Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rússia apoiará resolução paquistanesa sobre a Síria.
A Rússia, na próxima votação prevista no Conselho de Segurança da ONU, apoiará a resolução elaborada pelo Paquistão, que prevê a extensão da missão de supervisão da ONU na Síria (UNSMIS na sigla inglesa) por 45 dias.
Essa decisão foi anunciada aos jornalistas pelo representante permanente russo na ONU, Vitali Tchurkin, na sequência de consultas à porta fechada no Conselho de Segurança. Segundo ele, Islamabad propõe uma extensão técnica do mandato da missão sem quaisquer condições, o que é a melhor solução nesta situação.
O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu na quinta-feira chegar a acordo sobre futuras medidas para acabar com a violência na Síria. A Rússia e China vetaram uma resolução que impunha sanções contra Damasco.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/ru ... uistanesa/
A Rússia, na próxima votação prevista no Conselho de Segurança da ONU, apoiará a resolução elaborada pelo Paquistão, que prevê a extensão da missão de supervisão da ONU na Síria (UNSMIS na sigla inglesa) por 45 dias.
Essa decisão foi anunciada aos jornalistas pelo representante permanente russo na ONU, Vitali Tchurkin, na sequência de consultas à porta fechada no Conselho de Segurança. Segundo ele, Islamabad propõe uma extensão técnica do mandato da missão sem quaisquer condições, o que é a melhor solução nesta situação.
O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu na quinta-feira chegar a acordo sobre futuras medidas para acabar com a violência na Síria. A Rússia e China vetaram uma resolução que impunha sanções contra Damasco.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/ru ... uistanesa/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Alguém sabe como se está a dar essa evacuação?NettoBR escreveu:Embaixada do Brasil é fechada diante do agravamento da violência na Síria
Por Agência Brasil, Atualizado: 20/07/2012 06:54
Brasília - O embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, deixou a capital do país, Damasco, com destino a Beirute, no Líbano, por via terrestre. Ele foi orientado pelo governo da presidenta Dilma Rousseff a fechar a Embaixada do Brasil em Damasco. A ordem foi retirar os funcionários e passar a atender as demandas em Beirute. Casciano aguarda ainda orientações de Brasília para pôr em prática o plano de retirada dos brasileiros que moram na região.
O governo brasileiro esperou sinalizações do embaixador para definir o momento adequado para o fechamento da embaixada. O plano de retirada dos brasileiros pode ser executado nas próximas horas. Mas só será informado, segundo diplomatas disseram à Agência Brasil, quando ocorrer, para evitar riscos à segurança dos envolvidos.
Casciano disse ainda que a violência se agravou nas ruas das principais cidades aumentando o medo e o pavor não só de estrangeiros, como também de sírios. 'Impossível pôr os pés na rua com tantos tiros. É uma situação extremamente problemática', disse ele.
O embaixador acrescentou também que a violência na capital síria atingiu tal situação que ontem ele se viu obrigado a não abrir a representação brasileira. Segundo ele, são os dias mais violentos a que assistiu no país. 'Helicópteros sobrevoavam constantemente e dava para ouvir muitas explosões que, pela intensidade, eram consequência de armas pesadas.'
Há quatro anos em Damasco, a capital da Síria, Casciano disse que a situação na capital é muito tensa e já não há garantias de segurança para as embaixadas estrangeiras no bairro. 'Até cogitamos que o governo brasileiro enviasse agentes de segurança para proteger a embaixada. Mas, com o aeroporto fechado, a ideia foi deixada de lado'.
A estimativa é que existam cerca de 3 mil brasileiros na Síria, a maioria na região de Damasco, mas há uma comunidade na região de Latakia e Tartous, na costa do país, reduto de alauítas (grupo sectário ao qual pertence Assad) e cristãos. De acordo com o embaixador, o número é apenas uma estimativa, pois muitos brasileiros deixaram o país antes do agravamento da situação.
