Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Robert Fisk: a guerra síria de mentiras e hipocrisia
http://www.independent.co.uk/opinion/co ... 85012.html
http://www.independent.co.uk/opinion/co ... 85012.html
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Só postei o final do artigo...trad. google.
http://www.thenational.ae/thenationalco ... enda#page1
Uma lente simplista sectária amplia agenda extremista
De fato, usando o sectarismo como o prisma principal para interpretar a evolução da região, muitas vezes obscurece ao invés revela. Claro, os homens Alawite tem acesso preferencial aos trabalhos de segurança na Síria, mas os dados disponíveis não mostram que as fortunas da comunidade Alawite longo ostracismo foram suspensas após 42 anos de governo Assad. Pelo contrário, os Assad propositadamente mantinha economicamente e socialmente marginalizados e com raiva. Afinal, por que um bem-educado, pessoa bem integrada quer sacrificar sua vida para defender uma facção dominante brutal?
Em vez disso, assabiyyah - traduzido livremente em parentesco ou solidariedade de grupo - nos ajuda a entender melhor o comportamento do grupo. Ele explica como as elites dominantes se organizam para preservar seu poder, inclusive através da manipulação de outros segmentos da população. Ele também explica por que esses segmentos são sensíveis, e como estrangeiro atores encontrar uma maneira de inserir-se em sociedades complexas.
Como a Arábia Saudita eo Irã competir, as comunidades no mundo árabe, com medo de seu futuro, e líderes, ávidos para aproveitar ou preservar, vai recorrer a eles para proteção e patronato. Infelizmente, essa rivalidade vai exacerbar o sectarismo às custas da verdadeira busca dos direitos pessoais e políticas e governança decente, competente.
http://www.thenational.ae/thenationalco ... enda#page1
Uma lente simplista sectária amplia agenda extremista
De fato, usando o sectarismo como o prisma principal para interpretar a evolução da região, muitas vezes obscurece ao invés revela. Claro, os homens Alawite tem acesso preferencial aos trabalhos de segurança na Síria, mas os dados disponíveis não mostram que as fortunas da comunidade Alawite longo ostracismo foram suspensas após 42 anos de governo Assad. Pelo contrário, os Assad propositadamente mantinha economicamente e socialmente marginalizados e com raiva. Afinal, por que um bem-educado, pessoa bem integrada quer sacrificar sua vida para defender uma facção dominante brutal?
Em vez disso, assabiyyah - traduzido livremente em parentesco ou solidariedade de grupo - nos ajuda a entender melhor o comportamento do grupo. Ele explica como as elites dominantes se organizam para preservar seu poder, inclusive através da manipulação de outros segmentos da população. Ele também explica por que esses segmentos são sensíveis, e como estrangeiro atores encontrar uma maneira de inserir-se em sociedades complexas.
Como a Arábia Saudita eo Irã competir, as comunidades no mundo árabe, com medo de seu futuro, e líderes, ávidos para aproveitar ou preservar, vai recorrer a eles para proteção e patronato. Infelizmente, essa rivalidade vai exacerbar o sectarismo às custas da verdadeira busca dos direitos pessoais e políticas e governança decente, competente.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Comandos britânicos estão treinando os rebeldes na Síria.
A Grã-Bretanha corro o risco de ser sugada para uma ação militar na Síria para evitar o derramamento de sangue naquele país, assim revelou um ex-comandante do Exército Britânico.
O comandante das tropas britânicas no Afeganistão, o coronel Richard Kemp, disse que com a escalada da violência na Síria, o Ocidente seria forçado a intervir na guerra civil daquele país.
Mas muitos analistas compartilham da tese de que seriam necessários ao menos 300 mil homens para realizar uma intervenção em larga escala. Mesmo assim, essa suposto força enfrentaria uma resistência feroz. Pelo menos 75 mil homens seriam necessário para prover a segurança dos arsenais químicos sírios.
Militares britânicos estão em Londres há algumas semanas elaborando planos de contingência caso o Reino Unido decida enviar tropas para a região volátil.
Ex-soldados do SAS (Special Air Service) estão ajudando a treinar os rebeldes na Síria em táticos militares de manuseio de armas e ensinam o comando rebelde a usarem sistemas de comunicação.
Nunca é demais lembrar que o SAS também se fez presente na Líbia. O SAS esteve na Líbia também para assessorar os rebeldes líbios. O homens do Regimento 22 do SAS se vestiram de rebeldes, utilizaram as mesmas armas e, igual os opositores, se locomoveram pick-ups.
Treinamento
Para poder operar no SAS, o candidato tem que ter servido ao menos dois anos em qualquer arma do Exército. O SAS aceita membros da Commonwealth e da República da Irlanda, tendo em conta que seus melhores homens já de países como Nova Zelândia, antiga Rodésia, Austrália e Fiji.
O processo de seleção é duríssimo, inclusive em alguns casos há óbito. Os recrutas devem ser submetidos a provas físicas, de decisão e exercícios de estresse. A segunda parte da seleção centra-se na orientação e mobilidade sobre o terreno. Os treinamentos acontecem nas montanhas de Brecon Beacons e nas montanhas negras do país de Gales.
