Bourne escreveu:O trem bala serve para satisfazer a classe média que tem medo de voar e quer passar o fim de semana em São Paulo ou Rio de Janeiro. Nada que uma reforma nos aeroportos não desse jeito. Imaginem com essas dezenas de bilhões quantos milhares de quilômetros de ferrovias, estradas e portos poderiam ser construídos. Seria um beneficio para o país que precisa de melhores vias de transporte para produção. Sem isso as cadeias de produção industrial não funcionam direito ou ficam mais caras do que deveriam. Essa tinha que ser a prioridade e não satisfazer uma ínfima parcela da classe média que não gosta de avião.Italo Lobo escreveu:parece até que o trem bala foi negociado($$$$) no governo Lula., tamanha a insistência neste projeto que não vai trazer retorno de desenvolvimento!!! Todos sabemos que tem muita grana na jogada e muita gente pra levá-la. Antes do trem bala tem que resolver o problema do transporte urbano, aonde a construção de metrô nas capitais é muito mais urgente.. Gastar mais de 40 Bilhões em trem bala , é um crime de lesa pátria. Além disso temos a necessidade de construção de ferrovias para transporte de safra que daria um retorno infinitamente maior que um trem bala....Trem bala é pior do que a Copa(33 Bilhões) e as Olimpíadas..
Se for para transportar passageiros que melhorem o transporte público nas cidades. Se não a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras vai ficar cada vez pior. Não tem como todo mundo ir trabalhar e estudar de carro. É fisicamente impossível. Pelo que sinto em Curitiba faltam investimentos em transporte público. É desconfortável. Não adianta dar a desculpa que o carro cara para evitar congestionamento. Não sei quem inventou a desculpa, mas não está funcionando.
Pelo menos parece que a Presidenta deixou os custos com a iniciativa privada. Vamos ver se aparecem investidores querendo gastar os bilhões para fazer a olha do trem bala. Desde que não peçam subsídios e dinheiro do BNDES podem gastar quanto quiserem nessa aventura.
O TESOURO ASSUME RISCO FINANCEIRO EXCESSIVO
Outro problema grave está no mecanismo financeiro criado para financiar o investimento. O risco é suportado inteiramente pelo Tesouro Nacional. Isso ocorre porque o BNDES concederá um investimento de R$ 20 bilhões ao consórcio escolhido para fazer a obra. O Tesouro será o garantidor do empréstimo: se o consórcio não pagar, o Tesouro paga ao BNDES. Para tanto, o Tesouro receberá contragarantias da parte do consórcio. Se tiver que honrar o empréstimo, o Tesouro acionará tais contragarantias para ser ressarcido. O problema é que tais contragarantias são muito frágeis. Ficou estabelecido que elas serão representadas pelas ações do consórcio e pela sua receita operacional. Ora, se o TAV enfrentar dificuldades financeiras, as ações vão valer pouco (ações de empresas com problemas se desvalorizam) e a receita operacional será baixa. Logo, as contragarantias não serão suficientes para ressarcir o Tesouro.
E mesmo que o Tesouro receba as ações do consórcio para se ressarcir, isso significará uma estatização do TAV. E o que o governo vai fazer: passar a operar o trem com uma empresa estatal, engordando a administração pública com uma atividade não-típica de governo, e com incentivos à ineficiência? A outra opção seria leiloar novamente a concessão, mas um novo concessionário fará grandes exigências financeiras para assumir o negócio, tendo em vista que as perspectivas de ganho já se mostraram restritas, a ponto de o primeiro concessionário não ter conseguido pagar a dívida do empreendimento.
Frente à ameaça de ter que estatizar o TAV, o resultado provável é que o governo fique refém do consórcio operador do trem, concedendo-lhe mais e mais subsídios fiscais e creditícios ao longo do tempo.