Para Casciano, o clima é de 'guerra aberta' na Síria. Ele disse que seus amigos sírios se mostram muito preocupados e com medo do futuro. 'A guerra em Damasco os deixou extremamente apavorados', disse ele.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252593190
Pela descrição, está um caos em Damasco, e eles devem estar a precisar de segurança capacitada.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
pelo que li já foi e por aviâo.Andre Correa escreveu:Alguém sabe como se está a dar essa evacuação?NettoBR escreveu:Embaixada do Brasil é fechada diante do agravamento da violência na Síria
Por Agência Brasil, Atualizado: 20/07/2012 06:54
Brasília - O embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, deixou a capital do país, Damasco, com destino a Beirute, no Líbano, por via terrestre. Ele foi orientado pelo governo da presidenta Dilma Rousseff a fechar a Embaixada do Brasil em Damasco. A ordem foi retirar os funcionários e passar a atender as demandas em Beirute. Casciano aguarda ainda orientações de Brasília para pôr em prática o plano de retirada dos brasileiros que moram na região.
O governo brasileiro esperou sinalizações do embaixador para definir o momento adequado para o fechamento da embaixada. O plano de retirada dos brasileiros pode ser executado nas próximas horas. Mas só será informado, segundo diplomatas disseram à Agência Brasil, quando ocorrer, para evitar riscos à segurança dos envolvidos.
Casciano disse ainda que a violência se agravou nas ruas das principais cidades aumentando o medo e o pavor não só de estrangeiros, como também de sírios. 'Impossível pôr os pés na rua com tantos tiros. É uma situação extremamente problemática', disse ele.
O embaixador acrescentou também que a violência na capital síria atingiu tal situação que ontem ele se viu obrigado a não abrir a representação brasileira. Segundo ele, são os dias mais violentos a que assistiu no país. 'Helicópteros sobrevoavam constantemente e dava para ouvir muitas explosões que, pela intensidade, eram consequência de armas pesadas.'
Há quatro anos em Damasco, a capital da Síria, Casciano disse que a situação na capital é muito tensa e já não há garantias de segurança para as embaixadas estrangeiras no bairro. 'Até cogitamos que o governo brasileiro enviasse agentes de segurança para proteger a embaixada. Mas, com o aeroporto fechado, a ideia foi deixada de lado'.
A estimativa é que existam cerca de 3 mil brasileiros na Síria, a maioria na região de Damasco, mas há uma comunidade na região de Latakia e Tartous, na costa do país, reduto de alauítas (grupo sectário ao qual pertence Assad) e cristãos. De acordo com o embaixador, o número é apenas uma estimativa, pois muitos brasileiros deixaram o país antes do agravamento da situação.
Para Casciano, o clima é de 'guerra aberta' na Síria. Ele disse que seus amigos sírios se mostram muito preocupados e com medo do futuro. 'A guerra em Damasco os deixou extremamente apavorados', disse ele.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252593190
Pela descrição, está um caos em Damasco, e eles devem estar a precisar de segurança capacitada.
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edit:
Turquia nega que o chefe da inteligência (turca) Hakan Fidan foi morto hoje em Ancara.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- NettoBR
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Bairro da Embaixada do Brasil em Damasco é área conflagrada, diz Patriota
Ministro diz que evitar viagem ao país seria 'o mais prudente'; diplomatas brasileiros foram transferidos para o Líbano por via terrestre
BBC Brasil | Atualizada às 20/07/2012 15:28:50
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o bairro onde fica a Embaixada do Brasil em Damasco, capital da Síria, está se transformando "numa zona conflagrada". Na manhã desta sexta-feira, diplomatas brasileiros deixaram a cidade rumo a Beirute, capital do Líbano, por via terrestre.
"A situação (na Síria) está se deteriorando, há um grau elevado de imprevisibilidade sobre o que poderá ocorrer nos próximos dias, de maneira que evitar viagem à Síria, no momento, seria o mais prudente", afirmou Patriota, após cerimônia na Base Aérea de Brasília.
Soldados sírios caminham entre carros queimados no distrito de Mudan, no sul da capital Damasco
Segundo o ministro, porém, a embaixada em Damasco não será fechada. "Haverá funcionários que vão responder por pedido de apoio consular, e o consulado em Beirute está sendo reforçado para atender a eventuais demandas."
