EMBRAER: Notícias de Aviação Civil

[JT8D]

http://sp.rian.ru/neighbor_relations/20 ... 99798.html

Esta informação é para aqueles que vivem dizendo que a Embraer é só uma montadora, que não cumpre seu papel de desenvolver tecnologia nacional e outras bobagens.
Vejam o avião russo, feito pelos fodões, os reis da tecnologia aeroespacial. Praticamente tudo que presta no SuperJet-100 é feito no ocidente. E nem para projetar e integrar eles foram competentes.
O avião saiu mais pesado do que projetado, a empresa lançadora devolveu sua aeronave alegando desempenho insatisfatório e as vendas não deslancham mesmo com toda a influência política que os russos ainda tem.
Ressalte-se que os caras ainda contaram com consultoria da Boeing (que interessante, russo usando coleira ...).

Antes de criticar, é melhor se informar. Respeito é o mínimo que a Embraer merece de nós brasileiros.

Abraços,

JT

[FCarvalho]

Revirando este final de semana as páginas de uma revista ASAS, ocorreu de reparar na foto do MS-21, e calhar de ler algumas linhas dedicadas ao mesmo na matéria posta, que aliás nem era especificamente sobre o mesmo. Olhando bem a foto, de repente me pareceu este avião possuir uma ligeira verosimilhança som o E-190/195 da Embraer. Aparente, e não conclusiva.

Bom, então lembrei-me que a Embraer não possui aeronaves naquela categoria do russo e que não pretende, a priori, investir neste setor do mercado. Veio então à cabeça uma idéia meio que transloucada, mas que depois me pareceu um tanto que geniosa, mas interessante ao final.

Seria, em todo caso, possível à Embraer, em negociações governo a governo, instrumentar o projeto do MS-21 de tal modo a tornar-se co-proprietária do mesmo, e responsabilizando-se por, digamos, 50% do projeto, de forma a poder influir no desenho e desenvolvimento do mesmo. Teríamos então, assumidos em parceria, os riscos dos custos de investimentos e também, os lucros advindos desta nova aeronave. Seria o nosso E-210. Ao mesmo tempo entraríamos no mercado de Boeing e Airbus, sem necessariamente assumirmos sozinhos os custos e riscos de tal empreitada, ganharíamos a mais completa gama de produtos de aviação, e disporíamos de um concorrente nacional aos novos 737-MAX, A320NEO, C-SERIES e COMAC C-919. Produziríamos aqui no Brasil aviões de "30 a 300 paxs".

E se tudo fosse feito da forma mais racional possível, poderíamos mesmo dispor de um substituto ideal para a frota nacional de aviões comerciais neste nível, com capacidade para operar com eficácia em praticamente todas as rotas entre capitais e mesmo entre interior e capitais. Seríamos capazes de cobrir todos os nichos de mercado nacional e alguns internacionais na AS.

A quantidade de Boeings e Airbus de primeira geração que virão a ser substituídos até o final desta década no Brasil ronda a casa das centenas. Porque não aproveitar este filão com um produto nacional? A GOL está aí comprando 60 B737, e TAM da mesma forma com os A320. Outras nacionais seguem o mesmo caminho. Se governo e empresariado tivessem o mínimo de celeridade e competência, chego a crer mesmo que tal idéia pudesse mesmo ser levada a sério. Os russos teriam muito a ganhar com a expertise e a market share da Embraer neste lado do mundo e esta teria disponível a si, uma aeronave que tem todos os indicadores de ser um grande sucesso. Que só cresceria com a marca Embraer.

Quem sabe alguém lá no planalto não me escuta...



abs.

[LeandroGCard]

Revirando este final de semana as páginas de uma revista ASAS, ocorreu de reparar na foto do MS-21, e calhar de ler algumas linhas dedicadas ao mesmo na matéria posta, que aliás nem era especificamente sobre o mesmo. Olhando bem a foto, de repente me pareceu este avião possuir uma ligeira verosimilhança som o E-190/195 da Embraer. Aparente, e não conclusiva.

Bom, então lembrei-me que a Embraer não possui aeronaves naquela categoria do russo e que não pretende, a priori, investir neste setor do mercado. Veio então à cabeça uma idéia meio que transloucada, mas que depois me pareceu um tanto que geniosa, mas interessante ao final.