A exigência física é descomunal. Os instrutores aumentam o peso das mochilas dos recrutas pouco a pouco, a medida que as marchas vão aumentando de distância, bem como de inclinação. É justamente nessa fase que há o maior número de desistência entre os recrutas. Os exercícios de tiro acontecem na mesma intensidade como as marchas.
Essa parte do treinamento é tão dura que fez um dos maiores ícones do SAS, Mike Kealy, herói da Revolta de Omã em 1972, morrer de hipotermia durante manobras em 1979.
Missões
O SAS participou com sucesso de 12 grandes conflitos desde 1941, ano de sua criação. Entre eles a Segunda Guerra Mundial, as Guerras do Golfo e dos Balcãs.
A lendária tropa conta com uma vintena de reconhecimentos internacionais pelo seu valor no campo de batalha. Isso converte a tropa de propósito especial mais condecorada dos Exércitos europeus.
Mancha
No dia 5 de março de 2011, o jornal britânico "The Sunday Times" revelou que um "time" inteiro do SAS havia sido capturado por rebeldes líbios. A ação foi considerada catastrófica por especialistas e militares britânicos.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... do-os.html
A Grã-Bretanha corro o risco de ser sugada para uma ação militar na Síria para evitar o derramamento de sangue naquele país, assim revelou um ex-comandante do Exército Britânico.
O comandante das tropas britânicas no Afeganistão, o coronel Richard Kemp, disse que com a escalada da violência na Síria, o Ocidente seria forçado a intervir na guerra civil daquele país.
Mas muitos analistas compartilham da tese de que seriam necessários ao menos 300 mil homens para realizar uma intervenção em larga escala. Mesmo assim, essa suposto força enfrentaria uma resistência feroz. Pelo menos 75 mil homens seriam necessário para prover a segurança dos arsenais químicos sírios.
Militares britânicos estão em Londres há algumas semanas elaborando planos de contingência caso o Reino Unido decida enviar tropas para a região volátil.
Ex-soldados do SAS (Special Air Service) estão ajudando a treinar os rebeldes na Síria em táticos militares de manuseio de armas e ensinam o comando rebelde a usarem sistemas de comunicação.
Nunca é demais lembrar que o SAS também se fez presente na Líbia. O SAS esteve na Líbia também para assessorar os rebeldes líbios. O homens do Regimento 22 do SAS se vestiram de rebeldes, utilizaram as mesmas armas e, igual os opositores, se locomoveram pick-ups.
Treinamento
Para poder operar no SAS, o candidato tem que ter servido ao menos dois anos em qualquer arma do Exército. O SAS aceita membros da Commonwealth e da República da Irlanda, tendo em conta que seus melhores homens já de países como Nova Zelândia, antiga Rodésia, Austrália e Fiji.
O processo de seleção é duríssimo, inclusive em alguns casos há óbito. Os recrutas devem ser submetidos a provas físicas, de decisão e exercícios de estresse. A segunda parte da seleção centra-se na orientação e mobilidade sobre o terreno. Os treinamentos acontecem nas montanhas de Brecon Beacons e nas montanhas negras do país de Gales.
A exigência física é descomunal. Os instrutores aumentam o peso das mochilas dos recrutas pouco a pouco, a medida que as marchas vão aumentando de distância, bem como de inclinação. É justamente nessa fase que há o maior número de desistência entre os recrutas. Os exercícios de tiro acontecem na mesma intensidade como as marchas.
Essa parte do treinamento é tão dura que fez um dos maiores ícones do SAS, Mike Kealy, herói da Revolta de Omã em 1972, morrer de hipotermia durante manobras em 1979.
Missões
O SAS participou com sucesso de 12 grandes conflitos desde 1941, ano de sua criação. Entre eles a Segunda Guerra Mundial, as Guerras do Golfo e dos Balcãs.
A lendária tropa conta com uma vintena de reconhecimentos internacionais pelo seu valor no campo de batalha. Isso converte a tropa de propósito especial mais condecorada dos Exércitos europeus.
Mancha
No dia 5 de março de 2011, o jornal britânico "The Sunday Times" revelou que um "time" inteiro do SAS havia sido capturado por rebeldes líbios. A ação foi considerada catastrófica por especialistas e militares britânicos.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
El País: Al Qaeda abre caminho na guerra da Síria
http://3.bp.blogspot.com/--wkb2ffF7Qk/U ... +Syria.jpg
O bloqueio às sanções no Conselho de Segurança da ONU contra o regime que governa a Síria e a proximidade desse país do Iraque facilitaram que várias células do grupo terrorista Al Qaeda se infiltrassem entre os grupos opositores sírios, o que provoca inquietação no governo americano e seus aliados e está dando motivos para a desconfiança de países aliados do presidente Bashar al-Assad, como a Rússia.
A duração do conflito, que começou há mais de 16 meses, permite que diversos jihadistas operem de forma contínua na Síria e que tenham formado seus próprios grupos, empregando as mesmas táticas e recorrendo à mesma propaganda que a Al Qaeda.
Os EUA possuem pouca informação sobre a heterogênea oposição síria, especialmente porque a CIA não conseguiu obter dados suficientes, afetada pelo fechamento da embaixada americana em Damasco em fevereiro. Mesmo assim, altos funcionários do Departamento de Estado e da Casa Branca consideram um fato que células jihadistas operam de forma independente junto a grupos que os EUA consideram legítimos, unidos no Conselho Nacional Sírio, com cujos representantes a chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, se reuniu em dezembro em Genebra.
