NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Agnaldo Marques escreveu:E outra , quem não tem voto vai de golpe de mesmo , sempre fizeram isso , está no dna desses caras de maracujá , principalmente esses aqui de São Paulo que se acham o centro do mundo.
Vc esta falando do mensalão? O unico golpe que inventaram para quem precisa de voto é o mensalão.
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- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não vejo a hora de ver o PSDB começar a pagar tb. Vamos ver se assim acaba com esse joguinho de compadre que virou a politica brasileira.O rigor com que os ministros estão tratando os crimes do caso do mensalão petista deve se refletir nos julgamentos das instâncias inferiores, onde tramitam diversos processos ligados ao mensalão, com acusados sem foro privilegiado. E também aos demais processos ligados a outras questões políticas, como o mensalão do PSDB de Minas.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mensalão do PT já deu o que tinha que dar , ou seja , vai todo mundo em cana e os ganhos políticos para a oposição não estão tão nítidos assim , o Serra que mais está usando o tema , já está virtualmente derrotado , parece mesmo que o grande alvo é o Lula , pois a oposição ( e a grande mídia ) sabe muito bem que ele é praticamente imbatível .
Guerra , concordo com você , se todas estas condenações servirem para dar um bom recado a todos os corruptos e principalmente aos CORRUPTORES que nunca aparecem , já será um grande feito . Infelizmente tenho que bater naquela cansativa e repetitiva tecla , as coisas só se movem quando a mídia faz uma pressão em cima , mas como a nossa mídia tem lado , então só um lado ela vê , o caso mais gritante é o senhor Serra , um livro inteiro com quase 200 páginas de DOCUMENTOS e cerca de 4O BILHÕES DE DÓLARES desviados e nem um piu da nossa grande mídia .
O Joaquim Barbosa já rapou fora do mensalão do PSDB , pois ele sabe que ser for tão contundente com os tucanos já não será mais o queridinho da grande imprensa .
Guerra , concordo com você , se todas estas condenações servirem para dar um bom recado a todos os corruptos e principalmente aos CORRUPTORES que nunca aparecem , já será um grande feito . Infelizmente tenho que bater naquela cansativa e repetitiva tecla , as coisas só se movem quando a mídia faz uma pressão em cima , mas como a nossa mídia tem lado , então só um lado ela vê , o caso mais gritante é o senhor Serra , um livro inteiro com quase 200 páginas de DOCUMENTOS e cerca de 4O BILHÕES DE DÓLARES desviados e nem um piu da nossa grande mídia .
O Joaquim Barbosa já rapou fora do mensalão do PSDB , pois ele sabe que ser for tão contundente com os tucanos já não será mais o queridinho da grande imprensa .
- Sterrius
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
ele nao rapou fora. Ele foi obrigado a abandonar o caso por assumir a presidencia do STF.
- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mas é claro que é o Lula. E quem esta tirando vantagem disso esta muito certo. Qualquer um faria isso. O PT memso sempre foi mestre na difamação quando era oposição.Agnaldo Marques escreveu: parece mesmo que o grande alvo é o Lula , pois a oposição ( e a grande mídia ) sabe muito bem que ele é praticamente imbatível .
O Lula comeu filé, já que era presidente quando o esquema esta bombando. Ele foi o que mais se beneficiou do esquema. Ele que roa os ossos, agora que a casa caiu.
A maior lição do mensalão é que ninguém pode faezr o que bem entender.Guerra , concordo com você , se todas estas condenações servirem para dar um bom recado a todos os corruptos e principalmente aos CORRUPTORES que nunca aparecem , já será um grande feito .
Ainda que nesse pais não exista oposição, a república possuiu três poderes independentes. E ninguém esta acima desses três poderes.
Infelizmente tenho que bater naquela cansativa e repetitiva tecla , as coisas só se movem quando a mídia faz uma pressão em cima , mas como a nossa mídia tem lado , então só um lado ela vê , o caso mais gritante é o senhor Serra , um livro inteiro com quase 200 páginas de DOCUMENTOS e cerca de 4O BILHÕES DE DÓLARES desviados e nem um piu da nossa grande mídia .
