Eleições Presidenciais de 2012, EUA
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Vai ganhar quem conseguir que o eleitor independente vote por medo contra o adversário.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Eu não entendo esse sentimento de "escândalo" que muitos têm ao ver que nos EUA um presidente pode ser eleito sem ter a maioria absoluta da população (como Bush em 2000, acho).
O modelo eleitoral americano atual, pra mim, é o correto para uma federação.
Cada Estado "vota" pelo seu candidato, já que utilizam aquele método do "winner takes all", que faz todos os delegados irem com o vencedor por maioria absoluta no estado ( com exceção de Nebraska e Maine que repartem os votos dos distritos - lá os estados que regulam boa parte das regras eleitorais).
O modelo eleitoral americano atual, pra mim, é o correto para uma federação.
Cada Estado "vota" pelo seu candidato, já que utilizam aquele método do "winner takes all", que faz todos os delegados irem com o vencedor por maioria absoluta no estado ( com exceção de Nebraska e Maine que repartem os votos dos distritos - lá os estados que regulam boa parte das regras eleitorais).
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
O modelo norte-americano foi criado no século XIX. Era o que dava para fazer na época e tentar não ser influenciado pelas pressões locais. Além de ser o maior país e com mais população a tentar fazer uma eleição nacional.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Vídeo demolidor mostrando os discursos de Obama vs ações. Precisa de inglês básico para entender:
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Em matéria de escândalo, temos que corrigir a proporcionalidade dos votos dos eleitores dos estados brasileiros. O estado de SP tem sido prejudicado há décadas com o sistema que prevalece no Brasil.Boss escreveu:Eu não entendo esse sentimento de "escândalo" que muitos têm ao ver que nos EUA um presidente pode ser eleito sem ter a maioria absoluta da população (como Bush em 2000, acho).
O modelo eleitoral americano atual, pra mim, é o correto para uma federação.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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O que ela quer da gente é coragem."
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Independente do resultado amanhã, o que se mostra é um país dividido, com uma divisão agressiva. Obama foi a maior fraude que o marketing criou nos últimos tempos.Quiron escreveu:Vídeo demolidor mostrando os discursos de Obama vs ações. Precisa de inglês básico para entender:
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
O grande problema do Obama, é que é uma decepção para ambos os lados.rodrigo escreveu:Independente do resultado amanhã, o que se mostra é um país dividido, com uma divisão agressiva. Obama foi a maior fraude que o marketing criou nos últimos tempos.Quiron escreveu:Vídeo demolidor mostrando os discursos de Obama vs ações. Precisa de inglês básico para entender:
Tanto para os republicanos, porque o Obama não é republicano, quanto para os democratas, porque ele é republicano
abraços]
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Este video tem duas partes: uma procurar destruir a imagem de Obama através de "fatos"; a outra parte é uma propaganda das idéias conservadoras americanas.Quiron escreveu:Vídeo demolidor mostrando os discursos de Obama vs ações. Precisa de inglês básico para entender:
Na primeira parte comparam-se os números da economia nas administrações Bush e Obama, ressaltando-se a incapacidade de Obama em cumprir suas promessas de campanha. Obviamente nenhuma menção é feita ao fato de que Obama está lutando desesperadamente contra a maior recessão mundial desde 1929, recessão esta causada pela política econômica de Bush, mas cujas consequências impactaram em cheio a administração Obama.
A segunda parte é uma ode ao individualismo neocon. É a ideologia dos conservadores americanos para o mundo, pregando o direito dos mais fortes fazerem prevalecer seus interesses sobre os da coletividade.
Cuidado: em nível internacional está implícito que o poder econômico americano tem o direito legítimo de impor sua vontade sobre os fracos. Que os americanos não vão aceitar qualquer sacrifício, por mínimo que seja, para melhorar as condições ambientais do planeta e nem para diminuir o nível de pobreza de outros povos.
[]´s,
JT
Editado pela última vez por JT8D em Seg Nov 05, 2012 1:14 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
A dinâmica da eleição norte-americana é única.