Os analistas de inteligência dos EUA concordam que a Al Qaeda pôde se infiltrar na oposição síria sobretudo pela proximidade do Iraque, país vizinho no qual o grupo terrorista manteve uma presença robusta e constante depois da retirada total das tropas americanas, em dezembro passado. Na segunda-feira, uma onda de atentados em 18 cidades do Iraque provocou pelo menos 107 mortes e deixou duas centenas de feridos. Os jihadistas que atuam hoje na Síria aproveitaram as vias de transporte, o material e a logística existentes no Iraque.
"Estamos 100% seguros, devido à nossa coordenação com o governo sírio, de que os nomes em nossas listas de homens procurados são os mesmos que possuem as autoridades sírias, especialmente nos últimos três meses", declarou ao "New York Times" Izzat al Shahbandar, assessor do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki.
Já em fevereiro o diretor de Inteligência Nacional americano, James Clapper, advertiu em uma audiência no Senado que "a Al Qaeda está se estendendo à Síria". "É um fenômeno preocupante, que vimos recentemente, e segundo o qual há extremistas infiltrados em grupos opositores", acrescentou. "E parece que os grupos de oposição não percebem em muitos casos que se encontram infiltrados por esses extremistas."
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira que os rebeldes sírios que tomaram o controle de vários postos na fronteira entre a Síria e a Turquia são suspeitos de ser aliados da Al Qaeda. "De acordo com algumas informações, esses postos não foram tomados pelo Exército Livre da Síria, mas grupos relacionados à Al Qaeda", disse em entrevista coletiva, segundo a agência Reuters.
"Se nossos aliados apoiam a tomada de territórios por parte de terroristas, gostaríamos que nos esclarecessem que posição mantêm na Síria", acrescentou, referindo-se às potências ocidentais.
Uma das grandes razões que o regime de Assad alegou para justificar a campanha de repressão contra sua população é que por trás do movimento de oposição se encontra na realidade a Al Qaeda. Diversos jihadistas criaram em janeiro, dentro da Síria, o grupo Jabhat al Nusra, inspirado na Al Qaeda, empregando iconografia e materiais de propaganda semelhantes aos dessa rede terrorista internacional.
Nestes meses seus integrantes publicaram vídeos na internet nos quais reivindicam a autoria de diversos atentados. A agência estatal síria Sana atribuiu diversos ataques à Al Nusra, incluindo muitos que na realidade foram cometidos por outras forças, não jihadistas.
"Estamos vendo sem dúvida uma presença crescente de agentes da Al Qaeda na Síria", explica o professor Bruce Riedel, um veterano da CIA e especialista em terrorismo e política internacional no Centro Saban para o Oriente Médio do Instituto Brookings.
"Não é uma grande parte ou uma parte importante da oposição ao regime, mas é uma parte que as potências ocidentais devem considerar, sobretudo porque aporta uma série de técnicas muito identificáveis, como ataques suicidas ou o emprego de explosivos, que são técnicas já testadas em outros países como o Iraque, onde a Al Qaeda demonstrou ser muito resistente."
Em fevereiro, o líder da Al Qaeda Ayman al Zauahiri fez um apelo aos jihadistas do Oriente Médio para que fossem lutar na Síria. "Apelo a todos os muçulmanos e a todos os homens nobres e livres da Turquia, Iraque, Jordânia e Líbano para que acudam em apoio a seus irmãos na Síria com tudo o que possuem, sua riqueza, suas opiniões e sua informação", dizia o comunicado. "Se quisermos liberdade, devemos nos livrar desse regime. Se quisermos justiça, devemos contra-atacar esse regime. Se quisermos independência, devemos enfrentar esse regime."
A Al Qaeda, um grupo sunita, chamou seus integrantes para a ação na Síria, alegando que a maioria da população desse país pertence a esse mesmo ramo da ortodoxia islâmica e foi oprimida durante décadas por uma minoria alauíta --uma seita derivada do xiismo--, à qual pertencem o presidente Bashar al-Assad e seu círculo de poder. Seus chamados à ação começaram a dar resultados em janeiro, quando ocorreram na Síria os primeiros atentados suicidas com artefatos explosivos.
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede em Washington, desde então houve uma dezena de ataques suicidas nesse país e de quatro deles a Al Nusra assumiu a autoria através de diversos comunicados.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... uerra.html
http://3.bp.blogspot.com/--wkb2ffF7Qk/U ... +Syria.jpg
O bloqueio às sanções no Conselho de Segurança da ONU contra o regime que governa a Síria e a proximidade desse país do Iraque facilitaram que várias células do grupo terrorista Al Qaeda se infiltrassem entre os grupos opositores sírios, o que provoca inquietação no governo americano e seus aliados e está dando motivos para a desconfiança de países aliados do presidente Bashar al-Assad, como a Rússia.
A duração do conflito, que começou há mais de 16 meses, permite que diversos jihadistas operem de forma contínua na Síria e que tenham formado seus próprios grupos, empregando as mesmas táticas e recorrendo à mesma propaganda que a Al Qaeda.
