Eleições Presidenciais de 2012, EUA

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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#196 Mensagem por Enlil » Qua Ago 15, 2012 3:07 pm

Tanto faz? Vou me lembrar disso :wink:.




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#197 Mensagem por marcelo l. » Sex Ago 17, 2012 10:09 am



comercial utilizando a operação do seals que assassinou Osama para atacar Obama...financiamento Tea Party.

Sinopse inocente:
Forças de inteligência e operações especiais estão furiosos e frustrados com a forma como o presidente Obama e aqueles em posições de autoridade têm explorado o seu serviço para obter vantagem política. Vazamentos incontáveis, entrevistas e decisões por parte da Administração Obama e outras autoridades do governo têm minado o sucesso de nossa inteligência e as forças de operações especiais e colocar futuras missões e pessoal em risco. A divulgação indevida e perigosa público de Operações das Forças Especiais é tão grave - que para a primeira vez - antigos operadores decidiram arriscar suas reputações e ir "no registro" em um documentário especial intitulado "Divulgações desonrosa". Seu objetivo é educar a América sobre graves violações de segurança e impedir que volte a acontecer. Uso de postos militares, títulos e fotografias de uniforme não implica o endosso do Departamento do Exército ou do Departamento de Defesa. Todos os indivíduos já não estão em serviço ativo com qualquer órgão federal ou serviço militar.




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#198 Mensagem por rodrigo » Sex Ago 17, 2012 11:29 am

comercial utilizando a operação do seals que assassinou Osama para atacar Obama...financiamento Tea Party.
Assisti só o início. Kill list é quem os americanos matam por interesse? A casa branca vazou isso??




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#199 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Ago 17, 2012 1:31 pm

Rodrigo já é conhecido que o Presidente Obama tem uma lista de alvos a abater dados pelas Forças de Informação e se ele der o avale, os ditos alvos são mesmo para abater. Isto sem irem a um tribunal, sem serem julgados, apenas com base nos relatórios desses mesmos serviços.

Quem vasou...isso é algo que só quem está por dentro pode dizer, mas é um facto que o cidadão norte-americano hoje em dia está completamente por fora do que é a vida politica do seu país e que depois de tantos anos com a sua liberdade "castrada", eles já nem ligam o facto de poderem ser presos e estarem inumero tempo sem serem vistos por um advogado ou irem a um tribunal.

Não digo todos, mas a maioria está claramente mais preocupada com o desemprego, o terrorismo, os massacres nas salas de cinema, etc.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#200 Mensagem por marcelo l. » Sex Ago 17, 2012 2:48 pm

Complementando o que sei, o Kill List é votado pelo Conselho de Segurança Nacional, e vazou na época que o primeiro americano "foi indicado para fazer parte do programa" de drone em 2010. O escolhido, Anwar al-Aulaqi, morava no Iemen, era clérigo, segundo consta membro da Al-Qaeda, seu pai tentou tira-lo da lista, mas sem sucesso, os drones o visitaram o Aulaqi antes.

Teve muita controvérsia nos jornais americanos sobre a legalidade de um americano sem julgamento poder entrar na lista e até ela ter caído em domínio público". Tem um livro que ainda não comprei "Kill or Capture: The War on Terror and the Soul of the Obama Presidency" que narra a história toda. Mas, tem um resumo na internet aqui:

http://www.thedailybeast.com/articles/2 ... e-war.html




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#201 Mensagem por rodrigo » Sex Ago 17, 2012 4:05 pm

Matar todo mundo mata. Agora, vazar pelo própria presidência, deviam colocar os vazadores na kill list!




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#202 Mensagem por marcelo l. » Dom Ago 19, 2012 12:26 pm

rodrigo escreveu:Matar todo mundo mata. Agora, vazar pelo própria presidência, deviam colocar os vazadores na kill list!
A lista é meio óbvia, só vc analisar os procurados vivo ou morto e os ataques de drone. Aqui no forum quase não sai, mas tem nesse link*, é quase todo dia tem um ataque de drone.
*http://www.longwarjournal.org,

Mas, claro vazar documentos oficiais é crime e tem que ser punido, segundo as leis, e nos EUA pode chegar a pena de morte.




