A-12

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: A-12

#10831 Mensagem por Marino » Ter Dez 04, 2012 3:35 pm

Obrigado pelo post Túlio.
Estou ficando triste de ler os comentários.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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saullo
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Re: A-12

#10832 Mensagem por saullo » Ter Dez 04, 2012 4:44 pm

Eu não fico triste com os comentários não.
O Nauta postou algo bem realista e afinado com a realidade de nossos governos que falam muito e fazem pouco.
Fico triste é com as atitudes de nossos governos com a defesa, que estão devagarinho nos conduzindo àquilo que o Túlio postou, um Exército para segurança interna, uma Força Aérea de transporte - principalmente de urnas eletrônicas, índios e políticos - e uma marinha guarda-costeira com meia dúzia de submarinos e uns poucos helicópteros.

Abraços




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Re: A-12

#10833 Mensagem por Marino » Ter Dez 04, 2012 5:20 pm

Tá bom.




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Re: A-12

#10834 Mensagem por alexmabastos » Ter Dez 04, 2012 8:21 pm

Calma pessoal...até parece que a MB faz coisas mal pensadas...Eu acredito que o SP vai navegar e bem após começarem a chegar os A4´s...
O SP pode ser até antigo mas não é do sec. 19...




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FCarvalho
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Re: A-12

#10835 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 04, 2012 8:57 pm

Marino, com todo respeito que lhe devo, e até diria admiração por sua pessoa, que em seu lugar, poderia muito bem, depois de trinta e poucos anos de MB, embalando na rede e coisas do gênero, mas não, vem aqui e alhures se dispor a discutir com leigos coisas da sua vida e experiência que para a esmagadora maioria dos brasileiros sequer teria o título de relevante.

Mas no entanto, sua tristeza não cabe na apreensão de muitos aqui, na qual me incluo por primeiro, ao ver as notícias, no que pese ao assunto Nae, visto que desde que a MB "resolveu" colocar em dia sua aviação de asa fixa a década e meia atrás, não vimos ou podemos vislumbrar melhoras consistentes quanto a mesma. Senão, pelo contrário, todo todo tipo de interpéries e contratempos, muitos deles de origem no próprio seio estatal.

Eu sinceramente gostaria muito de partilhar, talvez do que possa chamar de seu otimismo, mas meu caro amigo, se assim me permite tratá-lo, este pobre e ignorante paisano aqui, acompanhando coisas da militaria nacional a pouco mais de vinte anos, não está conseguindo perceber, ou quiçá, ler nas entrelinhas da nossa realidade atual militar melhores dias para nossa a aviação naval. Por tudo que se viu até agora e o que se tem visto.

Perceba, que eu não estou querendo desiludi-lo ou persuadi-lo de suas opiniões e/ou convicções, e nem me caberia isso, mas antes, apenas expor de forma simples, talvez até simplória, as angústias de quem, mesmo querendo e desejando dias e águas mais tranquilas para a nossa MB, infelizmente não contempla no horizonte tal possibilidade. E muito em vista porque da parte de quem deveria ser o garantidor de tal tranquilidade, vê-se simplesmente o contrário, apesar dos discursos e promessas.

Exemplifico, se ajudar a ilustrar o meu pensamento. O PAED e o LBDN que deveriam ser os documentos norteadores para esta assim chamada nova fase da defesa no Brasil, se quer foram analisados no CN. E nada consta de que o serão no ano que vem, no sentido de que suas avaliações e metas sejam transformadas em políticas, e estas em planejamento, e estes em objetivos, que por sua vez sejam feitos em ações, e estas subsidiadas a contento de acordo com aquela documentação. Porque digo isso? Porque como é de conhecimento de todos aqui, o governo simplesmente só faz passar no CN aquilo que muito bem lhe interessa os interesses menores. E dentre estes a defesa não está aquinhoada, a não ser quando convém à especificidades suas ditas de oportunidade, como o caso dos EC-725. No mais, quem nos pode ou poderá garantir que no dia em o PAED/LDBN for "votado", isto se traduzirá em orçamentos fixos e impositivos para a defesa, e a consecução dos projetos ali listados como sendo imperiosos à própria modernidade eosbrevivencia das ffaa's como tão aludido desde o anterior MD, passando pelo atual, sem que nada se faça de concreto, a não ser naquilo que a área econômica diz o seu sim. E sabemos o quanto a área econômica/financeira do governo torce o nariz para os projetos das ffaa's. Portanto, a vista do descompromisso é patente e inequívoca.