Tudo que esta no livro atinge o Serra, mas o assunto de forma geral foi esgotado a uma decada. Foram essas cagadas descritas no livro que atolou o PSDB. Coisa que o PT soube usar a seu favor com muita competencia
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mas aí não é só problema da midia, é caso de polícia. Por que nenhuma providência é tomada? Escolha a alternativa correta:Agnaldo Marques escreveu: ... mas como a nossa mídia tem lado , então só um lado ela vê , o caso mais gritante é o senhor Serra , um livro inteiro com quase 200 páginas de DOCUMENTOS e cerca de 4O BILHÕES DE DÓLARES desviados e nem um piu da nossa grande mídia .
a) O ministério público está comprado;
b) O STJ está comprado;
c) O PT é incapaz de encaminhar uma denúncia à justiça, mesmo com abundância de provas;
e) As duzentas páginas não contém provas consistentes.
[]´s,
JT
- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
E esses tais crimes tem quanto tempo?JT8D escreveu:
Mas aí não é só problema da midia, é caso de polícia. Por que nenhuma providência é tomada? Escolha a alternativa correta:
a) O ministério público está comprado;
b) O STJ está comprado;
c) O PT é incapaz de encaminhar uma denúncia à justiça, mesmo com abundância de provas;
e) As duzentas páginas não contém provas consistentes.
[]´s,
JT
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- JT8D
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ora, crime é crime. Se não prescreveu, aplique-se a lei.Guerra escreveu:E esses tais crimes tem quanto tempo?JT8D escreveu:
Mas aí não é só problema da midia, é caso de polícia. Por que nenhuma providência é tomada? Escolha a alternativa correta:
a) O ministério público está comprado;
b) O STJ está comprado;
c) O PT é incapaz de encaminhar uma denúncia à justiça, mesmo com abundância de provas;
e) As duzentas páginas não contém provas consistentes.
[]´s,
JT
Meu ponto é: se as tais provas existem mesmo, o que acontece que as providências não são tomadas? Ou não existem provas reais e é tudo conversa mole?
[]´s,
JT
- Boss
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Pois é...Agnaldo Marques escreveu:A fonte da Veja está na cadeia .Boss escreveu:Onde está a gravação do que o Valério falou ? A Veja não ia publicar ?
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- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Nota à sociedade brasileira - PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB
Partidos divulgam nota em defesa do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(...)
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.
Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Brasília, 20 de setembro de 2012.
Senadores do PDT discordam de nota que chama oposição de 'golpista'.
Ricardo Noblat - Blog do Noblat, 21.09.12.
Os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT), ambos do PDT, escreveram uma carta a Carlos Lupi, presidente nacional do partido, censurando seu gesto de assinar nota junto com outros presidentes de partidos da base de apoio ao governo chamando a oposição de "golpista.
"Foi com surpresa que tomamos conhecimento pela mídia de uma nota que você assinou em nome do nosso partido, denunciando o que seria comportamento golpista por parte da oposição e do uso de matérias em jornais e revistas.
Gostariamos de ter sido consultados antes desta nota assinada em nosso nome, porque se tivéssemos sido consultados seríamos contra.
1. Porque não vemos gesto golpista por trás das falas e matérias. Além de ser um direito inerente às oposiçoes fazerem críticas, em nenhum momento tocaram na Presidenta Dilma. Consideramos mais ameaçadores à democracia as consequências dos imensos gastos publicitários feitos pelos governos.
2. As referências à pressoes sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao poder judiciário, que nesse momento vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na politica. Mais importante seria mudar o sistema de escolha dos futuros ministros, para que não pesem dúvidas sobre a independência de cada um deles.
Pedro Taques - PDT-MT
Líder do PDT no Senado, assina em caráter pessoal
Cristovam Buarque - PDT-DF
Irritação no PMDB com nota petista.
Ilimar Franco, O Globo, 21.09.12.
Protestos no PMDB contra o presidente interino, senador Valdir Raupp (RO), por ter assinado nota do PT em solidariedade ao ex-presidente Lula. Os descontentes alegam que Raupp não consultou ninguém e argumentam que o mensalão não é assunto do partido.
Um de seus dirigentes lembra que o mensalão só ocorreu porque, em 2003, o ex-presidente não quis o apoio do partido, que ficou de fora do primeiro Ministério. Dizem que, sem o PMDB, a opção do PT foi comprar apoios no PP, no PL (atual PR) e no PTB. Sustentam que o partido só entrou no governo depois da crise e que, portanto, não há por que puxar o escândalo do mensalão para o colo do partido.
