VENEZUELA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: CHAVEZ: de novo.

#5446 Mensagem por hades767676 » Qua Out 03, 2012 12:45 pm

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marcelo l.
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Re: CHAVEZ: de novo.

#5447 Mensagem por marcelo l. » Qua Out 03, 2012 1:26 pm

" A estabilidade de qualquer democracia dada depende não apenas no desenvolvimento econômico, mas também a eficácia e a legitimidade do seu sistema político. Eficácia significa o desempenho real, na medida em que o sistema satisfaz as funções básicas do governo para a maior parte da população, e os tais grupos poderosos dentro dele. Legitimidade envolve a capacidade do sistema para gerar e manter a crença de que as instituições políticas existentes são as mais adequadas para a sociedade".

Lipset - citação de memória ou adaptada.
A questão da Venezuela é a falta de democracia - estabilidade - desenvolvimento econômico - legitimidade - desempenho real ou tudo isso?




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5448 Mensagem por Lirolfuti » Qui Out 04, 2012 1:26 pm

Às vésperas da eleição, pesquisas na Venezuela divergem sobre vencedor
Chávez aparece com 10 pontos de vantagem e em empate com adversário.
Para diretor de instituto venezuelano, eleitores 'nem-nem' serão decisivos.

A três dias das eleições na Venezuela, tanto os partidários do presidente Hugo Chávez quanto do principal nome da oposição, Henrique Capriles, podem reivindicar a vitória de seus candidatos segundo pesquisas.

A maioria das últimas sondagens divulgadas aponta uma vitória do presidente que, no poder há quase 14 anos, concorre ao terceiro mandato, com vantagens que vão de 30 a 10 pontos. As mesmas pesquisas, no entanto, também mostram um crescimento de Capriles, e há institutos que veem uma ligeira vantagem do oposicionista.O respeitado instituto Datanálisis mostra que diminui a distância entre Chávez e seu principal adversário. No entanto, a diferença ainda é de 10 pontos, segundo a última pesquisa pública divulgada, em 30 de setembro.“O único candidato que cresceu durante a campanha foi Capriles”, disse ao G1 o diretor do instituto, Luis Vicente León. Para o pesquisador, a divergência de números se dá pelo grande número de indecisos ou que não respondem à pesquisa, chamados no país de "nem-nem" (nem Chávez, nem Capriles).

“Os métodos de pesquisa são importantes, mas a diferença entre os institutos sérios se deve principalmente a isso”, afirma León, para quem os votos dos "nem-nem" serão “cruciais” no próximo domingo, já que superam os atribuídos aos candidatos.

Para Luis Christiansen, presidente do Consultores 21, as pesquisas mostram que os venezuelanos estão “extremamente polarizados”. A última pesquisa do instituto trouxe uma pequena vantagem de Capriles, que apareceu com 48,9%, ante 45,7% de Chávez.

“Quase metade dos eleitores parecem comprometidos com o presidente Chávez, apesar de certas considerações, como as dúvidas sobre seu câncer, capacidade e desempenho. Por outro lado, outra metade parece comprometida com Capriles, por suas soluções concretas para os problemas que se opõem a Chávez”, disse Christiansen, segundo o diário “El Mundo”.Entre os “problemas” citados pelo pesquisador que influenciam no voto anti-Chávez estão a insegurança e a inflação, enquanto as “missões” [programas sociais do governo] se converteram no grande trunfo do presidente contra o opositor.

Fraude
Outros levantamentos mostram que os eleitores confiam no Conselho Nacional Eleitoral –a despeito desconfiança de oposicionistas sobre a independência do órgão responsável pelas eleições no país.

