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Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Knight
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Re: NOTICIAS

#7531 Mensagem por Knight » Sex Set 21, 2012 2:30 pm

talharim escreveu:Navio frances tem tripulaçao reduzida por outros motivos obvios ... a bem da verdade poderiam navegar apenas com 2 tripulantes um responsavel por hastear a bandeira branca e outro para enviar o sinal S.O.S para Washington D.C.
Fico rindo sozinho olhando para os comentários do Talha ha ha ha.

Esquenta não Talha...
Quando a GB pedir para alugar navios franceses, "os dois" à bordo serão ingleses he he he




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#7532 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 21, 2012 4:02 pm

lynx escreveu:Não sei. A equação não é simples. À medida em que se reduz a tripulação em prol de uma maior automação, você também aumenta a necessidade de sobressalentes para os componentes automatizados, já que perde capacidade de reparação nas oficinas de bordo, por falta de pessoal para isso. O reparo do componente defeituoso passa a ser feito em terra, aumentando também a necessidade de apoio on-shore. Até aí, tudo bem, pois, apesar da necessidade de um maior pool de sobressalentes, o que gera maiores custos, esses tendem a ser compensados no longo prazo. Tá ótimo para um navio civil, mas e o de guerra, que para combater avarias de combate vai ter menos pessoal? Não dá para prever onde o tiro vai pegar...
realmente, uma equação de difícil solução. me preocupa neste sentido, também o fato de a MB estar tendendo pela aplicação de uma maior multiplicidade dos NPM, que por mim, pelo que atualmente apresentam em termos de funções disponíveis em um mesmo casco, já é bastante coisa para um "navio anfíbio" ou, poderia-se dizer, "navio de apoio anfíbio".

Não sei se efetivamente isto representa uma tentativa de diminuição de custos de investimento e/ou custeio/manutenção, mas creio que não seria de todo uma boa idéia adicionara mais funções para aqueles navios, com as tantas possibilidades que já apresentam.

Bem, não temos problemas com oferta de tripulação, até o presente momento. E não creio que isso venha a sê-lo no futuro a curto/médio prazo. Então, dispensar ou diminuir a quantidade de navios especializados como os de apoio logístico/transporte, por adição de funções aos NPM não me parece definitivamente uma solução prática e nem lógica. Pelo contrário.

A ver.

abs.




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#7533 Mensagem por Paisano » Sex Set 21, 2012 4:31 pm

talharim escreveu:Navio frances tem tripulaçao reduzida por outros motivos obvios ... a bem da verdade poderiam navegar apenas com 2 tripulantes um responsavel por hastear a bandeira branca e outro para enviar o sinal S.O.S para Washington D.C.
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:




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#7534 Mensagem por Carlos Lima » Sex Set 21, 2012 8:40 pm

Paisano escreveu:
talharim escreveu:Navio frances tem tripulaçao reduzida por outros motivos obvios ... a bem da verdade poderiam navegar apenas com 2 tripulantes um responsavel por hastear a bandeira branca e outro para enviar o sinal S.O.S para Washington D.C.
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
:shock:

[018] [018]

Cruel!!! :D

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CB_Lima = Carlos Lima :)
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#7535 Mensagem por Hammer-Nikit » Sáb Set 22, 2012 1:10 am

lynx escreveu:Não sei. A equação não é simples. À medida em que se reduz a tripulação em prol de uma maior automação, você também aumenta a necessidade de sobressalentes para os componentes automatizados, já que perde capacidade de reparação nas oficinas de bordo, por falta de pessoal para isso. O reparo do componente defeituoso passa a ser feito em terra, aumentando também a necessidade de apoio on-shore. Até aí, tudo bem, pois, apesar da necessidade de um maior pool de sobressalentes, o que gera maiores custos, esses tendem a ser compensados no longo prazo. Tá ótimo para um navio civil, mas e o de guerra, que para combater avarias de combate vai ter menos pessoal? Não dá para prever onde o tiro vai pegar...
Fala Lynx,

