrain Following, captação de mapa 2D de alta resolução para detecção e identificação de inimigos em diferentes ambientes (urbanos e rurais), e designação e rastreamento de múltiplos alvos tanto em terra como no mar.
Dentre os demais sensores, a combinação do radar AESA com o FSO - Front-Sector Optronics (item embarcado “de fábrica”, incrustado no nariz do caça) desenvolvido pela Thales e a Sagem para o Rafale, me fez sentir muito confortável, principalmente por atestar que se as regras de engajamento nas missões que executamos de forma simulada, fossem um requisito real, eu estaria confiante na identificação dos alvos atacados sejam aéreos, terrestres ou marítimos. Sempre com a busca e rastreamento automáticos e totalmente integrado à suíte multi-sensor do Rafale. Além do mais, constatamos a capacidade de encerrar o conjunto de atividades a nós designadas, fazendo o reconhecimento em imagem de TV / Infravermelho e com mensuração laser, da neutralização dos alvos e a efetividade dos resultados da missão.
MICA e METEOR
O míssil MBDA MICA (Missile d’interception et de combat aérien) é hoje o principal armamento ar-ar tipo multi-target, all weather, fire-and-forget do Rafale. Extremamente ágil, graças ao TVC - thrust vector control, ou controle vetorado de empuxo, e as suas pequenas dimensões, incomuns se comparado a mísseis similares de curto e médio alcance, o MICA apresenta demonstrada efetividade dos 500 metros à aproximadamente 60 quilômetros, nas versões IR (imaging infra-red homing seeker) e RF (active radar homing seeker), ambos equipados com filtros que reduzem a eficiência de contramedidas como chaff e flares. O MBDA MICA também é capaz de lock-on after launch (LOAL), o que significa na prática, uma “autorização” de disparo fora do alcance dos sensores do míssil, efetivando a aquisição e travamento no alvo após o lançamento, e até mesmo sua redefinição via link com o caça.
Como mencionado na descrição de Data Fusion do Rafale, o MICA IR pode fornecer informação visual infravermelho à central de processamento e fusão de dados do caça, agindo como uma espécie de sensor extra.
Durante nossas avaliações, duelamos em sets de cenários BVR e WVR onde engajamos o Mirage 2000-5 (mais detalhadamente analisados na Parte 3 deste teste), onde tivemos oportunidade de confirmar a combinação do SPECTRA EW com as características de manobrabilidade e aquisição do MICA ER, que nos permitiu travar o alvo a partir da EM/IR/Laser Threat Detection - Detecção de Ameaça Eletromagnética / Infravermelho / Laser - quando a bolha de segurança em torno do Rafale foi invadida e executamos o lançamento do míssil over the shoulder - por cima do ombro, ou seja, o disparo de um MICA contra um alvo localizado na posição seis (atrás da aeronave) sem sequer alterar a direção de voo do nosso caça.
Fomos distinguidos com o privilégio da autorização para acompanhar o estágio atual de desenvolvimento do próximo míssil ar-ar de longo alcance a ser empregado pelo Rafale, o MBDA METEOR, impulsionado por um ramjet (motor a jato que não possui partes móveis, simples e pequeno, mas com grande velocidade) que o leva a mais de Mach 4, com potencial de letalidade a mais de 100 km. Tivemos acesso ao simulador de integração do programa, onde é ensaiado o comportamento do novo armamento em conjunto com o radar RBE2 AESA e demais sensores que compõem a suíte de fusão de dados que garantem ao Rafale uma precisa aquisição e travamento de alvos. Recebemos a honra de realizar alguns lançamentos do METEOR, que registrados, somaram-se à base de dados do programa de desenvolvimento e integração.
