Paulo Bastos escreveu:Pelo que fui informado, existe sim uma exigência por parte da FIFA e COI quanto à defesa do espaço aéreo nos locais dos eventos, porem, desconheço questionamentos ou ingerências desses órgãos nas doutrinas de cada país.
Diferentemente de detalhes de locais esportivos, onde a FIFA diz até qual o tipo de plástico que deve compor as cadeiras dos estádios, o caderno de defesa não obedece um critério objetivo. O que acontece são comparações com eventos anteriores, e exigências de certos países participantes.
Podemos argumentar que o Brasil não deve se curvar a nenhuma exigência específica, ou (sei lá se virão) torcer para os países mais visados não se classificarem para a copa. Nada disso diminui a visibilidade do evento, cuja abertura e encerramento alcançam os maiores índices de audiência no mundo, uma fantástica vitrine para atentados. Podem ocorrer eventos mais simples, como a bomba caseira da Olimpíada de Atlanta (terrorismo interno) ou um evento inédito, como o sequestro de aeronaves comerciais de grande porte (como o 11 de setembro).
Existem também possibilidades que são facílimas em um país que mal possui infraestrutura, e cuja segurança de instalações essenciais beira o ridículo. Aeroportos, estações de tratamento de água, rede de distribuição elétrica, sistema de gás urbano, tudo isso possui uma precária segurança proporcionada por empresas de segurança privada, contratadas no conhecido esquema de ´´melhor preço``. Nossa realidade permite montar cordões de segurança com as forças armadas, colocando carros de combate e forças especiais em locais estratégicos, esticar ao máximo a capacidade de vigilância eletrônica, e escoltar atletas e dirigentes, até mesmo para não sofrerem com a criminalidade comum. Tudo isso com amplo apoio de delegações estrangeiras, o que ocorre sempre em todos os eventos, e que nunca se configurou atentado à soberania de nenhum país.