Segundo a pesquisadora Consultores 30.11, 72,9% dos 3 mil consultados disseram confiar no trabalho no CNE, enquanto o ICS (International Consulting Services) indicou um número ainda maior: 76,6% do eleitores entrevistados.http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/ ... cedor.html




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5449 Mensagem por Lirolfuti » Qui Out 04, 2012 3:59 pm

Informe Otálvora - Chávez entrega o controle de mina de ouro à China duas semanas antes das eleições
Durante coletiva com a imprensa, Capriles declarou que encerrará "relação estratégica" com Irã

Edgar C. Otálvora
Noticiasclic.com
Tradução: Gustavo Nardon
Desfesanet Agência de Notícias

O resultado das eleições presidenciais venezuelanas, em 07 de outubro, poderia significar o desaparecimento, ou fortalecer, o eixo Havana-Caracas. Consequentemente, os riscos de uma cadeia de eventos que impactam uma forma ou de outra em geopolítica regional, com todo o mundo.

O triunfo de Henrique Capriles significa o fim das "relações estratégicas" entre Venezuela e Cuba, Irã, Bielorússia, Rússia e China, bem como a política de satelização para Bolívia e Nicarágua.

O candidato da oposição, em entrevista coletiva à imprensa, foi particularmente específico sobre a sua falta de interesse em manter relações especiais com o Irã, independentemente de sua condição de co-parceiro na Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP).

É dado como um fato que Capriles irá normalizar as relações com Israel, quebrados por Chávez. Ele também seria o fim da aliança com o regime dos aiatolás, que serviu para o Irã encontrar encontrar oxigênio político na América Latina. A Venezuela sob Chávez tem sido dada como uma cobertura para o Irã para evitar sanções militares, financeiras e comerciais impostas pela ONU. Isso tende a mudar, se ocorrer a chegada de Capriles ao Palácio de Miraflores. Um impacto adicional seria a cessação do apoio da Venezuela para o regime sírio de Bashar Assad.

O Equador começa a fornecer uma plataforma para a banca do regime iraniano. A embaixada iraniana em Quito mantem contas milhonárias, em dólares, no Banco Confiec, estatal equatoriano. As contas, como relatado pelo jornal equatoriano El Comercio, foram abertas em novembro de 2011. Os depósitos iniciais foram feitos com notas de dólar, ainda em novos pacotes do Departamento de Tesouro dos EUA. O governo do Equador exonerou o Irã das regras internas de depósitos em dinheiro e evitado as instruções do Grupo de Ação Financeira Internacional sobre os depósitos do governo iraniano.

O governo chinês, credor de dezenas de bilhões de dólares emprestados ao governo Chávez, tem sido particularmente atento ao que está acontecendo na Venezuela e na eventual mudança de comando.

Em 25 de setembro, durante seu briefing diário, o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, foi questionado sobre o papel do governo na Venezuela. O porta-voz negou que o governo chinês estave tentando influenciar os resultados das eleições venezuelanas. Quanto ao papel das empresas no país, disse que "sempre exortar as nossas empresas a respeitar as regras de outros países, incluindo os seus costumes.". Ficou clara a distinção feita por Hong Lei entre aconduta oficial e as empresas chinesas.

Oficialmente o governo venezuelano distribuiu 624.984 aparelhos chineses em 2011, como parte da alavancagem da reduzida popularidade de Chávez entre a sua crise de saúde. O equipamento vendido a preços subsidiados ou simplesmente doado pelo governo de Chávez inclui geladeiras, máquinas de lavar, televisores, condicionadores de ar, fogões e aparelhos de DVD.

O beneficiário desta aquisição multibilionária foi a empresa chinesa Haier, que é listada na Bolsa de Valores de Xangai. Esta é apenas uma das operações executadas em empresas Venezuela chinesas cuja recrutamento não foi proposto.

Em 21 de setembro no Palácio Miraflores, Chávez recebeu uma delegação do grupo estatal chinês Citic. Durante o encontro, realizado duas semanas antes das eleições presidenciais, vários acordos foram assinados entre a Venezuela e "uma grande delegação do gigante asiático", assim denominado em um comunicado presidencial à imprensa.

