Mundo Árabe em Ebulição

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5161 Mensagem por suntsé » Qua Set 12, 2012 2:29 pm

rodrigo escreveu:
Uma vez, um membro da resistência alemã antinazista foi capturado pela Gestapo depois do 20 de Julho. Foi torturado e, para tentar sobreviver e despistar as forças repressoras, passou a liberar informações, aos poucos, sempre envolvendo membros da resistência já presos ou mortos.

Cada pedaço de informação levava os agentes da Gestapo a interromper o interrogatório, botar o preso de volta na cela, e gastar esforços na averiguação. Ou seja, a perder tempo. Desta forma, o interrogado conseguiu escapar da guerra, muito maltratado mas vivo, e deu tempo para que vários colegas envolvidos na conspiração escapassem.

Ou seja, é uma falácia essa hipótese de que a tortura economiza tempo: ela permite arrancar qualquer informação, inclusive as falsas, pois o torturado tudo dirá para escapar do tormento, inclusive invencionices contra si mesmo e contra os outros. E assim, a pretensa busca pela verdade acaba sendo desviada do caminho.

Elas por elas, perdeu-se tempo. E perdeu-se a honra e a dignidade.
Concordo, mas não há substituto. Se todos fossem iguais ao francês, não seria utilizado.
Acredito que existam métodos mais eficientes que a tortura, como a injeção e drogas que induza o elemento a falar a verdade (talves tecnicamente, isto seja um método de tortura).

Acredito, que a utilização de entorpecentes como método de conseguir a verdade de um prisioneiro, não haja esperteza que de jeito.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5162 Mensagem por FOXTROT » Qua Set 12, 2012 3:27 pm

terra.com.br

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


Polícia dispersa manifestantes diante da embaixada americana na Tunísia
12 de setembro de 2012 • 14h02




TÚNIS, 12 Set 2012 (AFP) -A polícia lançou gases lacrimogêneos para dispersar centenas de salafistas que se manifestavam diante da embaixada dos Estados Unidos em Túnis para protestar contra um filme considerado ofensivo para o Islã, constatou um fotógrafo da AFP. Os aproximadamente 300 manifestantes que se congregraram pacificamente no início da tarde, mas, horas mais tarde, tentaram forçar o portão do prédio, o que obrigou a polícia a intervir. Os manifestantes exibiam cartazes negros e brancos dos salafistas na avenida diante da embaixada, situada no norte de Túnis. Segundo uma fonte da embaixada indagada pela AFP, os empregados e diplomatas continuam trabalhando normalmente. sh-Bsh/alf/tp/erl/eg/cn




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5163 Mensagem por marcelo l. » Qua Set 12, 2012 3:29 pm

Com violência ou sem, agora está no intervalo para votação de Primeiro Ministro na Líbia. Segundo turno entre os dois mais votados dos candidatos, agora é Jibril x Abushagur.
Edit: Dr.Mustafa Abushagur acaba de ser eleito.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5164 Mensagem por rodrigo » Qua Set 12, 2012 5:03 pm

suntsé escreveu:
rodrigo escreveu: Concordo, mas não há substituto. Se todos fossem iguais ao francês, não seria utilizado.
Acredito que existam métodos mais eficientes que a tortura, como a injeção e drogas que induza o elemento a falar a verdade (talves tecnicamente, isto seja um método de tortura).

Acredito, que a utilização de entorpecentes como método de conseguir a verdade de um prisioneiro, não haja esperteza que de jeito.
A violência física somente é usada quando meios mais eficientes não estão disponíveis. Isso evoluiu muito, principalmente diante da necessidade de se lidar com fanáticos muçulmanos. Os EUA e a Rússia inclusive possuem extensas linhas de produtos para interrogatórios, que se enquadram como produtos químicos comuns, mas que são usados exclusivamente como soros da verdade. E as evoluções priorizaram a humanização para quem aplica, e a ausência de vestígios físicos em quem é submetido à tortura.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5165 Mensagem por marcelo l. » Qua Set 12, 2012 9:55 pm

Americans could be forgiven this week for having an awful feeling of déjà vu. On the anniversary of 9/11, Egyptian protesters scaled the walls of the U.S. Embassy in Cairo, tore down the American flag, and replaced it with a black one that bears an uncomfortable resemblance to al Qaeda's trademark pennant. "Obama, Obama there are still a billion Osamas," chanted the mix of ultraconservative Salafi Muslims and soccer hooligans, known as "ultras," who claimed to be protesting a U.S.-made film that insults the Prophet Mohammed.