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Carta de apoio a Lula causa insatisfação no PMDB e aliados.
Tom da nota foi considerado “péssimo” pelo PMDB e fora de sintonia com o momento atual do país.
Fernanda Krakovics & Renato Onofre - O GLOBO, 21.09.12.
BRASÍLIA e RIO - Dirigentes do PMDB afirmaram que o partido foi constrangido a assinar a nota, articulada pelo PT, na qual cinco legendas da base aliada defenderam o ex-presidente Lula e acusaram a oposição de tentativa de golpe, como antecipou a coluna Panorama Político. O PP e o PR não foram procurados para assinar a “Carta à sociedade”, mas desaprovaram o teor.
Segundo peemedebistas, o presidente do PT, Rui Falcão, teria chegado com a nota pronta, e já assinada por outros partidos aliados, deixando o presidente do PMDB, Valdir Raupp, numa saia justa. Depois de chancelar o documento, Raupp avisou o vice-presidente Michel Temer e disse que não teve como não assinar uma nota de solidariedade a Lula. Lideranças do PMDB, além de desaprovarem o texto, alegam que não foram consultados sobre o apoio.
O tom da nota foi considerado “péssimo” pelo PMDB e fora de sintonia com o momento atual do país, principalmente a parte em que acusa a oposição de práticas golpistas. Esse trecho causou estranheza em dirigentes peemedebistas, já que, de acordo com eles, o Brasil tem uma democracia consolidada e um governo sólido.
— É claro que seríamos solidários ao Lula, mas sem atacar, sem radicalismos. Faríamos de uma forma mais peemedebista — disse um integrante do partido.
Membros do PMDB também criticaram Valdir Raupp por assinar o documento proposto pelo PT sem submetê-lo antes ao partido:
— Foi um gesto solitário do Raupp. Ele deveria ter consultado o partido — reclamou um peemedebista.
O PP, que não assinou a nota, também reprovou o tom do texto. Lideranças do partido consideraram um erro de estratégia, já que o documento, segundo eles, acabou jogando mais holofotes sobre a matéria da revista “Veja”, na qual o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, supostamente acusa o ex-presidente Lula, em conversas com terceiros, de envolvimento com o esquema de corrupção:
— E política não se faz por escrito — afirmou uma liderança do PP.
A ideia da nota teria sido levantada pela primeira vez no domingo passado, em conversa entre Lula, Rui Falcão e o governador Eduardo Campos (PE), presidente do PSB, em almoço no Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo. Na ocasião, Lula reclamou da matéria da “Veja”.
Na terça-feira, Falcão telefonou para o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, e o consultou sobre a ideia da nota. O presidente do PT enviou então uma primeira versão do texto para o socialista, que reescreveu e fez uma segunda versão.
Falcão procurou então Raupp e o PRB do candidato a prefeito de São Paulo, Celso Russomano, enquanto Amaral conversou com Eduardo Campos, com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e com o do PDT, Carlos Lupi.
Em Niterói, onde participou de evento do PT, Rui Falcão negou que tenha pressionado ou coagido o presidente do PMDB, Valdir Raupp, a assinar a nota. Sobre o mal-estar instalado no partido aliado, não quis comentar.
— Não posso dar opinião sobre o que acham setores do PMDB. O partido é um aliado de primeira hora do PT, e temos total confiança nisso. Eu não pressionei. Sou presidente do PT e falei diretamente com o presidente do PMDB. Submeti a nota a ele e dei total liberdade para que ele, se não quisesse, não assinasse. Ele não cogitou isso. E teve a liberdade de mexer no conteúdo, o que não fez — afirmou Falcão.
O presidente do PT atribuiu à pressa o fato de o PR e o PP não terem aderido ao manifesto. Ele disse que na última quarta-feira não houve tempo de procurar os representantes dos dois partidos. E ironizou dizendo que ainda dá tempo de quem quiser, inclusive a oposição, aderir à carta:
— A nota está em aberto para quem quiser assinar. Como nós tínhamos problema de timing, quanto mais consultas a gente fizesse, mais tempo a nota demoraria para sair. Não os procurei pela falta de tempo. A nota é em solidariedade ao presidente Lula e pode incluir até os partidos de oposição, se acharem que os ataques foram indevidos.