Naquele dia, o governo de Chávez transferiu ao governo chinês a exploração de ouro em Las Cristinas, localizado na Reserva Florestal Imataca no estado de Bolívar. Também assinou um contrato para uma empresa chinesa desenvolver um "mapa de mineração" da Venezuela. Estes acordos foram criticados pelo candidato da oposição, que rejeitou a entrega da mina de ouro à China.

Já em 2009, o governo venezuelano anunciou o desenvolvimento de um mapa de mineração do país. Em 9 de outubro do mesmo ano, o ministro da Ciência e Tecnologia, Jesse Chacon, disse que o governo Chávez tinha contratado com os seus parceiros iranianos, o levantamento aéreo fotográfico para um estudo de solos e minerais. O mapa contratado pelo novo acordo com a China, em 2012, seria no mínimo o segundo estudo de prospecção de Chávez.

Qualquer cidadão, na noite da eleição, poderá visualizar através da internet os atas eleitorais digitalizada. As autoridades eleitorais pretendem publicar, para acesso livre na internet, 90% da contagem da próxima eleição presidencial.

Esta não é a Venezuela, onde as despesas com softwares e hardwares elitorais são ostensivamente multimilionárias. A idéia de usar a Internet para proteger os resultados e garantir a transparência vai implementar o Superior Tribunal de Justiça do Paraguai, na eleição que ocorre em 21 de abril de 2013 no país. Esta é uma das recomendações que os técnicos enviados pela OEA têm feito as autoridades eleitorais paraguaias. A OEA foi convidada como observadora nas eleições venezuelanas de que acontecem no próximo dia 7 de outubro.http://www.defesanet.com.br/al/noticia/ ... s-eleicoes




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5450 Mensagem por Clermont » Sáb Out 06, 2012 2:21 pm

A eleição que poderá mudar a Venezuela (Editorial).

O Globo - 06.10.12.

Não é como as outras a eleição presidencial de amanhã na Venezuela. Pela primeira vez, Hugo Chávez enfrenta uma oposição que conseguiu tornar difícil a previsão do resultado. Caso em que a lisura do pleito torna-se essencial.

A existência de fraudes, ou mesmo a denúncia delas, pode levar a situações perigosas de exacerbação de ânimos, inflamados pela disputa eleitoral. Assim, é indispensável a atenção da comunidade internacional ao desenrolar da votação.

Até porque o governo destacou a Milícia Bolivariana, força ligada diretamente ao Palácio Miraflores, para supostamente garantir a ordem no pleito. E não haverá observadores internacionais independentes, mas da Unasul, da qual a Venezuela faz parte.

Chávez quer ser reeleito para um terceiro mandato (sem contar os anos de 1999 e 2000, antes da reforma constitucional), o que lhe possibilitaria chegar aos 20 de poder. Mas há um dado novo: em junho de 2011, ele anunciou, de Cuba, que havia sido operado de câncer na pélvis. Somente em julho de 2012, depois de inúmeras internações em Havana, declarou-se livre da doença.

Mas, como todo o episódio virou segredo de estado, não se sabe se, uma vez reeleito, o homem que transformou por dentro a democracia venezuelana numa virtual ditadura terá forças para ir ao fim do mandato de seis anos. A falta de um candidato formal à vice-presidência aumenta a incerteza quanto à sucessão.

O adversário de Chávez é Hugo Capriles, advogado de 40 anos, governador do estado de Miranda e escolhido em primárias pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), de oposição. Ele percorreu todo o país e evitou bater de frente com o líder bolivariano, prometendo manter talvez seu legado mais importante — as “missões populares”, para a melhoria das condições de vida da população mais pobre, via assistência médica, construção de moradias, escolas e outros instrumentos de transferência de renda.

É sério o temor de que, se for derrotado, Chávez recorra a algum artifício para se negar a entregar o poder. Isto precipitaria a quase ditadura chavista num regime de arbítrio absoluto que, como tal, teria de ser excluído do Mercosul, da Unasul e execrado pela comunidade internacional. Esta teria de fazer todos os esforços para garantir a posse da Capriles.