A little less than 700 miles to the west, Libyan militants who claimed to be equally incensed by the film -- allegedly produced by an obscure Israeli-American filmmaker who is now in hiding -- overran the U.S. consulate in Benghazi and set it ablaze. U.S. Ambassador Christopher Stevens and three other Americans died in a rocket attack on their vehicle as they attempted to flee the compound, according the Washington Post's version of the story. It was the first killing of a U.S. ambassador since 1979, when Adolf Dubs was kidnapped and shot by radical militiamen in a Kabul hotel.

Against the backdrop of the Arab Spring and the subsequent rise of Islamists across much of the Middle East, Tuesday's events can't help but call to mind the outpouring of anti-American sentiment of that earlier era. By late 1979, a toxic mix of Iranian anti-Americanism, Saudi petrodollars, and conspiracy theorizing touched off a wave of attacks on U.S. embassies across the Muslim world. The first -- and most chronicled -- attack occurred on Nov. 4, when radical Iranian students, upset by President Jimmy Carter's decision to let the deposed shah seek medical treatment in the United States, overran the U.S. Embassy in Tehran and took 63 Americans hostage. (Three more hostages were taken at the Iranian Foreign Ministry, but 14 were eventually released, bringing the total number to 52.) During the subsequent 444-day standoff, resentment toward American "imperialism" continued to fester and U.S. embassies in the Muslim world began to look increasingly like sitting ducks.

The embassy seizure in Iran was actually just one of several such attacks across the Muslim world that year. When Saudi Arabian militants led by Juhayman al-Utaybi, seized the Grand Mosque in Mecca on Nov. 20, many across the region instinctively blamed the United States and Israel -- the two most popular targets of Iranian vituperation and the source of perceived humiliation for many. That morning, Saudi Arabian officials declined to identify the perpetrators and Radio Tehran happily supplied its own narrative: "It is not far-fetched to assume that this act has been perpetrated by the criminal American imperialism so that it can infiltrate the solid ranks of Muslims by such intrigues."

In Pakistan, where General Zia ul Huq was actively courting young firebrand Islamists to shore up his political base, the students at Quaid-i-Azam University in Islamabad reached the same conclusion. Clamoring by the busload to the U.S. Embassy, radical student members of Jamaa-e-Islami, some of whom were armed, quickly breached the compound, killing one Marine and taking another American hostage. The students proceeded to set fire to the embassy, forcing the staff to take refuge in the code room vault while the compound burned around them. Finally, after the Americans had spent more than five hours in the blistering heat of the vault, Pakistani troops arrived from their headquarters in Rawalpindi, not half an hour's drive from the embassy, and the crowds melted away.

The attack was a close call for the United States. As Steve Coll notes in Ghost Wars, "Had events taken a slight turn for the worse, the riot would have produced one of the most catastrophic losses of life in U.S. diplomatic history." But the wave of anti-Americanism had not yet crested and it would be less than two weeks before radicals lashed out against the United States again -- this time in Libya.

On Dec. 2, throngs of students began assembling outside the U.S. Embassy in Tripoli, chanting "Death to America" and burning President Carter in effigy. After the embassy staff, led by CIA station chief Jack McCavitt, managed to escape through an adjacent apartment complex, Libyan students and security officials stormed the compound, carting away boxes of documents they believed to be sensitive. According to Yaroslav Trofimov's The Siege of Mecca, however, the Libyans got mostly cashiers' records, publicly accessible Foreign Service regulations, and the embassy's "Learn a Foreign Language" tapes in Italian.