Entendo bem este ponto de vista, mas existem coisas que naão podem ser ignoradas.... Os navios da 2a guerra eram essemcialmente banheiras de aço, levam tiros (não mísseis) e dava para com o pessoal interno como combatter os danos e avarias e de uma forma ou de outra seguir no combate. Os navios modernos são infinitamente mais complexos do ponto de vista eletrônico. Ninguem sequer sugeriria que um navio com o radar 3D e os sistemas ECM/ESM fora de operação seguisse no oceano numa situação de combate real. O risco é simplesmente grande demais o navio ficaria cego e surdo no meio do mar sujeito a ser destruido da noite pro dia sem nunca saber o que lhe atingiu... Se eu tenho mais técnicos abordo as coisas que eu posso consertar são limitadas. Por exemplo, se um míssil ar-mar destruir o radar de guiagem do meu míssil. acabou o jogo, nenhum navio que e saiba navega pelo oceano com um radar de guiagem ou um lançador Albatros extra no paiol para caso de ser atacado. A tripulação reforçada ajuda se o problema ocorrer dentro de um gabinete eletrônico, uma placa de circuito impresso enferrujada, ou com um diodo ou capacitor queimado... Se for algo mais complexo que isso não vai adiantar nada ter mais gente a bordo. Outra tendencia que existe é o aumento da importância de software nos sistemas de combate dos navios, se der pau no software sei lá num ataque de Guerra Cibernética, será que nossos técnicos embarcados teriam como responder adequadamente?

No fundo a questão é muito mais filosófica do que operacional, "vc realmente acredita que seu navio seguirá combatendo se tomar uma mecha do inimigo?"

A resposta à esta pergunta é muito diferente se a marinha for a dos EUA, a da França a do Brasil e a daas Filipinas, por exemplo... Cada uma destas vive uma realidade própria. Caso a resposta da sua marinha seja "não", aí uma bem tripulação mais enxuta como as 108 almas das FREMM francesa representa uma economia boçal no quesito diárias, comida e "housekeeping". Isso sem falar em consumo de água, comida, esgoto, ar condicionado e de eletricidade total... Calculado ao longo de toda a vida útil do navio estamos falando de bilhões de dólares.

Faço sentido?

[]s Hammer




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#7536 Mensagem por Corsário01 » Sáb Set 22, 2012 7:16 am

Felipe, concordo com seu ponto de vista, mas vc se esqueceu de que um navio de guerra não é somente armas e sensores. Se vc tem uma tripulação reduzida e quebra a redutora? E se o MCA der um pau que precise de um conserto da trip. para que o navio continue?
E se o MCA der pau e os sistemas e sensores do navio ficarem em baixa? Vc tb correria pra casa com o rabo entre as pernas? Claro que não né! Vc teria M/O a bordo = tripulação padrão MB e consertaria o MCA seguindo em frente para o combate.

O mesmo serve para os MCPs. O navio ficaria capenga em propulsão pq não teria ninguém a bordo para consertar algo factível, é claro.

O que quero mostrar é que existem muitas variáveis e não dá para ser categórico com nenhuma das 2 opções quanto ao tamanho da tripulação.

Uma FREMM na MB teria mais tripulantes com certeza, independente da modernidade ou não do navio.

Beleza?




Editado pela última vez por Corsário01 em Sáb Set 22, 2012 7:23 am, em um total de 1 vez.
Abraços,

Padilha
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#7537 Mensagem por Bourne » Sáb Set 22, 2012 7:20 am

Não esqueçam que nos países desenvolvidos é difícil atrair e manter profissionais por um período razoável nas FA's. As oportunidades na iniciativa privadas e outras carreiras públicas são muito mais interessantes e exigem menos sacrifícios. Por isso que as FA's fornecem várias vantagem para atrair e tentar manter soldados.

No Brasil começa a ocorrer algo semelhante. Tudo bem que existe o serviço militar obrigatório, mas para operar sistemas complexos e sofisticados vai precisar de soldados profissionais e qualificados. Para isto precisa dar motivos para continuar. Só gosto pela profissão não vai sustentar a casa e família.




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#7538 Mensagem por Corsário01 » Sáb Set 22, 2012 7:34 am

Bourne escreveu:Não esqueçam que nos países desenvolvidos é difícil atrair e manter profissionais por um período razoável nas FA's. As oportunidades na iniciativa privadas e outras carreiras públicas são muito mais interessantes e exigem menos sacrifícios. Por isso que as FA's fornecem várias vantagem para atrair e tentar manter soldados.