Falcão comparou o momento vivido por Lula aos do final dos governos dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart. Para ele, há “uma tentativa da direita golpista” de assumir o poder:
— Temos que prevenir a nossa sociedade contra os aventureiros que atacam a honra do presidente Lula tentando colocá-lo na vala comum de um processo pelo qual ele não deve nada. Vamos lembrar que, em 54, eles atacaram um presidente popular que se suicidou (em referência a Getúlio Vargas). Em 64, em nome do combate à corrupção e à subversão, puseram 21 anos de ditadura sanguinária na nossas costas.
Presidente do PTB e delator do mensalão, Roberto Jefferson criticou o PT pela nota e afirmou que o documento deixa antever a disputa por espaço, em 2014, entre os aliados do governo.
— A briga por 2014 está tão feia que os ditos aliados estão disputando espaço até mesmo em uma mequetrefe notinha — disse ele. — Na verdade, o PT tinha que agradecer aos céus pela oposição que tem. Se fosse apenas um pouco parecida com o PT do passado, que usava e abusava da calúnia, da difamação e da denúncia, Lula não tinha deitado e rolado depois do escândalo do mensalão.
Na noite de sexta-feira, os pedetistas Critovam Buarque, Pedro Taques e José Antonio Reguffe pediram esclarecimentos ao presidente do partido, Carlos Lupi. Eles dizem que foi “com surpresa” que tomaram conhecimento pela mídia “”de uma nota que você assinou em nome do nosso partido (PDT)".
“Gostariamos de ter sido consultados antes desta nota assinada em nosso nome, porque se tivéssemos sido consultados seríamos contra. 1. Porque não vemos gesto golpista por trás das falas e matérias. Além de ser um direito inerente às oposiçoes fazerem críticas, em nenhum momento tocaram na Presidenta Dilma. Consideramos mais ameaçadores à democracia as consequências dos imensos gastos publicitários feitos pelos governos. 2. As referências à pressoes sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao poder judiciário, que nesse momento vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na politica. Mais importante seria mudar o sistema de escolha dos futuros ministros, para que não pesem dúvidas sobre a independência de cada um dele”.
Tom da nota foi considerado “péssimo” pelo PMDB e fora de sintonia com o momento atual do país.
Fernanda Krakovics & Renato Onofre - O GLOBO, 21.09.12.
BRASÍLIA e RIO - Dirigentes do PMDB afirmaram que o partido foi constrangido a assinar a nota, articulada pelo PT, na qual cinco legendas da base aliada defenderam o ex-presidente Lula e acusaram a oposição de tentativa de golpe, como antecipou a coluna Panorama Político. O PP e o PR não foram procurados para assinar a “Carta à sociedade”, mas desaprovaram o teor.
Segundo peemedebistas, o presidente do PT, Rui Falcão, teria chegado com a nota pronta, e já assinada por outros partidos aliados, deixando o presidente do PMDB, Valdir Raupp, numa saia justa. Depois de chancelar o documento, Raupp avisou o vice-presidente Michel Temer e disse que não teve como não assinar uma nota de solidariedade a Lula. Lideranças do PMDB, além de desaprovarem o texto, alegam que não foram consultados sobre o apoio.
O tom da nota foi considerado “péssimo” pelo PMDB e fora de sintonia com o momento atual do país, principalmente a parte em que acusa a oposição de práticas golpistas. Esse trecho causou estranheza em dirigentes peemedebistas, já que, de acordo com eles, o Brasil tem uma democracia consolidada e um governo sólido.
— É claro que seríamos solidários ao Lula, mas sem atacar, sem radicalismos. Faríamos de uma forma mais peemedebista — disse um integrante do partido.
Membros do PMDB também criticaram Valdir Raupp por assinar o documento proposto pelo PT sem submetê-lo antes ao partido:
— Foi um gesto solitário do Raupp. Ele deveria ter consultado o partido — reclamou um peemedebista.
O PP, que não assinou a nota, também reprovou o tom do texto. Lideranças do partido consideraram um erro de estratégia, já que o documento, segundo eles, acabou jogando mais holofotes sobre a matéria da revista “Veja”, na qual o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, supostamente acusa o ex-presidente Lula, em conversas com terceiros, de envolvimento com o esquema de corrupção:
— E política não se faz por escrito — afirmou uma liderança do PP.