Mesmo no caso, provável, de novo triunfo chavista, o país não será o mesmo. Impossível ignorar uma oposição depositária da esperança de que o regime comece a reparar erros tremendos.

Chávez ampliou o setor público na mesma proporção que estrangulou o privado. Segundo o “El Pais”, as empresas privadas eram 11 mil em 1998 e hoje somente 7 mil sobrevivem.

A inflação em 2011 foi de 27,9%. Metade dos empregos é informal. Caracas é, de longe, a capital mais perigosa da América do Sul. Os venezuelanos têm direito a um país melhor, com liberdades, entre elas a de expressão.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5451 Mensagem por Lirolfuti » Sáb Out 06, 2012 4:19 pm

Seguiremos o modelo brasileiro, diz candidato opositor na Venezuela
Brasil será um dos primeiros países que visitaremos, diz Henrique Capriles.
Leia entrevista do 1º candidato com chances de derrotar Chávez ao G1.
Primeiro candidato da oposição com chances reais de derrotar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, há 13 anos no poder, o advogado Henrique Capriles Radonski, 40, diz seguirá o “modelo brasileiro” caso seja eleito nas eleições deste domingo.

“Não se trata de limitar uma gestão de governo a um nome, somos seguidores do modelo brasileiro porque conseguiu uma importante transformação no país”, disse em entrevista por e-mail ao G1, ao ser questionado sobre as citações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha.

No início da disputa, o candidato citou “o modelo Lula” como inspiração, mas mudou o discurso após o presidente gravar mensagem de apoio a Chávez. Capriles acusa a campanha rival de tentar confundir e de usar programas sociais para manipular os venezuelanos. O oposicionista diz que o Brasil, que vê como “um país que entende as relações internacionais como relações entre Estados e não entre governantes”, será um dos primeiros destinos que visitará se eleito.

Após uma campanha frenética, em que percorreu 280 cidades, com visitas a até três destinos num único dia, o candidato chega à reta final confiante nas pesquisas que mostram uma redução na distância entre ele e o rival e na sua estratégia de “porta a porta” -a mesma utilizada por Chávez quando se elegeu a primeira vez, em 1998.

“Nós representamos uma candidatura de carne e osso, que visitou as cidades e conversou com o povo. Enquanto nós viemos dar soluções, o governo leva uma candidatura de cartazes e mensagens de televisão. Os votos se ganham nas ruas, não atrás de uma tela.”

G1 – Algumas pesquisas na Venezuela mostram Chávez muitos pontos à frente, outras indicam o senhor com uma pequena vantagem. Em qual delas o senhor acredita? Por que há tanta diferença?

Henrique Capriles – As pesquisas que o governo apresentou e que o apontam como ganhador são as mesmas que indicavam que nós íamos perder as eleições a governador de Miranda em 2008 e ganhamos em um reduto forte do chavismo. E atente: agora, segundo as mesmas pesquisas, a distância se reduziu.

Para nós, a verdadeira pesquisa está nas ruas, nesse povo que nos recebeu com carinho, com afeto e com vontade de alcançar um futuro melhor.

Nós representamos uma candidatura de carne e osso, que visitou as cidades e conversou com o povo. Enquanto nós viemos dar soluções, o governo leva uma candidatura de cartazes e mensagens de televisão. Os votos se ganha nas ruas, não atrás de uma tela.

G1 – O senhor disse que adotará um “modelo Lula” na Presidência e há referência em seu plano de governo a programas sociais do ex-presidente, como o “Fome Zero”. Mas Lula apoia Chávez e inclusive gravou um vídeo para a campanha dele. Isso não confunde o eleitor venezuelano?