Seguro... a 900km/h, 20 e poucos metros do chão e cheio de inimigos ao redor
A segurança do piloto é resguardada por vários sistemas do Rafale. Já no assento, a inclinação de 29º visa distribuir a incidência gravitacional, prevenindo o G-Loc, mesmo aos 9 Gs positivos que o caça da Dassault pode puxar dentro dos fatores de carga operacionais previstos, em modo ar-ar. O GPW - Ground Proximity Warning, alerta por meio de sinais sonoros e visuais para proceder com a cautela necessária a evitar a colisão com o solo quando a atitude e altitude de voo correspondem a uma aproximação com a superfície. Caso necessite, um sistema pré-programado de recuperação pode ser acessado pelo piloto e nos casos de desorientação espacial o “anti-spin”, tanto embora o Rafale não tenha demonstrado qualquer tendência mesmo nas esquinas do envelope, uma vez acionado, reconduz a aeronave a uma situação segura com asas niveladas, 5º de incidência e 350 kt. Na ausência de reação do piloto ao GPW, igualmente, uma manobra automática é iniciada reconduzindo o avião ao nivelamento das asas e a uma razão positiva de subida.
Embora o Rafale previna-se com segurança do CFIT - controlled flight into terrain, é exatamente no voo rasante (próximo ao solo - montanhoso ou plano - ou à agua) que o caça tem uma de suas principais vantagens. Uma capacidade única e inteligente de usar o que eu chamaria de “invisibilidade de guerrilha”. O modo Terrain Following, muito mais do que um auxílio à pilotagem extrema - rápida e em baixíssima altitude, age como um piloto extra na cabine, uma vez que, pela segurança que senti na fidelidade do sistema - que combina a redundância do radar AESA e do banco de dados digital, deixa-nos inteiramente focados no objetivo tático da missão. Entregar as “encomendas” no lugar certo, na hora exata... e ainda assim, rastrear alvos aéreos e ameaças durante a incursão. (Leia mais nas Parte 2 e 3).
Além dessa proteção no âmbito da pilotagem e fatores fisiológicos da atividade aeronáutica de alta performance, o Rafale incorpora um “escudo” eletrônico integrado internamente no caça, o que nos dá a sensação de voar dentro de uma bolha de segurança. A suíte interna de Guerra Eletrônica SPECTRA, desenvolvida pela Thales e MBDA, incorpora a capacidade de consciência situacional e alerta à ameaças multiespectrais, ou seja radares, lasers e mísseis inimigos. Mais que “simplesmente” - se é que podemos chamar isso de simples - deixar o piloto a frente das ameaças, com a vantagem do tempo para tomar a melhor decisão, o SPECTRA também integra o Data Fusion do Rafale, e permite o travamento de um armamento em uma ameaça, que se torna alvo. Veja os exemplos nos engajamentos com o Mirage 2000-5, na Parte 3.
Um Bruto Delicado
A sobra de potência do Rafale associada a sua robustez estrutural permite que este “bruto” carregue uma carga útil de até 140% de seu próprio peso. Tal percentual significa 24 toneladas e meia de peso máximo de decolagem. Quando nos referimos à robustez do avião da Dassault, somos práticos, reais, diretos e... inéditos! Presenciamos em Istres a implantação de duas novas estações sob as asas do caça, sem qualquer alteração ou reforço estrutural. Detalhes nas Partes seguintes desta avaliação.
Toda esta “brutalidade” não tira do Rafale, ares de bailarino, uma vez que sua agilidade, aceleração, e flexibilidade no item velocidade inside envelope demonstram um bem sucedido modelo aerodinâmico. Pausa para a poesia, por lá soube que Monsieur Marcel Dassault pregava que “uma aeronave para voar bem, tem que ser bonita”. Neste caso, paixões e preferências à parte, o Rafale é uma belíssima aeronave. Mas, deixando de lado o culto ao belo, peculiar à terra de Exupéry e Clostermann, e voltando à frieza dos números, demonstramos em vídeo da telemetria, anexo a esta Parte (DNTV), a execução de um looping em baixa velocidade, iniciado com 190 kt e reduzindo a 128 kt no topo e variando apenas 2.300 pés. Acompanhe as indicações de velocidade à esquerda e altitude à direita da projeção do HUD. Conclusões por parte do leitor.