Os EUA possuem pouca informação sobre a heterogênea oposição síria, especialmente porque a CIA não conseguiu obter dados suficientes, afetada pelo fechamento da embaixada americana em Damasco em fevereiro. Mesmo assim, altos funcionários do Departamento de Estado e da Casa Branca consideram um fato que células jihadistas operam de forma independente junto a grupos que os EUA consideram legítimos, unidos no Conselho Nacional Sírio, com cujos representantes a chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, se reuniu em dezembro em Genebra.
Os analistas de inteligência dos EUA concordam que a Al Qaeda pôde se infiltrar na oposição síria sobretudo pela proximidade do Iraque, país vizinho no qual o grupo terrorista manteve uma presença robusta e constante depois da retirada total das tropas americanas, em dezembro passado. Na segunda-feira, uma onda de atentados em 18 cidades do Iraque provocou pelo menos 107 mortes e deixou duas centenas de feridos. Os jihadistas que atuam hoje na Síria aproveitaram as vias de transporte, o material e a logística existentes no Iraque.
"Estamos 100% seguros, devido à nossa coordenação com o governo sírio, de que os nomes em nossas listas de homens procurados são os mesmos que possuem as autoridades sírias, especialmente nos últimos três meses", declarou ao "New York Times" Izzat al Shahbandar, assessor do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki.
Já em fevereiro o diretor de Inteligência Nacional americano, James Clapper, advertiu em uma audiência no Senado que "a Al Qaeda está se estendendo à Síria". "É um fenômeno preocupante, que vimos recentemente, e segundo o qual há extremistas infiltrados em grupos opositores", acrescentou. "E parece que os grupos de oposição não percebem em muitos casos que se encontram infiltrados por esses extremistas."
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira que os rebeldes sírios que tomaram o controle de vários postos na fronteira entre a Síria e a Turquia são suspeitos de ser aliados da Al Qaeda. "De acordo com algumas informações, esses postos não foram tomados pelo Exército Livre da Síria, mas grupos relacionados à Al Qaeda", disse em entrevista coletiva, segundo a agência Reuters.
"Se nossos aliados apoiam a tomada de territórios por parte de terroristas, gostaríamos que nos esclarecessem que posição mantêm na Síria", acrescentou, referindo-se às potências ocidentais.
Uma das grandes razões que o regime de Assad alegou para justificar a campanha de repressão contra sua população é que por trás do movimento de oposição se encontra na realidade a Al Qaeda. Diversos jihadistas criaram em janeiro, dentro da Síria, o grupo Jabhat al Nusra, inspirado na Al Qaeda, empregando iconografia e materiais de propaganda semelhantes aos dessa rede terrorista internacional.
Nestes meses seus integrantes publicaram vídeos na internet nos quais reivindicam a autoria de diversos atentados. A agência estatal síria Sana atribuiu diversos ataques à Al Nusra, incluindo muitos que na realidade foram cometidos por outras forças, não jihadistas.
"Estamos vendo sem dúvida uma presença crescente de agentes da Al Qaeda na Síria", explica o professor Bruce Riedel, um veterano da CIA e especialista em terrorismo e política internacional no Centro Saban para o Oriente Médio do Instituto Brookings.
"Não é uma grande parte ou uma parte importante da oposição ao regime, mas é uma parte que as potências ocidentais devem considerar, sobretudo porque aporta uma série de técnicas muito identificáveis, como ataques suicidas ou o emprego de explosivos, que são técnicas já testadas em outros países como o Iraque, onde a Al Qaeda demonstrou ser muito resistente."
Em fevereiro, o líder da Al Qaeda Ayman al Zauahiri fez um apelo aos jihadistas do Oriente Médio para que fossem lutar na Síria. "Apelo a todos os muçulmanos e a todos os homens nobres e livres da Turquia, Iraque, Jordânia e Líbano para que acudam em apoio a seus irmãos na Síria com tudo o que possuem, sua riqueza, suas opiniões e sua informação", dizia o comunicado. "Se quisermos liberdade, devemos nos livrar desse regime. Se quisermos justiça, devemos contra-atacar esse regime. Se quisermos independência, devemos enfrentar esse regime."
A Al Qaeda, um grupo sunita, chamou seus integrantes para a ação na Síria, alegando que a maioria da população desse país pertence a esse mesmo ramo da ortodoxia islâmica e foi oprimida durante décadas por uma minoria alauíta --uma seita derivada do xiismo--, à qual pertencem o presidente Bashar al-Assad e seu círculo de poder. Seus chamados à ação começaram a dar resultados em janeiro, quando ocorreram na Síria os primeiros atentados suicidas com artefatos explosivos.
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede em Washington, desde então houve uma dezena de ataques suicidas nesse país e de quatro deles a Al Nusra assumiu a autoria através de diversos comunicados.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Exército sírio bombardeia Aleppo e diz ter retomado área rebelde
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 30/07/2012 10:22
ALEPPO, Síria, 30 Jul (Reuters) - Disparos de artilharia e morteiros ecoaram na manhã de segunda-feira por toda Aleppo, e um helicóptero militar zumbia sobre um bairro que o Exército sírio disse ter recapturado dos rebeldes em combates pelo controle da maior cidade do país.
Hospitais e clínicas improvisadas nas áreas controladas pelos rebeldes, na zona leste da cidade, estavam se enchendo de vítimas após uma semana de combates em Aleppo, polo comercial que até então permanecia praticamente à parte da revolta contra o presidente Bashar al Assad, iniciada há 16 meses.