A ideia da nota teria sido levantada pela primeira vez no domingo passado, em conversa entre Lula, Rui Falcão e o governador Eduardo Campos (PE), presidente do PSB, em almoço no Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo. Na ocasião, Lula reclamou da matéria da “Veja”.
Na terça-feira, Falcão telefonou para o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, e o consultou sobre a ideia da nota. O presidente do PT enviou então uma primeira versão do texto para o socialista, que reescreveu e fez uma segunda versão.
Falcão procurou então Raupp e o PRB do candidato a prefeito de São Paulo, Celso Russomano, enquanto Amaral conversou com Eduardo Campos, com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e com o do PDT, Carlos Lupi.
Em Niterói, onde participou de evento do PT, Rui Falcão negou que tenha pressionado ou coagido o presidente do PMDB, Valdir Raupp, a assinar a nota. Sobre o mal-estar instalado no partido aliado, não quis comentar.
— Não posso dar opinião sobre o que acham setores do PMDB. O partido é um aliado de primeira hora do PT, e temos total confiança nisso. Eu não pressionei. Sou presidente do PT e falei diretamente com o presidente do PMDB. Submeti a nota a ele e dei total liberdade para que ele, se não quisesse, não assinasse. Ele não cogitou isso. E teve a liberdade de mexer no conteúdo, o que não fez — afirmou Falcão.
O presidente do PT atribuiu à pressa o fato de o PR e o PP não terem aderido ao manifesto. Ele disse que na última quarta-feira não houve tempo de procurar os representantes dos dois partidos. E ironizou dizendo que ainda dá tempo de quem quiser, inclusive a oposição, aderir à carta:
— A nota está em aberto para quem quiser assinar. Como nós tínhamos problema de timing, quanto mais consultas a gente fizesse, mais tempo a nota demoraria para sair. Não os procurei pela falta de tempo. A nota é em solidariedade ao presidente Lula e pode incluir até os partidos de oposição, se acharem que os ataques foram indevidos.
Falcão comparou o momento vivido por Lula aos do final dos governos dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart. Para ele, há “uma tentativa da direita golpista” de assumir o poder:
— Temos que prevenir a nossa sociedade contra os aventureiros que atacam a honra do presidente Lula tentando colocá-lo na vala comum de um processo pelo qual ele não deve nada. Vamos lembrar que, em 54, eles atacaram um presidente popular que se suicidou (em referência a Getúlio Vargas). Em 64, em nome do combate à corrupção e à subversão, puseram 21 anos de ditadura sanguinária na nossas costas.
Presidente do PTB e delator do mensalão, Roberto Jefferson criticou o PT pela nota e afirmou que o documento deixa antever a disputa por espaço, em 2014, entre os aliados do governo.
— A briga por 2014 está tão feia que os ditos aliados estão disputando espaço até mesmo em uma mequetrefe notinha — disse ele. — Na verdade, o PT tinha que agradecer aos céus pela oposição que tem. Se fosse apenas um pouco parecida com o PT do passado, que usava e abusava da calúnia, da difamação e da denúncia, Lula não tinha deitado e rolado depois do escândalo do mensalão.
Na noite de sexta-feira, os pedetistas Critovam Buarque, Pedro Taques e José Antonio Reguffe pediram esclarecimentos ao presidente do partido, Carlos Lupi. Eles dizem que foi “com surpresa” que tomaram conhecimento pela mídia “”de uma nota que você assinou em nome do nosso partido (PDT)".
“Gostariamos de ter sido consultados antes desta nota assinada em nosso nome, porque se tivéssemos sido consultados seríamos contra. 1. Porque não vemos gesto golpista por trás das falas e matérias. Além de ser um direito inerente às oposiçoes fazerem críticas, em nenhum momento tocaram na Presidenta Dilma. Consideramos mais ameaçadores à democracia as consequências dos imensos gastos publicitários feitos pelos governos. 2. As referências à pressoes sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao poder judiciário, que nesse momento vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na politica. Mais importante seria mudar o sistema de escolha dos futuros ministros, para que não pesem dúvidas sobre a independência de cada um dele”.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Comparações históricas de carta em defesa de Lula são ‘descabidas’.
Para o historiador Marco Antonio Villa, documento mostra desconhecimento da História.
Bruno Goes - O GLOBO, 21.09.12.