Seria, em todo caso, possível à Embraer, em negociações governo a governo, instrumentar o projeto do MS-21 de tal modo a tornar-se co-proprietária do mesmo, e responsabilizando-se por, digamos, 50% do projeto, de forma a poder influir no desenho e desenvolvimento do mesmo. Teríamos então, assumidos em parceria, os riscos dos custos de investimentos e também, os lucros advindos desta nova aeronave. Seria o nosso E-210. Ao mesmo tempo entraríamos no mercado de Boeing e Airbus, sem necessariamente assumirmos sozinhos os custos e riscos de tal empreitada, ganharíamos a mais completa gama de produtos de aviação, e disporíamos de um concorrente nacional aos novos 737-MAX, A320NEO, C-SERIES e COMAC C-919. Produziríamos aqui no Brasil aviões de "30 a 300 paxs".

E se tudo fosse feito da forma mais racional possível, poderíamos mesmo dispor de um substituto ideal para a frota nacional de aviões comerciais neste nível, com capacidade para operar com eficácia em praticamente todas as rotas entre capitais e mesmo entre interior e capitais. Seríamos capazes de cobrir todos os nichos de mercado nacional e alguns internacionais na AS.

A quantidade de Boeings e Airbus de primeira geração que virão a ser substituídos até o final desta década no Brasil ronda a casa das centenas. Porque não aproveitar este filão com um produto nacional? A GOL está aí comprando 60 B737, e TAM da mesma forma com os A320. Outras nacionais seguem o mesmo caminho. Se governo e empresariado tivessem o mínimo de celeridade e competência, chego a crer mesmo que tal idéia pudesse mesmo ser levada a sério. Os russos teriam muito a ganhar com a expertise e a market share da Embraer neste lado do mundo e esta teria disponível a si, uma aeronave que tem todos os indicadores de ser um grande sucesso. Que só cresceria com a marca Embraer.

Quem sabe alguém lá no planalto não me escuta...



abs.

Até que a idéia não é de todo má.

Até pouco tempo atrás acho que os russos é que não iriam querer saber deste tipo de parceria com o Brasil, afinal éramos um competidor a mais para eles que estavam entrando no segmento de 50 a 100 lugares com o Superjet-100. Mas com as notícias trazidas pelo JT8D acho que agora os russos devem estar revendo alguns de seus conceitos, e podem ver com bons olhos uma parceria com quem já mostrou que sabe mesmo fazer aviões comerciais de sucesso.

Mas acho que teria que haver uma participação grande do governo nas negociações, tanto para dar garantias aos russos quanto para tentar atrair outras empresas brasileiras que pudessem aportar capital ao projeto, pois não acredito que a Embraer pudesse bancar sozinha sua parte, pelo menos não antes de entregar o KC-390.

E poderíamos ainda dar de contrapartrida aos russos a aquisição do SU-35 no contexto do F-X2, como sinal de boa vontade... .


Leandro G. Card

[Boss]

Ia bem, até falar de comprar o Su-35.

Tá explícito na história que equipamentos russos nas FAs só em segmentos secundários e em poucas quantidades.

Quanto ao dinheiro, o BNDES poderia bancar. Sei lá, ele ajudou a criar o império do Eike Batista e o dos controladores da JBS, acho que os valores de tal projeto da Embraer seriam troco de pão perto de tais desembolsos.

[LeandroGCard]

Tá explícito na história que equipamentos russos nas FAs só em segmentos secundários e em poucas quantidades.

Ué?

Pelo andar da carruagem do F-X1 e 2, além da quase absoluta falta de AAe no país, você tem alguma dúvida de que por aqui a defesa aérea é considerada um segmento secundário ? E com relação à quantidade, você acha que 36 aviões para um país do tamanho do nosso é muito ?!?!?!


Leandro G. Card

[Boss]

Você entendeu...

[FCarvalho]

Revirando este final de semana as páginas de uma revista ASAS, ocorreu de reparar na foto do MS-21, ...

Até que a idéia não é de todo má.
Até pouco tempo atrás acho que os russos é que não iriam querer saber deste tipo de parceria com o Brasil, afinal éramos um competidor a mais para eles que estavam entrando no segmento de 50 a 100 lugares com o Superjet-100. Mas com as notícias trazidas pelo JT8D acho que agora os russos devem estar revendo alguns de seus conceitos, e podem ver com bons olhos uma parceria com quem já mostrou que sabe mesmo fazer aviões comerciais de sucesso.
Mas acho que teria que haver uma participação grande do governo nas negociações, tanto para dar garantias aos russos quanto para tentar atrair outras empresas brasileiras que pudessem aportar capital ao projeto, pois não acredito que a Embraer pudesse bancar sozinha sua parte, pelo menos não antes de entregar o KC-390.
E poderíamos ainda dar de contrapartrida aos russos a aquisição do SU-35 no contexto do F-X2, como sinal de boa vontade... .
Leandro G. Card

Leandro, eu particularmente, quero crer que uma vez havendo interesse entre os dois governos, e vis a vis o mercado atual de aviação comercial, que tende a crescer naquela parcela em que se encaixa o MS-21, ou um nosso probabilístico "E-210", tal parceira realmente poderia dar frutos.