But if there were an ounce of humor in the Libyan fiasco, it was eclipsed by the immediacy of the Iranian threat and the seriousness of America's image problem in the Muslim world. "[T]he Iranian revolution was not isolated," as Trofimov put it. "The fervent anti-American propaganda coming out of Tehran was making Muslims worldwide see the U.S. as the enemy of their faith." And worse than that, radicals were learning that there was little price to be paid for standing up to the Americans. As the historian Bernard Lewis recalled, "If you said or did anything against the Americans, not only would there by no punishment, but there might even be some reward."

The question now, as the world tries to make sense of the fresh wave of anti-American attacks sweeping across the Middle East, is whether the United States faces anything like the ideological force it stared down in 1979. For now, the answer appears to be no. In 1979, the success of the Iranian revolution breathed new life into Islamist movements across the world that dreamed of establishing an Islamic state. Even Sunni extremist groups, whose puritanical "petro-Islam" was anathema to the revolutionary Shiite fervor emanating from Tehran, were jolted awake by Ayatollah Khomeini's meteoric rise. Establishing an Islamic state independent of the West no longer felt like a distant possibility.

Today, that experiment has clearly failed. Those who still seek to reestablish a caliphate -- al Qaeda and a smattering of fringe Islamist organizations -- are struggling to remain relevant in the post-Arab Spring world. The advent of democracy in parts of the Middle East and the triumph of mainstream Islamists in Egypt and Tunisia portends a very different future than what Khomeini envisioned in 1979. In such an environment, anti-Americanism will doubtlessly remain a fact of life -- particularly because of its political salience in nascent democracies. But the days when extremist ideologues preaching "death to America" could attract university students by the thousands across the Muslim world might well be over.

The circumstances of Tuesday's attacks provide further reassurance that this is not 1979 all over again. In Egypt, the ranks of demonstrators swelled outside the embassy only after football "ultras" -- upset that Egypt's Premier League season had been delayed a month following their attack on the Egyptian Football Association's headquarters -- opted for an alternative venue to vent their frustrations. (A video posted on the Facebook page of Egypt's Al-Hekma channel, titled "Ultras Zamalek tear the American flag in front of the embassy," shows the football faithful gleefully scaling the flagpole.)

The attack in Libya, moreover, while certainly more worrisome because of its deadly consequences, probably has more to do with the new government's inability to control local militias than with anti-Americanism run amok. Indeed, Libyan officials from across the political spectrum condemned the attack, with President Mohamed Magariaf leading the way: "We refuse that our nation's lands be used for cowardice and revengeful acts. It is not a victory for God's sharia or his prophet for such disgusting acts to take place," he said. "We apologize to the United States, the people of America, and the entire world. We and the American government are standing on the same side, we stand on the same side against outlaws."

It is a far cry from the tirade broadcast by the official Libyan Jamahiriya News Agency following the consular attack in Benghazi nearly 33 years ago: "Upon the students' breaking into the embassy, the staff fired toxic gases believed to be used only by the military, confirming that the embassy employees are military personnel," railed the radio broadcaster, who went on to blame the Americans for the "injury of several Libyan students." For all the instability and chaos of the Middle East today, here's the good news: It's not 1979 anymore.

http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... e?page=0,1




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5166 Mensagem por Clermont » Qui Set 13, 2012 9:15 am

Imagem

Nestas alturas, aposto que muitos americanos já devem estar com saudades do Muammar Khadaffi.

Navios americanos já estão rumando para as costas da Líbia; fuzileiros navais estão sendo enviados para reforçar as instalações diplomáticas americanas; drones já estão sendo preparados para sobrevoar o espaço aéreo líbio e atacar quaisquer possíveis campos jihadistas. Jihadistas estes que foram armados pelos próprios americanos e franceses, uns poucos meses atrás, para levar a "democracia para a Líbia".

Cenário perfeito para arrastar os Estados Unidos para mais outra guerra sem fim, como o Afeganistão ou o Iêmen, consumindo mais dólares do contribuinte americano e mais vidas das da famílias americanas.