A END, tão cantada e decantada aos quatro cantos do país, ainda é muito mais um documento retórico do que prático. E isto não mudou ou nem se faz sentir mudanças efetivas para as ffaa's, apesar das reuniões, dos discursos. Na verdade, ainda continuamos batendo na mesma tecla, mais de 25 anos depois, onde toda vez que se fala em ffaa's e militares no Brasil, dentro do campo politico, somos obrigados a ouvir todo e qualquer discurso, a pequenez, a mediocridade e o tom ordinário de um bando de fdp recalcados terminar em estado de direito, democracia, obediência ao poder civil, subordinação, etc... como estes fossem fatos ineditíssimos, e como que a querer lembrar insistentemente "quem manda nessa porra aqui, agora...". Infelizmente temos uma classe dirigente que além de tão perfomática, quanto corrupta, está se fazendo tanto quanto ou mais indiferente ao zelo pelo interesse público, quanto possa ser o mais corrupta possível.

Eu não sei porque ainda insisto em acreditar em Nae's e numa aviação embarcada moderna na MB. Sinceramente, talvez mais por necessidade de acreditar que ainda exista algo de bom e sadio em que possamos crer neste país, do que menos por suas chances de vir a ser um dia o que sonhamos e desejamos.

Não temos dinheiro para manter um Nae idoso e cada vez mais problemático. Não temos/tivemos dinheiro para manter um simples esquadrão de caças de 2a geração. Não temos/tivemos dinheiro sequer para fomentar doutrina de aviação de asas fixa na MB. Já são 15 anos Marino. Não são 1,5 anos ou 15 meses. São 15 anos! E tal e qual a artilharia no EB e a caça na FAB, a aviação naval de asas fixas e seus Nae's na MB parecem ser, ou estar se tornando, meros brinquedinhos de luxo, cada vez mais distantes de nossa realidade, e/ou mesmo pretensões, diante de um país cada vez mais politicamente correto, e tão arraigado, quanto arrogante, aos avanços e perspectivas econômicas e políticas. Ao menos na visão dos detentores do poder é assim, posto que dão a entender, tais áreas como menos importantes, ou quiçá desnecessárias ao seu projeto de poder; mesmo que isso signifique torná-las desnecessárias ao país, e consequentemente, dispensáveis, no pesamento geral da sociedade, à vida nacional.

Todos os projetos do MD, que estão aí de alguma forma andando, é sempre bom lembrar, de alguma maneira e em algum tempo, só estão indo à frente porque entraram no rol de interesses imediatistas do poder político. E parece pouco importar se todos os outros, da mesma importância e quilate de necessidade, possam estar até hoje a míngua, esperando pela boa vontade de quem de direito ,crê-los mais importante a si do que ao país, afim de serem dignos de implementação.

Que poderemos esperar, pergunto eu? Sinceramente, eu não sei.

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Re: A-12

#10836 Mensagem por Lord Nauta » Qua Dez 05, 2012 7:07 am

FCarvalho escreveu:Marino, com todo respeito que lhe devo, e até diria admiração por sua pessoa, que em seu lugar, poderia muito bem, depois de trinta e poucos anos de MB, embalando na rede e coisas do gênero, mas não, vem aqui e alhures se dispor a discutir com leigos coisas da sua vida e experiência que para a esmagadora maioria dos brasileiros sequer teria o título de relevante.

Mas no entanto, sua tristeza não cabe na apreensão de muitos aqui, na qual me incluo por primeiro, ao ver as notícias, no que pese ao assunto Nae, visto que desde que a MB "resolveu" colocar em dia sua aviação de asa fixa a década e meia atrás, não vimos ou podemos vislumbrar melhoras consistentes quanto a mesma. Senão, pelo contrário, todo todo tipo de interpéries e contratempos, muitos deles de origem no próprio seio estatal.

