Andre Correa escreveu:Mas a necessidade não é por meios de maior tonelagem?
Não acho que as Barrosos Modificadas ajudariam grande coisa... talvez ainda roubariam espaço a outros meios, que, deviam estar quase a ser construídos, como mais NaPaOc da classe que acabamos de adquirir...
Por fim, uma compra de oportunidade, de 4 a 6 meios, ajudaria e muito...
André, a MB sempre teve necessidade de dispor de uma esquadra balanceada, mas penso eu, nunca conseguiu chegar a um bom termo, pelos já sobejamente conhecidos motivos.
Na época em que se projetou as Inhaúma, como agora a MB faz novamente através do PEAMB, a idéia era possuir uma força de fragatas, corvetas, submarinos e NaPaCos que pudessem realmente dar a MB uma real capacidade qualitativa em termos não só quantitativos como tecnológicos, seja no controle de área marítima, na projeção de poder e na negação do uso do mar, suas funções básicas. Mas como sabemos, não conseguimos alcançar nem os números desejados e nem dispor da tecnologia necessária para o passo seguinte, que fosse, nossa autonomia industrial.
A MB se encontra em uma situação bastante séria, com a maioria de seus meios navais tendo de dar baixa já no inicio da próxima década. Portanto, dos 14 navios disponíveis, daqui a 10 anos, 9 terão obrigatoriamente que começar a ser encostados. Restarão-nos as corvetas. O que poderemos fazer com 5 corvetas? Sinceramente não sei, mas acredito que a MB aceitou de forma patente que o único jeito de poder chegar o mais perto possível do indicativos ambicionados no PEAMB é simplesmente esticar a corda o mais que possível e esperar "...os nossos políticos resolvam fazer alguma coisa depois que não puderem mais empurrar a situação com a barriga" parafraseando uma citação de um colega lá no fórum das aéreas.
É uma atitude arriscada? Eu creio que sim. Mas me permita concordar com nossos almirantes. Eles já viram, e entenderam que para obter algo de nossos obtusos e coronelistas governantes, temos que jogar o jogo sujo do jeito deles. É o que a MB está fazendo.
Assim, acho eu, que felizmente, teremos meios novos na MB. Mas não agora, e talvez nem no médio prazo, mas teremos. Neste sentido, a MB optou por
chutar o pau da barraca e ver até onde vai a irresponsabilidade e leniência do povo do planalto. Acredito que assim que a corda começar a puxar, e apertar no pescoço deles, o PEAMB sai. Não sei quando, mas sai.
Se até lá nós vamos ver a MB se tornar uma mera guarda costeira cheia de NaPa, pode até ser, aceito de bom grado, se for para garantir que nos tornemos no futuro um gigante do mares do sul, como preconizado no PEAMB, com todos os números, tecnologias e industrias que temos não só direito, mas principalmente, necessidade.
abs.