Patriota disse ainda que o governo brasileiro ajudará os brasileiros na Síria que queiram deixar o país. "Os 3 mil brasileiros têm dupla nacionalidade. A grande maioria tem pequenos negócios, construiu sua vida na Síria e não tem intenção de partir. Todos aqueles que pedirem apoio para partir, obviamente nós daremos, mas houve um numero relativamente pequeno (de solicitações)."
A retirada dos diplomatas brasileiros ocorreu em meio a uma intensificação dos confrontos entre rebeldes e tropas leais ao governo do presidente Bashar Al-Assad. Por telefone, um diplomata contou que a estrada de Damasco até a fronteira estava razoavelmente segura nas primeiras horas da manhã. "Não vimos movimentação de militares nem rebeldes. Chegamos à fronteira em segurança", disse.
No momento em que falava com a BBC Brasil, o diplomata, que pediu para não ter seu nome revelado, disse que o grupo já estava em território libanês. Segundo ele, o posto de fronteira da Síria com o Líbano, por onde o comboio passou, estava sob controle de forças do governo e repleto de sírios querendo deixar o país. "Vi muitos cidadãos estrangeiros, inclusive diplomatas de outras embaixadas saindo da Síria para Líbano", afirmou.
O embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, contou por telefone à BBC Brasil que a violência na capital síria havia se intensificado e que funcionários da missão haviam sido orientados a não trabalhar na quinta-feira.
Ele afirmou que, a partir de quarta-feira, a capital passou a viver seus dias mais violentos desde o início da crise, há mais de um ano, com intensos tiroteios que deixaram as ruas completamente desertas. "O perigo é real. É impossível pôr os pés na rua. É uma situação extremamente problemática", disse o embaixador.
Ele contou que os tiroteios e explosões eram tão intensos na noite de quarta-feira que não conseguiu dormir. "Helicópteros sobrevoavam constantemente e dava para ouvir muitas explosões que, pela intensidade, eram conseqüência de armas pesadas".
'AK-47'
Há quatro anos em Damasco, Casciano disse que a situação na capital é muito tensa e já não há garantias de segurança para as embaixadas estrangeiras no bairro. "Até cogitamos que o governo brasileiro enviasse agentes de segurança para proteger a embaixada. Mas com o aeroporto fechado, a ideia foi deixada de lado".
O embaixador também falou que sua casa foi atingida por tiros. "Uns dias atrás, eu achei balas de rifles AK-47 em meu jardim. Ninguém está seguro na cidade", afirmou.
Os ataques do Exército Livre da Síria (ELS) contra tropas leais ao governo em Damasco começaram no domingo e já entraram em seu sexto dia. Vários bairros nos subúrbios ao sul da capital teriam sido tomados por rebeldes, segundo opositores do regime.
Na quarta-feira, um atentado matou o ministro de Defesa e seu vice, cunhado do presidente Bashar al-Assad. O governo vem mobilizando mais tanques e tropas em direção à capital e, segundo analistas, antecede uma grande batalha pela cidade.
De acordo com a ONU, mais de 16 mil pessoas já morreram no país desde o início da revolta, há mais de um ano, que exige a renúncia do presidente Bashar al-Assad.
Brasileiros
Segundo Casciano, a maioria dos brasileiros registrados na Síria vive em Damasco, mas há uma comunidade na região de Latakia e Tartous, na costa da Síria, reduto de alauítas (grupo muçulmano sunita ao qual pertence Assad) e cristãos. "Naquela região da costa, a situação é bem menos tensa, com poucos combates entre rebeldes e governo. Então não fomos contatados ainda por brasileiros (que vivem lá)".
Em contrapartida, o setor consular da embaixada vinha registrando um grande aumento no pedido de visto de turista por parte de cidadãos sírios. "Muitos têm parentes no Brasil e desejam sair do país momentaneamente". Segundo o embaixador, o atual clima seria de "guerra aberta" na Síria. "A guerra em Damasco os deixou extremamente apavorados", afirmou.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltam ... riota.html
Ministro diz que evitar viagem ao país seria 'o mais prudente'; diplomatas brasileiros foram transferidos para o Líbano por via terrestre
BBC Brasil | Atualizada às 20/07/2012 15:28:50
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o bairro onde fica a Embaixada do Brasil em Damasco, capital da Síria, está se transformando "numa zona conflagrada". Na manhã desta sexta-feira, diplomatas brasileiros deixaram a cidade rumo a Beirute, capital do Líbano, por via terrestre.