Para despedir-me desta introdução, esperando ter deixado em nossos amigos o interesse por continuar a leitura desta versão pública de nossa semana de testes, descrevo a impressionante característica de pouso curto do Rafale, que - mesmo em dias de ventos de rajada, o que exigiu minha atenção para o toque - pousou seguramente em menos de 650 metros, com restantes 510 kg de combustível, dois MICA e um tanque supersônico externo ventral.
http://www.defesanet.com.br/rafale/noti ... Introducao
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Dassault não quer se responsabilizar pelos Rafales construídos na Índia
As negociações entre o governo indiano e a empresa francesa Dassault para o fornecimento de 126 caças multifuncionais Rafale parece que estão entravadas depois que funcionários da empresa francesa informaram que não podem se responsabilizar pelas 108 aeronaves que serão construídas em solo indiano, sob licença, pela HAL (Hindustan Aeronautics Ltd).
As negociações andavam muito bem até o ponto em que os negociadores da Dassault expressaram que o governo indiano tinha que assinar um acordo com a Dassault para a construção de 18 aeronaves e outro com a HAL, em separado, para a produção de 108 Rafales sob licença.
A Dassault disse que vai fornecer kits e equipamentos para a HAL no termos do contrato, porém não irá assumir nenhum papel na montagem dos Rafales em solo indiano.
O Ministério da Defesa da Índia por sua vez, rejeitou essa condição da Dassault e deixou bem claro que a Dassault seria a única responsável pela venda e entrega de todas aeronaves.
Depois que a Dassault venceu a concorrência para o fornecimento de 126 caças à Força Aérea Indiana, concorrência essa estimada em US$ 20 bilhões, diga-se de passagem, a Dassault passou a pedir uma maior clareza sobre o papel da HAL no projeto. Depois de um tempo, a Dassault disse ao Ministério da Defesa da Índia que ela teria a liberdade de decidir o nível de envolvimento da HAL no projeto, o que foi rejeitado pelo Ministério da Defesa da Índia, que disse que a HAL seria a principal integradora do projeto e continuaria a ser.
FONTE: codinomeinformante - Michel Medeiros
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=17419
As negociações entre o governo indiano e a empresa francesa Dassault para o fornecimento de 126 caças multifuncionais Rafale parece que estão entravadas depois que funcionários da empresa francesa informaram que não podem se responsabilizar pelas 108 aeronaves que serão construídas em solo indiano, sob licença, pela HAL (Hindustan Aeronautics Ltd).
As negociações andavam muito bem até o ponto em que os negociadores da Dassault expressaram que o governo indiano tinha que assinar um acordo com a Dassault para a construção de 18 aeronaves e outro com a HAL, em separado, para a produção de 108 Rafales sob licença.
A Dassault disse que vai fornecer kits e equipamentos para a HAL no termos do contrato, porém não irá assumir nenhum papel na montagem dos Rafales em solo indiano.
O Ministério da Defesa da Índia por sua vez, rejeitou essa condição da Dassault e deixou bem claro que a Dassault seria a única responsável pela venda e entrega de todas aeronaves.
Depois que a Dassault venceu a concorrência para o fornecimento de 126 caças à Força Aérea Indiana, concorrência essa estimada em US$ 20 bilhões, diga-se de passagem, a Dassault passou a pedir uma maior clareza sobre o papel da HAL no projeto. Depois de um tempo, a Dassault disse ao Ministério da Defesa da Índia que ela teria a liberdade de decidir o nível de envolvimento da HAL no projeto, o que foi rejeitado pelo Ministério da Defesa da Índia, que disse que a HAL seria a principal integradora do projeto e continuaria a ser.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Lirolfuti escreveu:Dassault não quer se responsabilizar pelos Rafales construídos na Índia
As negociações entre o governo indiano e a empresa francesa Dassault para o fornecimento de 126 caças multifuncionais Rafale parece que estão entravadas depois que funcionários da empresa francesa informaram que não podem se responsabilizar pelas 108 aeronaves que serão construídas em solo indiano, sob licença, pela HAL (Hindustan Aeronautics Ltd).
