O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A única vez que uma AAAe foi posta a prova de maneira razoável, foi no Vietnã e teve lá os seus méritos! O grande problema é que AAAe é uma ciência obscura, porque nunca vimos uma de razoável porte funcionar. Todavia, estou com o Leandro, se a capacidade de produção for alta e completamente nacional, fica difícil de sobrepor, até porque uma AAAe custa infinitamente menos do que um caça.
Se conseguirmos uma maneira de termos uma AAAe ACLOS anti-míssil/pgm descente, com um sistema do tipo S-300/S-400 para negar espaço aéreo para o adversário e poucos caças complementando esse esquema, já se torna um exemplo formidável.
Falar apenas em aviões é loucura, basta bombardear as pistas e eles ficam todos no chão.
Se conseguirmos uma maneira de termos uma AAAe ACLOS anti-míssil/pgm descente, com um sistema do tipo S-300/S-400 para negar espaço aéreo para o adversário e poucos caças complementando esse esquema, já se torna um exemplo formidável.
Falar apenas em aviões é loucura, basta bombardear as pistas e eles ficam todos no chão.
- Luís Henrique
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Leandro,
concordo com as opiniões sobre a defesa antiaérea.
Porém discordo sobre os aviões de caça.
Como vc mesmo disse, a 7a. economia mundial, que em pouco tempo será a 5a. deverá possuir dinheiro suficiente para uma boa frota de caças.
Além da missão principal de defender o espaço aéreo, as aeronaves de caça servem para muitas outras coisas, como por exemplo, ajudar a marinha a destruir um bloqueio nas nossas rotas marítimas.
Algo que a defesa antiaérea não dará conta. E que caças modernos e em quantidades aceitáveis farão a diferença.
concordo com as opiniões sobre a defesa antiaérea.
Porém discordo sobre os aviões de caça.
Como vc mesmo disse, a 7a. economia mundial, que em pouco tempo será a 5a. deverá possuir dinheiro suficiente para uma boa frota de caças.
Além da missão principal de defender o espaço aéreo, as aeronaves de caça servem para muitas outras coisas, como por exemplo, ajudar a marinha a destruir um bloqueio nas nossas rotas marítimas.
Algo que a defesa antiaérea não dará conta. E que caças modernos e em quantidades aceitáveis farão a diferença.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
Simplesmente um GRANDE caça.
- Carlos Lima
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Excelentes posts Srs... !!!
Todos tem coisas muito interessantes para serem aproveitadas.
Eu acho que o nosso problema é que estamos tratando da Defesa de um País do tamanho de um continente.
Daí a Defesa Antiaérea é necessária, mas é uma das camadas da Defesa do nosso país aonde deveria contar com meios mais estáticos e meios mais dinâmicos e de fácil realocação.
Do mesmo modo a estrutura de C&C que se segue é importantissimo que tenha também tal flexibilidade, porque defesa antiaérea sem C&C é praticamente cega.
Por conta do tamanho do nosso território, eu penso que a melhor defesa se faria o mais longe possível das áreas de interesse, e daí os caças entram em ação.
Além disso as aeronaves de caça trazem um valor secundário que é a dissuação só pela presença delas e por isso ter um vetor primário nessa função que seja de qualidade muito boa já faz qualquer planejador ter que repensar seus planos 2x. Mesmo que esse seja acompanhado de um vetor não tão 'bom' assim.
Mas enfim, é como eu vejo as coisas. Acho que a Defesa Antiaérea é necessária, estamos investimentos mais do que necessários e que eles evoluam para além da compra de prateleira.
[]s
CB_Lima
Todos tem coisas muito interessantes para serem aproveitadas.
Eu acho que o nosso problema é que estamos tratando da Defesa de um País do tamanho de um continente.
Daí a Defesa Antiaérea é necessária, mas é uma das camadas da Defesa do nosso país aonde deveria contar com meios mais estáticos e meios mais dinâmicos e de fácil realocação.
Do mesmo modo a estrutura de C&C que se segue é importantissimo que tenha também tal flexibilidade, porque defesa antiaérea sem C&C é praticamente cega.
Por conta do tamanho do nosso território, eu penso que a melhor defesa se faria o mais longe possível das áreas de interesse, e daí os caças entram em ação.