No Brasil começa a ocorrer algo semelhante. Tudo bem que existe o serviço militar obrigatório, mas para operar sistemas complexos e sofisticados vai precisar de soldados profissionais e qualificados. Para isto precisa dar motivos para continuar. Só gosto pela profissão não vai sustentar a casa e família.
Bourne, é exatamente isso, apesar de que muitos militares me passam que o problema não é financeiro e sim de como as coisas tem andado ultimamente. O que tenho visto são oficiais SUPER PREPARADOS, que estudaram anos a fio, seguindo para a reserva, pois nas FFAAs tb tem politica e as vezes grandes oficiais são by passados, o que acaba levando o mesmo a pedir baixa.

Conheço vários e acho uma perda enorme para a Força pois são altamente qualificados, porém......! Enfim, vida que segue e o mercado está ai ao lado mostrando o seguinte:

Sua Força não te quer? Não aproveita seu potencial? Pois a minha Empresa precisa e muito de sua qualificação. Pronto! E lá se vai mais 1, 2, 3, XXXX....... Oficiais embora.

Chamo a atenção para o fato de que bons oficiais não se produz da noite para o dia.




Abraços,

Padilha
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#7539 Mensagem por Hammer-Nikit » Sáb Set 22, 2012 7:10 pm

Corsário01 escreveu:Felipe, concordo com seu ponto de vista, mas vc se esqueceu de que um navio de guerra não é somente armas e sensores. Se vc tem uma tripulação reduzida e quebra a redutora? E se o MCA der um pau que precise de um conserto da trip. para que o navio continue?
E se o MCA der pau e os sistemas e sensores do navio ficarem em baixa? Vc tb correria pra casa com o rabo entre as pernas? Claro que não né! Vc teria M/O a bordo = tripulação padrão MB e consertaria o MCA seguindo em frente para o combate.

O mesmo serve para os MCPs. O navio ficaria capenga em propulsão pq não teria ninguém a bordo para consertar algo factível, é claro.

O que quero mostrar é que existem muitas variáveis e não dá para ser categórico com nenhuma das 2 opções quanto ao tamanho da tripulação.

Uma FREMM na MB teria mais tripulantes com certeza, independente da modernidade ou não do navio.

Beleza?
Padilha,

Note aí que se exemplo é um pouco diferente do que eu mencionei anteriormente. Vc fala de "defeito" em MCA, MCP etc. Eu falei de tomar um míssil anti-navio na lateral com o devido incêndio padrão que normalmente se segue... São coisas bem distintas. É claro que um navio de guerra jamais poderia dispor de uma tripulação com capacidade ZERO de manutenção, isso é um absurdo! O que se questiona é se a tripulação precisa ter uma equipe de manutenção COMPLETA, para TODOS os sistemas para TODAS as situações...

No projeto das Inhaúma foi decidido que haveria um time de manutenção em terra que entraria nos navios (em todos os 4 navios) toda vez que se precisasse realizar manutenções mais profundas ou manutenções calendarizadas. Inegavelmente esta é uma ideia interessante pois ao dividir seu tempo por quatro navios o gasto com o salário destes profissionais seria muito mais eficientemente utilizado, com quase nenhuma ociosidade de pessoal. Infelizmente as Corvetas foram colocadas numa unidade cuja experiência com navios eletronicamente complexos era quase que nula, o esquadrão de contra-torpedeiros. Sendo um estrutura "diferente", este time de manutenção das corvetas logo começou a ser depenado e rapidamente foi desfeito, por isso não se estranha o colapso da disponibilidade de sistemas das corvetas Inhaúma depois destas decisões infelizes.... Este quadro provavelmente teria sido muito distinto se as corvetas estivessem subordinadas à mesma unidade que cuidava das Niterói... O modelo de manutenção era bom e bastante razoável a sua implementação, por questões essencialmente culturais, foi um imenso fiasco!

Eu tenho certeza que se a MB escolher a FREMM a sua tripulação jamais será menor que 150 militares (excluindo o DAE!).

