Ele já voa com o F414G já há um bom tempo. Os fatores críticos que determinam a autonomia já estão prontos. A aeronave já voa com sistemas que farão parte da configuração definitiva, mas eles ainda não estão completamente desenvolvidos. O único sistema que ainda não está pronto e que pode influir no alcance é o sistema de refrigeração da aeronave que, que terá de ser potencializado, demandando mais energia.Carlos Lima escreveu:
Peraí... já testaram e afirmaram a autonomia de uma aeronave que nem voou ainda e nem teve o novo motor e outros equipamentos integrados em uma célula diferente e todo mundo acha que as coisas funcionam assim na vida real e como bônus a aeronave ainda é '4%' melhor no papel do que o papel tinha previsto no rascunho original?
Eu não digo para vc se informar um pouco sobre a aeronave antes de vc falar essas coisas, pois na verdade vc já sabe de boa parte.
Se a FAB adquirir 36, seriam 120 caças E/F em operação. Há 150 Gripens C/D operando no mundo (e isso com um motor RM212 com beeem menos comunalidade com o F404 do que o F414G com o F414), o que dá um bom parâmetro.Carlos Lima escreveu:
Isso levando em consideração que até o país fabricante ainda está dependendo de outro país para finalmente produzir a aeronave em poucas quantidades e todo mundo acha que vai acontecer tudo isso fácil e barato de manter e integrar?
Quanto a facilidade de integração: tendo como parâmetro as versões em operação do caça, o que serve de base para considerar que as integraçães da aeronave E/F vai ser tão problemática como no Rafale?
A SAAB vai produzir uma média de 11 caças E/F por ano (14 unidades/ano entre 2019 a 2022 e o restante até 2027). A França produz 11 Rafales/ano e vc nunca reclamou disso.Carlos Lima escreveu: E essa belezura toda vai acontecer com uma produção mínuscula de Gripen E até quase 2030? Isso tudo de bom e os suecos vão esticar o uso dos Gripen C/D até 2030?
Ainda não se sabe se existirão biplaces. E isso pouco significa problema.Carlos Lima escreveu: E isso tudo e ninguém sabe se vai existir um biplace ainda? Essa é a 'lógica'?? Algo não faz sentido os suecos ficaram tão na corda bamba com relação a uma aeronave tão espetacular...
O F-35 e o F-22 não tem versões biplaces. Porque são aeronaves com aviônicas avançadas, não precisam de 2 pilotos. Para transição operacional, por causa também da aviônica, não julgam necessárias versões biplaces.
Ah, pelo amor de Deus. Não se atenha no tamanho da Suécia, ou não sugira que a autonomia do caça é apenas fruto de simualção de computador, pois ela já é real e muito boa.Carlos Lima escreveu:
Em todo o caso para a Suiça que é do tamanho de Sergipe isso é ótimo já que não faz diferença os 4% e o que o PowerPoint diz, mas para um país de dimensões continentais e com um grande território para defender...
Se assim fosse, a FAB teria aceito de bom grado o Mirage 2000MK2 no FX1.Carlos Lima escreveu: Mas veja bem... se uma parcela da FAB queria um F-5 do Sec. XX substituído por um F-5 do Sec. XXI o Gripen E é mais do que suficiente. Mas se é essa a FAB do futuro... fazer o que, né?
Para quem chama F-5 de 'superioridade aérea', teve que se virar com F-5 torto com fios cortados e com areia dentro nos canhões e MIII que só disparou missil ar-ar depois de 20+ de operação... tá ótimo!
É difícil alguns foristas reconhecerem que o Rafale tem seus problemas, é de péssimo custo-benefício para a FAB e há outras alternativas melhores...
(agora alguns vão recorrer a vitória na India como tentativa de justificar que eu estou errado...)
O Gripen E/F tem uma capacidade de carga, autonomia na mesma ordem de um monomotor como um F-16 ou Mirage 2000. E terá um radar com a mesma quantidade de módulos que da última versão do caça americano e uma suíte EW próxima.Carlos Lima escreveu: Refletindo um pouco mais sobre os dados simulados de 2009 do Gripen E é interessante como nisso tudo e com todas essas razões, tabelas, simulações de 2009 e os seus 4% 'simulados de rendimento extra' e projeções do papel e a aparente necessidade de um F-5 do Sec. XXI, ao invés do SHornet não veio o F-16 na shortlist já que o requerimento era algo dessa categoria! Ou mesmo o Mig-29 (isso eu sei... russo não tem vez).
O 'gap' dessa lógica toda fica no fato que junto com o Gripen deveríamos então ter o F-16 B52 ao invés do SHornet na shortlist já que o F-16 é muito mais aeronave do que o Gripen E no papel e fora dele.
Eu particulamente não gostaria de ver nem o F-16 ou o Gripen E na FAB já que acho que a FAB pode ser bemmmmmmm melhor do que isso mas seguindo a "lógica" pró-Gripen, fica a perguntinha então:
Um Gripen E no papel é melhor do que um F-16B52 com AESA e o escambaú voando? - Só no mundo aonde o "papel aceita tudo"!
Caso eu não tenha escolha, com eu sem super-trunfo, entre o Gripen do papel com todo o seu desempenho dos folhetins e Powerpoint e o F-16B52 eu sou F-16B52 desde criancinha... . E os motivos vão desde desempenho até unidades produzidas passando pelo tipo de armamento que pode ser integrado no F-16, longevidade do projeto, etc.
Quer dizer então que na shortlist deveríamos ter F-16, Gripen e Rafale (tem gente que chama de aeronave 'governista' ... o que é uma grande bobagem, mas tudo bem)?
CB_Lima
Mas a FAB está certa em se orientar por outros fatores também, que distinguiriam as aeronaves, como potencial de crescimento, participação da indústria nacional, etc...
Aliás, como eu havia colocado no post 2 páginas atrás, o Super Hornet, embora sendo um bimotor, tem um custo de hora-voo menor que os F-16 da USAF. A FAB está se guiando por projetos melhores, que não se prendem a apenas fatores que vc descreveu acima.
Está mais do que claro que o apoio ao Rafale se residia na Presidência, assim como no caso do EC-725, assim como no caso dos Mirage 2000MK2.Carlos Lima escreveu:...Rafale (tem gente que chama de aeronave 'governista' ... o que é uma grande bobagem, mas tudo bem)?
Na época do Fx1 alguns não conseguiam enxergar isso e agora não vai ser diferente.