O futuro da AAAe no Brasil

[Paulo Bastos]

Sempre que a tigrada fala em GEPARD (ARGH!!!) eu lembro do LEOPARD (duplo ARGH!!!). Parecem pensar que assinam contrato hoje e amanhã temos 36 peças prontinhas e operacionais. Tentem lembrar de quando foi assinado o contrato para os LEOs e quando foi recebido o lote final...

Tulio, independente do tempo de entrega dos Gepard, eles serão bem menores que o tempo de Produção do Pansir, pois ja existe uma fila de produção e para fura-la teríamos que pagar mais.

Outra coisa, os prazos de entregas dos Leopard foram acordados para conciliarem com os prazos de quitação das parcelas, ou seja, pagou/recebeu!!!!


Abraços,
Paulo Bastos

[Túlio]

(...) ou seja, pagou/recebeu!!!!


Abraços,
Paulo Bastos

E é aí que a porca torce o rabo, Paulo véio...

[Paulo Bastos]

Paulo,
36/12= 3.... Talvez seja essa a solução?

ELIGIO, não pensei em uma possivel disposição dos nossos recursos AAe mas temos que deixar claro que a defesa dos locais do evento não é de responsabilidade do EB, mas sim do COMDABRA, e este, por sua vez, pode usar os seguintes recursos atualmente:

EB = 5 GAAAe, sendo que 4 deles equipados uma Bia com 4 Canhões Bofors L70 de 40mm ligados a um EDT FILA, e outra Bia com IGLAS-S, todas com o Apoio do Radar Saber M-60 + 9 Bias AAAe, equipadas com com IGLA-S;

FAB = 2 GAAAD, cada um com uma Bia de IGLA-S;

MB = O BtlCtAetatDAAe, equipado com uma Bia de Canhões Bofors BOFI-R e outra com misseis MISTRAL, todos orientados por um radar Giraffe 50 AT.

Portanto, caso os Gepard venham, além desses temos outros recursos para a Defesa AAe.

Vejam bem, não estou comparando o Gepard ao Pantsir, pois o ultimo é muito mais sofisticado e eficiente, porem, caso eles sejam adquiridos não acredito que eles chequem a tempo, além destes não serem o verdadeiro motivo de sua aquisição, mas sim o álibi....

Corrigindo:

FAB = 2 GAAAD, que quando estiverem operacionais, terão, cada um, DUAS Bia de IGLA-S, com o Apoio do Radar Saber M-60 ;

Abraços,
Paulo Bastos

[Paulo Bastos]

(...) ou seja, pagou/recebeu!!!!


Abraços,
Paulo Bastos

E é aí que a porca torce o rabo, Paulo véio...

Mas acho que é assim com todos, não???

Lembro que no caso dos Helis Mi-35 da FAB, o motivo alegado pelo seu atrazo foi exatamente o atrazo no pagamento...


Abraços,
Paulo Bastos

[Túlio]

É do que falo. Lembras, caro amigo, de qual vez estivemos prontos para o que desse e viesse? Vale até os tempos do Império. Sempre foi na enjambração, no improviso, no puxadinho.

Mas antigamente até que funcionava, havia tempo de sobra para fazer defesa em profundidade, qualquer agressor teria de se deslocar por milhares de quilômetros até chegar a um ponto sensível, havia tempo de sobra para adquirir meios adequados de defesa.

Hoje, com a guerra acompanhada de embargo/boicote, o que não se sabe fazer é baixa certa, funciona até pifar e, na falta de repuestos, encosta num canto e canibaliza até não ter mais o que canibalizar. E há novas ameaças, como o crime organizado, cada dia mais acupinchado com o terrorismo internacional. E C4ISR para isso?

CHAMEM O FBI!!!

[eligioep]

PORTARIA Nº 465-MD, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013.
Designação para curso no exterior.

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, Interino, no uso da atribuição que lhe
confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, parágrafo único do art. 1º do
Decreto nº 2.790, de 29 de setembro de 1998, em conformidade com o disposto no art. 7º do Decreto nº
7.689, de 2 de março de 2012, resolve

DESIGNAR os militares a seguir nomeados, para viagem a Hardheim, República Federal da Alemanha, a fim de
cumprir Missão PCENA Atv V13/439/Gab Cmt Ex/2013 - Frequentar o Curso de Capacitação para o
Emprego do Sistema de Armas Antiaéreas GEPARD; com início previsto para a 1ª quinzena de março de
2013 e duração aproximada de três meses, com ônus total para o Comando do Exército:

Segue relação de 24 militares.

Fonte: Boletim do Exército nº 9, de 1º de março de 2013

[Boss]

Agora que já tem o acordo com os russos, pode vir quantos Gepards quiserem...

[Paulo Bastos]

Agora que já tem o acordo com os russos, pode vir quantos Gepards quiserem...

Ainda não tem acordo nenhum, o que foi assinado e que tanta gente faz festa é apenas um documento de intenção de compra.


Abraços,
Paulo Bastos

[J.Ricardo]

Ainda assim 03 baterias são uma quantidade quase ridícula, por ex: a do EB fica em Itaipu, a da MB fica em Angra, a FAB fica no comando da aéronática em Brasília, e o resto do país???