As negociações andavam muito bem até o ponto em que os negociadores da Dassault expressaram que o governo indiano tinha que assinar um acordo com a Dassault para a construção de 18 aeronaves e outro com a HAL, em separado, para a produção de 108 Rafales sob licença.
A Dassault disse que vai fornecer kits e equipamentos para a HAL no termos do contrato, porém não irá assumir nenhum papel na montagem dos Rafales em solo indiano.
O Ministério da Defesa da Índia por sua vez, rejeitou essa condição da Dassault e deixou bem claro que a Dassault seria a única responsável pela venda e entrega de todas aeronaves.
Depois que a Dassault venceu a concorrência para o fornecimento de 126 caças à Força Aérea Indiana, concorrência essa estimada em US$ 20 bilhões, diga-se de passagem, a Dassault passou a pedir uma maior clareza sobre o papel da HAL no projeto. Depois de um tempo, a Dassault disse ao Ministério da Defesa da Índia que ela teria a liberdade de decidir o nível de envolvimento da HAL no projeto, o que foi rejeitado pelo Ministério da Defesa da Índia, que disse que a HAL seria a principal integradora do projeto e continuaria a ser.
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A Dassault vence um contrato de US$ billhões por 126 caças e ainda quer mandar no processo de nacionalização dos Rafales Indianos. E ainda não quer ser responsabilizada se a HAL não montar corretamente, porque nem é fabricar, já que os kits virão da França.
Abre o olho Índia.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
NovaTO, boa noite.NovaTO escreveu:Lirolfuti escreveu:Dassault não quer se responsabilizar pelos Rafales construídos na Índia
As negociações entre o governo indiano e a empresa francesa Dassault para o fornecimento de 126 caças multifuncionais Rafale parece que estão entravadas depois que funcionários da empresa francesa informaram que não podem se responsabilizar pelas 108 aeronaves que serão construídas em solo indiano, sob licença, pela HAL (Hindustan Aeronautics Ltd).
As negociações andavam muito bem até o ponto em que os negociadores da Dassault expressaram que o governo indiano tinha que assinar um acordo com a Dassault para a construção de 18 aeronaves e outro com a HAL, em separado, para a produção de 108 Rafales sob licença.
A Dassault disse que vai fornecer kits e equipamentos para a HAL no termos do contrato, porém não irá assumir nenhum papel na montagem dos Rafales em solo indiano.
O Ministério da Defesa da Índia por sua vez, rejeitou essa condição da Dassault e deixou bem claro que a Dassault seria a única responsável pela venda e entrega de todas aeronaves.
Depois que a Dassault venceu a concorrência para o fornecimento de 126 caças à Força Aérea Indiana, concorrência essa estimada em US$ 20 bilhões, diga-se de passagem, a Dassault passou a pedir uma maior clareza sobre o papel da HAL no projeto. Depois de um tempo, a Dassault disse ao Ministério da Defesa da Índia que ela teria a liberdade de decidir o nível de envolvimento da HAL no projeto, o que foi rejeitado pelo Ministério da Defesa da Índia, que disse que a HAL seria a principal integradora do projeto e continuaria a ser.
FONTE: codinomeinformante - Michel Medeiros
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A Dassault vence um contrato de US$ billhões por 126 caças e ainda quer mandar no processo de nacionalização dos Rafales Indianos. E ainda não quer ser responsabilizada se a HAL não montar corretamente, porque nem é fabricar, já que os kits virão da França.
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Essa discussão não é nova. Se você se colocar no lugar do empresário (mesmo que prefira a situação oposta), fica fácil entender.
O seu cliente designa uma indústria local, não permite que você controle os trabalhos lá realizados, mas quer que você se responsabilize pelos prazos, pela qualidade...
Sabe o que isto significa? RISCO.
É risco de custo mais alto, de problemas técnicos, de prazos não cumpridos. Isso também desgasta a imagem do vendedor perante outros clientes. Apesar disso, os preços não podem ser aumentados para cobrir custos adicionais e multas porque, afinal, o trabalho a ser feito é exatamente o mesmo. Resultado: dificuldade para que a negociação avance.
