Assuntos, dúvidas e curiosidade de Engenharia

[Petry]

Para ser um engenheiro de segurança do trabalho é necessário obrigatoriamente um curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho que atenda os requisitos mínimos do MEC, que por exemplo é no mínimo 600 horas-aula, sendo que os grandes centros universitários passam das 700 horas-aula. Isso é o dobro da carga horária de um curso de especialização em geral.

Este é um dos únicos cursos em nível de pós que atribui novas competências ao engenheiro e que não pode ser exercido por ninguém mais. O pré-requisito é ser formado em qualquer curso de engenharia ou arquitetura.

A principal função é gestão da segurança no âmbito empresarial ou prestador de serviço, desde na área de gestão até na mão na massa.

O mercado está bombando porque está faltando engenheiros no mercado, mas as empresas só contratam por serem obrigadas ou quando dá merda. O número obrigatório e de carga horária depende do tipo de serviço da empresa, seu risco e a quantidade de funcionários. Mas são poucas as empresas que necessitam obrigatoriamente engenheiros full time. É muito comum ter cargas horárias fracionadas, podendo atuar em diversas empresas ao mesmo tempo.

Os maiores beneficiados são os técnicos, pois são obrigados aos montes e em teoria ganham menos que engenheiro. O que acontece na prática é que as empresas colocam os técnicos para atuarem de engenheiros e quando precisam de alguma assinatura, contratam algum engenheiro para fazer alguma ART. Tem muito técnico ganhando o mesmo ou mais que engenheiro.

[Petry]

Edit, post replicado.

[Petry]

Edit, post replicado.

[Super Flanker]

Obrigado pelas respostas amigos.
Pessoal, fiquei com essa dúvida pois acabei de terminar um projeto na faculdade voltado pra um dispositivo de segurança em máquinas agrícolas para avisar o operador quando o trator estiver na eminência de um tombamento. E agora vou começar um projeto voltado sobre os efeitos da vibração das roçadeiras costais no operador.
E fico receoso de que eu esteja me voltando só pra uma área da engenharia que me parece não ser tão promissora.

[Petry]

A industria de proteção de máquinas é pequena mas dá muito retorno. Tu não precisa ser eng. de segurança, basta conhecer as regras específicas.

[LeandroGCard]

A industria de proteção de máquinas é pequena mas dá muito retorno. Tu não precisa ser eng. de segurança, basta conhecer as regras específicas.

Exato.

Os engenheiros de segurança no trabalho não cuidam de projetos específicos de dispositivos como os que você está desenvolvendo. Eles cuidam que os equipamentos recomendados pela legislação existam, estejam dentro das normas e sejam operados corretamente de acordo com os procedimentos de segurança estabelecidos. O projeto dos equipamentos em si é trabalho de engenheiros mecânicos, eletrônicos, mecatrônicos, etc... .


Leandro G. Card

[Rodrigoiano]

Tenho um amigo que é eng. de segurança do trabalho, trabalha em uma multinacional da área de transmissão de energia. Começou na função de eng. de segurança e já está em função gerencial. Pelo padrão de vida que leva, creio estar ganhando muito bem.

[Super Flanker]

A maior porcentagem de novos produtos e tecnologia desenvolvido no Brasil vem das universidades ou da indústria?

[Bourne]

De ambas, localizadas no exterior

[LeandroGCard]

A maior porcentagem de novos produtos e tecnologia desenvolvido no Brasil vem das universidades ou da indústria?

Novos produtos e tecnologias no Brasil? Vem dos EUA, da Europa e da China .

Falando sério agora, no Brasil se desenvolve muito pouca coisa nestas duas áreas, e este pouco é em grande parte desenvolvido dentro de empresas, como acontece em qualquer lugar do mundo. Algumas universidades como a UFSC e a Unicamp também desenvolvem alguma coisa, mas poucos são os desenvolvimentos feitos dentro de universidades brasileiras que chegam à fase de produção.


Leandro G. Card

[Rodrigoiano]

Tirando a área agropecuária - que é de renome internacional - os poucos avanços que existem em outras áreas acontecem em ilhas de excelêcia ou empresas pontuais. E parece que dado ao desenvolvimento da educação e aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, continuarão escassos os sucessos. Infelizmente.

[Super Flanker]

O que falta, também, é boa vontade de professores e pesquisadores. Pois o que eu mais vejo no departamento a faculdade em que estudo, são professores falando de futebol, comendo pipoca e rindo. Pouquíssimos, ali, produzem ou fazem algo de útil, além de dar aula.

[Bourne]

Se não ganha nada a mais por fazer pesquisa e publicar não tem por que se esforçar. Muitos vão seguir a função de dar aulas como forma contratados. E nos concursos pesa mais dar aula do que pesquisa. O que é errado. Ensinar um pesquisador bom e promissor dar aula é muito mais fácil que fazer um professor aprender a pesquisar. No fim vira professor apenas e com o tempo prepara a aula em 10 minutos. (sim monto a aula em 10 minutos)

Entretanto outro grandes grupo quer fazer nome e se divertir no mundo acadêmico. Por isso mandam ver por teimosia e conseguem os apoios extras públicos que são mixaria. O apoio privado é burocrático e difícil ter apoios privados a pesquisas aplicadas que seriam potencialmente de interesse de empresas privadas ou mecenas para apoiar pesquisa pura.

E falar de futebol, filme, mulher, pipoca e trivialidades é normal. Se o cara trabalhar direto oito horas é doido. Não aguenta dificilmente sai algo bom. Principalmente quando o trabalho e intelectual e achar as conexões demora. Por exemplo, o tuga que quer revolucionar a física teve a melhor ideia da vida sobre a velocidade da luz não ser constante depois de um festa de férias na Ásia, ainda se recuperando da bebida com duas belas moças ao lado. Outras caras de relações internacionais e economia são viciado sem futebol. Existem um francês que posta no facebook fotos dos jogos em que ele vai.

Inclusive Einstein teve a ideia da teoria da relatividade no ônibus indo para o trabalho. As melhores ideias e formas de fazer não saem enquanto se está no escritório trabalhando. E quando tu sabe o que fazer é testar a solução, analisar os resultados e partir para a próxima etapa. Essa é a parte fácil. Por isso a maioria das ideias ocorre em momentos inoportunos e quando está envolto em assuntos que não tem nada a ver.

[Bourne]

Nos EUA em que a relação e mais estreita. A Universidade de Stanford foi a gestora de profissionais, fundadores e empresas que foram para o Vale do Silício. Ainda ganharam uma montanha de dinheiro para projetos aplicados e, quando deu certo surgiram os bilionários da informática, ganharam algumas dezenas de milhões em infra-estrutura e projetos sem interesse de retorno financeiro. Inclusive existem professores milionários que tem negócios e empresas por fora.

[LEO]

O que falta, também, é boa vontade de professores e pesquisadores. Pois o que eu mais vejo no departamento a faculdade em que estudo, são professores falando de futebol, comendo pipoca e rindo. Pouquíssimos, ali, produzem ou fazem algo de útil, além de dar aula.

Acho que isso varia de Universidade pra Universidade, viu.

Na Unicamp uma boa parte dos professores dão aula por obrigação, mas na verdade se dedicam principalmente à pesquisa.