Eu sinceramente gostaria muito de partilhar, talvez do que possa chamar de seu otimismo, mas meu caro amigo, se assim me permite tratá-lo, este pobre e ignorante paisano aqui, acompanhando coisas da militaria nacional a pouco mais de vinte anos, não está conseguindo perceber, ou quiçá, ler nas entrelinhas da nossa realidade atual militar melhores dias para nossa a aviação naval. Por tudo que se viu até agora e o que se tem visto.

Perceba, que eu não estou querendo desiludi-lo ou persuadi-lo de suas opiniões e/ou convicções, e nem me caberia isso, mas antes, apenas expor de forma simples, talvez até simplória, as angústias de quem, mesmo querendo e desejando dias e águas mais tranquilas para a nossa MB, infelizmente não contempla no horizonte tal possibilidade. E muito em vista porque da parte de quem deveria ser o garantidor de tal tranquilidade, vê-se simplesmente o contrário, apesar dos discursos e promessas.

Exemplifico, se ajudar a ilustrar o meu pensamento. O PAED e o LBDN que deveriam ser os documentos norteadores para esta assim chamada nova fase da defesa no Brasil, se quer foram analisados no CN. E nada consta de que o serão no ano que vem, no sentido de que suas avaliações e metas sejam transformadas em políticas, e estas em planejamento, e estes em objetivos, que por sua vez sejam feitos em ações, e estas subsidiadas a contento de acordo com aquela documentação. Porque digo isso? Porque como é de conhecimento de todos aqui, o governo simplesmente só faz passar no CN aquilo que muito bem lhe interessa os interesses menores. E dentre estes a defesa não está aquinhoada, a não ser quando convém à especificidades suas ditas de oportunidade, como o caso dos EC-725. No mais, quem nos pode ou poderá garantir que no dia em o PAED/LDBN for "votado", isto se traduzirá em orçamentos fixos e impositivos para a defesa, e a consecução dos projetos ali listados como sendo imperiosos à própria modernidade eosbrevivencia das ffaa's como tão aludido desde o anterior MD, passando pelo atual, sem que nada se faça de concreto, a não ser naquilo que a área econômica diz o seu sim. E sabemos o quanto a área econômica/financeira do governo torce o nariz para os projetos das ffaa's. Portanto, a vista do descompromisso é patente e inequívoca.

A END, tão cantada e decantada aos quatro cantos do país, ainda é muito mais um documento retórico do que prático. E isto não mudou ou nem se faz sentir mudanças efetivas para as ffaa's, apesar das reuniões, dos discursos. Na verdade, ainda continuamos batendo na mesma tecla, mais de 25 anos depois, onde toda vez que se fala em ffaa's e militares no Brasil, dentro do campo politico, somos obrigados a ouvir todo e qualquer discurso, a pequenez, a mediocridade e o tom ordinário de um bando de fdp recalcados terminar em estado de direito, democracia, obediência ao poder civil, subordinação, etc... como estes fossem fatos ineditíssimos, e como que a querer lembrar insistentemente "quem manda nessa porra aqui, agora...". Infelizmente temos uma classe dirigente que além de tão perfomática, quanto corrupta, está se fazendo tanto quanto ou mais indiferente ao zelo pelo interesse público, quanto possa ser o mais corrupta possível.

Eu não sei porque ainda insisto em acreditar em Nae's e numa aviação embarcada moderna na MB. Sinceramente, talvez mais por necessidade de acreditar que ainda exista algo de bom e sadio em que possamos crer neste país, do que menos por suas chances de vir a ser um dia o que sonhamos e desejamos.

Não temos dinheiro para manter um Nae idoso e cada vez mais problemático. Não temos/tivemos dinheiro para manter um simples esquadrão de caças de 2a geração. Não temos/tivemos dinheiro sequer para fomentar doutrina de aviação de asas fixa na MB. Já são 15 anos Marino. Não são 1,5 anos ou 15 meses. São 15 anos! E tal e qual a artilharia no EB e a caça na FAB, a aviação naval de asas fixas e seus Nae's na MB parecem ser, ou estar se tornando, meros brinquedinhos de luxo, cada vez mais distantes de nossa realidade, e/ou mesmo pretensões, diante de um país cada vez mais politicamente correto, e tão arraigado, quanto arrogante, aos avanços e perspectivas econômicas e políticas. Ao menos na visão dos detentores do poder é assim, posto que dão a entender, tais áreas como menos importantes, ou quiçá desnecessárias ao seu projeto de poder; mesmo que isso signifique torná-las desnecessárias ao país, e consequentemente, dispensáveis, no pesamento geral da sociedade, à vida nacional.