Não importa o nome, mas sim que o meu candidato (democrata ou republicano) esteja eleito e ocupe por quatro anos a Casa Branca. A eleição de fato é democrática no sentido de permitir escolha dentro das prévias do partido. Uma vez decidido acabou. É o escolhido e terá o apoio da massa do partido. Existem exceções, mas são raras e estão praticamente fora do partido de origem.
Nos EUA, apelo menos há um século, as eleições são divididas entre democratas e republicanos. E, como não voto não é obrigatório, menos de metade vota. Desta metade parte é democrata e outra republicana. Não mudam de lado. E um centro muito pequeno que realmente escolhe um lado a cada pleito e decide a eleição.
A campanha norte-americana é livre e mais baixa possível. Fazem de tudo para detonar o outro candidato. É uma guerra. Sem classe, ética ou elegância. O importante é conquistar os poucos indecisos que pode mudar de voto e lembrar seus apoiadores que precisam aparecer para efetivar o voto para ouro não ganhar.
Esse sistema acaba criando maior estabilidade. Quando chega ao poder precisa conversar com o próprio partido que é mais fácil. Além do que como os nomes não são de senhores feudais fica mais fácil subir na hierarquia do partido e se destacar. No fim pouco muda entre republicanos e democratas apesar de defenderem grupos e discursos diferentes.
Em contraste, no Brasil não tem dois partidos fortes. As alianças são confusas. Os eleitores são voláteis. Ter mais de 1/3 mudando de lado a cada eleição é muita coisa. É uma confusão semelhante a Europa e na maioria dos países.
Não importa o nome, mas sim que o meu candidato (democrata ou republicano) esteja eleito e ocupe por quatro anos a Casa Branca. A eleição de fato é democrática no sentido de permitir escolha dentro das prévias do partido. Uma vez decidido acabou. É o escolhido e terá o apoio da massa do partido. Existem exceções, mas são raras e estão praticamente fora do partido de origem.
Nos EUA, apelo menos há um século, as eleições são divididas entre democratas e republicanos. E, como não voto não é obrigatório, menos de metade vota. Desta metade parte é democrata e outra republicana. Não mudam de lado. E um centro muito pequeno que realmente escolhe um lado a cada pleito e decide a eleição.
A campanha norte-americana é livre e mais baixa possível. Fazem de tudo para detonar o outro candidato. É uma guerra. Sem classe, ética ou elegância. O importante é conquistar os poucos indecisos que pode mudar de voto e lembrar seus apoiadores que precisam aparecer para efetivar o voto para ouro não ganhar.
Esse sistema acaba criando maior estabilidade. Quando chega ao poder precisa conversar com o próprio partido que é mais fácil. Além do que como os nomes não são de senhores feudais fica mais fácil subir na hierarquia do partido e se destacar. No fim pouco muda entre republicanos e democratas apesar de defenderem grupos e discursos diferentes.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Manteve-se assim até hoje porque é o correto para uma federação.Bourne escreveu:O modelo norte-americano foi criado no século XIX. Era o que dava para fazer na época e tentar não ser influenciado pelas pressões locais. Além de ser o maior país e com mais população a tentar fazer uma eleição nacional.
Os estados lá decidem muita coisa, até mesmo nas eleições federais.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Aqui muita coisa tem que ser corrigida.rodrigo escreveu: Em matéria de escândalo, temos que corrigir a proporcionalidade dos votos dos eleitores dos estados brasileiros. O estado de SP tem sido prejudicado há décadas com o sistema que prevalece no Brasil.
A principal é tirar da União um considerável poder financeiro e legislativo. Brasília já se provou incompetente para administrar tanto dinheiro de impostos e cuidar da legislação de um continente inteiro.
Tirando São Paulo, por sua economia gigante, todos os outros Estados não tem dinheiro para nada. Tem que ficar indo com o pires na mão para Brasília, para negociar dívida, para pedir dinheiro para o BNDES, para pedir investimento federal, etc.