Então, vamos mesmo abrir os olhos também por aqui, pois essa situação é muito mais frequente do que se imagina. Vai acontecer exatamente o mesmo no nosso F-X (a não ser que não haja qualquer participação nacional), independentemente de qual a opção de caça que venha a ser escolhida.
Os indianos não são bobos, nem as empresas envolvidas. Essa discussão durante a negociação é excelente para que o contrato, quando assinado, possa fluir corretamente.
Abraço,
Justin
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Justin Case escreveu:NovaTO, boa noite.NovaTO escreveu:
A Dassault vence um contrato de US$ billhões por 126 caças e ainda quer mandar no processo de nacionalização dos Rafales Indianos. E ainda não quer ser responsabilizada se a HAL não montar corretamente, porque nem é fabricar, já que os kits virão da França.
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Essa discussão não é nova. Se você se colocar no lugar do empresário (mesmo que prefira a situação oposta), fica fácil entender.
O seu cliente designa uma indústria local, não permite que você controle os trabalhos lá realizados, mas quer que você se responsabilize pelos prazos, pela qualidade...
Sabe o que isto significa? RISCO.
É risco de custo mais alto, de problemas técnicos, de prazos não cumpridos. Isso também desgasta a imagem do vendedor perante outros clientes. Apesar disso, os preços não podem ser aumentados para cobrir custos adicionais e multas porque, afinal, o trabalho a ser feito é exatamente o mesmo. Resultado: dificuldade para que a negociação avance.
Então, vamos mesmo abrir os olhos também por aqui, pois essa situação é muito mais frequente do que se imagina. Vai acontecer exatamente o mesmo no nosso F-X (a não ser que não haja qualquer participação nacional), independentemente de qual a opção de caça que venha a ser escolhida.
Os indianos não são bobos, nem as empresas envolvidas. Essa discussão durante a negociação é excelente para que o contrato, quando assinado, possa fluir corretamente.
Abraço,
Justin
Caro Justin,
Independente dos riscos maiores, não há como negar que a HAL é a empresa Indiana de Aeronáutica. Desde o começo do MMRCA, o foco era a produção dos caças por meio dela. Esse risco era conhecido. Agora vem a Dassault, depois de ter sido a L1, afirmar que a HAL não é competente, e mais não pode "por a mão no fogo por ela"? Fala sério. A Dassault tem sim de garantir os resultados da "ToT" entre ela e a HAL, se não, ela vai ficar numa posição extremamente confortável, onde o ônus de qualquer atraso na fabricação, na qualidade, de todo o processo, nas costas da HAL. Não aceito isso, visto que a Dassault pode tranquilamente sabotar o processo de transferência de maneira simples, treinando mal os técnicos e engenheiros indianos, não dando as coordenadas corretas, etc. A responsabilidade pelos caças Rafale que saírem da HAL é da própria HAL e da Dassault que tem que garantir a qualidade e os prazos.
E isso vale para o FX-2 também. No caso a Embraer, não pode arcar sozinha com eventuais atrasos, falhas, etc.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Novato,
Em qualquer negociação desse nível, o objetivo maior é sempre o sucesso do projeto, que é a única maneira de atender tanto as necessidades do cliente como as do vendedor. É o tal do ganha-ganha que é ensinado em todos os cursos de pós-graduação.
Coisas como você citou de uma empresa sabotando a outra, treinando mal propositadamente os técnicos, escondendo o jogo estão totalmente fora de cogitação.
Isso é coisa de pipoqueiro desqualificado que enche o pacote de sal porque não vai com a cara do freguês.
Lá tem muito profissional trabalhando, em ambas as partes (embora sempre seja possível aparecer um curioso querendo levar vantagem em tudo).
É importante ter cuidado para não deixar o preconceito superar a capacidade de análise.