Todos os projetos do MD, que estão aí de alguma forma andando, é sempre bom lembrar, de alguma maneira e em algum tempo, só estão indo à frente porque entraram no rol de interesses imediatistas do poder político. E parece pouco importar se todos os outros, da mesma importância e quilate de necessidade, possam estar até hoje a míngua, esperando pela boa vontade de quem de direito ,crê-los mais importante a si do que ao país, afim de serem dignos de implementação.

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Re: A-12

#10837 Mensagem por Lord Nauta » Qua Dez 05, 2012 7:08 am

FCarvalho escreveu:Marino, com todo respeito que lhe devo, e até diria admiração por sua pessoa, que em seu lugar, poderia muito bem, depois de trinta e poucos anos de MB, embalando na rede e coisas do gênero, mas não, vem aqui e alhures se dispor a discutir com leigos coisas da sua vida e experiência que para a esmagadora maioria dos brasileiros sequer teria o título de relevante.

Mas no entanto, sua tristeza não cabe na apreensão de muitos aqui, na qual me incluo por primeiro, ao ver as notícias, no que pese ao assunto Nae, visto que desde que a MB "resolveu" colocar em dia sua aviação de asa fixa a década e meia atrás, não vimos ou podemos vislumbrar melhoras consistentes quanto a mesma. Senão, pelo contrário, todo todo tipo de interpéries e contratempos, muitos deles de origem no próprio seio estatal.

Eu sinceramente gostaria muito de partilhar, talvez do que possa chamar de seu otimismo, mas meu caro amigo, se assim me permite tratá-lo, este pobre e ignorante paisano aqui, acompanhando coisas da militaria nacional a pouco mais de vinte anos, não está conseguindo perceber, ou quiçá, ler nas entrelinhas da nossa realidade atual militar melhores dias para nossa a aviação naval. Por tudo que se viu até agora e o que se tem visto.

Perceba, que eu não estou querendo desiludi-lo ou persuadi-lo de suas opiniões e/ou convicções, e nem me caberia isso, mas antes, apenas expor de forma simples, talvez até simplória, as angústias de quem, mesmo querendo e desejando dias e águas mais tranquilas para a nossa MB, infelizmente não contempla no horizonte tal possibilidade. E muito em vista porque da parte de quem deveria ser o garantidor de tal tranquilidade, vê-se simplesmente o contrário, apesar dos discursos e promessas.

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A END, tão cantada e decantada aos quatro cantos do país, ainda é muito mais um documento retórico do que prático. E isto não mudou ou nem se faz sentir mudanças efetivas para as ffaa's, apesar das reuniões, dos discursos. Na verdade, ainda continuamos batendo na mesma tecla, mais de 25 anos depois, onde toda vez que se fala em ffaa's e militares no Brasil, dentro do campo politico, somos obrigados a ouvir todo e qualquer discurso, a pequenez, a mediocridade e o tom ordinário de um bando de fdp recalcados terminar em estado de direito, democracia, obediência ao poder civil, subordinação, etc... como estes fossem fatos ineditíssimos, e como que a querer lembrar insistentemente "quem manda nessa porra aqui, agora...". Infelizmente temos uma classe dirigente que além de tão perfomática, quanto corrupta, está se fazendo tanto quanto ou mais indiferente ao zelo pelo interesse público, quanto possa ser o mais corrupta possível.

Eu não sei porque ainda insisto em acreditar em Nae's e numa aviação embarcada moderna na MB. Sinceramente, talvez mais por necessidade de acreditar que ainda exista algo de bom e sadio em que possamos crer neste país, do que menos por suas chances de vir a ser um dia o que sonhamos e desejamos.