"Alguns dias recebemos cerca de 30 a 40 pessoas, sem incluir os corpos", disse um jovem paramédico na clínica. "Há alguns dias recebemos 30 feridos e talvez 20 cadáveres, mas metade desses corpos estava despedaçada. Não podemos saber de quem eram."
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo oposicionista com sede na Grã-Bretanha, disse que 18 foram mortas no domingo na região de Aleppo, num total de 150 mortas em toda a Síria, sendo dois terços delas civis.
Os rebeldes disseram que retém o controle sobre o bairro de Salaheddine, apesar da ofensiva governamental. O governo, porém, disse ter expulsado seus inimigos da região. "O controle completo foi retirado dos pistoleiros mercenários", disse um militar não-identificado à TV estatal síria na noite de domingo. "Em alguns dias, a segurança vai voltar à cidade de Aleppo."
A ofensiva militar repete a tática usada em Damasco semanas atrás, quando o governo usou seu esmagador poderio militar para eliminar os rebeldes bairro a bairro.
As forças de Assad estão determinadas a não perderem Aleppo, pois uma derrota nessa cidade seria um duro golpe estratégico e psicológico. Mas especialistas militares acreditam que os rebeldes estão mal armados e mal comandados para derrotar o Exército.
Jornalistas da Reuters em Aleppo não foram capazes de chegar a Salahaddine, após o anoitecer de domingo para verificar quem controla o bairro. O Observatório Sírio disse que os combates prosseguiam.
A guerra paralisou o habitual burburinho comercial nesta cidade de 2,5 milhões de habitantes. Os mercados públicos funcionam, mas pouca gente faz compras. Mas multidões de homens e mulheres esperam quase três horas para comprar quantidades limitadas de pão subsidiado.
Os combatentes rebeldes, muitos deles de áreas rurais próximas a Aleppo, continuam no controle de partes da cidade, deslocando-se nelas com rifles e roupas camufladas.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/ex%C3% ... ea-rebelde
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 30/07/2012 10:22
ALEPPO, Síria, 30 Jul (Reuters) - Disparos de artilharia e morteiros ecoaram na manhã de segunda-feira por toda Aleppo, e um helicóptero militar zumbia sobre um bairro que o Exército sírio disse ter recapturado dos rebeldes em combates pelo controle da maior cidade do país.
Hospitais e clínicas improvisadas nas áreas controladas pelos rebeldes, na zona leste da cidade, estavam se enchendo de vítimas após uma semana de combates em Aleppo, polo comercial que até então permanecia praticamente à parte da revolta contra o presidente Bashar al Assad, iniciada há 16 meses.
"Alguns dias recebemos cerca de 30 a 40 pessoas, sem incluir os corpos", disse um jovem paramédico na clínica. "Há alguns dias recebemos 30 feridos e talvez 20 cadáveres, mas metade desses corpos estava despedaçada. Não podemos saber de quem eram."
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo oposicionista com sede na Grã-Bretanha, disse que 18 foram mortas no domingo na região de Aleppo, num total de 150 mortas em toda a Síria, sendo dois terços delas civis.
Os rebeldes disseram que retém o controle sobre o bairro de Salaheddine, apesar da ofensiva governamental. O governo, porém, disse ter expulsado seus inimigos da região. "O controle completo foi retirado dos pistoleiros mercenários", disse um militar não-identificado à TV estatal síria na noite de domingo. "Em alguns dias, a segurança vai voltar à cidade de Aleppo."
A ofensiva militar repete a tática usada em Damasco semanas atrás, quando o governo usou seu esmagador poderio militar para eliminar os rebeldes bairro a bairro.
As forças de Assad estão determinadas a não perderem Aleppo, pois uma derrota nessa cidade seria um duro golpe estratégico e psicológico. Mas especialistas militares acreditam que os rebeldes estão mal armados e mal comandados para derrotar o Exército.
Jornalistas da Reuters em Aleppo não foram capazes de chegar a Salahaddine, após o anoitecer de domingo para verificar quem controla o bairro. O Observatório Sírio disse que os combates prosseguiam.
A guerra paralisou o habitual burburinho comercial nesta cidade de 2,5 milhões de habitantes. Os mercados públicos funcionam, mas pouca gente faz compras. Mas multidões de homens e mulheres esperam quase três horas para comprar quantidades limitadas de pão subsidiado.
Os combatentes rebeldes, muitos deles de áreas rurais próximas a Aleppo, continuam no controle de partes da cidade, deslocando-se nelas com rifles e roupas camufladas.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/ex%C3% ... ea-rebelde
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Forças de Assad devem vencer a batalha de Aleppo
As forças de Bashar al Assad devem vencer a batalha de Aleppo, assim como também derrotaram os opositores em Damasco. Este, porém, é apenas mais um duelo de uma luta ainda sem data para terminar. Nos próximos meses, veremos mais conflitos para controlar não apenas a mais populosa cidade da Síria, como todo o país.
A estratégia da oposição é se concentrar cada vez em uma cidade, ao mesmo tempo em que tenta conquistar território no interior. Por enquanto, na primeira parte, eles têm sido mal sucedidos. O regime conseguiu recuperar todos os centros urbanos importantes da Síria e o mesmo se repetirá em Aleppo.