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#203 Mensagem por marcelo l. » Ter Ago 21, 2012 9:19 am

RIO - A questão do aborto voltou à campanha presidencial americana depois de um deputado do Missouri, candidato ao Senado, reafirmar sua posição contrária à prática mesmo em casos de "estupro verdadeiro". Para o deputado Todd Akin, as mulheres teriam defesas naturais contra a gravidez durante uma relação sexual forçada, o que tornaria desnecessária uma lei permitindo abortos em gravidez decorrente de estupro.
Após os próprios republicanos se distanciarem de Akin, o presidente Barack Obama criticou nesta segunda-feira o deputado do Missouri, chamando suas observações de ofensivas e afirmando que políticos não deveriam tomar decisões sobre a saúde em nome das mulheres.
- Estupro é estupro, e a ideia de que deveríamos analisar e classificar de que tipos de estupro estamos falando não faz sentido para o povo americano. E certamente não faz sentido para mim - disse Obama, cuja campanha ataca os republicanos em questões referentes aos direitos das mulheres.
A observação, feita num programa de TV no domingo, vem em má hora, quando os republicanos estão a uma semana de sua convenção nacional. O comentário incendiou os democratas e pode influenciar no que parecia uma vitória provável de Akin sobre a democrata Claire McCaskill para o Senado. Os republicanos precisam conquistar quatro cadeiras a mais do que os adversários em 6 de novembro para obterem a maioria no Senado.
Até o candidato republicano à Presidência, Mitt Romney, criticou Akin, e alguns membros do partido já pedem a sua saída da disputa pelo Senado, temendo danos maiores. A campanha de Romney disse que ele não se opõe ao aborto em casos de estupro - numa posição diferente de seu candidato a vice, Paul Ryan.
Na entrevista à KTVI-TV, Akin foi perguntado se seria contra o aborto mesmo em casos de estupro:
- Pelo que ouvi dos médicos, me parece que isso é extremamente raro. Se é um caso de estupro verdadeiro, o corpo feminino tem meios de tentar interromper isso. Mas vamos supor que isso não funcione: acho que deve haver alguma punição, mas ao estuprador e não à criança - respondeu.
Hoje, Akin disse que se expressou mal e pediu desculpas. E afirmou que não tem intenções de deixar a corrida pelo Senado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/candidato ... z24BN0g8oX
taliban é ali...




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#204 Mensagem por FoxHound » Ter Ago 21, 2012 12:56 pm

Uma campanha venenosa
Equipes de Romney e de Obama têm adotado pesados e raivosos ataques .
DAN BALZ*, THE WASHINGTON POST - O Estado de S.Paulo

Ninguém esperava que a campanha presidencial americana de 2012 fosse positiva ou edificante. Os problemas do país são demasiado graves e as linhas que separam republicanos e democratas foram endurecidas por quase quatro anos de conflito entre a Casa Branca e o Congresso.

O mais chocante na campanha, a essa altura, não é apenas a negatividade ou o puro volume de propagandas de ataque que chove sobre os eleitores dos Estados indefinidos. É a sensação de que todos os limites foram transpostos, as muretas de proteção desapareceram e não há o menor incentivo para qualquer lado se conter.

Quando Mitt Romney anunciou a escolha do deputado Paul Ryan (Wisconsin) como seu companheiro de chapa na corrida presidencial, pareceu que surgia uma oportunidade de os dois lados fazerem uma pausa e recomeçarem em novos termos após uma das semanas mais feias do ano. Em vez disso, na semana passada ocorreu a retórica mais dura e as acusações mais raivosas da campanha.

O vice-presidente Joe Biden iniciou o último round na terça-feira com falas que, se tivessem sido feitas por um republicano, provavelmente teriam provocado um incêndio ainda maior. Biden disse a uma plateia em Virgínia que Romney "libertaria" os grandes bancos se fosse eleito, e aí acrescentou: "Eles de novo vão acorrentar todos vocês".