Além disso as aeronaves de caça trazem um valor secundário que é a dissuação só pela presença delas e por isso ter um vetor primário nessa função que seja de qualidade muito boa já faz qualquer planejador ter que repensar seus planos 2x. Mesmo que esse seja acompanhado de um vetor não tão 'bom' assim.
Mas enfim, é como eu vejo as coisas. Acho que a Defesa Antiaérea é necessária, estamos investimentos mais do que necessários e que eles evoluam para além da compra de prateleira.
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CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- LeandroGCard
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Eu também era de opinião que nossa força aérea deveria possuir uma capacidade de combate muito maior do que se vislumbra hoje, se você ler os meus posts no tópico do FX verá que minha preferência seria pela aquisição de várias dezenas de SU-35 com transferência de tecnologia (incluindo a produção local dos motores) para o desenvolvimento e a fabricação autóctone de um caça menor e mais moderno nacional, a ser construído em quantidades maiores (uns 200 pelo menos). É óbvio que isso seria possível, e que uma economia do tamanho da nossa poderia bancar os custos e quem sabe até ganhar uns trocados com exportações.Luís Henrique escreveu:Leandro,
concordo com as opiniões sobre a defesa antiaérea.
Porém discordo sobre os aviões de caça.
Como vc mesmo disse, a 7a. economia mundial, que em pouco tempo será a 5a. deverá possuir dinheiro suficiente para uma boa frota de caças.
Além da missão principal de defender o espaço aéreo, as aeronaves de caça servem para muitas outras coisas, como por exemplo, ajudar a marinha a destruir um bloqueio nas nossas rotas marítimas.
Algo que a defesa antiaérea não dará conta. E que caças modernos e em quantidades aceitáveis farão a diferença.
Mas após todos estes anos observando o comportamento do GF e da própria FAB e avaliando o histórico a força de combate desta última cheguei à conclusão de que estava simplesmente tendo sonhos de entusiasta. A FAB e o Brasil nem saberiam o que fazer com tantos aviões de primeira linha, e um desenvolvimento ou mesmo a simples produção local nesta área nem passa pela cabeça dos comandantes da força ou de nossos governantes, mesmo já tendo sido proposta pela própria Embraer mais de uma vez. Coloquei então os pés no chão, e me conformei com o que percebo ser a evolução inevitável de nossa força de caças: Ou umas poucas dúzias de um avião mais ou menos top complementado por um vetor bem mais simples (e aí prefiro um caça de verdade usado e retrofitado aqui do que um lift moderno importado), ou bem menos de 100 aeronaves do modelo considerado top. E mesmo isso para daqui a algumas décadas, nos próximos 20 ou 25 anos teremos mesmo é F-5 e AMX modernizados e os 36 F-X, e olhe lá.
Mas de qualquer forma isso pouco afeta a questão dos sistemas AAe, que permaneceriam necessários mesmo que tivéssemos uma força de 400 ou 500 caças de primeira linha, como acontece com todos os países que tem um número semelhante de aviões em suas forças aéreas ainda que defendam territórios bem menores que o nosso. Israel tem seus Barak, Iron-Dome, Spider e Arrow, a França seus Crotale e Aster, Rússia e China tem uma quantidade absurda de modelos de mísseis e canhões AAe de tudo que é tipo, e por aí vai. Não seria pelo fato de termos uma força aérea equivalente a deles que deveríamos desdenhar das defesas AAe, da mesma forma que eles não desdenham.
Leandro G. Card
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Mas um artigo sobre o Guepard
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- Glauber Prestes
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Acabei de ler... E parece quje não li nada sobre o gepard, e sim sobre uma suposta fábrica da Oerlinkon que seria instalada no sul. Achei o texto ruim...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Bom dia a todosGlauber Prestes escreveu:Acabei de ler... E parece quje não li nada sobre o gepard, e sim sobre uma suposta fábrica da Oerlinkon que seria instalada no sul. Achei o texto ruim...
Concordo, texto muito explicativo sobre a fábrica que seria instalada no sul.
Abraços
- Túlio
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Bueno, amigo LEANDRO, sobrou um tempinho para responder. Vamos lá:
Cupincha, por mais hábil que sejas na defesa de teus argumentos (muito buenos, por sinal), podemos reduzi-los a:
A espada (que não sei fazer nem pretendo aprender porque é muito caro e muito difícil) custa mais caro que o escudo (que não sei fazer mas posso aprender porque não é tão caro nem tão difícil); então devo APRENDER A FAZER o melhor escudo possível e depois fabricar quantos puder. E que venham as espadas...