Capriles – Este governo tenta utilizar este tipo de coisa para confundir e criar tensão, mas não conseguiu porque os venezuelanos estão certos no caminho que querem para nosso país. Não se trata de limitar uma gestão de governo a um nome, somos seguidores do modelo brasileiro porque conseguiu uma importante transformação no país. Nós acreditamos nas capacidades do povo e valorizamos o esforço de cada um de nós para progredir.

Vamos implantar um modelo onde o privado e o público trabalhem em conjunto enquanto o Estado gera confiança, respeita as regras do jogo e de segurança jurídica. Assim, criaremos novas oportunidades de emprego para os venezuelanos e os impostos que o setor privado pagar serão destinados ao bem estar social.

G1 – Se ganhar as eleições, como acredita que vão ser as relações da Venezuela com o Brasil e o governo Dilma?

Capriles – O Brasil é um país que entende as relações internacionais como relações entre Estados e não entre governantes. A política externa que desenvolveu durante anos é de Estado. Infelizmente, não podemos dizer o mesmo de nosso país. Aqui temos uma política externa ideologizada, baseada nos interesses do governo atual e não nos dos venezuelanos.

Nós queremos diversificar nossa economia, para tanto, nos interessa manter relações de cordialidade com todos os países, obviamente, garantindo sempre que os acordos se transformem em benefícios para nosso povo e não em descontos no preço do petróleo.

Queremos abrir nossa economia a outros mercados e o Brasil é um deles. Será um dos primeiros países que visitaremos uma vez eleitos, levaremos nossas propostas de exportação.

G1 – O senhor é de uma família de origem judaica polonesa. Como serão as relações com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, inimigo declarado de Israel e aliado de Chávez?

Capriles - Sabemos que as relações com o Irã são contrárias aos interesses dos venezuelanos, mas isso não quer dizer que as romperemos, vamos revisá-las. Queremos relações cordiais com todos os países e estabelecer relações que permitam a geração de empregos de qualidade, que aumentem o número de empresas e que consigamos uma capacidade exportadora em consonância com nossas vantagens competitivas.

G1 – O programa de governo apresentado pela Mesa de Unidade Democrática [coligação de partidos de oposição que o apoia] menciona eliminar as reservas do fundo das missões, programas sociais de Chávez. Mas o senhor diz que dará continuidade a esses projetos. Como?

Capriles – As missões devem ser mantidas, mas devem melhorar. Devem servir como um passo prévio para alcançar o avanço de nosso povo e não um fim em si e, o mais importante, que não se exija de um venezuelano ser de um determinado partido para poder ser beneficiado por elas. Justamente para isso nós estamos propondo uma lei para dar status legal à missões, que são uma conquista do povo e ninguém tem direito de tirar, mas podemos sim melhorá-las e formalizá-las para que realmente sejam um impulso para avançar. Vamos governar para todos igualmente, sem se importar com o que pensam. Não podemos utilizar as ajudas e apoios sociais para manipular nosso povo em favor de interesses particulares.

G1 – Considera que a decisão de excluir da campanha o deputado Juan Carlos Caldera, que foi surpreendido recebendo dinheiro de um empresário vinculado a Chávez dias antes das eleições, afetou sua campanha ? O senhor falou com ele após o episódio?

Capriles – Minha avó me dizia que o mais importante é nosso nome, por isso sempre fui e serei um livro aberto e não vou permitir que ninguém, em meu nome, obtenha privilégios para benefício pessoal. O deputado Caldera se colocou à margem dos princípios que identificam essa campanha e por isso ficou de fora. Ninguém tem direito de utilizar meu nome para obter qualquer benefício. Não vamos permitir que esse governo nos meta em seu pântano. Nós não estamos aqui para defender os interesses de nenhum grupo, mas sim para construir uma Venezuela em que os venezuelanos sigam adiante e ninguém vai nos tirar desse caminho.

G1 – Chávez disse durante a campanha que há uma ameaça de guerra civil se o senhor ganhar e também mencionou que a inteligência do governo impediu uma plano para matá-lo. Isso atrapalhou?

