Pré-Sal - O Papel da FAB
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- osolamaalua
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Vamos lá, o 3/8 cumpria até pouco tempo 2 papeis principais. O de apoiar o Para Sar quando este era nos Afonsos e realizar o Sar para a Aviação de caça, além de apoiar os exercícios dos cadetes da AFA e alunos da Escola de Especialista. Até pouco tempo até seus helis eram os mais capacitados para atuar em catastrofes. Vamos lembrar pois muitos se esquecem que em Angra dos Reis temos uma Usina nuclear e o 3º/8º juntamente com o HU-1 fazem parte do plano de evacuação. Em 2017 deve haver a transferencia do esquadrão para Santa Cruz.
Realmente existe alguma celeuma de que a Força Aérea é carioca e tal. Porém só para exemplificar hoje o piloto de caça obrigatoriamente após formado em Natal vai servir em uma unidade de fronteira, isso não acontece nem com o Exército quiçá com a Marinha (tem gente lá que nunca pisou na Amazonia). Graças a Deus morei lá alguns anos de minha vida e digo que a experiência é impar.
Felizmente nosso País tem serviço em toda parte, seja no sudeste pela concentração de meios produtivos, no norte pelas fronteiras, no oeste pelo trafico de droga, no sul pelo futebol e no nordeste pelas praias
Realmente existe alguma celeuma de que a Força Aérea é carioca e tal. Porém só para exemplificar hoje o piloto de caça obrigatoriamente após formado em Natal vai servir em uma unidade de fronteira, isso não acontece nem com o Exército quiçá com a Marinha (tem gente lá que nunca pisou na Amazonia). Graças a Deus morei lá alguns anos de minha vida e digo que a experiência é impar.
Felizmente nosso País tem serviço em toda parte, seja no sudeste pela concentração de meios produtivos, no norte pelas fronteiras, no oeste pelo trafico de droga, no sul pelo futebol e no nordeste pelas praias
- Carlos Lima
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Concordo...osolamaalua escreveu:Vamos lá, o 3/8 cumpria até pouco tempo 2 papeis principais. O de apoiar o Para Sar quando este era nos Afonsos e realizar o Sar para a Aviação de caça, além de apoiar os exercícios dos cadetes da AFA e alunos da Escola de Especialista. Até pouco tempo até seus helis eram os mais capacitados para atuar em catastrofes. Vamos lembrar pois muitos se esquecem que em Angra dos Reis temos uma Usina nuclear e o 3º/8º juntamente com o HU-1 fazem parte do plano de evacuação. Em 2017 deve haver a transferencia do esquadrão para Santa Cruz.
Realmente existe alguma celeuma de que a Força Aérea é carioca e tal. Porém só para exemplificar hoje o piloto de caça obrigatoriamente após formado em Natal vai servir em uma unidade de fronteira, isso não acontece nem com o Exército quiçá com a Marinha (tem gente lá que nunca pisou na Amazonia). Graças a Deus morei lá alguns anos de minha vida e digo que a experiência é impar.
Felizmente nosso País tem serviço em toda parte, seja no sudeste pela concentração de meios produtivos, no norte pelas fronteiras, no oeste pelo trafico de droga, no sul pelo futebol e no nordeste pelas praias
... e acho que pelo visto não falei bobagem !
Acho que é bom lembrar sim do passado do 3/8 porque não faz muito tempo mesmo que as funções dele estão evoluindo e o Caracal ainda vai demorar um pouquinho para se tornar o Heli mais pesado das nossas FAs.
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Isso que é bom do fórum, agente pode discutir e ver que existem opiniões diversas, o que deve refletir na própria FAB... o que torna ainda mais dificial mudança la dentro.
Agora nunca vi utilizar catástrofe natural pra justificar a presença de um esquadrão. Catástrofe natural, como o próprio nome diz, não podemos evitar, é natural e não social. A parte social a culpa é dos governos municipais que permitem as populações construírem em áreas de risco. Não vou culpar o pobre pela pobreza, o cara tem que trabalhar e constroi onde acha melhor, embora isso não faz dele um santo (no mínimo, um burro). Mas tirando a questão nuclear, ter um esquadrão que justifica sua função social em função de catástrofe natural é no mínimo insensível, pois começamos a achar que a questão da moradia nesse país não tem solução. Nos não somos o Japão, que tem que construir no pedaço de chão f.....dido que a gerações eles estão ali. Se no Brasil isso acontece em beira de morro e em beirada de rio é descaso, não é sentimentalismo.
Mas voltando ao 3/8, acho até que com a construção do estaleiro da Marinha o 3/8 vai voltar a ter essa fução social que eu tanto alego que ele não tem. Mas isso também poderia ser feito com a FAB dando espaço um pra MB colocar o Caracal dela na BASC, pertinho do estaleiro, além de ser perto da ilha de cobras e da restinga de Marambaia, onde o Exército ou a Marinha tem um centro de treinamento.
E com o próprio exemplo do osolamaalua, a FAB tem um esquadrão em Boa Vista que recebe jovens e não tem heli SAR para eles (talvez tenha algum H-1H como na BANT ou H-50 na AFA, mas isso é muito pouco). Estou lembrando agora daquele acidente com 4 ou 3 A-29 na BABV. E o 3/8 poderia estar fazendo um puta trabalho em Boa Vista, contribuindo com os Pelotões de Fronteira. Enquanto isso, Caracal da MB na BASC, se justificando pelo pré-sal, atuante em Angra dos Reis, Petropolis, pertissimo da CSA, porto de Itaguaí, porto Sudeste do Eike, estaleiro e base naval da MB, e EB na Marambaia, SAR para o 1º GAVCA... e Taubaté na AFA e EEAR. A função nuclear, de acordo com a END, é da MB, então coloca o Caracal que eles vão receber (que por enquanto só o A-12 e mais uns 4 navios tem espaço pra receber) na BASC. Seria até interessante a dupla Caracal do EB e MB em função da questão nuclear, já que tem uma fábrica em Iperó e em Resende que fica perto de Taubaté. Isso é o ideal. Mas de ideal ninguém vive...