Vi que leste com atenção o meu post. Assim, ele também pode ser reduzido, mas a:
Não sei fazer espada nem escudo e demonstro pouco interesse/aptidão em aprender. Mas sem AMBOS estou perdido. Porque só com escudos estarei limitado à pura e simples defesa, já com espadas posso atacar/contraatacar. Então, preciso de espadas e escudos mas, com recursos limitados, vou focar mais nas espadas, mesmo não descuidando dos escudos.
Porque repito, no final a espada SEMPRE vence o escudo...
BONUS - Quem tem a espada tem a INICIATIVA, quem tem só o escudo não; um é ATIVO (decide quando, onde e como atacar), o outro PASSIVO (apenas se defende).
PS.: esqueci de comentar, excelentes os posts do JL!!!
Cupincha, por mais hábil que sejas na defesa de teus argumentos (muito buenos, por sinal), podemos reduzi-los a:
A espada (que não sei fazer nem pretendo aprender porque é muito caro e muito difícil) custa mais caro que o escudo (que não sei fazer mas posso aprender porque não é tão caro nem tão difícil); então devo APRENDER A FAZER o melhor escudo possível e depois fabricar quantos puder. E que venham as espadas...
Vi que leste com atenção o meu post. Assim, ele também pode ser reduzido, mas a:
Não sei fazer espada nem escudo e demonstro pouco interesse/aptidão em aprender. Mas sem AMBOS estou perdido. Porque só com escudos estarei limitado à pura e simples defesa, já com espadas posso atacar/contraatacar. Então, preciso de espadas e escudos mas, com recursos limitados, vou focar mais nas espadas, mesmo não descuidando dos escudos.
Porque repito, no final a espada SEMPRE vence o escudo...
BONUS - Quem tem a espada tem a INICIATIVA, quem tem só o escudo não; um é ATIVO (decide quando, onde e como atacar), o outro PASSIVO (apenas se defende).
PS.: esqueci de comentar, excelentes os posts do JL!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- LeandroGCard
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
JL, ou eu não entendi esta sua analogia ou você não entendeu a minha opinião, pois se compreendi bem sua analogia não tem nada a ver com o que venho defendendo.JL escreveu:Vou dar um exemplo interessante, do que defendo, mas ao invés de defesa AAA vou comparar aeronaves com defesa de costa por mísseis. Claro que o Brasil escolheu a opção do sub nuclear para a defesa do pré sal e ponto final.
Mas imaginem a comparação, o que é melhor investir baterias costeiras com mísseis russos Yakhont, supersônicos de longo alcance, abrigados em túneis, com defesa antiaérea agregada nas suas baterias, reconhecimento de alvos com UAV's etc. Tudo de ponta, bem uma bateria lá no Norte, outra no Nordeste, duas no Sudeste uma no Sul. Ia ficar bem caro e claro perigoso para chegar perto da costa brasileira ou preparar todas as pistas de pouso do litoral para serem capazes de receber uma aeronave como o Su 34, dotar estas bases de paióis para o mesmo míssil Yakhont comprar a mesma quantidade de mísseis e ao invés de baterias terrestres ter uns 10 caças Su 34, que poderiam se deslocar do interior do país para o litoral operar em duplas em qualquer ponto do litoral, conforme o inimigo estivesse. Você não fica preso a mobilidade limitada. E o melhor se o problema mudar do litoral para a fronteira amazônica o mesmo avião se torna um bombardeiro terrestre. Um caça multifuncional funciona ainda melhor.
Minha idéia é simplesmente não comprar nem o Yakhont nem o SU 34, e muito menos construir túnel algum. Ao invés disso desenvolveríamos uma versão naval do AVMT, que instalaríamos sobre caminhões (voltando à defesa anti-aérea, AAe parada é AAe morta), e teríamos por um custo muito menor um sistema móvel que pudéssemos levar para onde quiséssemos e ainda exportar. Compraríamos apenas o mínimo de unidades deste míssil por ano, apenas o bastante para manter a linha de produção aberta e os engenheiros e projetistas ativos, desenvolvendo sempre novas versões modificadas e melhoradas. Cada nova pequena encomenda seria de uma nova versão, e as melhorias incluiriam a facilitação da produção para em caso de guerra o míssil poder ser produzido em grande escala em diversas fábricas instaladas por todo o país, impossibilitando a interrupção do fornecimento por um único ataque à fábrica original.