Comentários

[]s Hammer




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#7540 Mensagem por lynx » Dom Set 23, 2012 9:14 pm

O projeto das corvetas incluía a existência de uma equipe em terra ( na BNRJ) capaz de realizar os reparos mais complexos e etapas mais profundas do Sistema de Manutençâo Planejada (SMP) dos navios. Esse grupo se chamava GRETARM. Infelizmente, esse conceito logístico não foi bem assimilado pela Esquadra na época. Eu não culpo a Força de CTs, pois acho que o problema estava mais acima. Mas, o que realmente pesou para a extinçaõ do GRETARM foi o imediatismo. Esse sistema exigia que os navios ficassem indisponíveis obrigatoriamente por um período de tempo, mesmo sem haver defeitos. Havia uma relação entre dias de mar e dias de manutenção, semelhante ao que ocorre com as aeroanves e suas inspeções calendáricas e por horas de voo. Isso tinha um custo financeiro imediato, que se pagava no longo prazo. Infelizmente, o conceito não foi compreendido.
Quanto aos tripulantes, eu acho que o problema das avarias não se resume aos equipamentos. Um impacto, seja de qual munição for, causa avarias estruturais a um navio. Não só nos seus sitemas. Estender cabos elétricos para criar conecções para o sistema de força em avaria, colocar uma camisa de colisão, fazer escoramento metálico ou de madeira (para evitar o colapso de anteparas ou conveses), percintar redes com vazamentos, tamponar furos no casco ou nos tanques, instalar cóferdans (tamponamento de obras vivas) e outros reparos mais "brutos", mas que são excenciais para um navio avariado flutuar, demandam mão-de-obra. O quanto se pode reduzir uma tripulação de forma a não comprometer essa capacidade? Não falo aqui de combater, mas, simplesmente, de sobreviver...




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#7541 Mensagem por Alextdea » Qua Out 03, 2012 4:23 am

Ejercicios Cobra: Armadas de Colombia y Brasil se Entrenan en Aguas Colombianas :

http://www.webinfomil.com/2012/10/ejerc ... bia-y.html




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#7542 Mensagem por Arataca » Qua Out 03, 2012 1:02 pm

Corsário01 escreveu:Felipe, concordo com seu ponto de vista, mas vc se esqueceu de que um navio de guerra não é somente armas e sensores. Se vc tem uma tripulação reduzida e quebra a redutora? E se o MCA der um pau que precise de um conserto da trip. para que o navio continue?
E se o MCA der pau e os sistemas e sensores do navio ficarem em baixa? Vc tb correria pra casa com o rabo entre as pernas? Claro que não né! Vc teria M/O a bordo = tripulação padrão MB e consertaria o MCA seguindo em frente para o combate.

O mesmo serve para os MCPs. O navio ficaria capenga em propulsão pq não teria ninguém a bordo para consertar algo factível, é claro.

O que quero mostrar é que existem muitas variáveis e não dá para ser categórico com nenhuma das 2 opções quanto ao tamanho da tripulação.

Uma FREMM na MB teria mais tripulantes com certeza, independente da modernidade ou não do navio.

Beleza?
- Neste Candidato eu confio! rsrsrs

Esta é também a filosofia/doutrina da USNavy, para combate a avarias, etc.

1 abraço




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Re: NOTICIAS

#7543 Mensagem por felipexion » Qui Out 04, 2012 8:33 am

Marinha inicia construção de submarino de propulsão nuclear

01/10/2012 – Há pouco mais de dois meses está em andamento o projeto do primeiro submarino com propulsão nuclear brasileiro, parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O programa está inserido no escopo de contrato firmado entre a Marinha e a empresa francesa DCNS, exceto a parte nuclear da planta de propulsão, e engloba ainda a construção de um estaleiro e base naval, na região de Itaguaí (RJ), e quatro submarinos convencionais.

Avanço tecnológico. Brasil entra num seleto grupo de países e também passa a desenvolver o seu submarino de propulsão nuclear.

Conforme justifica o Comando da Marinha, entre os benefícios para o Brasil com o projeto estão o fortalecimento da indústria nacional e o aprimoramento da qualificação técnica de profissionais brasileiros que trabalharão no Prosub, garantindo ao País a capacidade de desenvolver e construir seus próprios submarinos no futuro, de forma independente.