Mais tarde Biden tentou atenuar a linguagem, mas o estrago já estava feito. Em poucas horas, Romney descarregou no presidente. Em Ohio, ele disse que a campanha "raivosa e desesperada" do presidente Barack Obama havia trazido desrespeito ao cargo da presidência.

"Sr. presidente, leve sua campanha de divisão, rancor e ódio de volta a Chicago e deixe-nos reconstruir e reunificar os EUA", disse. Isso provocou uma resposta incendiária da campanha de Obama. O porta-voz Ben LaBolt disse que os comentários de Romney "pareciam desconjuntados".

Tanto Romney quanto Obama falam das grandes escolhas envolvidas na eleição. Isso é um fato, com certeza, em se considerando as visões de mundo opostas dos candidatos. Mas o medo e o ódio motivam ativistas de ambos os lados. Os partidários de cada candidato imaginam que o pior ocorrerá se o outro lado vencer. Isso, por sua vez, anima as estratégias em curso. Há muito que as indignações fingidas fazem parte da campanha, mas agora se tem a impressão de que as indignações são genuínas, que o desrespeito que as equipes de Chicago e Boston hoje sentem uma pela outra se agravou e virou uma justificativa para ataques mais pesados.

Organizações noticiosas instituíram esquemas de verificação de fatos e observação de propagandas em reação a campanhas anteriores quando candidatos usavam meias verdades e, pior, com pouca responsabilização. Esses esquemas ficaram mais fortes e cada vez mais abrangentes, mas não estão fornecendo um bom monitoramento do comportamento das campanhas.

A única cobrança das campanhas será do mercado, disse John Geer, professor de Ciência Política na Universidade Vanderbilt. "Se os eleitores agirem contra seus ataques, ele (Obama) se afastará deles", disse Greer. "Mas, por enquanto, os ataques estão funcionado com eleitores indecisos. Os outros 90% do público já estão decididos sobre suas preferências. Eles podem ficar descontentes com elas (as propagandas), mas não estão movendo o mercado."

Ambos os lados transformaram a eleição numa batalha de tudo ou nada e esperam conquistar um mandato com base no resultado. Mas levará tempo e muito esforço para o vencedor purgar o veneno do sistema se a campanha continuar no seu curso atual. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK *É JORNALISTA
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 8933,0.htm




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#205 Mensagem por Túlio » Ter Ago 21, 2012 3:18 pm

Bueno, parece que, em certos casos, O QUE É BOM PARA O BRASIL É BOM PARA OS EUA! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#206 Mensagem por FoxHound » Qua Ago 22, 2012 8:46 pm

Não gosto quando mistura religião com política isso em qualquer lugar do mundo.
-----------------------------------------------------------------------------------Obama e Romney discutem o papel da fé religiosa nas suas vidas.
A religião é um tópico que costuma ser considerado um verdadeiro campo minado na política, e é por isso que tanto o presidente Barack Obama quanto o seu adversário republicano, Mitt Romney, costumam se recusar a conceder entrevistas sobre questões religiosas. Mas eles concordaram em responder a nove perguntas por escrito sobre as suas fés pessoais e o papel que a fé desempenha na vida pública. As questões foram formuladas pela “Cathedral Age”, a revista da Catedral Nacional de Washington.

Nenhum dos dois revelou muita coisa que já não tivesse divulgado antes, mas mesmo assim as respostas foram reveladoras. Obama afirma que a sua fé cristã proporciona a ele uma segurança e um consolo que, caso contrário, ele não teria: “Tenho a sensação de que sou amado. De que, no fim das contas, Deus está controlando a situação”.

Já Romney diz que a sua fé diz respeito ao serviço, tanto como pastor laico na sua igreja, quanto como um ser humano em relação aos seus compatriotas e “a todos os filhos de Deus”. Mas, conforme fez em outras ocasiões, ele jamais menciona o nome da igreja à qual ele serviu e que modelou a sua vida, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Ambos os candidatos já foram alvos de críticas e de profunda incompreensão quanto às suas religiões: a igreja de Romney foi chamada de “culto não cristão”; e Obama foi classificado de “muçulmano que não saiu do armário”. A revista perguntou como eles respondem àqueles que “questionam a sinceridade da sua fé e do seu cristianismo”.