No interior, o sucesso tem sido maior, especialmente nas fronteiras com a Turquia e o Iraque. Aos poucos, os opositores conseguem dominar território, embora ainda não estejam no mesmo patamar da oposição líbia depois da tomada de Benghasi. Provavelmente, ainda demorará um pouco para atingir este objetivo.
Estas áreas tomadas são, sem dúvida, um importante avanço. Mas também deixam claras as divisões da oposição. Há relatos de brigas entre milícias opositoras. A primeira divisão, mais óbvia, se dá entre os jihadistas e os guerrilheiros laicos. Mesmo dentro destes grupos, há uma série de divergências.
No campo político e diplomático, a oposição tampouco tem conseguido união. Os EUA, seus aliados europeus, a Liga Árabe e a Turquia demonstram insatisfação com estas brigas. Aos poucos, começam a especular sobre a possibilidade de lançar o general Manaf Tlass, que desertou no início do mês, como líder contra Assad.
Um dos melhores amigos de infância do líder sírio, Tlass é filho de um ministro da Defesa por 30 anos durante o regime dos Assad. Também é uma figura extremamente carismática. Sua pinta de galã e seu histórico de playboy em Paris, onde vive a multimilionária irmã, dão um ar ocidentalizado.
Esta imagem ajuda a acalmar a população mais laica da Síria. As minorias cristãs, alauíta, druza e a elite sunita de Damasco e Aleppo temem um regime conservador sunita ligado à Irmandade Muçulmana no lugar de Assad. Com Tlass, sabem que isso não ocorreria. Mesmo desertando, ele também conta com muitos aliados no Exército e no Partido Baath.
O regime, por sua vez, lutará para manter intactos seus bastiões nas grandes cidades e tentará vencer a oposição pelo cansaço. Sabe que contará com o apoio do Irã e da Rússia. Além disso, Assad tem certeza de que não haverá uma intervenção militar antes das eleições americanas em novembro. Até lá, ele espera ter estabilizado o país. Mas esta tarefa é quase impossível. A Síria não voltará ao status quo anti. O futuro, ninguém sabe.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/
As forças de Bashar al Assad devem vencer a batalha de Aleppo, assim como também derrotaram os opositores em Damasco. Este, porém, é apenas mais um duelo de uma luta ainda sem data para terminar. Nos próximos meses, veremos mais conflitos para controlar não apenas a mais populosa cidade da Síria, como todo o país.
A estratégia da oposição é se concentrar cada vez em uma cidade, ao mesmo tempo em que tenta conquistar território no interior. Por enquanto, na primeira parte, eles têm sido mal sucedidos. O regime conseguiu recuperar todos os centros urbanos importantes da Síria e o mesmo se repetirá em Aleppo.
No interior, o sucesso tem sido maior, especialmente nas fronteiras com a Turquia e o Iraque. Aos poucos, os opositores conseguem dominar território, embora ainda não estejam no mesmo patamar da oposição líbia depois da tomada de Benghasi. Provavelmente, ainda demorará um pouco para atingir este objetivo.
Estas áreas tomadas são, sem dúvida, um importante avanço. Mas também deixam claras as divisões da oposição. Há relatos de brigas entre milícias opositoras. A primeira divisão, mais óbvia, se dá entre os jihadistas e os guerrilheiros laicos. Mesmo dentro destes grupos, há uma série de divergências.
No campo político e diplomático, a oposição tampouco tem conseguido união. Os EUA, seus aliados europeus, a Liga Árabe e a Turquia demonstram insatisfação com estas brigas. Aos poucos, começam a especular sobre a possibilidade de lançar o general Manaf Tlass, que desertou no início do mês, como líder contra Assad.
Um dos melhores amigos de infância do líder sírio, Tlass é filho de um ministro da Defesa por 30 anos durante o regime dos Assad. Também é uma figura extremamente carismática. Sua pinta de galã e seu histórico de playboy em Paris, onde vive a multimilionária irmã, dão um ar ocidentalizado.
Esta imagem ajuda a acalmar a população mais laica da Síria. As minorias cristãs, alauíta, druza e a elite sunita de Damasco e Aleppo temem um regime conservador sunita ligado à Irmandade Muçulmana no lugar de Assad. Com Tlass, sabem que isso não ocorreria. Mesmo desertando, ele também conta com muitos aliados no Exército e no Partido Baath.
O regime, por sua vez, lutará para manter intactos seus bastiões nas grandes cidades e tentará vencer a oposição pelo cansaço. Sabe que contará com o apoio do Irã e da Rússia. Além disso, Assad tem certeza de que não haverá uma intervenção militar antes das eleições americanas em novembro. Até lá, ele espera ter estabilizado o país. Mas esta tarefa é quase impossível. A Síria não voltará ao status quo anti. O futuro, ninguém sabe.
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- Andre Correa
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ataque das Forças de Bashar Al-Assad em Homs, ontem (30/07):
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Editado pela última vez por Andre Correa em Seg Jul 30, 2012 11:59 pm, em um total de 1 vez.
Razão: correcção de tag
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Irã ameaça Turquia
Irã não vai permitir que 'inimigo' avance na Síria, afirma general
O Irã "não permitirá que o inimigo avance" na Síria, mas por enquanto não vê a necessidade de intervir, declarou o general Masoud Jazayeri, vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, citado nesta terça-feira (31) pelo jornal "Shargh".