A questão financeira se encaixa/encaminha na participação do BNDES e de outros parceiros internacionais de risco do projeto, uma vez que o capital de imagem da Embraer, aposto, serviria muito bem de aporte aos investimentos necessários.

No mais, penso que em se tratando de negócios entre Estados, e seus políticos, tudo tende a ser resolvido mais depressa e, com menos parcimônia, quando a conveniência de ambos os lados é diligentemente atendida.

Se o SU-35 ou PAK-FA entrar em meio as negociações, eu mesmo, ficaria muitíssimos satisfeito. Seria uma troca justa. Os russos nos dão o melhor de sua industria aeronáutica e nós fazemos o mesmo. Todo mundo ganharia alguma coisa para cobrir suas necessidades e saímos todos satisfeitos. O Brail com um caça de verdade, e a Russia com um verdadeiro nowbody moderno.

Melhor do que isso, só eu acertando sozinho a mega da virada....

abs

[Cassio]

Se for um projeto de governo com governo... então a Embraer tem é que "pular fora". Os governos não sabem o que é melhor para uma empresa privada. E normalmente quando se metem dá merda!!!

Acredito que a Embraer não tenha o menor interesse em tal projeto...

Em qual estágio se encontra este desenvolvimento??? Qual seria a capacidade de influência da Embraer? O avião está atendendo a quais requisitos, de quais mercados? Seriam os mesmos que seriam estipulados para um projeto Embraer? (dificilmente).

E numa parceria assim, quem seria a empresa líder? E a outra se interessaria em assumir uma posição secundária?

Interessa a Embraer desenvolver uma aeronave sem o seu DNA? e a Irkut se importaria em mudar todo o seu projeto por interferência da empresa brasileira?

Qual o diferencial que esta aeronave terá sobre os Boeing e Airbus??? Se não tiver nada significativo, então está fadado ao fracasso.

Acho que aqui a coisa foi colocada com muita simplicidade, mas acordos assim são extremamente complexos. É possível? sim... mas altamente improvável. No meu entender, não rola, e a Embraer estaria certíssima.

Cássio.

[henriquejr]

Creio que a Irkut vem desenvolvendo este avião visando o mercado de influência da Rússia, como o mercado interno e aqueles países do leste europeu, que já possuem uma grande tradição de operação de aeronaves da Rússia e Ucrânia. Não acredito que pensem em competir diretamente com Boeing e Airbus no mundo.

[Brasileiro]

Creio que a Irkut vem desenvolvendo este avião visando o mercado de influência da Rússia, como o mercado interno e aqueles países do leste europeu, que já possuem uma grande tradição de operação de aeronaves da Rússia e Ucrânia. Não acredito que pensem em competir diretamente com Boeing e Airbus no mundo.

Mas o projeto contém vários ítens ocidentais, como o motor Pratt&Whitney e uma parte da aviônica também de origem americana. Claramente com a intenção de inserir o produto no mercado ocidental, já que o MS-21 também terá a opção de turbina russa.

Concordo que o foco das vendas deverão ser mesmo o leste europeu, ásia e outras áreas de influência da ex-URSS. Porém, os menores custos de operação que são anunciados e a presença de importantes ítens de origem ocidental configuram uma cartada agressiva em direção ao resto do mundo, especialmente para a Europa latina e América Latina e África. Contudo, enquanto um produto jovem no mercado, acho que seus concorrentes mais próximos deverão ser os outros novatos, da China e Canadá.



abraços]

[Cassio]

A Bombardier acaba de anunciar a demissão de 1,2 mil funcionários e o atraso de 6 meses no primeiro vôo do CSeries (CS100). A entrega das primeiras aeronaves aos clientes tb deve sofrer atraso de pelo menos 6 meses, passando do final de 2013 para meados de 2014.