RIO - O PT e mais cinco partidos da base aliada divulgaram, na quinta-feira, a carta "À sociedade brasileira", em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os subscritores do documento compararam a atual situação do ex-presidente com a crise política de 1954, quando, dizem, inventaram um “mar de lama” para tirar Getúlio Vargas do poder. Também é citada a crise de 1964, época da queda de Jango. Para o historiador Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, o paralelo “é absolutamente descabido”. Segundo ele, em tom jocoso, o episódio mostra que o país tem ainda que avançar muito na área da educação. Villa recorda, ainda, as diversas pressões sofridas pela Corte na história republicana do Brasil.
A carta em defesa de Lula apresenta assim o paralelo aos ‘ataques’: "Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos".
O que o senhor achou da comparação histórica feita pelo PT e mais 5 partidos da base aliada?
Eu li e até brinquei com uns amigos. Eu acho que o ensino de História está muito ruim no país, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio... É uma comparação absolutamente descabida. A crise de 1954 é uma crise que ocorre no interior do Poder Executivo. Há o atentado na Rua Toneleiros, que acabou levando ao suicídio de 24 de agosto. O que você tem ali, na verdade, é a crise do Poder Legislativo com o Executivo. Em junho do mesmo ano há uma proposta, que nem chegou a ser aprovada, para abrir o impeachment em relação ao Getúlio (Vargas), mas que acabou sendo derrotada. Isso em junho, quer dizer, poucos meses antes do suicído.
Já a comparação de 1964...
A de 64 é uma crise que também não tem nada a ver com o Judiciário. Nada. Zero. Foi um momento de muita tensão social. Na época havia grandes comícios, passeatas, etc. Há o momento da campanha pela legalidade, a defesa da Constituição, o comício do dia 13... Agora, esses episódios históricos não tem nada a ver com o Poder Judiciário. E toda a questão, neste momento, está sendo travada no Poder Judiciário, pela Suprema Corte, e não há nenhum indício de pressão, de mobilização de massa, ameaça de impeachment.
Então, não há paralelo histórico?
É absolutamente descabido. E isso mostra também que o ensino está muito ruim.
Por que há essa comparação?
São muitas coisas: desconhecimento da história, bravata, e também uma tentativa de coação em relação ao Poder Judiciário. Porque até agora - estou acompanhando atentamente o julgamento - está tudo acontecendo absolutamente dentro dos termos legais. Não há nenhuma consideração fora dos autos do processo. Não há qualquer dúvida de ilegalidade. Ao contrário, há um clima de serenidade, que é raramente visto em um processo tão complexo como este, e tão amplo. Nunca, na história, o Supremo teve um número tão grande de réus em um mesmo processo. E esse é um processo que tem importância política. É o processo mais importante da história do Supremo. Mas o critérios são absolutamente jurídicos, e não políticos.
Na carta, os signatários afirmam que a oposição e opinião pública estão pressionando o STF? Quais foram os momentos históricos em que o Supremo foi pressionado? O senhor concorda que há pressão da opinião pública e da oposição?
Atualmente, a oposição que tem o menor número de parlamentares, na América do Sul, é a do Brasil: 17,5% do parlamento. Até na Venezuela a oposição é mais forte. Então, imaginar pressão da oposição... numericamente ela é desprezível. E a oposição não está explorando politicamente o julgamento. O principal líder da oposição, que é o senador Aécio Neves, o que ele falou sobre o tema? Nada.
E as pressões já vividas pela Corte?
Ao longo da história, o Supremo foi muito pressionado. No governo Floriano Peixoto, por exemplo, ele ameaçou diversas vezes ministros. Era a questão dos habeas corpus, a concessão de habeas corpus a adversários políticos. Ele coagiu ministros, chegou a nomear general e médico (Barata Ribeiro) para o Supremo. A Revolução de 1930, quando toma o poder, o governo provisório aposenta seis ministros à força. O Estado Novo (1937-1945) limitou muito a autoridade do Supremo. O presidente do Supremo era nomeado pelo Getúlio Vargas. Você imagina? A Constituição de 37 dava esse direito. A ditadura militar, mais recentemente, também sempre avançou sobre o Supremo, inclusive chegou a cassar três ministros. Então, ao longo da história republicana, o Supremo esteve em situações violentas por parte do Executivo.
Para o historiador Marco Antonio Villa, documento mostra desconhecimento da História.