O orçamento global do Prosub também inclui a construção de quatro submarinos convencionais. Parte significativa dos equipamentos desenvolvidos para os quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, será aproveitada no SN-BR.

INDÚSTRIA NACIONAL

Segundo a Assessoria de Comunicação Social do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, estima-se que cada um dos submarinos a ser produzido no Brasil contará com mais de 36 mil itens a serem fabricados no País, por mais de 100 empresas brasileiras. Entre esses equipamentos estão válvulas de casco, motores elétricos, sistema de combate, bombas hidráulicas, quadros elétricos, sistemas de controle e baterias de grande porte, entre outros. Um dos argumentos em favor do projeto é de que o processo de capacitação da indústria de defesa nacional, envolvendo transferência de tecnologia e expressiva nacionalização de equipamentos, permitirá que o Programa de Desenvolvimento de Submarinos gere, durante as obras de construção em andamento, mais de 9 mil empregos diretos e outros 27 mil indiretos. Para o período de construção dos submarinos projeta-se, na área de construção naval militar, a criação de cerca de 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos permanentes, com utilização de mão de obra local.

Ainda de acordo com a Marinha, este ano o Prosub deu importante passo em sua parte nuclear com a inauguração da primeira das quatro fábricas da Unidade Produtora de Hexafluoreto de Urânio (Usexa) e do Centro de Instrução e Adestramento Nuclear Aramar (Ciana), em Sorocaba (SP), que representaram o domínio do ciclo do combustível nuclear para o País. Hoje, apenas cinco países – China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia – detêm este domínio tecnológico.

Com o empreendimento, o Brasil passa a integrar a seleta lista, já que o reator nuclear e a propulsão do submarino serão desenvolvidos no País.

Meio Anfíbio

Obtenção de navio de desembarque de carros de combate ou um navio de desembarque doca. O Programa de Obtenção de Navio Anfíbio (Proanf) iniciou pesquisa visando à obtenção no exterior de projeto de navio anfíbio, aprovado e operado por outras marinhas, para futura construção em estaleiro nacional.

Projeto percorrerá um longo caminho


A Marinha informa que o trabalho de desenvolvimento do Prosub, iniciado em julho último, ainda percorrerá um longo caminho. Serão três anos para alcançar o projeto básico do submarino de propulsão nuclear, para então começar a fase do projeto detalhado, simultaneamente com a construção do submarino, em 2016, o que se dará no estaleiro da Marinha que está sendo construído em Itaguaí.

Segundo a Marinha, o submarino de propulsão nuclear possui significativas vantagens táticas e estratégicas. Seu reator nuclear, por ser uma fonte quase inesgotável de energia, confere-lhe enorme autonomia, podendo desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, ampliando significativamente sua mobilidade e permitindo-lhe patrulhar áreas mais extensas dos oceanos. Além disso, por operar ininterruptamente mergulhado, em completa independência do ar atmosférico, este tipo de submarino é praticamente indetectável, inclusive por satélites. O submarino nuclear brasileiro será totalmente projetado e construído no Brasil, empregando os mesmos métodos, técnicas e processos de construção desenvolvidos pelos franceses. O processo de capacitação da indústria nacional envolve transferência de tecnologia e expressiva nacionalização de equipamentos.

Frota deve receber mais 11 navios

Capacidade operacional. Navios mais modernos serão incorporados à frota da Marinha do Brasil.

Na ampliação da capacidade operacional da Marinha destaca-se, ainda, a obtenção dos chamados meios de superfície (Prosuper), onde estão previstos o desenvolvimento da capacidade de projetar e construir, no Brasil, 11 navios. São cinco navios-escolta, cinco navios-patrulha oceânicos de 1,8 tonelada e um navio de apoio logístico. Três de patrulha serão incorporados à frota da Marinha até 2013. Há, ainda, projeto de construção de 27 navios-patrulha de 500 toneladas. Já foram recebidos dois patrulhas. Outros cincos, também em construção no País, serão entregues até 2014.