Agora nunca vi utilizar catástrofe natural pra justificar a presença de um esquadrão. Catástrofe natural, como o próprio nome diz, não podemos evitar, é natural e não social. A parte social a culpa é dos governos municipais que permitem as populações construírem em áreas de risco. Não vou culpar o pobre pela pobreza, o cara tem que trabalhar e constroi onde acha melhor, embora isso não faz dele um santo (no mínimo, um burro). Mas tirando a questão nuclear, ter um esquadrão que justifica sua função social em função de catástrofe natural é no mínimo insensível, pois começamos a achar que a questão da moradia nesse país não tem solução. Nos não somos o Japão, que tem que construir no pedaço de chão f.....dido que a gerações eles estão ali. Se no Brasil isso acontece em beira de morro e em beirada de rio é descaso, não é sentimentalismo.
Mas voltando ao 3/8, acho até que com a construção do estaleiro da Marinha o 3/8 vai voltar a ter essa fução social que eu tanto alego que ele não tem. Mas isso também poderia ser feito com a FAB dando espaço um pra MB colocar o Caracal dela na BASC, pertinho do estaleiro, além de ser perto da ilha de cobras e da restinga de Marambaia, onde o Exército ou a Marinha tem um centro de treinamento.
E com o próprio exemplo do osolamaalua, a FAB tem um esquadrão em Boa Vista que recebe jovens e não tem heli SAR para eles (talvez tenha algum H-1H como na BANT ou H-50 na AFA, mas isso é muito pouco). Estou lembrando agora daquele acidente com 4 ou 3 A-29 na BABV. E o 3/8 poderia estar fazendo um puta trabalho em Boa Vista, contribuindo com os Pelotões de Fronteira. Enquanto isso, Caracal da MB na BASC, se justificando pelo pré-sal, atuante em Angra dos Reis, Petropolis, pertissimo da CSA, porto de Itaguaí, porto Sudeste do Eike, estaleiro e base naval da MB, e EB na Marambaia, SAR para o 1º GAVCA... e Taubaté na AFA e EEAR. A função nuclear, de acordo com a END, é da MB, então coloca o Caracal que eles vão receber (que por enquanto só o A-12 e mais uns 4 navios tem espaço pra receber) na BASC. Seria até interessante a dupla Caracal do EB e MB em função da questão nuclear, já que tem uma fábrica em Iperó e em Resende que fica perto de Taubaté. Isso é o ideal. Mas de ideal ninguém vive...
- Túlio
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Bueno, a pluralidade de opiniões é sempre salutar, o que me leva a dar um pitaco:
Zero, aos poucos muita gente está sendo mudada de lugar. Quem nos garante que o 3/8 também não vai acabar se mudando para outra parte deste baita Brasil?
Zero, aos poucos muita gente está sendo mudada de lugar. Quem nos garante que o 3/8 também não vai acabar se mudando para outra parte deste baita Brasil?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Carlos Lima
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
O 3/8 vai mudar sim para a BASC.
Como o osolamaalua disse acima, existe todo o suporte para o pessoal da BASC e o apoio na Regiao do RJ que normalmente é super castigado pelas chuvas todos os anos, e com isso já se mostrou mais do que necessário ter essa como uma das funções do 3/8.
Só para esclarecer, na verdade no mundo afora existem esquadrões de aeronaves 'bombeiras', esquadrões de SAR e coisas afins que se localizam em determinadas regiões justamente para estarem mais próximos e poderem assistir as vitimas em caso de desastres naturais sim.
A única diferença é que no caso do Brasil não temos uma Guarda Costeira ou 'esquadrão aeromédico especializado' para executar essas tarefas...
Mas é claro que o 3/8 serve para mais coisas do que isso.
[]s
CB_Lima
Como o osolamaalua disse acima, existe todo o suporte para o pessoal da BASC e o apoio na Regiao do RJ que normalmente é super castigado pelas chuvas todos os anos, e com isso já se mostrou mais do que necessário ter essa como uma das funções do 3/8.
Só para esclarecer, na verdade no mundo afora existem esquadrões de aeronaves 'bombeiras', esquadrões de SAR e coisas afins que se localizam em determinadas regiões justamente para estarem mais próximos e poderem assistir as vitimas em caso de desastres naturais sim.
A única diferença é que no caso do Brasil não temos uma Guarda Costeira ou 'esquadrão aeromédico especializado' para executar essas tarefas...
Mas é claro que o 3/8 serve para mais coisas do que isso.
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Vamos lá para clarear. Em Boa Vista ainda não existe o serviço Sar ativado pois atém uns 3 anos atras ainda não havia sido completada a dotação dos Black de Manaus. Hoje os Blacks de Manuas tiram alerta Sar em Porto Velho e assim que o Esquadrão do 1º/8º Estiver com pelo menos 6 EC725 deve passar a cumprir o alerta em BV.
Quanto ao fato das catastrofes realmente o 3º/8º Não foi criado para isso mas as conjunturas de seu uso sugerem a existência desse vetor operando no Rio de Janeiro.
Quanto a situação do Pré Sal vejo muita gente preocupada em defender plataforma de petróleo. Um ataque a elas é algo bastante complicado pois estão afastadas uma das outras. A destruição de uma não seria algo absurdo, a melhor defesa tem que ser nas refinarias que recebem o produto extraído destas plataformas: Gas e Óleo.