[talharim]

Esses Guepards depois que estiverem todos aqui o EB pode pensar com calma numa modernizaçao talvez ate mesmo integrar o Igla ficariam semelhante ao Tunguska .

Mas dessa vez nao se esqueçam de pedir permissao para a Republica Islamica Alema .

[denilson]

[LeandroGCard]

Ainda assim 03 baterias são uma quantidade quase ridícula, por ex: a do EB fica em Itaipu, a da MB fica em Angra, a FAB fica no comando da aéronática em Brasília, e o resto do país???

Nenhuma compra de nenhuma quantidade de sistemas AAe será suficiente para sequer começar a proteger todos os pontos passíveis de ataque em um país do tamanho do Brasil. Em caso de guerra será necessário verificar quais áreas estariam vulneráveis e os sistemas seriam deslocados para proteger os alvos mais importantes dentro destas áreas. Por ex: se a guerra for contra a Venezuela o RS e o RJ certamente não estariam vulneráveis devido à distância, então não haveria necessidade de proteger Itaipú ou Angra.

Mas de qualquer forma 3 baterias de sistemas de alcance curto/médio jamais comporão uma defesa AAe de verdade, servirão apenas para formação de pessoal e doutrina. É que simplesmente adquirir uma quantidade razoável para uma hipótese de guerra real (digamos, 15 baterias) teria um custo injustificável sem uma ameaça real que possamos apontar. E na verdade, se for para usar este tipo de sistema de defesa de ponto para a defesa de pontos estratégicos nenhuma quantidade jamais será suficiente, não é assim que se faz defesa aérea estratégica.


Leandro G. Card

[Lirolfuti]

Lembre-se a 1° linha de defesa anti aerea ea aviaçao de caça

[rodrigo]

Lembre-se a 1° linha de defesa anti aerea ea aviaçao de caça

Então esquece!

[FCarvalho]

Leandro, eu me arroguei a intenção de tentar vislumbrar, em termos bem básicos, esta nossa necessidade de uma organização para a nossa AAe que seja ao mesmo tempo crível e eficaz, e eis ao que cheguei:

EB: 19 GAAe e 12 Bia's AAe

- 12 GAAe, sendo 1 por Região Militar > 1 Bia (6) Canhões AAe e 2 Bia (12) lançadores BUK-M3;
- 7 GAAe, sendo 1 por Comando Militar de Área > 1 ou 2 Bia (6-12) lançadores análogo ao sistema S-300(nacionalizado);
- 5 Bia's, sendo 1 por Bgda Inf Mec > 1 Bia (6) Tor-M2K
- 5 Bia's, sendo 1 por Bgda Cav Mec > 1 Bia (6) TOR-M2K
- 1 Bia's por Bgda Inf Blda > 1 Bia (12) Pantsyr
- 1 Bia's por Bgda Cav Blda > 1 Bia (12) Pantsyr

Em números:

Canhões AAe - 72 undes
BUK-M3 - 144 lançadores
Tor-M2K - 60 lançadores
Pantsyr - 24 lançadores
S-300 - 42 a 84 lançadores

* penso que todas as OM's sejam de combate e/ou apoio ao combate e logística do EB, do nível btl/Reg para cima tem obrigatoriamente de possuir, minimamente, uma seção/destacamento ou pelotão de AAe em sua dotação orgânica primária, equipado com Manpads, sejam de ombro, sejam do tipo telecomandado(RBS-70).

* a FAB, necessita de, no mínimo, 19 bia's para a defesa de suas atuais bases aéreas operacionais(1 Bia para cada BA), o que perfaz em torno de 76 a 114 undes lançadoras do tipo escolhido; afora os necessários sistemas Manpads complementares para a defesa da infraestrutura dos SISDACTA's/SISCEAB e OM's de apoio operacional;

* a MB tem uma situação mais complicada por possuir uma infraestrutura muito porosa, com cerca de 9 DN's, dezenas de capitânias dos portos, cerca de 9 bases do CFN espalhadas pelo país e as atuais bases navais do rio de janeiro e Aramar em SP; isto tudo poderia contemplar uma demanda mínima, sob a responsabilidade do CFN de 9 bias, sendo 1 por DN, e mais as bia's orgânicas das bases CFN pelo país. só por aí seriam 18 Bia's para a MB, afora os sistemas Manpads pertinentes as demais OM's.

Esta apresentação tosca pode a princípio paracer muita coisa. E de fato, olhando-se a nossa realidade, e visão de defesa realmente ela o é. Mas, vamos nos perguntar: o que seria mais complexo e dispendioso: montar um sistema de defesa AAe sério e crível, ou ter de reconstruir tudo o que vier a ser perdido pela ausência/ineficácia dele? Note-se que as vidas humanas perdidas por isso jamais poderão ser repostas. Canhões, mísseis e coisas do gênero sempre podem ser comprados e repostos a posteriori, mas vidas humanas não. Qual o "menor" preço estamos dispostos a pagar?

abs