E esse Obama é o "presidente da Mudança"...




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5167 Mensagem por marcelo l. » Qui Set 13, 2012 10:59 am

Abushagur, the North African country’s current deputy prime minister, narrowly beat Mahmoud Jibril in a second-round runoff held by the 200-seat national assembly on Wednesday, Reuters reported.

Abushagur secured 96 votes against his competitor who picked up 94 votes.

Libyans elected the legislative body on July 7. The assembly is tasked with appointing a new interim government, which will rule until new parliamentary elections after the drafting of a new constitution.

The country’s first peaceful transition of power in more than four decades took place in an official ceremony in the capital Tripoli on August 8, when the Libya’s National Transitional Council handed over power to the legislative assembly almost a year after the revolution that toppled long-time dictator Muammar Gaddafi.

Libyans rose up against Gaddafi in February 2011 and deposed him in August 2011. He ruled for more than four decades without a legislature.

http://presstv.com/detail/2012/09/13/26 ... d-libya-pm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5168 Mensagem por Bourne » Qui Set 13, 2012 1:40 pm

Os franceses que começaram quando romperam a parceria estratégia e entregaram os armamentos do Rafale. Provocada pelo surto napoleônico do Sarkozi que tentou usar a guerra para ganhar as eleições. Eles que resolvam, junto com ingleses e outros europeus que vieram atrás.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5169 Mensagem por marcelo l. » Qui Set 13, 2012 2:23 pm

Bourne escreveu:Os franceses que começaram quando romperam a parceria estratégia e entregaram os armamentos do Rafale. Provocada pelo surto napoleônico do Sarkozi que tentou usar a guerra para ganhar as eleições. Eles que resolvam, junto com ingleses e outros europeus que vieram atrás.
Bom, Bourne sem voltar ao passado, mas indo em alguma mais estrutural a atual onda de manifestantes são jovens, que nasceram e se desenvolveram dentro de uma educação controlada pelos Estados Árabes que os faz acreditar que o governo americano controla o indivíduo a ponto de interferir produção de livros, filmes, charges em jornais.

Por sinal, nem é muito diferente da de 1979, só que daquela além de controlar indivíduos, os EUA que davam ordens para polícia Saud Company.



Utilizando a Ficção cientifica, os problemas não acabam com a "derrota das sombras", teve muitos mais episódios bons com muito trabalho até encontrar uma paz que sempre é precária e ameaçada pelas armas ou aliados da guerra anterior.





Editado pela última vez por marcelo l. em Qui Set 13, 2012 2:29 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5170 Mensagem por LeandroGCard » Qui Set 13, 2012 2:29 pm

Parece que desta vez foi para provocar mesmo.
Estopim de revolta, filme insulta profeta Maomé

Na produção o profeta fundador do Islã é retratado como pedófilo, bissexual e sanguinário

13 de setembro - O Estado de S.Paulo

WASHINGTON- Estopim da nova onda de protestos no mundo islâmico, o filme Inocência dos Muçulmanos retrata o profeta Maomé como um adúltero, bissexual, pedófilo e sanguinário. Aparentemente, os 14 minutos postados na internet são um trailer de um longa-metragem de duas horas escrito, produzido e dirigido por um cidadão americano de origem israelense de 56 anos que usa o pseudônimo de Sam Bacile.

"Esse é um filme político", afirmou Bacile à Associated Press. "Os EUA perderam muito dinheiro e muitas pessoas em guerras no Iraque e no Afeganistão, mas estamos lutando com ideias." De acordo com a agência de notícias, o cineasta decidiu se esconder por temer represálias.

Para o jornal Wall Street Journal, Bacile foi mais direto. "O Islã é um câncer", disse.

Em trechos disponíveis no YouTube, o profeta aparece tendo relações sexuais com várias mulheres. Para os muçulmanos, qualquer representação de Maomé é blasfêmia.