Capriles – O governo apela à ameaça e tenta meter medo em nosso povo porque sabe que está perdido, mas nós venezuelanos já conhecemos o jogo dele e não cairemos. Querem semear medo no povo que acredita no crescimento, mas a esperança sempre vence o medo. Os venezuelanos decidiram mudar. As eleições se ganham com votos e no dia 7 de outubro seremos testemunhas dessa mudança que vem para a Venezuela.

G1 – Junto com Cuba, Chávez é também um dos fiadores das negociações de paz com as Farc na Colômbia. Como ficará esse acordo se o senhor ganhar?

Capriles – Nós contribuiremos com o processo de paz na Colômbia, a paz em nosso país vizinho também interessa aos venezuelanos. Não queremos que nossa zona fronteiriça seja território propício para que se escondam grupos irregulares. Também dissemos ao presidente [Juan Manuel] Santos que entregaremos uma lista com os nomes de todos os venezuelanos que permanecem sequestrados em território colombiano para agilizar o resgate.http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/ ... zuela.html




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5452 Mensagem por marcelo l. » Dom Out 07, 2012 12:28 pm

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Só lembrando em viewtopic.php?f=11&t=10668&start=5385 tem um vídeo sobre o grande projeto chavista para aumentar a produção de vegetais.

Como é dia de eleição, as 3:00 da manhã teve o toque de diana...os chavistas dizem que era 5:00 :roll:




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5453 Mensagem por felipexion » Dom Out 07, 2012 4:44 pm

Eleições na Venezuela têm alta participação e poucos problemas

Os eleitores compareceram em peso aos colégios eleitorais na Venezuela neste domingo para a eleição presidencial. No pleito, o presidente Hugo Chávez tenta o quarto mandato consecutivo ante o ex-governador Henrique Capriles.

Desde a madrugada milhares de eleitores fazem filas nos centros eleitorais na capital Caracas e em outras cidades do país.

O pleito transcorre sem que fossem registrados incidentes graves, dizem o Conselho Nacional Eleitoral e os observadores da organização Comando Venezuela.

O órgão nacional e o grupo descrevem o movimento de eleitores muito maior que na última eleição, em 2004, última vez em que Chávez foi reeleito.

A presidente do conselho, Tibisay Lucena, disse que 99,7% das mesas de votação estavam abertas até o meio-dia local (13h30 em Brasília) e que apenas colégios em cidades pequenas não abriram. A votação termina às 18h.

Mais cedo, o órgão informou que 66,5% das seções estavam abertas devido a atrasos por causa de chuvas no sul do país.

EXTERIOR

Além de dentro do território do país, os venezuelanos também lotaram as representações diplomáticas no exterior.

Nos Estados Unidos, onde vivem cerca de 750 mil cidadãos do país, os eleitores moradores da Flórida tiveram que votar em Nova Orleans, a 1.350 quilômetros de Miami.

Cerca de 7.000 venezuelanos fizeram a viagem de 1.350 km. Alguns receberam passagens de empresários que doaram passagens de ônibus e avião, incluindo cubanos que querem a vitória de Capriles.

Na embaixada em Washington, as filas começaram por volta das 4h30 da manhã. As seções também ficaram lotadas na Espanha, na embaixada em Madri e no consulado em Barcelona.

INCIDENTES

O pleito foi considerado tranquilo pelo Conselho Nacional Eleitoral, mas foram registrados pequenos incidentes.

Um deputado foi a um local de votação na cidade de Catia com um adesivo com referência a Chávez no mesmo carro. Em Zulia, foram registrados militantes do partido do presidente passando com carros de som tocando a música da campanha.

O jornal "El Nacional" informa que eleitores denunciaram que as urnas eletrônicas registraram votos nulos no lugar das opções válidas.

A situação acontece quando as pessoas não esperam que apareça a foto do candidato escolhido. O conselho eleitoral não comentou o assunto.