Cássio

[FCarvalho]

Esta notícia corrobora em termos o que eu argumentei um pouco acima a despeito da oportunidade da parceria entre a Embraer e os russo, no caso do MS-21.
Seria no entanto necessário saber se tais oportunidades interessam as empresas, ao governo e a própria Embraer.

Brasil vai precisar de aproximadamente 1.100 novas aeronaves nos próximos 20 anos, incluindo o A380
Publicado em 09/11/2012 por Fernando Valduga em Brasil, Comercial

http://www.cavok.com.br/blog/?p=57367#more-57367

abs.

[FCarvalho]

Se for um projeto de governo com governo... então a Embraer tem é que "pular fora". Os governos não sabem o que é melhor para uma empresa privada. E normalmente quando se metem dá merda!!!
Acredito que a Embraer não tenha o menor interesse em tal projeto...
A priori não. Mas dependendo das oportunidades, a vista de uma clara e concreta chance de encetar um novo produto, sem os riscos totais de um empreendimento solitário, pode ser que sim. Veja a noticia do Cavok acima.
Em qual estágio se encontra este desenvolvimento???
Definição final da configuração dos diversos sistemas de voo.
Qual seria a capacidade de influência da Embraer?
Dependeria da capacidade de influir($) da mesma no projeto, e de negociações governo a governo, como exemplifiquei.
O avião está atendendo a quais requisitos, de quais mercados?
Aeronave narrow body, corredor único, para 150 a 212 pax's, em três configurações, mesma categoria de 737/A320. Mercado mundial.
Seriam os mesmos que seriam estipulados para um projeto Embraer? (dificilmente).
Como disse, a Embraer não possui projeto e não deseja atuar neste segmento de Boeing/Airbus, não ao menos isoladamente e neste momento. Investe em inovações para a família EJet. Caso contrário o MS-21 seria mais um concorrente a enfrentar, alem de chineses, canadenses, americanos e europeus.
E numa parceria assim, quem seria a empresa líder? E a outra se interessaria em assumir uma posição secundária?
Numa situação como esta, poderia-se optar por criar-se uma empresa para o desenvolvimento e comercialização do projeto, com as partes definindo cada uma o tamanho de sua participação de acordo com os seus interesses. Em havendo acordo pode-se chegar a meio a meio, ou outra bipartição mais adequada a cada um.
Interessa a Embraer desenvolver uma aeronave sem o seu DNA? E a Irkut se importaria em mudar todo o seu projeto por interferência da empresa brasileira?
Pode ser que sim, ou não. Depende de como seria acordada uma participação da Embraer no projeto. Lembrar que em termos comerciais, a empresa brasileira tem a seu favor o maior market share do mercado, a experiência e a expertise necessárias no mercado de aviação civil, além de uma imensa carteira de clientes fidelizados, que podem pesar, e muito, a seu favor, em uma teórica negociação com os russos. Nós temos a inteligencia - e a competência - de mercado que eles não tem. E eles tem uma idéia na cabeça, posta praticamente nas nossas mãos, que nós não temos. Questão de unir o útil ao agradável.
Qual o diferencial que esta aeronave terá sobre os Boeing e Airbus??? Se não tiver nada significativo, então está fadado ao fracasso.
Procure sobre os dados da aeronave no site da Irkut ou no Google, e verás que esta aeronave, em tese, não veio, ou virá, ao mundo a passeio. Do contrário não haveriam tantas empresas ocidentais apostando nela.
Acho que aqui a coisa foi colocada com muita simplicidade, mas acordos assim são extremamente complexos. É possível? sim... mas altamente improvável. No meu entender, não rola, e a Embraer estaria certíssima.
Cada caso é um caso, cassio. A empresa pode não ineteressar. Mas e se interessar ao poder publico?
Lembrar que a Embraer possui controladores públicos. E que apesar de normalmente administrarem a empresa em regime de gestão privada, muito competentemente é claro, ainda assim é controlada indiretamente pelo Estado. Havendo vontade e decisão da parte de quem controla os controladores da Embraer...
Cássio.

abs.

[FCarvalho]

Creio que a Irkut vem desenvolvendo este avião visando o mercado de influência da Rússia, como o mercado interno e aqueles países do leste europeu, que já possuem uma grande tradição de operação de aeronaves da Rússia e Ucrânia. Não acredito que pensem em competir diretamente com Boeing e Airbus no mundo.