"Por enquanto não é necessário que os amigos da Síria intervenham e, segundo nossa avaliação, não será necessário fazê-lo", declarou o general Masoud Jazayeri.
Na segunda-feira em Damasco, o jornal "Al-Watan", ligado ao poder, afirmou que o Irã advertiu a Turquia contra qualquer ataque em território sírio, afirmando que Teerã tomaria "duras" represálias para ajudar seu aliado.
Segundo o general, "todos os componentes da resistência (a Israel, ou seja, o movimento libanês Hezbollah e os movimentos islamitas palestinos) são amigos da Síria, além das potências (Rússia e China) que têm peso internacional".
"Decidiremos, segundo as circunstâncias, a maneira pela qual devemos ajudar nossos amigos e a resistência na região (contra Israel). Não permitiremos que o inimigo avance", acrescentou Jazayeri.
Esta advertência está dirigida aos Estados Unidos e aos países ocidentais, mas também à Arábia Suadita, ao Qatar e à Turquia, acusados por Teerã, o principal aliado da Síria na região, de apoiar financeira e militarmente os rebeldes sírios que buscam a queda do regime do presidente Bashar al-Assad.
O chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, convocou na noite de segunda-feira seu homólogo sueco, Carl Bildt, afirmando que a situação na Síria "se encaminhava para (um retorno) à calma", segundo a agência Irna.
"Os países amigos da Síria e aqueles que querem a paz e a estabilidade na região devem preparar o terreno para um diálogo entre o poder e a oposição", disse Salehi.
Os rebeldes sírios multiplicaram nesta terça-feira os ataques contra as posições do regime em Aleppo, a cidade estratégica do norte da Síria, onde as tropas regulares enfrentam uma feroz resistência.
g1
Irã não vai permitir que 'inimigo' avance na Síria, afirma general
O Irã "não permitirá que o inimigo avance" na Síria, mas por enquanto não vê a necessidade de intervir, declarou o general Masoud Jazayeri, vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, citado nesta terça-feira (31) pelo jornal "Shargh".
"Por enquanto não é necessário que os amigos da Síria intervenham e, segundo nossa avaliação, não será necessário fazê-lo", declarou o general Masoud Jazayeri.
Na segunda-feira em Damasco, o jornal "Al-Watan", ligado ao poder, afirmou que o Irã advertiu a Turquia contra qualquer ataque em território sírio, afirmando que Teerã tomaria "duras" represálias para ajudar seu aliado.
Segundo o general, "todos os componentes da resistência (a Israel, ou seja, o movimento libanês Hezbollah e os movimentos islamitas palestinos) são amigos da Síria, além das potências (Rússia e China) que têm peso internacional".
"Decidiremos, segundo as circunstâncias, a maneira pela qual devemos ajudar nossos amigos e a resistência na região (contra Israel). Não permitiremos que o inimigo avance", acrescentou Jazayeri.
Esta advertência está dirigida aos Estados Unidos e aos países ocidentais, mas também à Arábia Suadita, ao Qatar e à Turquia, acusados por Teerã, o principal aliado da Síria na região, de apoiar financeira e militarmente os rebeldes sírios que buscam a queda do regime do presidente Bashar al-Assad.
O chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, convocou na noite de segunda-feira seu homólogo sueco, Carl Bildt, afirmando que a situação na Síria "se encaminhava para (um retorno) à calma", segundo a agência Irna.
"Os países amigos da Síria e aqueles que querem a paz e a estabilidade na região devem preparar o terreno para um diálogo entre o poder e a oposição", disse Salehi.
Os rebeldes sírios multiplicaram nesta terça-feira os ataques contra as posições do regime em Aleppo, a cidade estratégica do norte da Síria, onde as tropas regulares enfrentam uma feroz resistência.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Misratah
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- rodrigo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Em uma batalha, a Síria vai matar mais civis do que Israel em décadas de ocupação do território palestino. E nenhum pio...Forças de Assad devem vencer a batalha de Aleppo
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ao contrário do governo israelense, o Assad vai cair, só está demorando mais do que o esperado.rodrigo escreveu:Em uma batalha, a Síria vai matar mais civis do que Israel em décadas de ocupação do território palestino. E nenhum pio...
Parece que o conselho de segurança funciona nas duas direções.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
França queria a Grande Síria dividida em Cinco Estados
A idéia da França, quando colonizou a Síria e o Líbano, era a construção de cinco Estados. Um deles seria para os cristãos, onde hoje está o Líbano. Os druzos teriam uma nação em uma área ao redor das colinas do Golã. Os alauítas ficariam com a costa mediterrânea. Damasco seria o quarto Estado e Aleppo, o quinto.
No fim, apenas o primeiro obteve sucesso. Ou, pelo menos, existe como Estado nação com uma divisão sectária de poder na qual o presidente e metade do Parlamento são cristãos, embora, segundo estimativas, somando todas as denominações, esta religião represente cerca de 40% do total. Os demais quatro foram unificados como Síria.