Pastor Terry Jones

Bacile recebeu apoio do pastor da Flórida Terry Jones, que ameaçou fazer uma fogueira de exemplares do Alcorão, enfurecendo multidões no mundo islâmico. Ontem, o chefe do Estado-Maior dos EUA, Michael Mullen, telefonou a Jones pedindo que ele mude de posição.

O Egito determinou a inclusão na lista de procurados do pastor americano e nove coptas (cristãos egípcios) que vivem nos EUA. Eles são acusados de participar ou promover o filme.

Sob ataque, a Igreja Copta condenou duramente o filme, dizendo que ele é uma tentativa de "difamar as religiões e dividir os povos, sobretudo o do Egito".

Segundo os processos abertos pelo Ministério Público do Cairo, o vídeo no YouTube tem cenas que "propagam uma ideologia extremista com o objetivo de provocar a discórdia e o menosprezo às religiões monoteístas e danificar a união nacional e alterar a paz social".


Islamofobia

A comunidade islâmica americana e especialistas no mundo árabe temem que a morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, leve a um aumento da islamofobia no Ocidente.

Quando as manifestações contra representações diplomáticas dos EUA em Benghazi e no Cairo começaram, na terça-feira, o Conselho das Relações Islâmico-Americanas (Cair) publicou nota na qual pedia ao mundo islâmico e árabe que "ignorasse os produtores extremistas que criaram uma porcaria de filme (Inocência dos Muçulmanos). Eles não representam a população americana ou a religião cristã". Ontem o Cair, com outras entidades árabes e islâmicas dos EUA, reprovou a ação contra os diplomatas na Líbia.

Lamentando a morte dos diplomatas americanos, Samer Araabi, do Instituto Árabe-Americano, disse que a ação "fortalece a agenda dos islamofóbicos no país, que rapidamente usarão esses eventos como justificativa para pintar a fé islâmica como antiocidental e violenta".

Segundo o líder muçulmano, "esses mesmos indivíduos têm um papel na criação desse conflito ao financiarem, produzirem e disseminarem o filme com o objetivo claro de incitar uma reação como essa".

Efe com Gustavo Chacra
Leandro G. Card




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5171 Mensagem por FOXTROT » Qui Set 13, 2012 2:33 pm

Vejam a origem e nacionalidade do sujeito!

Saudações




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5172 Mensagem por rodrigo » Qui Set 13, 2012 2:34 pm

Bom, Bourne sem voltar ao passado, mas indo em alguma mais estrutural a atual onda de manifestantes são jovens, que nasceram e se desenvolveram dentro de uma educação controlada pelos Estados Árabes que os faz acreditar que o governo americano controla o indivíduo a ponto de interferir produção de livros, filmes, charges em jornais.
Por que na época dos versos satânicos só queriam matar o Rushie, e agora um filme é transformado em arma contra os Estados Unidos?




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5173 Mensagem por marcelo l. » Qui Set 13, 2012 2:55 pm

rodrigo escreveu:
Bom, Bourne sem voltar ao passado, mas indo em alguma mais estrutural a atual onda de manifestantes são jovens, que nasceram e se desenvolveram dentro de uma educação controlada pelos Estados Árabes que os faz acreditar que o governo americano controla o indivíduo a ponto de interferir produção de livros, filmes, charges em jornais.
Por que na época dos versos satânicos só queriam matar o Rushie, e agora um filme é transformado em arma contra os Estados Unidos?
Vou começar pelo mais fácil, depois de 1979, a embaixada da Líbia e iraniana foram fechadas só teve queima de bandeira, mas ocorreram fortes manifestações e tentativas de invasão principalmente no Egito (acho que Tunis, até na Malásia), muita gente foi para cadeia.

E posteriormente depois de reprimida, os governos locais sempre culparam os EUA pelo ocorrido, nunca os manifestantes, assim como faz o Morsi agora, reprimir com essa mensagem só agrava as coisas para o futuro quando houver um novo incidente.

Além disso existe a guerra ao terror e continuará sem trégua, e o outro lado tentará sempre se aproveitar das fraquezas para fazer emboscadas, como foi em Benguazi pela narrativa dada. Os líbios que participaram agora e os que se omitiram devem ser punidos.