E o dinheiro economizado na não aquisição do Yakhont e do SU 34 seria gasto na compra de algum vetor mais simples, um SU-27 ou mesmo um simples Mig-29 MLU (para ficar nos vetores russos do seu exemplo), a serem adquiridos até em maior quantidade já que são mais baratos. Estes usariam o MAN-1 (que também já estamos desenvolvendo) como sistema anti-navio, mas atenderiam prioritariamente a outras missões, a proteção do litoral seria uma missão secundária.
Este é o meu ponto. Na área de aviação, que não temos como desenvolver localmente, compraremos o que tiver melhor relação custo-benefício, e na área de mísseis e canhões (que já temos competência para desenvolver ou podemos adquirir por custo mais baixo) faremos o desenvolvimento local. E em caso de guerra a presença de uma forte capacidade de defesa AAe liberaria nossos caças, que ao invés de perder tempo defendendo suas próprias bases e outros pontos fixos usariam da sua mobilidade para enfrentar o inimigo nos melhores termos possíveis, sem precisar ficar presos às áreas a defender.
Acho que agora minha idéia deve ter ficado mais clara para você.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Editado pela última vez por LeandroGCard em Qui Mar 21, 2013 2:33 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Você forçou a barra!Túlio escreveu:Bueno, amigo LEANDRO, sobrou um tempinho para responder. Vamos lá:
Cupincha, por mais hábil que sejas na defesa de teus argumentos (muito buenos, por sinal), podemos reduzi-los a:
A espada (que não sei fazer nem pretendo aprender porque é muito caro e muito difícil) custa mais caro que o escudo (que não sei fazer mas posso aprender porque não é tão caro nem tão difícil); então devo APRENDER A FAZER o melhor escudo possível e depois fabricar quantos puder. E que venham as espadas...
Vi que leste com atenção o meu post. Assim, ele também pode ser reduzido, mas a:
Não sei fazer espada nem escudo e demonstro pouco interesse/aptidão em aprender. Mas sem AMBOS estou perdido. Porque só com escudos estarei limitado à pura e simples defesa, já com espadas posso atacar/contraatacar. Então, preciso de espadas e escudos mas, com recursos limitados, vou focar mais nas espadas, mesmo não descuidando dos escudos.
Porque repito, no final a espada SEMPRE vence o escudo...
BONUS - Quem tem a espada tem a INICIATIVA, quem tem só o escudo não; um é ATIVO (decide quando, onde e como atacar), o outro PASSIVO (apenas se defende).
PS.: esqueci de comentar, excelentes os posts do JL!!!
Minha proposta também inclui a aquisição de espadas, apenas não precisariam ser tantas nem as melhores e mais caras do mercado, porque haveria disponibilidade ilimitada de escudos para aparar os golpes e eu poderia poupar as espadas apenas para acertar as "partes macias" do inimigo, sem precisar aparar todos os golpes dele com a minha própria lâmina. Isso é claro implica em ou outro estilo de luta (doutrina), mas isso também é algo que posso desenvolver.
E ainda posso fazer uma graninha vendendo escudos, que fabrico, ao passo que espadas não tenho como oferecer no mercado... . Sem uma guerra à vista isso talvez seja até o mais importante, principalmente para convencer o senhor do castelo a me dar a grana... .
Leandro G. Card
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não forcei não, creio que no final minha posição não poderia ser mais clara e pode ser resumida em uma simples palavra: INICIATIVA (que inclusive frisei)!
Vamos a mais um par de exemplos, uns "what ifs" meio polêmicos mas que me parecem ilustrar minha tese:
O que teria sido a Guerra do Golfo se um ataque fulminante fosse lançado por Saddam quando as forças da Coalizão ainda estavam chegando às suas bases na Arábia Saudita? Ele teve a opção da espada mas optou pelo escudo, enterrando suas forças (até caças) e esperando a Coalizão estar pronta para fazer tudo em pedaços. Abriu mão da INICIATIVA. Os resultados falam por si...