Vamos refletir que é impossível vir uma País hoje e instalar uma plataforma submarina para extrair petróleo do pré sal sem autorização nacional, se ocorrer é caso de guerra. Para isso o Brasil tem que ter capacidade dissuasória de saber que estamos pronto a impedir esse tipo de apropriação.
A segurança interna das plataformas é responsabilidade de quem as opera. Agora o óleo que está la no fundo do mar é de todos os brasileiros.
Quanto ao fato das catastrofes realmente o 3º/8º Não foi criado para isso mas as conjunturas de seu uso sugerem a existência desse vetor operando no Rio de Janeiro.
Quanto a situação do Pré Sal vejo muita gente preocupada em defender plataforma de petróleo. Um ataque a elas é algo bastante complicado pois estão afastadas uma das outras. A destruição de uma não seria algo absurdo, a melhor defesa tem que ser nas refinarias que recebem o produto extraído destas plataformas: Gas e Óleo.
Vamos refletir que é impossível vir uma País hoje e instalar uma plataforma submarina para extrair petróleo do pré sal sem autorização nacional, se ocorrer é caso de guerra. Para isso o Brasil tem que ter capacidade dissuasória de saber que estamos pronto a impedir esse tipo de apropriação.
A segurança interna das plataformas é responsabilidade de quem as opera. Agora o óleo que está la no fundo do mar é de todos os brasileiros.
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
A meu ver não seria simplesmente um casus belli: teria de estabelecer uma base em terra para apoio logístico à exploração do petróleo. E como as plataformas se estendem por alguns milhares de km do litoral...
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Quem sabe Túlio... a esperança é a última que morre. Mas acho que vai ficar mesmo na BASC, afinal todo mundo comenta isso. De qualquer forma se isso acontecer, viajei ainda um pouco mais no pensamento e cheguei ainda a seguinte conclusão: Caracal da MB = aviônico AEL; Caracal FAB = aviônico AEL; AF-1 = aviônico AEL; F-5M = aviônico AEL... quem sabe uma base perto do estaleiro (que ja éxiste, chamada BASC) não poderia atender tudo isso e simplificar a logística. Ainda tem Bandeco da BAGL com aviônico AEL. AMX ta saindo da BASC... Quem sabe a AVIO não estaria interessada em fazer a manutenção do motor do AF-1?
Enfim, pensar não custa nada, compartilhar menos ainda. De qualquer forma, Carlos, acho que todos esses esquadrões que você citou (melhor dizer maioria) situam-se para atender a própria natureza (aviões bombeiros nas queimadas as matas) e em território que tem terremoto (aí não tem jeito mesmo)... Ou seja, nada de justificativa social, mas justificativa de nação que sabe tratar corretamente seu patrimônio natural, cultural e sua população a mercê de fenômenos da natureza, que ninguém pode prever. Nunca ouvi falar de esquadrão de heli pra proteger pessoas de avalanche, vai ver porque o país que tem cordilheira pra ter avalanche não tem muita injustiça social e mesmo que tivesse o governo não ia permitir que se construisse lá. Tem coisas culturais, claro, como querer construir perto de vulcão, como na Itália, ter que construir em cima de regiões com placas tectônicas ativas, tipo Japão, mas em área de inundação de rio e desmoronamento de encosta só o Rio de Janeiro mesmo (além de Bangladesh, só ouço falar desse país quando tem enchente). É aquilo, o construtor fingi que não sabe o risco, o poder público fingi que não existe (vai proibir o cara de construir?), e desculpas a parte, é vida que segue (ou não, de vez em quando).
E pra falar que nos somos civilizados, agente fingi que não precisa desses heli na Amazônia pra garantir segurança social ao fingimento do prefeito e ao fingimento do morador (to lembrando do poema que a Legião Urbana canta em uma múscia). O legal de tudo que no final o culpado é a natureza. Ou melhor, o que eu mais adoro, "é a natureza tomando o que é dela".
De qualquer forma ninguém esclareceu ainda o porquê da BAENSPA e seus esquadrões (teoricamente, digo assim pq acho que eles prestam apoio tanto quanto a FAB) não poderiam cumprir esse papel que hoje a FAB faz, afinal, a FAB ja manteve o 2º ELO só pra ajudar a MB. Será que a MB ta pouco se lixando pra isso? Na época dos problemas em Petrópolis, veio até Huey pra cá, sabe-se lá de onde.
http://www.naval.com.br/blog/2011/01/15 ... z24O883mN6
No final, quando terminei o post, vi o comentário do osolamaalua, e se a BABV pode ser atendida pelo SAR de BAMN ou BABE, a BASC poderia ser muito bem atendida pelo SAR da MB ou até de Taubaté. Quanto ao pré-sal, que o tema original do post, acho que a FAB esta perdendo um pouco em não contribuir em atividades menos "nobres", como pescador, mas que conseguiria uma boa grana e ampla justificativa na sociedade para fazer esse reaparelhamento. Para ser honesto, estudo a pesca aqui em Campos, no Farol de São Tomé, e em São João da Barra, que estão sendo afetadas pelo porto do Açu, e acho que a FAB tem que reforçar esse apoio a "pescadorzinho" em toda a costa brasileira... isso consegue votos pra qualquer presidente. Fala que vai fiscalizar pré-sal e ser o braço SAR do SISGAAZ e pronto... dinheiro aparece.
Pega o número de pescadores artesanais neste país que trabalham na costa... como é que com pré-sal os caras vão trabalhar nessa região? Isso sim é justificativa social válida. Além disso, patrulha em Belém, Salvador e Florianopólis... mar é que tem catastrofe natural. Em terra tem é catastrofe que fazendeiro faz avançando fronteira agrícola. Mas pega o mar em condições adversas e vai conhecer papai do céu mais cedo.