Não temos dinheiro para manter um Nae idoso e cada vez mais problemático. Não temos/tivemos dinheiro para manter um simples esquadrão de caças de 2a geração. Não temos/tivemos dinheiro sequer para fomentar doutrina de aviação de asas fixa na MB. Já são 15 anos Marino. Não são 1,5 anos ou 15 meses. São 15 anos! E tal e qual a artilharia no EB e a caça na FAB, a aviação naval de asas fixas e seus Nae's na MB parecem ser, ou estar se tornando, meros brinquedinhos de luxo, cada vez mais distantes de nossa realidade, e/ou mesmo pretensões, diante de um país cada vez mais politicamente correto, e tão arraigado, quanto arrogante, aos avanços e perspectivas econômicas e políticas. Ao menos na visão dos detentores do poder é assim, posto que dão a entender, tais áreas como menos importantes, ou quiçá desnecessárias ao seu projeto de poder; mesmo que isso signifique torná-las desnecessárias ao país, e consequentemente, dispensáveis, no pesamento geral da sociedade, à vida nacional.

Todos os projetos do MD, que estão aí de alguma forma andando, é sempre bom lembrar, de alguma maneira e em algum tempo, só estão indo à frente porque entraram no rol de interesses imediatistas do poder político. E parece pouco importar se todos os outros, da mesma importância e quilate de necessidade, possam estar até hoje a míngua, esperando pela boa vontade de quem de direito ,crê-los mais importante a si do que ao país, afim de serem dignos de implementação.

Que poderemos esperar, pergunto eu? Sinceramente, eu não sei.

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Re: A-12

#10838 Mensagem por talharim » Qua Dez 05, 2012 9:08 am

CENTRO DE MANUTENÇÃO DE SISTEMAS
EXTRATOS DE CONTRATOS
CONTRATO N° 40200/2012- 004/00; CONTRATADA: Atmos Sistemas
LTDA.; CONTRATANTE: Centro de Manutenção de Sistemas
da Marinha; OBJETO: Fornecimento por encomenda de um alimentador
primário do Radar DRBV-15 (P/N20194085) do Navio Aeródromo
São Paulo (NAeSPO); VALOR TOTAL: R$ 123.500,00;
FUNDAMENTO LEGAL: Parágrafo único do art. 61 da Lei nº
8.666/93; VIGÊNCIA: 120 dias; e DATA DA ASSINATURA:
26/ 11/ 2012.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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Re: A-12

#10839 Mensagem por Marino » Qua Dez 05, 2012 11:00 am

Prezado FCarvalho, desculpe pela demora em responder-lhe.
É uma satisfação ser chamado de amigo por você. Saiba que o considero da mesma maneira.
O triste de minha parte foi ter pensado que tinha conseguido, em todos estes anos postando aqui no DB, e em outros fóruns, fazer com que entendessem como pensa a MB, especificamente sobre o PA.
Da importância do mesmo creio que não preciso voltar a tratar.
Aqui no DB mesmo existe um tópico, chamado Porta-Aviões, em que discutimos a exaustão o tema.
No site do Padilha existe outro artigo sobre o assunto na coluna Mar & Guerra.
Um outro esquecido tópico, o Estratégia Naval, mostra muito mais sobre o assunto.
Veja, a MB apresentou ao poder político da nação sua visão de defesa.
Ela foi tão bem articulada e entendida, que este mesmo poder político determinou que a Marinha criasse uma segunda esquadra, com um segundo PA como capitânea.
Se o atual governo não fornece os recursos financeiros necessários para mantermos nossa força no nível que gostaríamos, o PA como foco, paciência.
A MB não trabalha com governos, temporalmente falando, trabalha "secularmente".
A China é elogiada por agir assim, e a MB criticada. Vai entender.
Quantos anos levamos para termos o programa nuclear aceito como programa de governo?
Quanto pagamos pela "teimosia" de mantê-lo ativo a qualquer custo?
Fizemos bem ao tomar esta decisão?
Sobre PAs, vemos da mesma maneira.
Sabemos de sua importância, o governo também.
Nunca vamos desistir do mesmo, nunca, mesmo que nos custe muito ATUALMENTE.
Vamos continuar a ouvir que é o ego dos Almirantes que faz com que teimemos, que só serve para desfile naval, etc.
Mas nós, que vamos morrer em uma guerra no mar, sabemos para que realmente serve o meio.
Veja desta maneira meu desabafo.
Forte abraço




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Re: A-12

#10840 Mensagem por Luiz Bastos » Qua Dez 05, 2012 1:19 pm

Galera.


Passei ontem pela base naval e não vi o São Paulo. Acho que saiu para mais um teste.