Com a eclosão da guerra civil síria, começaram as especulações de balcanização do país, com novas subdivisões, similares às dos imperialistas franceses no pós Grande Guerra. Ainda é cedo para dizer se isso ocorrerá. Mas parece claro que os opositores demorarão muito tempo para conquistar bastiões alauítas em Latakia e nas montanhas da encosta no Mediterrâneo.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/
A idéia da França, quando colonizou a Síria e o Líbano, era a construção de cinco Estados. Um deles seria para os cristãos, onde hoje está o Líbano. Os druzos teriam uma nação em uma área ao redor das colinas do Golã. Os alauítas ficariam com a costa mediterrânea. Damasco seria o quarto Estado e Aleppo, o quinto.
No fim, apenas o primeiro obteve sucesso. Ou, pelo menos, existe como Estado nação com uma divisão sectária de poder na qual o presidente e metade do Parlamento são cristãos, embora, segundo estimativas, somando todas as denominações, esta religião represente cerca de 40% do total. Os demais quatro foram unificados como Síria.
Com a eclosão da guerra civil síria, começaram as especulações de balcanização do país, com novas subdivisões, similares às dos imperialistas franceses no pós Grande Guerra. Ainda é cedo para dizer se isso ocorrerá. Mas parece claro que os opositores demorarão muito tempo para conquistar bastiões alauítas em Latakia e nas montanhas da encosta no Mediterrâneo.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rebeldes sírios atacam sedes governamentais em Alepo
Regime diz que matou 400; Rússia inclui país na lista dos que se encontram em 'conflito armado'
DAMASCO - Os insurgentes do Exército Livre Sírio (ELS) atacaram nesta terça-feira, 31, várias sedes governamentais, entre elas um escritório da Segurança do Estado, em Alepo, disse uma testemunha à Agência Efe.
Os rebeldes "atacaram com granadas e armas automáticas" os edifícios governamentais, relatou a testemunha por telefone, que acrescentou que os insurgentes realizaram ataques similares no centro da cidade, capital econômica do país.
Por outro lado, uma fonte militar disse à Efe que as forças do regime sírio mataram 400 supostos terroristas e detiveram outros 150 na mesma cidade, no norte do país.
Conflito armado
O Governo russo incluiu a Síria na lista de países que se encontram em situação de "conflito armado", informou hoje o site oficial do Conselho de Ministros da Rússia.
Anteriormente, o país árabe integrava a lista de Estados em situação sociopolítica complicada, relação da qual foi eliminada junto ao Sri Lanka e à República Centro-Africana.
A decisão do Governo russo coincide com o recrudescimento dos combates em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde se enfrentam desde o último fim de semana tropas do regime do presidente Bashar al-Assad e a oposição armada.
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov, expressou sua preocupação pela situação nesta cidade do norte da Síria, próxima à Turquia, e criticou a imprensa por uma suposta parcialidade na cobertura dos combates. "A situação em Aleppo é realmente crítica. E se pode ver como a imprensa interessada tenta fazer com todas suas forças aquilo que a oposição não consegue", escreveu o vice-ministro russo em sua conta no Twitter.
No último sábado, as forças leais ao regime de Damasco iniciaram uma ampla ofensiva militar para expulsar de Aleppo o opositor Exército Livre Sírio (ELS), em uma luta que os insurgentes batizaram como "a mãe das batalhas".
Pelo menos 50 pessoas faleceram na cidade desde o início da ofensiva, segundo a oposição, enquanto cerca de 200 mil habitantes fugiram da zona.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 8557,0.htm
Regime diz que matou 400; Rússia inclui país na lista dos que se encontram em 'conflito armado'
DAMASCO - Os insurgentes do Exército Livre Sírio (ELS) atacaram nesta terça-feira, 31, várias sedes governamentais, entre elas um escritório da Segurança do Estado, em Alepo, disse uma testemunha à Agência Efe.
Os rebeldes "atacaram com granadas e armas automáticas" os edifícios governamentais, relatou a testemunha por telefone, que acrescentou que os insurgentes realizaram ataques similares no centro da cidade, capital econômica do país.
Por outro lado, uma fonte militar disse à Efe que as forças do regime sírio mataram 400 supostos terroristas e detiveram outros 150 na mesma cidade, no norte do país.
Conflito armado
O Governo russo incluiu a Síria na lista de países que se encontram em situação de "conflito armado", informou hoje o site oficial do Conselho de Ministros da Rússia.
Anteriormente, o país árabe integrava a lista de Estados em situação sociopolítica complicada, relação da qual foi eliminada junto ao Sri Lanka e à República Centro-Africana.
A decisão do Governo russo coincide com o recrudescimento dos combates em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde se enfrentam desde o último fim de semana tropas do regime do presidente Bashar al-Assad e a oposição armada.
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov, expressou sua preocupação pela situação nesta cidade do norte da Síria, próxima à Turquia, e criticou a imprensa por uma suposta parcialidade na cobertura dos combates. "A situação em Aleppo é realmente crítica. E se pode ver como a imprensa interessada tenta fazer com todas suas forças aquilo que a oposição não consegue", escreveu o vice-ministro russo em sua conta no Twitter.
No último sábado, as forças leais ao regime de Damasco iniciaram uma ampla ofensiva militar para expulsar de Aleppo o opositor Exército Livre Sírio (ELS), em uma luta que os insurgentes batizaram como "a mãe das batalhas".
Pelo menos 50 pessoas faleceram na cidade desde o início da ofensiva, segundo a oposição, enquanto cerca de 200 mil habitantes fugiram da zona.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 8557,0.htm