Agrego outro: FALKLANDS! E se os argentinos tivessem montado um ofensiva maciça aeroterrestre quando os ingleses ainda desembarcavam em San Carlos? Tinham as tropas, tinham artilharia, helitransporte e aeronaves de ataque. A meu ver, isso NO MÍNIMO iria retardar bastante o fim da guerra. Bobear e o resultado poderia até ter sido outro. Mas a Argentina preferiu O ESCUDO, entrincheirando suas forças e deixando a INICIATIVA aos Ingleses. Os resultados novamente falam por si...
INICIATIVA: nada pior do que ela estar do outro lado e o mais amargo disso é que a culpa é sempre nossa, tanto quanto a certeza da derrota...
Vamos a mais um par de exemplos, uns "what ifs" meio polêmicos mas que me parecem ilustrar minha tese:
O que teria sido a Guerra do Golfo se um ataque fulminante fosse lançado por Saddam quando as forças da Coalizão ainda estavam chegando às suas bases na Arábia Saudita? Ele teve a opção da espada mas optou pelo escudo, enterrando suas forças (até caças) e esperando a Coalizão estar pronta para fazer tudo em pedaços. Abriu mão da INICIATIVA. Os resultados falam por si...
Agrego outro: FALKLANDS! E se os argentinos tivessem montado um ofensiva maciça aeroterrestre quando os ingleses ainda desembarcavam em San Carlos? Tinham as tropas, tinham artilharia, helitransporte e aeronaves de ataque. A meu ver, isso NO MÍNIMO iria retardar bastante o fim da guerra. Bobear e o resultado poderia até ter sido outro. Mas a Argentina preferiu O ESCUDO, entrincheirando suas forças e deixando a INICIATIVA aos Ingleses. Os resultados novamente falam por si...
INICIATIVA: nada pior do que ela estar do outro lado e o mais amargo disso é que a culpa é sempre nossa, tanto quanto a certeza da derrota...
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Acredito que o Leandro esteja focando na situação mais fácil e rápida de ser alcaçada pelo Brasil, e não no ideal. Os EUA colocam a anti aérea como item secundário por causa da grade quantidade de caças e todos os misseis são fabricados por eles, possuem uma grande quantidade de Nae. No Brasil poderia ou deveria ser mais equilibrado caças e defesa anti-aérea.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Concordo plenamente. E defino melhor minha posição:
FOCAR NO QUE PODEMOS!
Mal ou bem há um processo de escolha em andamento que nos dotará de aeronaves modernas (espadas). São poucas mas é o que se pode esperar...
A AAAe, atualmente em condições ainda piores que a FAB, vai sofrer alguns remendos fundamentalmente por causa da Copa e Olimpíada (mais alguns escudos).
Está LONGE de ser o ideal. Mas é a realidade.
Assim, naquele meu longo post parti do que temos/teremos para servir de base a algo melhor, mais eficaz. Algo que nos permita alguma INICIATIVA. E nisso minha posição não difere substantivamente tanto da do LEANDRO, ao menos nos termos essenciais.
A grande diferença - pelo que entendi - é que ele parece enfatizar a AAAe, deixando algumas aeronaves para golpes de surpresa, uma espécie de Força Guerrilheira Aérea, com a AAAe segurando as pontas onde é necessário. Já eu prefiro ser mais forte (melhor dizendo: tão forte quanto possível) no ar, que é onde realmente começa e termina a parte que define vencedor e perdedor em um conflito.
Aliás, mesmo em um conflito naval a desproporção é crítica entre uma Marinha apenas com fragatas, destróieres e cruzadores, por mais modernos que sejam seus sensores e meios AAe, e uma nucleada em um ou mais NAes. Claro, sempre há os subs mas estes carecem de algo que uma Marinha ou tem ou nem dá para chamar de Marinha: capacidade de PROJEÇÃO DE PODER! Novamente isso por traduzido como INICIATIVA!
FOCAR NO QUE PODEMOS!
Mal ou bem há um processo de escolha em andamento que nos dotará de aeronaves modernas (espadas). São poucas mas é o que se pode esperar...
A AAAe, atualmente em condições ainda piores que a FAB, vai sofrer alguns remendos fundamentalmente por causa da Copa e Olimpíada (mais alguns escudos).