Enfim, pensar não custa nada, compartilhar menos ainda. De qualquer forma, Carlos, acho que todos esses esquadrões que você citou (melhor dizer maioria) situam-se para atender a própria natureza (aviões bombeiros nas queimadas as matas) e em território que tem terremoto (aí não tem jeito mesmo)... Ou seja, nada de justificativa social, mas justificativa de nação que sabe tratar corretamente seu patrimônio natural, cultural e sua população a mercê de fenômenos da natureza, que ninguém pode prever. Nunca ouvi falar de esquadrão de heli pra proteger pessoas de avalanche, vai ver porque o país que tem cordilheira pra ter avalanche não tem muita injustiça social e mesmo que tivesse o governo não ia permitir que se construisse lá. Tem coisas culturais, claro, como querer construir perto de vulcão, como na Itália, ter que construir em cima de regiões com placas tectônicas ativas, tipo Japão, mas em área de inundação de rio e desmoronamento de encosta só o Rio de Janeiro mesmo (além de Bangladesh, só ouço falar desse país quando tem enchente). É aquilo, o construtor fingi que não sabe o risco, o poder público fingi que não existe (vai proibir o cara de construir?), e desculpas a parte, é vida que segue (ou não, de vez em quando).
E pra falar que nos somos civilizados, agente fingi que não precisa desses heli na Amazônia pra garantir segurança social ao fingimento do prefeito e ao fingimento do morador (to lembrando do poema que a Legião Urbana canta em uma múscia). O legal de tudo que no final o culpado é a natureza. Ou melhor, o que eu mais adoro, "é a natureza tomando o que é dela".
De qualquer forma ninguém esclareceu ainda o porquê da BAENSPA e seus esquadrões (teoricamente, digo assim pq acho que eles prestam apoio tanto quanto a FAB) não poderiam cumprir esse papel que hoje a FAB faz, afinal, a FAB ja manteve o 2º ELO só pra ajudar a MB. Será que a MB ta pouco se lixando pra isso? Na época dos problemas em Petrópolis, veio até Huey pra cá, sabe-se lá de onde.
http://www.naval.com.br/blog/2011/01/15 ... z24O883mN6
No final, quando terminei o post, vi o comentário do osolamaalua, e se a BABV pode ser atendida pelo SAR de BAMN ou BABE, a BASC poderia ser muito bem atendida pelo SAR da MB ou até de Taubaté. Quanto ao pré-sal, que o tema original do post, acho que a FAB esta perdendo um pouco em não contribuir em atividades menos "nobres", como pescador, mas que conseguiria uma boa grana e ampla justificativa na sociedade para fazer esse reaparelhamento. Para ser honesto, estudo a pesca aqui em Campos, no Farol de São Tomé, e em São João da Barra, que estão sendo afetadas pelo porto do Açu, e acho que a FAB tem que reforçar esse apoio a "pescadorzinho" em toda a costa brasileira... isso consegue votos pra qualquer presidente. Fala que vai fiscalizar pré-sal e ser o braço SAR do SISGAAZ e pronto... dinheiro aparece.
Pega o número de pescadores artesanais neste país que trabalham na costa... como é que com pré-sal os caras vão trabalhar nessa região? Isso sim é justificativa social válida. Além disso, patrulha em Belém, Salvador e Florianopólis... mar é que tem catastrofe natural. Em terra tem é catastrofe que fazendeiro faz avançando fronteira agrícola. Mas pega o mar em condições adversas e vai conhecer papai do céu mais cedo.
Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Enchente em Petropolis não é consequência de Aquecimento Global. Fazendeiro invadindo terra indígena e parque federal, fazendo grilagem, causa aquecimento global, e pior, questionamento de como o Brasil cuida de seu quintal. To aproveitando que to sem nada pra fazer pra ficar tentando convencer quem le... , embora gosto de ver as pessoas argumentando.
DEFESANET/DIÁLOGO
23 de Agosto, 2012
SOUTHCOM provoca um furacão de ideias sobre mudanças climáticas e militares
Líderes militares e civis de mais de 20 países se reúnem no Centro de Conferências das Américas no SOUTHCOM, para intercambiar ideias sobre como incorporar a variabilidade e a sustentabilidade ambientais no processo de planejamento militar. (Foto: Sandra Marina/Diálogo)
Sandra Marina
Com geleiras que se derretem, furacões enfurecidos e secas implacáveis sob a lente de aumento, militares, líderes civis e da defesa de mais de 20 países do hemisfério ocidental se estão reunindo em Miami, para gerar soluções para mitigar o impacto que as mudanças climáticas possam ter sobre as forças armadas do mundo inteiro.
Organizada pelo Departamento de Engenharia do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), a conferência “Variação e Sustentabilidade Ambientalista: Desafios para a Adaptabilidade e Presteza das Forças Armadas” está enfocada em tópicos como: o impacto das altas temperaturas sobre instalações em regiões frias, a pressão para reduzir o tamanho da pegada de carbono da Força Aérea, veículos militares mais eficientes, que podem salvar as vidas dos soldados, reduzindo a necessidade de comboios de abastecimento de combustível, que são um alvo tão fácil para o inimigo.
“Embora as mudanças climáticas por si sós não provoquem conflitos, elas podem atuar como aceleradoras da instabilidade ou de conflitos, constituindo um fardo para a resposta das instituições civis e militares no mundo inteiro. Quando existem fatores de instabilidade, surgem questões relativas à segurança que podem colocar em risco os nossos interesses nacionais”, disse o Brigadeiro Joseph DiSalvo, Chefe do Estado-Maior do USSOUTHCOM, durante o seu discurso de abertura.
O Brig DiSalvo afirmou que as forças militares deveriam buscar maneiras de adaptar-se às missões cambiantes que possam exigir uma expertise, um treinamento e equipamentos diferentes, proteger as suas instalações e áreas de treinamento e investir na busca de soluções tecnológicas para problemas inevitáveis.