Mas o projeto contém vários ítens ocidentais, como o motor Pratt&Whitney e uma parte da aviônica também de origem americana. Claramente com a intenção de inserir o produto no mercado ocidental, já que o MS-21 também terá a opção de turbina russa.
Concordo que o foco das vendas deverão ser mesmo o leste europeu, ásia e outras áreas de influência da ex-URSS. Porém, os menores custos de operação que são anunciados e a presença de importantes ítens de origem ocidental configuram uma cartada agressiva em direção ao resto do mundo, especialmente para a Europa latina e América Latina e África. Contudo, enquanto um produto jovem no mercado, acho que seus concorrentes mais próximos deverão ser os outros novatos, da China e Canadá.
abraços]

Se esta aeronave, o MS-21, conseguir entrar no Brasil, e pela porta da frente, ela escancara as portas e janelas meio mundo então.

abs.

[Cassio]

Se for um projeto de governo com governo... então a Embraer tem é que "pular fora". Os governos não sabem o que é melhor para uma empresa privada. E normalmente quando se metem dá merda!!!
Acredito que a Embraer não tenha o menor interesse em tal projeto...
A priori não. Mas dependendo das oportunidades, a vista de uma clara e concreta chance de encetar um novo produto, sem os riscos totais de um empreendimento solitário, pode ser que sim. Veja a noticia do Cavok acima.
Em qual estágio se encontra este desenvolvimento???
Definição final da configuração dos diversos sistemas de voo.
Qual seria a capacidade de influência da Embraer?
Dependeria da capacidade de influir($) da mesma no projeto, e de negociações governo a governo, como exemplifiquei.
O avião está atendendo a quais requisitos, de quais mercados?
Aeronave narrow body, corredor único, para 150 a 212 pax's, em três configurações, mesma categoria de 737/A320. Mercado mundial.
Seriam os mesmos que seriam estipulados para um projeto Embraer? (dificilmente).
Como disse, a Embraer não possui projeto e não deseja atuar neste segmento de Boeing/Airbus, não ao menos isoladamente e neste momento. Investe em inovações para a família EJet. Caso contrário o MS-21 seria mais um concorrente a enfrentar, alem de chineses, canadenses, americanos e europeus.
E numa parceria assim, quem seria a empresa líder? E a outra se interessaria em assumir uma posição secundária?
Numa situação como esta, poderia-se optar por criar-se uma empresa para o desenvolvimento e comercialização do projeto, com as partes definindo cada uma o tamanho de sua participação de acordo com os seus interesses. Em havendo acordo pode-se chegar a meio a meio, ou outra bipartição mais adequada a cada um.
Interessa a Embraer desenvolver uma aeronave sem o seu DNA? E a Irkut se importaria em mudar todo o seu projeto por interferência da empresa brasileira?
Pode ser que sim, ou não. Depende de como seria acordada uma participação da Embraer no projeto. Lembrar que em termos comerciais, a empresa brasileira tem a seu favor o maior market share do mercado, a experiência e a expertise necessárias no mercado de aviação civil, além de uma imensa carteira de clientes fidelizados, que podem pesar, e muito, a seu favor, em uma teórica negociação com os russos. Nós temos a inteligencia - e a competência - de mercado que eles não tem. E eles tem uma idéia na cabeça, posta praticamente nas nossas mãos, que nós não temos. Questão de unir o útil ao agradável.
Qual o diferencial que esta aeronave terá sobre os Boeing e Airbus??? Se não tiver nada significativo, então está fadado ao fracasso.
Procure sobre os dados da aeronave no site da Irkut ou no Google, e verás que esta aeronave, em tese, não veio, ou virá, ao mundo a passeio. Do contrário não haveriam tantas empresas ocidentais apostando nela.
Acho que aqui a coisa foi colocada com muita simplicidade, mas acordos assim são extremamente complexos. É possível? sim... mas altamente improvável. No meu entender, não rola, e a Embraer estaria certíssima.
Cada caso é um caso, cassio. A empresa pode não ineteressar. Mas e se interessar ao poder publico?
Lembrar que a Embraer possui controladores públicos. E que apesar de normalmente administrarem a empresa em regime de gestão privada, muito competentemente é claro, ainda assim é controlada indiretamente pelo Estado. Havendo vontade e decisão da parte de quem controla os controladores da Embraer...
Cássio.

abs.

OK, entendido... mas vejamos o que vai acontecer no futuro. Acho que o caminho a ser trilhado não será esse, mas é minha impressão apenas.

Daqui a dois ou três anos retomamos este papo.

Cassio