Na embaixada em Viena, na Áustria, o representante do país na Opep (Organização dos Produtores de Petróleo), Bernard Hommer, foi votar de vermelho, cor usada pelos militantes de Chávez, o que gerou reclamações de outros votantes.

Nos territórios palestinos, o representante diplomático venezuelano, Luis Daniel Hernández Lugo, acusou Israel de impedir cerca de 340 eleitores de votar devido a um bloqueio das cédulas pela empresa de correios DHL.

Em resposta, o Ministério de Relações Exteriores de Israel qualificou a acusação do diplomata de paranoia do governo de Hugo Chávez contra qualquer referência aos Estados Unidos e o Estado hebraico.

Hugo Chávez e Henrique Capriles tentam ganhar a preferência dos eleitores no pleito deste domingo. O resultado não tem um prognóstico definido devido às disparidades nas pesquisas, que apontam desde vitória com dez pontos de vantagem para Capriles até 20 pontos a mais para Chávez.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1165 ... emas.shtml




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5454 Mensagem por Túlio » Dom Out 07, 2012 4:48 pm

Queria saber o porquê de o CHÁVEZ - :twisted: TINHA que ser o Chávez :twisted: - estar aqui nos "Conflitos". Há algum conflito com a Venezuela no meio?




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5455 Mensagem por felipexion » Dom Out 07, 2012 5:39 pm

Túlio escreveu:Queria saber o porquê de o CHÁVEZ - :twisted: TINHA que ser o Chávez :twisted: - estar aqui nos "Conflitos". Há algum conflito com a Venezuela no meio?
Somente especulações de início de conflitos com o grande satã e seu aliados.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5456 Mensagem por Lirolfuti » Dom Out 07, 2012 7:45 pm

Em dia de bombardeios, Turquia indica nome para suceder Assad
Ministro das Relações Exteriores sugere vice-presidente sírio para liderar futuro governo de transição

O vice-presidente sírio Karouk Sharaa é a pessoa certa para governar o país durante o governo de transição com o fim do conflito, indicou neste domingo (07/10) o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu. A Turquia está se envolvendo cada vez mais no cenário político do país vizinho e pelo quinto dia consecutivo, bombardeou alvos sírios.

Em entrevista para uma rede turca, o ministro explicou que Sharaa tem o perfil necessário para o processo de paz na Síria por conhecer o regime de Bashar al Assad e ao mesmo tempo, não estar relacionado aos ataques do governo à população. “Farouq é um homem de razão e consciência”, disse ele.Davutoglu admitiu a possibilidade de que a oposição síria não aceite ter como líder o vice-presidente do regime que luta contra há mais de 18 meses. O ministro acrescentou, entretanto, que alguns membros destes grupos já estão percebendo que uma pessoa como Sharaa deve ser escolhida.

Mesmo que grupos rebeldes sírios não aceitem o vice-presidente como líder do governo de transição, o apoio da Turquia, uma importante potência regional, é de grande relevância. O pronunciamento do ministro mostra que Ancara está querendo influenciar no processo de paz da Síria e pode conseguir o apoio de outros países para desempenhar este papel.

Cada vez mais a Turquia, que já foi aliada do presidente Bashar al Assad, exerce papel importante no conflito sírio. Além de receber pelo menos 100 mil refugiados do país vizinho, o governo turco oferece apoio financeiro e militar para os grupos da oposição que tentam há 18 meses derrubar Assad. Desde quarta-feira (03/10), o país começou a bombardear alvos na Síria.

Bombardeios

Neste domingo (07/10), a Turquia voltou a bombardear o território da Síria (07/10) depois que um novo projétil lançado da fronteira caiu na cidade de Akcakale. É o quinto dia consecutivo que a artilharia turca responde a ataques provenientes do país vizinho, onde forças da oposição e do regime lutam pelo controle de postos da fronteira.