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#10841 Mensagem por Túlio » Qua Dez 05, 2012 2:35 pm

ÓTIMA notícia!!! :D :D :D :D




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: A-12

#10842 Mensagem por denilson » Qua Dez 05, 2012 2:42 pm

Luiz Bastos escreveu:Galera.


Passei ontem pela base naval e não vi o São Paulo. Acho que saiu para mais um teste.
Ele afundou??? [018]




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Re: A-12

#10843 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 05, 2012 2:58 pm

Sem problemas meu caro, é sempre um prazer conversar consigo.
Despculpe-me o retalho em seu texto, mas segue alguns pontos de vista.
Marino escreveu:Prezado FCarvalho, desculpe pela demora em responder-lhe.
É uma satisfação ser chamado de amigo por você. Saiba que o considero da mesma maneira.
O triste de minha parte foi ter pensado que tinha conseguido, em todos estes anos postando aqui no DB, e em outros fóruns, fazer com que entendessem como pensa a MB, especificamente sobre o PA.
Da importância do mesmo creio que não preciso voltar a tratar.
Aqui no DB mesmo existe um tópico, chamado Porta-Aviões, em que discutimos a exaustão o tema.
No site do Padilha existe outro artigo sobre o assunto na coluna Mar & Guerra.
Um outro esquecido tópico, o Estratégia Naval, mostra muito mais sobre o assunto.
Veja, a MB apresentou ao poder político da nação sua visão de defesa.
Ela foi tão bem articulada e entendida, que este mesmo poder político determinou que a Marinha criasse uma segunda esquadra, com um segundo PA como capitânea.
Se o atual governo não fornece os recursos financeiros necessários para mantermos nossa força no nível que gostaríamos, o PA como foco, paciência.
A MB não trabalha com governos, temporalmente falando, trabalha "secularmente".
A China é elogiada por agir assim, e a MB criticada. Vai entender.

Quanto a parte acima, irretocável. Pagamos o preço da inépcia social e da indigência política. Colheremos os seus frutos a seu tempo. Mal ou bem.

Quantos anos levamos para termos o programa nuclear aceito como programa de governo?
Mais de trinta. Mas não deveria e nem deve ser assim. Será que teremos, da mesma forma, tanto tempo à frente para alcançar a efetivação de outros projetos importantes como o Nae? O bom Deus tem nos abençoado abundantemente, mas não penso que devamos abusar de tantas graças recebidas. É preciso buscar celeridade e maturidade. Nossos netos, e o sangue de muitos militares de agora e no futuro não derramados, com certeza nos agradecerão.

Quanto pagamos pela "teimosia" de mantê-lo ativo a qualquer custo?
Para mim, este programa ainda está saindo barato ao país. Mas não aqueles que crêem ser caríssimo qualquer investimento que não lhes traga lucros pessoais. E menos ainda à sociedade brasileira, que mesmo morando à séculos à beira mar, este ainda lhe é não mais que um ilustríssimo desconhecido.

Fizemos bem ao tomar esta decisão? Com certeza absoluta.
Sobre PAs, vemos da mesma maneira.
Sabemos de sua importância, o governo também.
Nunca vamos desistir do mesmo, nunca, mesmo que nos custe muito ATUALMENTE.
Vamos continuar a ouvir que é o ego dos Almirantes que faz com que teimemos, que só serve para desfile naval, etc.
Mas nós, que vamos morrer em uma guerra no mar, sabemos para que realmente serve o meio.
Veja desta maneira meu desabafo.
Compreendo e admiro sua posição e a da MB. Por isso que continuo "invejando" até hoje este uniforme. Tens e terás sempre meu apoio, mesmo que isso não seja grandes coisa.
Só tenho a lamentar que talvez as gerações futuras, e nem a história, não nos dêem um julgamento tão justo ou ameno quanto fosse possível, visto que a arrogância e a tibieza moral e cívica da atual geração estão a nos incriminar cada vez mais no seu ócio imbecil frente à admiração pela novidade e frivolidade dos novos ricos e da classe média recém descoberta.