Abraço,
Justin
Em qualquer negociação desse nível, o objetivo maior é sempre o sucesso do projeto, que é a única maneira de atender tanto as necessidades do cliente como as do vendedor. É o tal do ganha-ganha que é ensinado em todos os cursos de pós-graduação.
Coisas como você citou de uma empresa sabotando a outra, treinando mal propositadamente os técnicos, escondendo o jogo estão totalmente fora de cogitação.
Isso é coisa de pipoqueiro desqualificado que enche o pacote de sal porque não vai com a cara do freguês.
Lá tem muito profissional trabalhando, em ambas as partes (embora sempre seja possível aparecer um curioso querendo levar vantagem em tudo).
É importante ter cuidado para não deixar o preconceito superar a capacidade de análise.
Abraço,
Justin
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Caro Justin,Justin Case escreveu:Novato,
Em qualquer negociação desse nível, o objetivo maior é sempre o sucesso do projeto, que é a única maneira de atender tanto as necessidades do cliente como as do vendedor. É o tal do ganha-ganha que é ensinado em todos os cursos de pós-graduação.
Coisas como você citou de uma empresa sabotando a outra, treinando mal propositadamente os técnicos, escondendo o jogo estão totalmente fora de cogitação.
Isso é coisa de pipoqueiro desqualificado que enche o pacote de sal porque não vai com a cara do freguês.
Lá tem muito profissional trabalhando, em ambas as partes (embora sempre seja possível aparecer um curioso querendo levar vantagem em tudo).
É importante ter cuidado para não deixar o preconceito superar a capacidade de análise.
Abraço,
Justin
Então ótimo, a Dassault não tem com o que se preocupar e garantir a qualidade de seus Rafales que saírem dos hangares da HAL, ou da Embraer.
O que me vem a mente agora, é o caso da negociação das ToTs dos SBr's onde a MB o Marino explicou muito bem que essa negociação tem de ser cercada de todas as garantias possíveis e imagináveis, e em contrato. Caso contrário, basta uma vírgula mal colocada para levar um chapéu.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
Essas coisas se resolvem com os 200 advogados.NovaTO escreveu:Caro Justin,Justin Case escreveu:Novato,
Em qualquer negociação desse nível, o objetivo maior é sempre o sucesso do projeto, que é a única maneira de atender tanto as necessidades do cliente como as do vendedor. É o tal do ganha-ganha que é ensinado em todos os cursos de pós-graduação.
Coisas como você citou de uma empresa sabotando a outra, treinando mal propositadamente os técnicos, escondendo o jogo estão totalmente fora de cogitação.
Isso é coisa de pipoqueiro desqualificado que enche o pacote de sal porque não vai com a cara do freguês.
Lá tem muito profissional trabalhando, em ambas as partes (embora sempre seja possível aparecer um curioso querendo levar vantagem em tudo).
É importante ter cuidado para não deixar o preconceito superar a capacidade de análise.
Abraço,
Justin
Então ótimo, a Dassault não tem com o que se preocupar e garantir a qualidade de seus Rafales que saírem dos hangares da HAL, ou da Embraer.
O que me vem a mente agora, é o caso da negociação das ToTs dos SBr's onde a MB o Marino explicou muito bem que essa negociação tem de ser cercada de todas as garantias possíveis e imagináveis, e em contrato. Caso contrário, basta uma vírgula mal colocada para levar um chapéu.
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Conta a lenda que durante as negociações do Pró-sub, um Almirante foi ter uma reunião com o pessoal de lá e quando chegou na sala ele e o seu pessoal (2 ou 3) deparou com a sala cheia de advogados do lado de lá.
Ele olhou aquilo, ouviu o que eles tinham a dizer, pediu licença e remarcou a reunião para outra data.
Na data combinada estavam lá os 200 advogados de Sparta e daí entra o Almirante, os seus auxíliares e... e... e... 300 advogados Tupiniquins...
Agora com tudo nos mesmos termos... podemos negociar.
É assim que essas coisas TEM que funcionar.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE
BEM assim!
MY CONGRATZ! Pra esperto, esperto e meio...
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