Um dos destaques do primeiro dia do evento foi a apresentação do orador principal Timothy K. Bridges, Secretário Adjunto da Força Aérea dos EUA para o Meio Ambiente e a Saúde Ocupacional. Bridges falou sobre a urgente necessidade de uma ação e colaboração em geral. “O grau destes desafios climáticos internacionais exigirá reações regionais e multilaterais, utilizando organizações regionais e internacionais. Neste sentido, a Rede de Acesso para Todos os Parceiros (APAN) pode promover o intercâmbio de informações entre os países, com organizações e outras agências que talvez não tenham acesso a sistemas e redes tradicionais do Departamento de Defesa”, ele insistiu.
Como parte da sua apresentação, Bridges também apresentou exemplos reais do que várias instalações militares nos Estados Unidos estão fazendo para responder a mudanças climáticas presentes e futuras. Entre estes, ele mencionou a Base da Força Aérea de Langley, uma das mais antigas bases aéreas trabalhando continuamente nos EUA. De acordo com estimativas, até o ano 2100, 40 a 50 por cento das instalações, incluindo uma grande parte da pista de decolagem, podem estar em risco de inundação. A base aérea está trabalhando estreitamente com o Laboratório Nacional de Oak Ridge, para preparar-se para esta possibilidade.
Uma das sessões mais interessantes da conferência foi o painel “Perspectiva da Região”, onde representantes do Ministério da Defesa do Chile, da Marinha e do Exército da Colômbia, bem como das Forças Armadas de El Salvador, explicaram o que os seus países estão fazendo para preparar-se e responder às mudanças climáticas. “Esta conferência nos oferece a oportunidade de mostrar o que estamos fazendo na Colômbia, como também de aprender do que os outros estão realizando nas suas próprias nações”, disse a Capitão-de-Fragata Silvia Rondón, que lidera os esforços ambientalistas da Marinha da Colômbia.
No último dia da conferência, 23 de agosto, os debates serão transferidos do Centro de Conferência das Américas do SOUTHCOM ao campo de investigação, no Parque Nacional do Everglades. Neste lugar, no meio do que parece ser um retrato perfeito de um paraíso selvagem, os participantes terão a oportunidade de ver, sentir e cheirar um exemplo real do que as mudanças climáticas podem causar ao meio ambiente. A excursão incluirá um informe sobre o Projeto de Restauração do Everglades, uma visão geral de como o clima está afetando a Base da Força Aérea de Homestead, no sul de Miami, e um discurso de encerramento do Coronel Steve Williamson, Engenheiro Comandante do SOUTHCOM.
- Túlio
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Para mim essa charla de aquecimento global é baboseira do Al Gore...
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Concordo que há exageros nessa visão de aquecimento global... mas o fato é que temos que administrar a proteção da Amazônia não porque ela é o pulmão do mundo, ou pq alguém quer extrair nossa riqueza de la. O problema é que a nível de emprego o agronegócio (o principal motivo de desmatarmos a Amazônia e tbm de nossa emissão de CO2) não deve empregar tanta gente, desmata a floresta, e quem leva a fama é o povo brasileiro. Pra terminar com uma frase de efeito (inspirado na semana em que o eterno Nelson Rodrigues faria 100 anos se estivesse vivo, e ele tem acho que um trilhões de frases de efeito sobre a triste realidade do Brasil), vou usar uma que não sei o autor mais concordo: “Os povos sem ciência, sem tecnologia, não passam de cortadores de lenha e carregadores de água para os povos mais esclarecidos".Túlio escreveu:Para mim essa charla de aquecimento global é baboseira do Al Gore...
- FCarvalho
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Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
Bem, vou tentar dar uma pequena contribuição ao debate.
zerouno, em relação aos helos de S. Pedro, por princípio operacional, eles estão diretamente ligados ao apoio da esquadra, ao CFN/FFE e aos DN's da região. Está é sua missão precípua. Desta forma, os mesmos, quando não estão em treinamento ou em operações no mar, junto aos navios da esquadra/CFN, apoiam as assim chamadas "missões subsidiárias" da MB. Estas são acionadas quando e somente se solicitadas, pela autoridade civil, sempre que se faça necessário, como já é do conhecimento de todos aqui. Apoiar outras atividades como ACISO/MMI ou SAR também fazem parte do escopo dos helos daquela base, posto que estão integrados ao sistema do SALVAMAR/SALVAERO da Marinha/FAB. Isto inclui objetivamente as ações de socorro e ajuda a pessoas e materiais no mar e em terra. Além destas missões, naturalmente os esquadrões, principalmente os HU-1 e 2, tem um histórico de intereação "social" com o Rio de Janeiro muito grande, já há décadas, inclusive no que conserne a sua atuação em conjunto com o 3o/8o GAv, e unidades da Avex. Portanto, pelo que se pode perceber, alhures a questão ambiental, os esquadrões de helo da Macega "tem muito, e as vezes mais do que podem, trabalho. para fazer" O advento dos Caracal além de trazer um alento ao HU-2, junto também trará novas expectativas operacionais. E acredite, junto com elas, novas demandas "sociais".
A aviação rotativa da FAB tem uma missão básica e principal, que é, dispor à força uma capacidade de SAR/C-SAR própria e suficiente que a permita suportar operacional e logisticamente suas atividades de caça, patrulha, transporte e C2. Existem claro missões auxiliares, como transporte pessoal/material, ligação, VVIP, OpsEsp, ect. E as já citadas ACISO/MMI, que são missões subsidiárias. Me corrijam os colegas, caso esteja equivocado, mas operacionalmente falando, cada grupo de caça da FAB deveria contar com um esquadrão de helos para SAR/C-SAR. Infelizmente esta não é nossa realidade, posto que temos somente cinco esquadrões no 8o Gav, dos quais 4 operam BH, Caracal e SP, além do 2o/10o especializado e ainda voando com o Sapão.