E as diferenças regionais são ignoradas, já que a maioria das leis são feitas pela União, e aplicadas de forma uniforme pela Federação.
Tem que trazer o poder de legislar e o dinheiro para mais perto do povo, para os Estados. Ficará muito mais fácil para fiscalizarmos e elegermos melhores candidatos, que legislam sobre coisas relevantes. Hoje, deputado estadual legisla menos que vereador. Pagamos eles por capricho, já que não fazem quase nada.
Se o modelo federativo é cláusula pétra da Constituição, que se torne algo eficiente, e não essa coisa estragada.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
É assim desde a revolução dos anos 1930. A autonomia dos estados devido as oligarquias locais foi sufocada. De Getúlio Vargas em diante o lema foi centralizar o poder. Até hoje é assim e o governo federal não quer dar a autonomia para os estados. E realmente alguns estados não tem estrutura institucional para formular e aplicar políticas de desenvolvimento. Não que seja devido a serem deficitários ou superavitários no sistema. O país não é homogêneo sendo normal algumas regiões precisarem de ajuda.
Nos Estados Unidos a relação entre estados e governo federal sempre foi diferente. Os estados possui muita autonomia. O que não quer dizer não investe nos estados mais atrasados ou dificuldades. O dinheiro federal que construiu a rede de auto-estradas, o meio oeste se livrar das tempestades negras, desenvolver o Alasca entre outras. No fim das contas não precisa ir a Washington por qualquer coisa.
Resumindo a diferença é que o Brasil pensa que é uma França ou Bélgica e centraliza as decisões, enquanto os EUA funcionam como muitos países que recebem ajuda da federação que organiza os interesses comuns e externos.
Nos Estados Unidos a relação entre estados e governo federal sempre foi diferente. Os estados possui muita autonomia. O que não quer dizer não investe nos estados mais atrasados ou dificuldades. O dinheiro federal que construiu a rede de auto-estradas, o meio oeste se livrar das tempestades negras, desenvolver o Alasca entre outras. No fim das contas não precisa ir a Washington por qualquer coisa.
Resumindo a diferença é que o Brasil pensa que é uma França ou Bélgica e centraliza as decisões, enquanto os EUA funcionam como muitos países que recebem ajuda da federação que organiza os interesses comuns e externos.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
A diferença é que o Brasil não é uma federação e os EUA são.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Bourne escreveu:
Em contraste, no Brasil não tem dois partidos fortes. As alianças são confusas. Os eleitores são voláteis. Ter mais de 1/3 mudando de lado a cada eleição é muita coisa. É uma confusão semelhante a Europa e na maioria dos países.
Em Portugal temos 2 partidos fortes há quase 40 anos e vê a boa m.... em que nos meteram!
Triste sina ter nascido português
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA
Não adiantar ter 1 partido ou 20 partidos se os políticos são os mesmos. Muda-se o discurso mas permanecem os atos de sempre. É preciso acabar com a figura do político profissional limitando as vezes em que cada um pode ocupar os cargos políticos. Por mim cada cargo (senador, deputado, prefeito etc) só poderia ser ocupado uma única vez pela mesma pessoa em toda sua vida. Teve sua chance, acabou.
A possibilidade de se manter a vida toda na política criou esses malditos clãs que vemos desde sempre em nossos governos, rodeados de vampiros querendo mamar no Estado e dispostos a tudo para manter seu meio de vida, sempre negociando cargos e aprovação de leis de forma a se manterem ali, o que desvirtua todo o processo democrático, pois trabalham apenas para si mesmos e os seus.
Política tem que ser vocação e não profissão.
A possibilidade de se manter a vida toda na política criou esses malditos clãs que vemos desde sempre em nossos governos, rodeados de vampiros querendo mamar no Estado e dispostos a tudo para manter seu meio de vida, sempre negociando cargos e aprovação de leis de forma a se manterem ali, o que desvirtua todo o processo democrático, pois trabalham apenas para si mesmos e os seus.
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