Obama afirma: “Sabe, não há muita coisa que eu possa fazer quanto a isso. Como presidente, eu tenho um trabalho a cumprir, e esse trabalho não envolve convencer as pessoas de que a minha fé em Jesus Cristo é legítima e real”.

Romney enfatiza os pontos comuns entre o mormonismo e o cristianismo tradicional, afirmando acreditar que Jesus Cristo é o filho de Deus e o salvador da humanidade. A seguir, reconhecendo o caráter distinto da sua igreja, ele diz: “Toda religião possui as suas próprias doutrinas e uma história específica. Isso não deveria se constituir em motivo para críticas, mas sim em um teste para a nossa tolerância”.

Obama elogia o ex-presidente George W. Bush por ter colocado a sua fé acima da política no que se refere a certas questões de política governamental: “Eu não sei como ele teria abordado a questão da reforma da imigração ou da Aids na África se ele não fosse um indivíduo religioso”.

O reverendo Francis H. Wade, diácono interino da Catedral Nacional de Washington, diz que a única coisa que o surpreendeu foi “o fato de eles nos terem respondido, quando não responderam a outros”.

“Nós acreditamos que a posição religiosa dos candidatos é uma parte significativa da conversação que está em andamento”, afirma Wade. “Também é meio óbvio que a nossa cultura tem medo disso”.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... da-fe.html




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#207 Mensagem por marcelo l. » Qui Ago 23, 2012 11:33 am

Imagem

Capa do artigo do historiador pop Niall Ferguson

http://www.thedailybeast.com/newsweek/2 ... to-go.html




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#208 Mensagem por FoxHound » Qui Ago 23, 2012 11:36 am

Pesquisa mostra empate na disputa pela Casa Branca
47% dos eleitores preferem Obama, enquanto 46% votarão em Romney.
AE - Agência Estado

WASHINGTON - Uma nova pesquisa feita pela Associated Press em parceira com a Gfk mostra que o presidente democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney estão em empate técnico.
Segundo o levantamento, menos de três meses antes da eleição de 6 de novembro, 47% dos eleitores preferem Obama e o vice-presidente Joe Biden, enquanto 46% dizem que votarão no candidato pelo Partido Republicano e seu vice recém escolhido, Paul Ryan.

Os números não são muito diferentes de uma pesquisa realizada em junho, que apontou 47% dos votos para o presidente e 44% para o republicano. Mas essa semelhança muda quando as pessoas são questionadas sobre quem elas pensam que irá ganhar as eleições. Para 58% dos entrevistados, Obama será reeleito, enquanto 32% acreditam que ele deixará a Casa Branca.

Convenção republicana

Romney e Ryan vão ser indicados formalmente pelo Partido Republicano na Convenção Nacional Republicana, que acontece na próxima semana. Os democratas realizam sua convenção na semana seguinte.

A economia, com a taxa de desemprego em 8,3%, permanece como a principal preocupação dos norte-americanos. Nove entre 10 pesquisados dizem que o assunto é importante para eles, enquanto metade afirma que é "extremamente importante".

Com AP
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 0147,0.htm




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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#209 Mensagem por FoxHound » Ter Set 04, 2012 12:44 pm

Contribuições corporativas podem mudar cenário das eleições presidenciais norte-americanas.
Em fevereiro deste ano, mais de dois terços dos californianos acreditavam que levantar mais dinheiro das companhias de cigarros para financiar a pesquisa sobre o câncer era uma boa ideia. Isso foi antes que o dinheiro do setor entrasse.

Em pouco mais de três meses, oponentes gastaram US$ 41 milhões para derrubar a iniciativa – uma proposta para coletar mais um dólar na venda de um maço de cigarros – cinco vezes mais do que os apoiadores da proposta gastaram. Em 5 de junho, ela foi derrotada por 50,2% contra 49,8%.

Forças similares nos próximos meses podem moldar as eleições de novembro. Todos os fundos levantados para as disputas presidencial e do Congresso até agora são poucos em comparação com o dinheiro que deverá correr depois das convenções partidárias nesta semana e na próxima.