Sem querer justificar a localização dos esquadrões fabianos, mas se formos levar ao pé da letra o que diz a doutrina, então a posição do 3/8 não pode ser contestada vide apenas o fato doutrinal.
Sob este aspecto, tenho a discordar do colega de se assumir a premissa da utilização de "temáticas sócio-ambientais" como principal atenuador de justificativa para o investimento nos planos de reequipamento das ffaa's. Explico. Se hoje em dia, com tantos meios de comunicação cobrindo de um tudo um pouco, quase já não há espaço para falar-se na mídia em ffaa's, sua missão, modo e necessidade de existir, a partir de um discurso oficial que não esteja impregnado em ideologices e frustações de egos feridos, quiça seriam menos ruim, começarmos a justificar o emprego e modernização das ffaa's por sua "utilidade sócio-ambiental"? Corremos o sério risco de perder de vez o sentido lato de ser e existir do militar, tal qual prescritos na constituição. E para que servem nossas forças militares senão para ajuizar e garantir nossa soberania junto à guarda do patrimõnio legado por nossa história? Serão estas justificativas constitucionais diminutas demais ou tão politicamente incorretas, já que visam "a promoção da guerra" como seu atributo principal, que devemos agora nos portar como crianças mimadas ou adolescentes castos que não entendem ou negam compreender as complexidades da vida e da dura arte de amadurecer, até tornar-mo-nos adultos? Se é assim, então melhor seria convenientemente transformar o EB em uma gendarmeria nacional, a FAB em CAN e a MB em guarda costeira. Penso que a coisa não é por aí. Pelo contrário. Temos que crescer e "saber o que queremos", como diz o nobre colega CB_Lima.
abs.
zerouno, em relação aos helos de S. Pedro, por princípio operacional, eles estão diretamente ligados ao apoio da esquadra, ao CFN/FFE e aos DN's da região. Está é sua missão precípua. Desta forma, os mesmos, quando não estão em treinamento ou em operações no mar, junto aos navios da esquadra/CFN, apoiam as assim chamadas "missões subsidiárias" da MB. Estas são acionadas quando e somente se solicitadas, pela autoridade civil, sempre que se faça necessário, como já é do conhecimento de todos aqui. Apoiar outras atividades como ACISO/MMI ou SAR também fazem parte do escopo dos helos daquela base, posto que estão integrados ao sistema do SALVAMAR/SALVAERO da Marinha/FAB. Isto inclui objetivamente as ações de socorro e ajuda a pessoas e materiais no mar e em terra. Além destas missões, naturalmente os esquadrões, principalmente os HU-1 e 2, tem um histórico de intereação "social" com o Rio de Janeiro muito grande, já há décadas, inclusive no que conserne a sua atuação em conjunto com o 3o/8o GAv, e unidades da Avex. Portanto, pelo que se pode perceber, alhures a questão ambiental, os esquadrões de helo da Macega "tem muito, e as vezes mais do que podem, trabalho. para fazer" O advento dos Caracal além de trazer um alento ao HU-2, junto também trará novas expectativas operacionais. E acredite, junto com elas, novas demandas "sociais".
A aviação rotativa da FAB tem uma missão básica e principal, que é, dispor à força uma capacidade de SAR/C-SAR própria e suficiente que a permita suportar operacional e logisticamente suas atividades de caça, patrulha, transporte e C2. Existem claro missões auxiliares, como transporte pessoal/material, ligação, VVIP, OpsEsp, ect. E as já citadas ACISO/MMI, que são missões subsidiárias. Me corrijam os colegas, caso esteja equivocado, mas operacionalmente falando, cada grupo de caça da FAB deveria contar com um esquadrão de helos para SAR/C-SAR. Infelizmente esta não é nossa realidade, posto que temos somente cinco esquadrões no 8o Gav, dos quais 4 operam BH, Caracal e SP, além do 2o/10o especializado e ainda voando com o Sapão.
Sem querer justificar a localização dos esquadrões fabianos, mas se formos levar ao pé da letra o que diz a doutrina, então a posição do 3/8 não pode ser contestada vide apenas o fato doutrinal.
Sob este aspecto, tenho a discordar do colega de se assumir a premissa da utilização de "temáticas sócio-ambientais" como principal atenuador de justificativa para o investimento nos planos de reequipamento das ffaa's. Explico. Se hoje em dia, com tantos meios de comunicação cobrindo de um tudo um pouco, quase já não há espaço para falar-se na mídia em ffaa's, sua missão, modo e necessidade de existir, a partir de um discurso oficial que não esteja impregnado em ideologices e frustações de egos feridos, quiça seriam menos ruim, começarmos a justificar o emprego e modernização das ffaa's por sua "utilidade sócio-ambiental"? Corremos o sério risco de perder de vez o sentido lato de ser e existir do militar, tal qual prescritos na constituição. E para que servem nossas forças militares senão para ajuizar e garantir nossa soberania junto à guarda do patrimõnio legado por nossa história? Serão estas justificativas constitucionais diminutas demais ou tão politicamente incorretas, já que visam "a promoção da guerra" como seu atributo principal, que devemos agora nos portar como crianças mimadas ou adolescentes castos que não entendem ou negam compreender as complexidades da vida e da dura arte de amadurecer, até tornar-mo-nos adultos? Se é assim, então melhor seria convenientemente transformar o EB em uma gendarmeria nacional, a FAB em CAN e a MB em guarda costeira. Penso que a coisa não é por aí. Pelo contrário. Temos que crescer e "saber o que queremos", como diz o nobre colega CB_Lima.
abs.
