henriquejr escreveu:Mas é bom que se considere que a utilização de artefatos inteligentes ainda não é muito difundido em nossa região. Até mesmo os países melhor equipados, como Chile, Peru, Colombia, não devem possuir em seus arsenais uma quantidade grande destes artefatos, devendo ser, prioritariamente, utilizado em alvos de alto valor militar. Os alvos de menor importância, como colunas blindadas e demais equipamentos militares, devem ser atacados com artefatos convencionais mesmo. Basta olhar o contexto da primeira guerra do Golfo, em 1991, onde apesar das forças da OTAN já terem disponíveis grandes quantidades de artefatos inteligentes, a grande maioria dos ataques foram realizados com artefatos convencionais. Claro que a nível de OTAN isso mudou, hoje as armas inteligentes devem ser praticamente uma unanimidade mas a nível de América Latina, ainda estamos muito distantes disso.
A questão é que o custo das próprias aeronaves atuais é muito alto para que elas sejam arriscadas em ataques contra alvos de menor valor, então o padrão hoje e no futuro é adotar estas armas inteligentes. E até para alvos de menor valor como blindados estão sendo desenvolvidas armas específicas, como o míssil Brismtorm. Mísseis e bombas menores orientados por sinalizadores laser no solo também se encaixam nesta categoria armas de ataque a alvos de menor valor.
Hoje até mesmo na AL estas armas estão começando a ser utilizadas de forma mais disseminada, veja os equipamentos de lançamento e orientação que estão sendo instalados nos ST da Colômbia. Elas não são mais desenvolvidas apenas nos pólos mais avançados de tecnologia do mundo, hoje países no nível de um Irã, uma Coréia do Sul ou uma Turquia já tem condições de desenvolver armas deste tipo com custo relativamente baixo. A tendência no futuro é isso aumentar bastante mundo todo. Estas armas estão ficando baratas e simples de desenvolver com componentes off-the-shelf, e podem tornar até mesmo aeronaves antigas e consideradas obsoletas em plataformas de ataque mortais, então países que jamais sequer pensariam em tentar construir ou adquirir uma força aérea mais moderna podem tornar as seus aviões já defasados novamente em uma força digna de respeito, por uma fração do custo. É um apelo difícil de resistir para os países menores, exatamente como é o caso dos nossos vizinhos.
Leandro G. Card