Esta é a primeira eleição presidencial desde que a decisão “Cidadãos Unidos” do Supremo Tribunal retirou as últimas barreiras para os gastos de campanha por parte de corporações e outros grupos. Analistas estão se preparando para uma onda de dinheiro de indivíduos ricos, companhias e sindicatos que poderá alterar a paisagem política e transformar a democracia norte-americana.

Os eleitores sempre temeram o papel do dinheiro corporativo nas campanhas eleitorais. Talvez surpreendentemente, ele na verdade não foi tão grande.

Gordon Tullock, um dos primeiros cientistas sociais a estudar os efeitos do dinheiro corporativo na política, observou que há 40 anos era um mistério o fato de as companhias não gatarem muito dado o imenso potencial de retorno por conta da mudança de votos dos legisladores.

Há dez anos, Stephen Ansolabehere, John M. de Figueiredo, e James M. Snyder do Massachusetts Institute of Technology escolheram o tema com um estudo chamado “Por que há tão pouco dinheiro na política dos EUA?”. Eles observaram que os gastos de campanha ao longo dos últimos 100 anos ficaram estagnados e talvez até caíram em relação ao PIB do país.

Em 2000, a contribuição média para um legislador por parte de comitês de ação política associados a sindicatos, companhias ou grupos da indústria era de apenas US$ 1.700, em média, revelou o estudo. Isso estava abaixo do teto legal de US$ 10 mil e era uma quantidade trivial considerando o que estava em jogo. Em 2000, o orçamento de compras da defesa foi de US$ 134 bilhões. Mas as empresas de defesa e seus funcionários contribuíram com menos de US$ 25 milhões para as campanhas de 1998 e 2000.

“A discrepância entre o valor da política e as quantias contribuídas prejudica as instituições econômicas básicas”, escreveram Ansolabehere e seus colegas. “Dado o valor da política em jogo, as firmas e outros grupos de interesse deveriam doar mais.”

Até os quase US$ 4 bilhões em gastos de campanha em 2010 é pouco se comparado ao US$ 1 trilhão de gastos do governo. E o dinheiro corporativo representou apenas uma pequena porcentagem do total.

Pode parecer inacreditável que haja “tão pouco” dinheiro corporativo na política. Mas faz um certo sentido. As corporações não doam mais dinheiro porque a maior parte do tempo não é tão eficiente para produzir os resultados que desejam.

Algumas eleições – pense na disputa para a prefeitura de Nova York – parecem ter sido decididas por um gasto de campanha absurdo de um magnata ou de uma corporação. Pressões de grupos lobistas de Wall Street quase certamente contribuíram para a derrubada do Ato Glass-Steagall, que proibia os bancos de entrarem em alguns negócios.

Mas, acima de tudo, há poucas provas de que o dinheiro é eficiente para mudar uma lei ou melhorar a balança final das corporações. Um estudo revelou que as mudanças nas leis de contribuição de campanha de 1971 a 2002 não tiveram impacto sobre o preço das ações das companhias que entraram em peso com gastos de campanha.

Por outro lado, jogar na política pode prejudicar a marca de uma companhia. O diretor executivo da Target teve que se desculpar há dois anos quando a contribuição da companhia para a campanha de Tom Emmer, o candidato republicano na disputa para o governo de Minnesota e forte oponente do casamento gay, levou a ameaças de boicotes em suas lojas.

Contribuintes de campanha podem afetar as prioridades dos políticos eleitos, abrindo a porta para lobistas de grupos de interesses. Estudos revelaram que companhias que fazem um lobby intenso são mais lucrativas, em média, do que as que não fazem. Ainda assim, as evidências sugerem que a maior parte das companhias não recebe nenhum retorno dos gastos com lobby. E embora as empresas tenham historicamente gastado bem mais para fazer lobby com legisladores do que em contribuições de campanha, os gastos com lobby também são pequenos em comparação com os benefícios que elas podem colher.