Carpe Diem
Re: Pré-Sal - O Papel da FAB
FCarvalho, gostei muito do seu post, vamos tentar dialogar. Quando você diz que todos os esquadrões de caça devem possuir ao menos um esquadrão SAR fecho com vc e ai não tenho o que discutir. Entretanto, essa doutrina (no meu entender de simples entusiasta de aviação) é muito arraigada a país com permanentes missões de esquadrões de caça junto ao Conselho de Segurança da ONU ou com esquadrões de caça perto de fronteiras. Infelizmente, esse tipo de doutrina parece ser o IDEAL, mas não se enquadra a nossa realidade. Ou seja, o que acho é que no Brasil em tempos de paz esquadrão de heli da FAB deveria continuar treinando pra C-SAR e incursão em território estrangeiro, mas ficar ao largo da fronteira oeste, onde da pra treinar com um cenário mais real do que no Rio de Janeiro, ao menos para nossos objetivos de defesa. Se a FAB anunciasse uma mudança de perfil do esquadrão para atuar em missões de paz em cenários urbano tudo ok. Mas antes que alguém fale que é esse o objetivo, isso nunca ficou claro. As FFAA, por envolverem a segurança nacional que possui alguns aspectos que nao devem ser mencionados, dependem muito da aparência, e isso não é aparente.
Todos os esq do 3º GAV, por exemplo, possuem uma função social ou ambiental no meu entender: coibir o narcotráfico e dessa maneira estabelecer a presença do Estado brasileiro. Assim como todos os do 7º GAV: contribui para patrulha e atuam no SALVAERO.
Talvez agora tenha encontrado uma forma mais correta de me expressar: o 3/8 parece ser um esquadrão orgânico da FAB como um ETA, sua existência gira em torno da própria instituição FAB e não do país. Nada contra isso, é necessário ter ETA. Mas nenhum esquadrão C-SAR ou de heli da FAB possui isso. O 3/8 quebra um pouco o sentido do 8º GAV. Todos esquadrões da FAB (retirando o ETA) atuam de alguma maneira sobre atividades que podem levar determinados países a questionarem nossa capacidade de exercer soberania sobre o território. Eles focam a vigilância. Essa é a palavra. O 3/8 é o único que foge a regra. Não vigia nada. Apenas se prepara eternamente para a guerra. Isso é dificil para qualquer um aceitar. Quando falamos de pré-sal e FFAA estamos falando de vigilância. A Argentina perdeu as Malvinas pq não estabeleceu presença, e a Inglaterra aprendeu com o erro de não fazer vigilância em 1982. O 3/8 não faz vigilância pq a estratégia de presença ta errada.
Melhor do que a palavra então sócio-ambiental que usava antes, seu post me ajudou a pensar e formular a seguinte pergunta pra vc: concorda que soberania para ser efetivada precisa de vigilância em tempo de paz e todo esquadrão tem que contribuir nesse esforço? Não é isso que significa falarmos em SISGAAZ, SISFRON, SISDACTA, SISDABRA, satélite geoestacionário, satélite de órbita baixa? Se concordar com tudo isso, cadê a contribuição do 3/8 nessa vigilância? Tirando esquadrões de caça e de transporte, que fazem mais estratégia de presença ou logística mesmo, todos contribuem para a vigilância de alguma coisa. O 3/8 não vigia (ou vigilia, não sei qual é o correto) p....a n.......a.
Tentando entrar num assunto meio chato, acho que cada país tem as FFAA que merecem, e acho justo que os militares tenham aspirações a chegar a altas patentes. Quanto mais pensarem assim, melhor para o país. Mas como imagino que militar seja que nem todo ser humano, que tem que trabalhar e se depara com frustrações amorosas, profissionais e familiares, acho que o militar tem uma desvantagem e outras vantagem: a desvantagem eh não ter direitos que servidor público federal possui. Mas em compensação, a estrutura das FFAA quem faz é a própria força, e um pouco de psicologia de grupo ajuda a entender o corporativismo que é inerente a toda instituição, e num país que não se valoriza o tema da defesa nacional (e não as FFAA, apenas vejo as FFAA como um TRABALHO tão digno como outro qualquer, sem mérito maior do que qualquer outro dos que se dedicam a ter uma formação superior, embora tenha um enorme respeito porque tenha que fazer o trabalho sujo que torna nossa vida mais civilizada) militar pode fazer uma baita estrutura onde todo mundo é cacique, e melhor, pode até deixar um esquadrão que teria melhores seventias em outros cantos do que na cidade maravilhosa.
A chave pra entender isso talvez possa ser dada pela estatística (embora com campanha política sabemos que 2 + 2 pode ser igual a cinco para alguns candidatos): olhando no site da FAB a lista de OM no Rio e em todo Nordeste, ainda que no Nordeste seja quase tudo operacional e no Rio a maior parte administrativa e de cargos de baixo grau na hierarquia, existem, respectivamente para o Rio (praticamente só a cidade) e todo Nordeste o seguinte número: 83 OM no Rio e 44 em todo o Nordeste. O Distrito Federal, cheio de OM administrativa, tem 41... enquanto isso, por ter falado em sócio-ambiental, posso ter sido mal interpretado: não quis dizer que a FAB deveria se tornar um CAN: minha vontade é combater isso. Acredito se forem passar um pente fino no CAN pode sair coisa feia... não tenho provas nenhuma pra falar isso, mas quando não se da transparência as coisas (alguém comentou sobre isso esses dias no fórum, tudo na FAB é top secret), se da margem pra isso. Armamentos (quantidade, validade, onde estocam) concordo que tem que ser top-secret. Mas o resto é resto. Assim, ao invés de padronizar C-91 e C-115 com C-105, criaram um novo GTE (aliás, a ligação do 1/2 com o GTE é linda) com C-99A, 3/8 com H-34 e (novamente) torcemos para que não seja KC-X2 com interior VIP. Repito, o 2/10 passou 40 anos com o mesmo heli prestando serviços importantíssimos la em Campo Grande (desde 20/10/1980). O 3/8 tbm prestou obviamente importante serviços. Mas enquanto isso, com dois helis diferentes desde 1981 (mais precisamente em 26/10/1981 recebeu SA-330 e em 1986 AS-332M) e tudo isso na cidade maravilhosa. E em 2017 na BASC com H-36.