Editado pela última vez por marcelo l. em Qui Set 13, 2012 4:53 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5174 Mensagem por FOXTROT » Qui Set 13, 2012 4:02 pm

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Obama diz que Egito não é nem aliado nem inimigo
13 de setembro de 2012 • 13h26 • atualizado às 13h50

Os Estados Unidos não consideram o governo do Egito, liderado por islâmicos, aliado ou inimigo, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, em uma entrevista à televisão.

"Eu não acho que nós os consideramos um aliado, mas nós não os consideramos um inimigo", disse Obama à Telemundo, uma rede de TV em língua espanhola, na quarta-feira, depois que multidões de manifestantes furiosos com um filme que eles consideram uma blasfêmia ao Islã atacaram a embaixada dos EUA no Cairo.

Obama disse que o recém-formado governo egípcio, eleito democraticamente, está tentando "encontrar o seu caminho".

Se as autoridades do governo tomarem atitudes que mostrem "que não estão assumindo a responsabilidade", então isso seria "um problema muito grande", disse o presidente na entrevista, que foi ao ar na íntegra nesta quinta-feira.

O ataque à embaixada no Cairo coincidiu com ataques a um consulado dos EUA na cidade líbia de Benghazi, que levou à morte de quatro diplomatas norte-americanos, incluindo o embaixador dos EUA.

Os Estados Unidos eram um aliado próximo do Egito no regime do presidente autocrata Hosni Mubarak, deposto no ano passado, e fornecem 1,3 bilhão de dólares em ajuda militar ao país por ano, além de outras assistências.

Nesta quinta-feira a Casa Branca disse que Obama falou com os presidentes do Egito e da Líbia para avaliar a violência contra complexos diplomáticos norte-americanos.

Obama, em seu apelo ao presidente egípcio, Mohamed Mursi, disse que o Egito "tem de cooperar com os Estados Unidos para proteger instalações e funcionários diplomáticos norte-americanos", disse a Casa Branca




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#5175 Mensagem por Wingate » Qui Set 13, 2012 4:10 pm

FOXTROT escreveu:terra.com.br

Obama diz que Egito não é nem aliado nem inimigo
13 de setembro de 2012 • 13h26 • atualizado às 13h50

Os Estados Unidos não consideram o governo do Egito, liderado por islâmicos, aliado ou inimigo, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, em uma entrevista à televisão.

"Eu não acho que nós os consideramos um aliado, mas nós não os consideramos um inimigo", disse Obama à Telemundo, uma rede de TV em língua espanhola, na quarta-feira, depois que multidões de manifestantes furiosos com um filme que eles consideram uma blasfêmia ao Islã atacaram a embaixada dos EUA no Cairo.

Obama disse que o recém-formado governo egípcio, eleito democraticamente, está tentando "encontrar o seu caminho".

Se as autoridades do governo tomarem atitudes que mostrem "que não estão assumindo a responsabilidade", então isso seria "um problema muito grande", disse o presidente na entrevista, que foi ao ar na íntegra nesta quinta-feira.

O ataque à embaixada no Cairo coincidiu com ataques a um consulado dos EUA na cidade líbia de Benghazi, que levou à morte de quatro diplomatas norte-americanos, incluindo o embaixador dos EUA.

Os Estados Unidos eram um aliado próximo do Egito no regime do presidente autocrata Hosni Mubarak, deposto no ano passado, e fornecem 1,3 bilhão de dólares em ajuda militar ao país por ano, além de outras assistências.

Nesta quinta-feira a Casa Branca disse que Obama falou com os presidentes do Egito e da Líbia para avaliar a violência contra complexos diplomáticos norte-americanos.

Obama, em seu apelo ao presidente egípcio, Mohamed Mursi, disse que o Egito "tem de cooperar com os Estados Unidos para proteger instalações e funcionários diplomáticos norte-americanos", disse a Casa Branca
Obama diante da esfinge: "Decifra-me ou te devoro!" (parece que não está conseguindo :mrgreen: ) .

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