Forte abraço
cumprimentos. [009]




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Re: A-12

#10844 Mensagem por saullo » Qua Dez 05, 2012 4:18 pm

FCarvalho escreveu:Sem problemas meu caro, é sempre um prazer conversar consigo.
Despculpe-me o retalho em seu texto, mas segue alguns pontos de vista.
Marino escreveu:Prezado FCarvalho, desculpe pela demora em responder-lhe.
É uma satisfação ser chamado de amigo por você. Saiba que o considero da mesma maneira.
O triste de minha parte foi ter pensado que tinha conseguido, em todos estes anos postando aqui no DB, e em outros fóruns, fazer com que entendessem como pensa a MB, especificamente sobre o PA.
Da importância do mesmo creio que não preciso voltar a tratar.
Aqui no DB mesmo existe um tópico, chamado Porta-Aviões, em que discutimos a exaustão o tema.
No site do Padilha existe outro artigo sobre o assunto na coluna Mar & Guerra.
Um outro esquecido tópico, o Estratégia Naval, mostra muito mais sobre o assunto.
Veja, a MB apresentou ao poder político da nação sua visão de defesa.
Ela foi tão bem articulada e entendida, que este mesmo poder político determinou que a Marinha criasse uma segunda esquadra, com um segundo PA como capitânea.
Se o atual governo não fornece os recursos financeiros necessários para mantermos nossa força no nível que gostaríamos, o PA como foco, paciência.
A MB não trabalha com governos, temporalmente falando, trabalha "secularmente".
A China é elogiada por agir assim, e a MB criticada. Vai entender.

Quanto a parte acima, irretocável. Pagamos o preço da inépcia social e da indigência política. Colheremos os seus frutos a seu tempo. Mal ou bem.

Quantos anos levamos para termos o programa nuclear aceito como programa de governo?
Mais de trinta. Mas não deveria e nem deve ser assim. Será que teremos, da mesma forma, tanto tempo à frente para alcançar a efetivação de outros projetos importantes como o Nae? O bom Deus tem nos abençoado abundantemente, mas não penso que devamos abusar de tantas graças recebidas. É preciso buscar celeridade e maturidade. Nossos netos, e o sangue de muitos militares de agora e no futuro não derramados, com certeza nos agradecerão.

Quanto pagamos pela "teimosia" de mantê-lo ativo a qualquer custo?
Para mim, este programa ainda está saindo barato ao país. Mas não aqueles que crêem ser caríssimo qualquer investimento que não lhes traga lucros pessoais. E menos ainda à sociedade brasileira, que mesmo morando à séculos à beira mar, este ainda lhe é não mais que um ilustríssimo desconhecido.

Fizemos bem ao tomar esta decisão? Com certeza absoluta.
Sobre PAs, vemos da mesma maneira.
Sabemos de sua importância, o governo também.
Nunca vamos desistir do mesmo, nunca, mesmo que nos custe muito ATUALMENTE.
Vamos continuar a ouvir que é o ego dos Almirantes que faz com que teimemos, que só serve para desfile naval, etc.
Mas nós, que vamos morrer em uma guerra no mar, sabemos para que realmente serve o meio.
Veja desta maneira meu desabafo.
Compreendo e admiro sua posição e a da MB. Por isso que continuo "invejando" até hoje este uniforme. Tens e terás sempre meu apoio, mesmo que isso não seja grandes coisa.
Só tenho a lamentar que talvez as gerações futuras, e nem a história, não nos dêem um julgamento tão justo ou ameno quanto fosse possível, visto que a arrogância e a tibieza moral e cívica da atual geração estão a nos incriminar cada vez mais no seu ócio imbecil frente à admiração pela novidade e frivolidade dos novos ricos e da classe média recém descoberta.

Forte abraço
cumprimentos. [009]
Muito boa essa conversa, uma complementou a outra.

Abraços




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Marino
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Re: A-12

#10845 Mensagem por Marino » Qui Dez 06, 2012 6:26 pm

Trecho do discurso do MD na Câmara dos Deputados na abertura do Simpósio sobre Defesa Nacional:
"Necessitamos de submarinos (de propulsão convencional e nuclear) e navios de superfície capazes de negar o uso de nossos mares a potenciais adversários.
A Força Naval deve fortalecer suas capacidades controle das águas marítimas e interiores e de projeção de poder.
A criação de uma Segunda Esquadra e a previsão, já agora, de construção, em estaleiro nacional, do próximo navio aeródromo brasileiro deverão ser vislumbrados no horizonte de nossa ação."




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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