Túlio escreveu:Mestre, sempre há o CTEx, não? Repito, só uma SMG tipo URU é mais fácil de projetar/fazer...
PS.: não sou O DOIDOLO, é fácil mesmo.
Meu prezado amigo, eu até tendo a concordar consigo, mas veja bem; a Imbel, menos por exaustão humana e mais por superação tecnológica de recursos, hoje, penso, não é capaz de produzir algo que realmente venha a constituir-se em material novo, no sentido lato da palavra, ou quiçá qualquer material inovador. Apesar do CTEx. No máximo, produziria algo do tipo "bom, nem tão bonito e, principalmente, muito barato", tal como reza a cartilha de compras do EB a anos. Ou mesmo, como agora a pouco vimos neste mesmo tópico, a replicação de um desenho e mais de 50 anos de uma .50(12,5mm). E só.
Como comentou um general dias desses, quanto ao IA2, "não será o melhor do mundo, mas será nosso." Tenho lá minhas dúvidas quanto a validade na integra de tal afirmação; não obstante as crescentes e inúmeras complexidades do combate moderno, será que poderemos mesmo nos dar ao luxo de intuir dispor, apenas e tão somente, de algo que seja "bom" só porque será nosso. Será que o adjetivo "bom" será suficiente para respaldar a vida de nossos combatentes na hora em que mais precisarem?
Nacionalismos a parte, não seria de bom alvitre investirmos primeiramente na melhoria e na superação das limitações tecnológicas, de engenharia e humanas, tão reveladoramente expostas em sua precariedade, da Imbel, para depois passarmos a acolhida daquela vertente do orgulho nacional de possuir produtos "made in Brazil", as custas de por em risco a operacionalidade de nossas om's no TO?
Sempre me faço estas perguntas quando falamos de material direcionado a infantaria brazuca, pois, reconhecendo a paupérrima tradição de equipamentos individuais de nossas forças infantes ao longo da história, tenho sempre como que certo, ao fim, que a única proteção efetiva a que um homem fará jus em meio ao combate, será sua própria habilidade em sobreviver e a confiança em seu fuzil.
D'outra forma, e neste sentido, creio que seria mais cabível e de bom senso, a priori, a dotação da Imbel dos recursos humanos e tecnológicos necessários à produção sob licença de uma metralhadora leve realmente moderna, para pô-la em serviço em todos os campos de utilização possível das ffaa's, e em seus diversos calibres e versões. Neste interim, atualmente, acredito que a IMI Negev, por suas qualidades, e até pelo estreitamento das ligações comerciais e industriais com os israelenses, seria o material ideal para começarmos a revivificar a Imbel, de forma a dar-lhe a segurança necessária para no long prazo, deixar de ser mera copiadora que é, e venha a ser uma real e efetiva projetista/produtora de sistemas bélicos nacional, da qual precisamos.
Eu acho até que os infantes agradecem.
abs.