O míssil disparado da Síria caiu nas proximidades de um edifício público hoje (07/10) e não deixou vítimas, informou o jornal britânico Guardian. Segundo informações do governo turco, o projétil foi disparado pelas Forças Armadas da Síria enquanto lutavam contra os opositores e houve retaliação.

A crescente tensão entre os dois países teve início nesta quarta-feira (06/10) quando um míssil lançado do território sírio matou cinco civis turcos, incluindo crianças, e deixou dezenas de feridos no povoado fronteiriço de Akcakale, na província turca de Sanliurfa, ao sul do país.

Horas depois do ataque, Ancara decidiu responder aos ataques com bombardeios e disparos nas regiões fronteiriças da Síria onde os projeteis foram disparados. Outros mísseis lançados do país vizinho caíram no território turco e apesar de não terem causado vítimas, o governo decidiu manter as retaliações.

Em discurso nesta sexta-feira (05/10), o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o seu país pode estar próximo de entrar em conflito contra a Síria e elevou ainda mais a tensão na região. “Nós não estamos interessados em guerra, mas não estamos longe dela também”, afirmou ele para milhares de pessoas, segundo a agência Reuters.

À pedido do premiê, o Parlamento turco votou na quinta-feira (04/10) uma moção para autorizar o envio de tropas militares para países estrangeiros. O texto foi aprovado 320 parlamentares contra 129 e agora, o governo turco tem caminho livre para invadir o país vizinho.

Por ser um dos 28 países-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), as autoridades turcas pediram uma reunião emergencial do bloco sob o Artigo Cinco, que obriga a todos os países responderem militarmente quando um deles é atacado.

"Isto exige uma represália segundo o direito internacional", afirmou o vice-premiê Bulent Arinç de acordo com o jornal Hurriyet. "As disposições da OTAN são muito claras e determinam que todos os países-membros têm a responsabilidade de responder quando um deles é agredido".

Os embaixadores da OTAN atenderam ao pedido de Ancara e se reuniram na quarta-feira (03/10), mas não concordaram quanto ao engajamento militar do bloco. A organização apenas repudiou o ataque sírio.

Da mesma forma, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o lançamento de projéteis da Síria para o território turco e pediu para ambos os governos agirem com cautela em reunião na quinta-feira (04/10).

Não é a primeira vez que os dois países se desentendem. Em junho deste ano, a Turquia ameaçou usar a força contra o governo de Assad depois que baterias antiaéreas do país árabe derrubaram um de seus caças-bombardeiros.http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... ssad.shtml

CORRIGIDO PARA TOPICO CORRETO.




Editado pela última vez por Lirolfuti em Dom Out 07, 2012 7:48 pm, em um total de 1 vez.
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Re: CHAVEZ: de novo.

#5457 Mensagem por Lirolfuti » Dom Out 07, 2012 7:48 pm

affff nem vi que tava no topico errado :x




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5458 Mensagem por marcelo l. » Dom Out 07, 2012 8:55 pm

Ocorre, bem na Venezuela a Presidente do TSE do país bolivarino apesar de ainda existir gente votando e demorar 4 horas na fila, congratulou a Venezuela por ser um exemplo de organização, sinceramente os chilenos (a CNN Chile está passando*) ficaram meio incrédulos com a fala.

Enquanto no Brasil, a Carmen Lúcia agradece a imprensa, lá são as forças armadas bolivarianas.

* Chile está, hoje, discutindo a crise da renuncia do Alejandro Peña.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5459 Mensagem por Boss » Dom Out 07, 2012 11:54 pm

Chávez reeleito com 54%.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#5460 Mensagem por marcelo l. » Seg Out 08, 2012 12:22 am

Boss escreveu:Chávez reeleito com 54%.
Pensando assim rápido nos resultados extra-oficiais, desejo muita sorte a Venezuela e parabéns para Armando Briquet que foi coordenador de campanha do Capriles.




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