Bruno Goes - O GLOBO, 21.09.12.
RIO - O PT e mais cinco partidos da base aliada divulgaram, na quinta-feira, a carta "À sociedade brasileira", em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os subscritores do documento compararam a atual situação do ex-presidente com a crise política de 1954, quando, dizem, inventaram um “mar de lama” para tirar Getúlio Vargas do poder. Também é citada a crise de 1964, época da queda de Jango. Para o historiador Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, o paralelo “é absolutamente descabido”. Segundo ele, em tom jocoso, o episódio mostra que o país tem ainda que avançar muito na área da educação. Villa recorda, ainda, as diversas pressões sofridas pela Corte na história republicana do Brasil.
A carta em defesa de Lula apresenta assim o paralelo aos ‘ataques’: "Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos".
O que o senhor achou da comparação histórica feita pelo PT e mais 5 partidos da base aliada?
Eu li e até brinquei com uns amigos. Eu acho que o ensino de História está muito ruim no país, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio... É uma comparação absolutamente descabida. A crise de 1954 é uma crise que ocorre no interior do Poder Executivo. Há o atentado na Rua Toneleiros, que acabou levando ao suicídio de 24 de agosto. O que você tem ali, na verdade, é a crise do Poder Legislativo com o Executivo. Em junho do mesmo ano há uma proposta, que nem chegou a ser aprovada, para abrir o impeachment em relação ao Getúlio (Vargas), mas que acabou sendo derrotada. Isso em junho, quer dizer, poucos meses antes do suicído.
Já a comparação de 1964...
A de 64 é uma crise que também não tem nada a ver com o Judiciário. Nada. Zero. Foi um momento de muita tensão social. Na época havia grandes comícios, passeatas, etc. Há o momento da campanha pela legalidade, a defesa da Constituição, o comício do dia 13... Agora, esses episódios históricos não tem nada a ver com o Poder Judiciário. E toda a questão, neste momento, está sendo travada no Poder Judiciário, pela Suprema Corte, e não há nenhum indício de pressão, de mobilização de massa, ameaça de impeachment.
Então, não há paralelo histórico?
É absolutamente descabido. E isso mostra também que o ensino está muito ruim.
Por que há essa comparação?
São muitas coisas: desconhecimento da história, bravata, e também uma tentativa de coação em relação ao Poder Judiciário. Porque até agora - estou acompanhando atentamente o julgamento - está tudo acontecendo absolutamente dentro dos termos legais. Não há nenhuma consideração fora dos autos do processo. Não há qualquer dúvida de ilegalidade. Ao contrário, há um clima de serenidade, que é raramente visto em um processo tão complexo como este, e tão amplo. Nunca, na história, o Supremo teve um número tão grande de réus em um mesmo processo. E esse é um processo que tem importância política. É o processo mais importante da história do Supremo. Mas o critérios são absolutamente jurídicos, e não políticos.
Na carta, os signatários afirmam que a oposição e opinião pública estão pressionando o STF? Quais foram os momentos históricos em que o Supremo foi pressionado? O senhor concorda que há pressão da opinião pública e da oposição?
Atualmente, a oposição que tem o menor número de parlamentares, na América do Sul, é a do Brasil: 17,5% do parlamento. Até na Venezuela a oposição é mais forte. Então, imaginar pressão da oposição... numericamente ela é desprezível. E a oposição não está explorando politicamente o julgamento. O principal líder da oposição, que é o senador Aécio Neves, o que ele falou sobre o tema? Nada.
E as pressões já vividas pela Corte?
Ao longo da história, o Supremo foi muito pressionado. No governo Floriano Peixoto, por exemplo, ele ameaçou diversas vezes ministros. Era a questão dos habeas corpus, a concessão de habeas corpus a adversários políticos. Ele coagiu ministros, chegou a nomear general e médico (Barata Ribeiro) para o Supremo. A Revolução de 1930, quando toma o poder, o governo provisório aposenta seis ministros à força. O Estado Novo (1937-1945) limitou muito a autoridade do Supremo. O presidente do Supremo era nomeado pelo Getúlio Vargas. Você imagina? A Constituição de 37 dava esse direito. A ditadura militar, mais recentemente, também sempre avançou sobre o Supremo, inclusive chegou a cassar três ministros. Então, ao longo da história republicana, o Supremo esteve em situações violentas por parte do Executivo.