Está LONGE de ser o ideal. Mas é a realidade.
Assim, naquele meu longo post parti do que temos/teremos para servir de base a algo melhor, mais eficaz. Algo que nos permita alguma INICIATIVA. E nisso minha posição não difere substantivamente tanto da do LEANDRO, ao menos nos termos essenciais.
A grande diferença - pelo que entendi - é que ele parece enfatizar a AAAe, deixando algumas aeronaves para golpes de surpresa, uma espécie de Força Guerrilheira Aérea, com a AAAe segurando as pontas onde é necessário. Já eu prefiro ser mais forte (melhor dizendo: tão forte quanto possível) no ar, que é onde realmente começa e termina a parte que define vencedor e perdedor em um conflito.
Aliás, mesmo em um conflito naval a desproporção é crítica entre uma Marinha apenas com fragatas, destróieres e cruzadores, por mais modernos que sejam seus sensores e meios AAe, e uma nucleada em um ou mais NAes. Claro, sempre há os subs mas estes carecem de algo que uma Marinha ou tem ou nem dá para chamar de Marinha: capacidade de PROJEÇÃO DE PODER! Novamente isso por traduzido como INICIATIVA!
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
AAAe - Reunião de Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea
Incorporação do Gepard e RBS 70 (?). Preparação para a Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude.
O 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), “Grupo Conde de Caxias”, sedia, entre os dias 18 e 22 de março de 2013, a Reunião de Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea.
O evento conta com a presença do Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, General-de-Brigada Márcio Roland Heise, e do Estado-Maior daquela Grande Unidade, que é sediada no Guarujá – SP, dos Comandantes das unidades:
- 1º Grupo de Artilharia Antiaérea, do Rio de Janeiro – RJ;
- 2º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Praia Grande – SP;
- 3º Grupo de Artilharia Antiaérea;
- 4º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Sete Lagoas – MG;
- 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Brasília – DF;
- Comandante da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, do Rio de Janeiro – RJ;
- oficiais do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), de Brasília – DF. e dos Comandantes da
- 6ª Bateria de Artilharia Antiaérea da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, de Santa Maria - RS e da 11ª Bateria de Artilharia Antiaérea da 11ª Brigada de Infantaria Blindada, de Itú - SP.
No dia 19 de março, terça-feira, foi recepcionado o General-de-Brigada MÁRCIO ROLAND HEISE, Comandante da 1ª Bda AAAe e comitiva, com formatura da tropa no pátio do quartel do 3º GAAAe. Após a formatura, o General MÁRCIO fez a Abertura da Reunião de Comando, que ocorreu no Auditório Marechal Castelo Branco.
Entre os assuntos em pauta, está a atualização do planejamento da defesa antiaérea para a Copa das Confederações, que acontecerá no corrente ano, quando algumas capitais brasileiras receberão jogos previstos naquele evento.
Também, será abordado o Macroprojeto de Modernização da Artilharia Antiaérea no Brasil, incluindo o estudo para a aquisição do sistema RBS-70 (Suécia) e do recebimento do sistema Gepard (Alemanha). Este último, já tendo sido enviado militares do Exército Brasileiro para capacitação técnica na Alemanha, inclusive um oficial e um sargento do 3º GAAAe.
Todo este esforço tem como meta a participação da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, incluído o 3º GAAAe, na Copa das Confederações de 2013, além de ficar em condições de ser empregada na defesa antiaérea da Jornada Mundial da Juventude, prevista para ocorrer no Rio de Janeiro, neste ano, além de ficar em condições, também, de ser empregada na defesa antiaérea da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
Também, consta da pauta, o planejamento para a realização do tiro real de artilharia antiaérea, tecnicamente chamado de Escola de Fogo de Instrução, onde, além dos materiais de artilharia antiaérea em uso, atualmente, no Exército Brasileiro, ocorrerá a participação de armamentos antiaéreos de empresas estrangeiras, interessadas em negociar com o Exército Brasileiro. Por envolver aspectos técnicos importantes, com relação a segurança para o voo de aeronaves civis e militares, o tiro real de artilharia antiaérea será realizado no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás – GO, demandando planejamento e deslocamento de veículos e equipamentos militares por longas distâncias.