Programa de reaparelhamento terá reflexos nacionais positivos

Um dos itens do Programa de Reaparelhamento da Marinha, que visa, entre outras coisas, à revitalização e modernização das estruturas logísticas e operativas, apresentará reflexos positivos para a economia nacional, seja de forma direta, estimulando setores associados às indústrias de defesa naval, seja indireta, alavancando o desenvolvimento econômico da federação e, com isso, de seus estados membros, como Mato Grosso do Sul. A avaliação é do capitão de fragata Fábio de Freitas Machado, da Capitania dos Portos do Pantanal.

Segundo o oficial, a segurança da navegação, prevista no projeto, talvez represente uma das maiores oportunidades de interação da Marinha com as comunidades em geral e demais setores afins da sociedade organizada. Conforme explicou, o Sistema de Segurança do Tráfego Aquaviário é composto por capitanias, delegacias e agências, marítimas ou fluviais. O propósito é atuar na salvaguarda da vida humana, segurança da navegação – em mar aberto ou hidrovias interiores – e na prevenção da poluição hídrica por parte de embarcações, plataformas ou instalações de apoio, além de contribuir para a orientação, coordenação e controle das atividades relativas à Marinha Mercante e organizações correlatas no que se refere à Defesa Nacional.

Como os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são dotados de rede hidrológica bastante complexa, tanto em volume d’água como na quantidade de cursos fluviais e níveis de capilaridade/difusão, torna-se necessário promover a exploração sustentável de todo esse potencial econômico, bem como manter a capacidade de fiscalização das instituições – entre elas, a Marinha – associadas às atividades desenvolvidas ao longo da Hidrovia Paraguai-Paraná, via de âmbito internacional (Brasil/Bolívia/ Paraguai/Argentina/ Uruguai).

Conforme o capitão dos Portos, “no caso específico do item segurança da navegação, observa-se a proposta de ampliação da presença da Marinha na Amazônia, no Centro-Oeste e em áreas fronteiriças, adensando a vigilância nas grandes bacias fluviais”. Ele lembra que houve a elevação da antiga Agência Fluvial de Cuiabá à categoria de delegacia, em 2009. Após um estudo sobre perspectivas de aumento da presença da autoridade marítima brasileira na região Centro-Oeste, onde foram avaliadas cidades como Alta Floresta, Juruena, Juína e outras em MT, houve a decisão de estabelecer uma Agência Fluvial em Sinop.

FONTE: Correio do Estado-MS
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=9971




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Re: NOTICIAS

#7544 Mensagem por NettoBR » Qui Out 04, 2012 11:02 am

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Re: NOTICIAS

#7545 Mensagem por ELSONDUARTE » Qui Out 04, 2012 11:06 am

Marinha do Brasil e Marinha Real Britânica assinam Memorando de Entendimento sobre Cooperação

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O Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, e o Primeiro Lorde do Almirantado e Comandante da Marinha Real Britânica, Almirante-de-Esquadra Sir Mark Stanhope, assinaram no dia 27 de setembro, no Rio de Janeiro, o Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Sistemas Marítimos.

O documento foi assinado na presença do Primeiro-Ministro do Reino Unido, David Cameron; do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; do Embaixador Britânico no Brasil, Alan Charlton; e do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O propósito do Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Sistemas Marítimos é o desenvolvimento de uma maior cooperação em sistemas marítimos, apoiada pela parceria industrial e transferência de tecnologia.

“As áreas de cooperação são amplas, e envolvem transferência de tecnologia de navios, conhecimento de construção de diversos tipos de navios, como Navios-Patrulha, Fragatas e Navios-Aeródromos; envolvem, também, uma aproximação para efeito de exercícios; e enfim, uma ampla gama de oportunidades”, afirmou o Almirante-de-Esquadra Moura Neto.

O memorando prevê ainda a transferência, por parte da Marinha Real Britânica, das experiências e conhecimentos adquiridos em operação de segurança marítima durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, pois o Rio de Janeiro sediará os próximos Jogos Olímpicos.

“O memorando aponta que há uma oportunidade para trabalharmos juntos, de modo que possamos compartilhar as lições que a Marinha aprendeu na Olimpíada, em Londres, e, profissionalmente, permitir que companhias trabalhem juntas e dividam práticas comuns para desenvolverem capacidades comuns, aqui no Brasil, e para mim no Reino Unido”, declarou o Almirante-de-Esquadra Sir Mark Stanhope.

Fonte: DefesaNet




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