Richard Hall, da Universidade de Michigan, observa que os grupos de interesse dedicam a maior parte de suas contribuições de campanha e esforços de lobby para legisladores com os quais já concordam, ajudando-os a defender seu caso, e passando pouco tempo tentando persuadir oponentes. E os grandes doadores não têm acesso exclusivo aos legisladores, descobriu Hall. Os legisladores também dão acesso a grupos de interesse de mesma mentalidade sem dinheiro para doar.

De certa forma, essa narrativa pode fazer mais sentido do que o temor persistente de que grupos de interesse estejam moldando a política ao eleger seus aliados e dizer-lhes o que fazer.

O dinheiro pode mudar o destino de uma iniciativa eleitoral, como a Proposição 29 da Califórnia para taxar as vendas de tabaco, porque os eleitores têm pouco conhecimento do assunto. Mas a maioria dos eleitores norte-americanos começa com uma opinião sobre os candidatos numa disputa, especialmente os que já estão no poder. É caro mudar seus votos.

Estudando as disputas pelo congresso entre 1972 e 1990, Steven Levitt da Universidade de Chicago concluiu que o financiamento de campanha tinha um efeito minúsculo: US$ 175 mil a mais em gastos de campanha, em dinheiro de hoje, compraria apenas um terço de ponto percentual na votação final.

Ansolabehere, agora em Harvard, e Synder chegaram a conclusões similares: um candidato teria que dobrar os gastos de campanha para aumentar sua fatia dos votos em 4 pontos percentuais. E isso só se seu rival não responder gastando mais, também. Para um deputado típico na Câmara, isso significaria aumentar os gastos de US$ 750 mil para US$ 1,5 milhão.

O impacto minúsculo do dinheiro sobre os resultados eleitorais levantam uma questão, é claro: por que os políticos passam tanto tempo e fazem tanto esforço para levantar dinheiro? Talvez medo de uma disputa desigual se eles se desarmarem e o outro lado não. Ainda assim, isso fornece uma compreensão melhor do papel do dinheiro na política. O dinheiro não vence eleições, pelo menos não de uma forma lógica. E é improvável que os políticos eleitos vendam seus votos a grupos de interesses que não possam garantir sua reeleição.

A questão é se esta análise se sustentará na nova era de dinheiro fácil. Ou se o dinheiro terá a mesma influência na política nacional que teve com a proposta de imposto sobre o tabaco na Califórnia.

Mudanças legais e regulatórias que datam da lei de financiamento de campanha McCain-Feingold de 2002 facilitaram o caminho para forças independentes apoiarem ou atacarem um candidato com seu dinheiro. As companhias não fizeram grandes contribuições para os “super PACs” permitidos pelo Cidadãos Unidos, talvez por temerem uma repercussão negativa para suas marcas. Mas não conseguimos saber quando dinheiro elas estão gastando: elas doam de forma anônima para as organizações sem fins lucrativos chamadas 501c, qu estão se tornando atores importantes na campanha.

O fluxo de dinheiro na política está aumentando, já chegando mudando sua tendência de 100 anos: os gastos de campanha para as eleições de 2008 chegaram a 0,037% da produção do país, acima dos 0,031% de 2000. Esses novos recursos poderiam transformar as eleições em algo parecido com iniciativas de votação secreta, onde há provas de que o dinheiro molda o resultado.

Até bem recentemente, os gastos de campanha nas eleições nacionais estiveram equilibrados. Mas os gastos dos grupos de interesses podem mudar isso facilmente. Em 2008, Barack Obama gastou bem mais do que John McCain recusando o financiamento federal pela primeira vez. Eleições desiguais poderão se tornar a norma quando, digamos, Sheldon Adelson, Philip Morris ou a Federação Americana de Professores entrarem e virarem a balança.

Há alguns anos, West Virginia nos deu uma amostra do que a polícia nacional poderá ser uma vez que as corporações de fato se interessarem em usar seu dinheiro.

Em 2002, um júri em West Virginia ordenou que a AT Massey Coal Co. pagasse US$ 50 milhões para os acusadores. Durante o processo de apelação, o diretor executivo da Massey, Don Blankenship, envolveu-se na campanha para derrubar um juiz do mais alto tribunal do estado – gastando US$ 3 milhões de seu dinheiro para apoiar um aliado, Brent Benjamin.