Os oficiais da comitiva também visitarão a AGRALE e a MARCOPOLO ao longo da semana. A atividade deverá se encerrar na sexta-feira, dia 22 de março, com o retorno da comitiva em aeronave da Força Aérea Brasileira.
http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... -Antiaerea
Incorporação do Gepard e RBS 70 (?). Preparação para a Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude.
O 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), “Grupo Conde de Caxias”, sedia, entre os dias 18 e 22 de março de 2013, a Reunião de Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea.
O evento conta com a presença do Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, General-de-Brigada Márcio Roland Heise, e do Estado-Maior daquela Grande Unidade, que é sediada no Guarujá – SP, dos Comandantes das unidades:
- 1º Grupo de Artilharia Antiaérea, do Rio de Janeiro – RJ;
- 2º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Praia Grande – SP;
- 3º Grupo de Artilharia Antiaérea;
- 4º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Sete Lagoas – MG;
- 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, de Brasília – DF;
- Comandante da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, do Rio de Janeiro – RJ;
- oficiais do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), de Brasília – DF. e dos Comandantes da
- 6ª Bateria de Artilharia Antiaérea da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, de Santa Maria - RS e da 11ª Bateria de Artilharia Antiaérea da 11ª Brigada de Infantaria Blindada, de Itú - SP.
No dia 19 de março, terça-feira, foi recepcionado o General-de-Brigada MÁRCIO ROLAND HEISE, Comandante da 1ª Bda AAAe e comitiva, com formatura da tropa no pátio do quartel do 3º GAAAe. Após a formatura, o General MÁRCIO fez a Abertura da Reunião de Comando, que ocorreu no Auditório Marechal Castelo Branco.
Entre os assuntos em pauta, está a atualização do planejamento da defesa antiaérea para a Copa das Confederações, que acontecerá no corrente ano, quando algumas capitais brasileiras receberão jogos previstos naquele evento.
Também, será abordado o Macroprojeto de Modernização da Artilharia Antiaérea no Brasil, incluindo o estudo para a aquisição do sistema RBS-70 (Suécia) e do recebimento do sistema Gepard (Alemanha). Este último, já tendo sido enviado militares do Exército Brasileiro para capacitação técnica na Alemanha, inclusive um oficial e um sargento do 3º GAAAe.
Todo este esforço tem como meta a participação da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, incluído o 3º GAAAe, na Copa das Confederações de 2013, além de ficar em condições de ser empregada na defesa antiaérea da Jornada Mundial da Juventude, prevista para ocorrer no Rio de Janeiro, neste ano, além de ficar em condições, também, de ser empregada na defesa antiaérea da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
Também, consta da pauta, o planejamento para a realização do tiro real de artilharia antiaérea, tecnicamente chamado de Escola de Fogo de Instrução, onde, além dos materiais de artilharia antiaérea em uso, atualmente, no Exército Brasileiro, ocorrerá a participação de armamentos antiaéreos de empresas estrangeiras, interessadas em negociar com o Exército Brasileiro. Por envolver aspectos técnicos importantes, com relação a segurança para o voo de aeronaves civis e militares, o tiro real de artilharia antiaérea será realizado no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás – GO, demandando planejamento e deslocamento de veículos e equipamentos militares por longas distâncias.
Os oficiais da comitiva também visitarão a AGRALE e a MARCOPOLO ao longo da semana. A atividade deverá se encerrar na sexta-feira, dia 22 de março, com o retorno da comitiva em aeronave da Força Aérea Brasileira.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O RBS-70 é o substituto oficial do manivelado quarentinha.
Acredito que deverá constar no sistema de defesa aérea da copa do mundo de 2014. A compra dele já era manjada desde há bastante tempo, e trata-se de um equipamento barato, com munição também barata, que pode ser comprado com o próprio orçamento do Exército e em boas quantidades. Tem capacidade de ser usado contra VANTs, helicópteros e também mísseis de cruzeiro.
abraços]
Acredito que deverá constar no sistema de defesa aérea da copa do mundo de 2014. A compra dele já era manjada desde há bastante tempo, e trata-se de um equipamento barato, com munição também barata, que pode ser comprado com o próprio orçamento do Exército e em boas quantidades. Tem capacidade de ser usado contra VANTs, helicópteros e também mísseis de cruzeiro.
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amor fati
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