Estou interpretando pelos fatos que me foram possíveis conhecer, e claro que sempre vai faltar muitas leituras, mas é debatendo (e revelando algumas ignorâncias de nossa parte) que aprendemos.
Todos os esq do 3º GAV, por exemplo, possuem uma função social ou ambiental no meu entender: coibir o narcotráfico e dessa maneira estabelecer a presença do Estado brasileiro. Assim como todos os do 7º GAV: contribui para patrulha e atuam no SALVAERO.
Talvez agora tenha encontrado uma forma mais correta de me expressar: o 3/8 parece ser um esquadrão orgânico da FAB como um ETA, sua existência gira em torno da própria instituição FAB e não do país. Nada contra isso, é necessário ter ETA. Mas nenhum esquadrão C-SAR ou de heli da FAB possui isso. O 3/8 quebra um pouco o sentido do 8º GAV. Todos esquadrões da FAB (retirando o ETA) atuam de alguma maneira sobre atividades que podem levar determinados países a questionarem nossa capacidade de exercer soberania sobre o território. Eles focam a vigilância. Essa é a palavra. O 3/8 é o único que foge a regra. Não vigia nada. Apenas se prepara eternamente para a guerra. Isso é dificil para qualquer um aceitar. Quando falamos de pré-sal e FFAA estamos falando de vigilância. A Argentina perdeu as Malvinas pq não estabeleceu presença, e a Inglaterra aprendeu com o erro de não fazer vigilância em 1982. O 3/8 não faz vigilância pq a estratégia de presença ta errada.
Melhor do que a palavra então sócio-ambiental que usava antes, seu post me ajudou a pensar e formular a seguinte pergunta pra vc: concorda que soberania para ser efetivada precisa de vigilância em tempo de paz e todo esquadrão tem que contribuir nesse esforço? Não é isso que significa falarmos em SISGAAZ, SISFRON, SISDACTA, SISDABRA, satélite geoestacionário, satélite de órbita baixa? Se concordar com tudo isso, cadê a contribuição do 3/8 nessa vigilância? Tirando esquadrões de caça e de transporte, que fazem mais estratégia de presença ou logística mesmo, todos contribuem para a vigilância de alguma coisa. O 3/8 não vigia (ou vigilia, não sei qual é o correto) p....a n.......a.
Tentando entrar num assunto meio chato, acho que cada país tem as FFAA que merecem, e acho justo que os militares tenham aspirações a chegar a altas patentes. Quanto mais pensarem assim, melhor para o país. Mas como imagino que militar seja que nem todo ser humano, que tem que trabalhar e se depara com frustrações amorosas, profissionais e familiares, acho que o militar tem uma desvantagem e outras vantagem: a desvantagem eh não ter direitos que servidor público federal possui. Mas em compensação, a estrutura das FFAA quem faz é a própria força, e um pouco de psicologia de grupo ajuda a entender o corporativismo que é inerente a toda instituição, e num país que não se valoriza o tema da defesa nacional (e não as FFAA, apenas vejo as FFAA como um TRABALHO tão digno como outro qualquer, sem mérito maior do que qualquer outro dos que se dedicam a ter uma formação superior, embora tenha um enorme respeito porque tenha que fazer o trabalho sujo que torna nossa vida mais civilizada) militar pode fazer uma baita estrutura onde todo mundo é cacique, e melhor, pode até deixar um esquadrão que teria melhores seventias em outros cantos do que na cidade maravilhosa.
A chave pra entender isso talvez possa ser dada pela estatística (embora com campanha política sabemos que 2 + 2 pode ser igual a cinco para alguns candidatos): olhando no site da FAB a lista de OM no Rio e em todo Nordeste, ainda que no Nordeste seja quase tudo operacional e no Rio a maior parte administrativa e de cargos de baixo grau na hierarquia, existem, respectivamente para o Rio (praticamente só a cidade) e todo Nordeste o seguinte número: 83 OM no Rio e 44 em todo o Nordeste. O Distrito Federal, cheio de OM administrativa, tem 41... enquanto isso, por ter falado em sócio-ambiental, posso ter sido mal interpretado: não quis dizer que a FAB deveria se tornar um CAN: minha vontade é combater isso. Acredito se forem passar um pente fino no CAN pode sair coisa feia... não tenho provas nenhuma pra falar isso, mas quando não se da transparência as coisas (alguém comentou sobre isso esses dias no fórum, tudo na FAB é top secret), se da margem pra isso. Armamentos (quantidade, validade, onde estocam) concordo que tem que ser top-secret. Mas o resto é resto. Assim, ao invés de padronizar C-91 e C-115 com C-105, criaram um novo GTE (aliás, a ligação do 1/2 com o GTE é linda) com C-99A, 3/8 com H-34 e (novamente) torcemos para que não seja KC-X2 com interior VIP. Repito, o 2/10 passou 40 anos com o mesmo heli prestando serviços importantíssimos la em Campo Grande (desde 20/10/1980). O 3/8 tbm prestou obviamente importante serviços. Mas enquanto isso, com dois helis diferentes desde 1981 (mais precisamente em 26/10/1981 recebeu SA-330 e em 1986 AS-332M) e tudo isso na cidade maravilhosa. E em 2017 na BASC com H-36.
Estou interpretando pelos fatos que me foram possíveis conhecer, e claro que sempre vai faltar muitas leituras, mas é debatendo (e revelando algumas ignorâncias de nossa parte) que aprendemos.