É claro, ele venceu. Quando o apelo de Massey foi ouvido em 2007 e novamente em 2008, o juiz Benjamin juntou uma maioria de 3 a 2 para abolir o pagamento.

O Supremo Tribunal dos EUA acabou salvando West Virginia da aparente compra de justiça – mas com apenas uma maioria estreita de 5 a 4. O tribunal decidiu que Benjamin deveria ter pedido licença do caso para evitar o surgimento de um conflito de interesse. A questão mais ampla, a tentativa de comprar poder, foi deixada de lado pelo tribunal.

Será interessante ver o dinheiro corporativo influenciar o cenário nacional. Preocupada com a forma como o próximo governo irá implementar novas regulações financeiras, Wall Street adoraria fazer por Mitt Romney e republicanos do Congresso o que Blankenship fez por Benjamin. Com tantos canais para enviar seu dinheiro, talvez eles façam.
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Re: Eleições Presidenciais de 2012, EUA

#210 Mensagem por FoxHound » Ter Set 04, 2012 3:11 pm

Obama não gosta do Brasil?
Nesta terça-feira começa a convenção democrata. Como na republicana, uma semana atrás, quando Mitt Romney lançou oficialmente sua candidatura, mais uma vez o Brasil será ignorado. Normal, afinal mesmo países como a França e o Canadá são deixados de lado.

Mas a ausência da América Latina em todos os discursos, a não ser para falar de imigração, demonstra como o continente está distante de ser prioridade no país, não apenas entre os opositores, como para o presidente Barack Obama

Na plataforma republicana, a América Latina é citada apenas para falar de México, Cuba e Venezuela, como se este continente tivesse parado nos tempos da Guerra Fria. O restante dos países não interessa a um dos dois maiores partidos dos Estados Unidos. Aliás, justamente aquele que, em um passado recente, demonstrava maior interesse em aprofundar os laços comerciais.

Com Obama, não é diferente. O presidente americano nunca demonstrou qualquer preocupação com os latino-americanos. É, inclusive, um dos casos raros de estudante que passou por duas das principais universidades americanas, como Columbia e Harvard, e não sabe sequer noções básicas de espanhol.

Ao longo de seus três anos e meio de mandato, jamais se dirigiu aos países da região. Quando visitou o Brasil, acabou ofuscando toda a agenda ao anunciar os ataques da OTAN contra o regime de Muamar Kadafi na Líbia. Ação que sequer era apoiada pelo governo brasileiro e incomodou profundamente o Itamaraty.

Obama tampouco recebeu Dilma Rousseff com o mesmo tratamento dispensado a outros chefes de Estado ou de governo. Os dois líderes possuem pouca química. Os tempos de relações pessoais, como as de Fernando Henrique com Bill Clinton e de Lula com George W. Bush, ficaram no passado.

Por último, a administração Obama ignorou a Rio+20. O presidente, ao contrário de mais de cem chefes de Estado ao redor do mundo, não compareceu ao evento. Surpreendeu ainda mais porque o atual ocupante da Casa Branca sempre se exibiu como um defensor do meio-ambiente e preocupado com o futuro do planeta. Isto é, teria havido hipocrisia. Não daria para falar o mesmo se Bush ou Romney não comparecessem.

O argumento de que os EUA estavam insatisfeitos com algumas posições brasileiras no Conselho de Segurança não se sustenta. Os brasileiros foram contra uma nova rodada de sanções ao Irã, contrariando os interesses americanos. Mas os turcos agiram da mesma forma e Obama gosta elogiar publicamente o premiê turco, Recep Tayyp Erdogan, considerando-o um dos mais competentes líderes atuais, apesar do massacre contra os curdos, dos assentamentos ilegais no Chipre e da negação até mesmo de discussões sobre o genocídio armênio.

No caso da Líbia e da Síria, o Brasil adotou posições idênticas às da Índia (e também da Alemanha no primeiro caso) e o presidente americano apoiou a entrada dos indianos como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, diferentemente do que fez ao visitar Brasília.

Resumindo, Obama não é Bill Clinton
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