"A situação (na Síria) está se deteriorando, há um grau elevado de imprevisibilidade sobre o que poderá ocorrer nos próximos dias, de maneira que evitar viagem à Síria, no momento, seria o mais prudente", afirmou Patriota, após cerimônia na Base Aérea de Brasília.
Soldados sírios caminham entre carros queimados no distrito de Mudan, no sul da capital Damasco
Segundo o ministro, porém, a embaixada em Damasco não será fechada. "Haverá funcionários que vão responder por pedido de apoio consular, e o consulado em Beirute está sendo reforçado para atender a eventuais demandas."
Patriota disse ainda que o governo brasileiro ajudará os brasileiros na Síria que queiram deixar o país. "Os 3 mil brasileiros têm dupla nacionalidade. A grande maioria tem pequenos negócios, construiu sua vida na Síria e não tem intenção de partir. Todos aqueles que pedirem apoio para partir, obviamente nós daremos, mas houve um numero relativamente pequeno (de solicitações)."
A retirada dos diplomatas brasileiros ocorreu em meio a uma intensificação dos confrontos entre rebeldes e tropas leais ao governo do presidente Bashar Al-Assad. Por telefone, um diplomata contou que a estrada de Damasco até a fronteira estava razoavelmente segura nas primeiras horas da manhã. "Não vimos movimentação de militares nem rebeldes. Chegamos à fronteira em segurança", disse.
No momento em que falava com a BBC Brasil, o diplomata, que pediu para não ter seu nome revelado, disse que o grupo já estava em território libanês. Segundo ele, o posto de fronteira da Síria com o Líbano, por onde o comboio passou, estava sob controle de forças do governo e repleto de sírios querendo deixar o país. "Vi muitos cidadãos estrangeiros, inclusive diplomatas de outras embaixadas saindo da Síria para Líbano", afirmou.
O embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, contou por telefone à BBC Brasil que a violência na capital síria havia se intensificado e que funcionários da missão haviam sido orientados a não trabalhar na quinta-feira.
Ele afirmou que, a partir de quarta-feira, a capital passou a viver seus dias mais violentos desde o início da crise, há mais de um ano, com intensos tiroteios que deixaram as ruas completamente desertas. "O perigo é real. É impossível pôr os pés na rua. É uma situação extremamente problemática", disse o embaixador.
Ele contou que os tiroteios e explosões eram tão intensos na noite de quarta-feira que não conseguiu dormir. "Helicópteros sobrevoavam constantemente e dava para ouvir muitas explosões que, pela intensidade, eram conseqüência de armas pesadas".
'AK-47'
Há quatro anos em Damasco, Casciano disse que a situação na capital é muito tensa e já não há garantias de segurança para as embaixadas estrangeiras no bairro. "Até cogitamos que o governo brasileiro enviasse agentes de segurança para proteger a embaixada. Mas com o aeroporto fechado, a ideia foi deixada de lado".
O embaixador também falou que sua casa foi atingida por tiros. "Uns dias atrás, eu achei balas de rifles AK-47 em meu jardim. Ninguém está seguro na cidade", afirmou.
Os ataques do Exército Livre da Síria (ELS) contra tropas leais ao governo em Damasco começaram no domingo e já entraram em seu sexto dia. Vários bairros nos subúrbios ao sul da capital teriam sido tomados por rebeldes, segundo opositores do regime.
Na quarta-feira, um atentado matou o ministro de Defesa e seu vice, cunhado do presidente Bashar al-Assad. O governo vem mobilizando mais tanques e tropas em direção à capital e, segundo analistas, antecede uma grande batalha pela cidade.
De acordo com a ONU, mais de 16 mil pessoas já morreram no país desde o início da revolta, há mais de um ano, que exige a renúncia do presidente Bashar al-Assad.
Brasileiros
Segundo Casciano, a maioria dos brasileiros registrados na Síria vive em Damasco, mas há uma comunidade na região de Latakia e Tartous, na costa da Síria, reduto de alauítas (grupo muçulmano sunita ao qual pertence Assad) e cristãos. "Naquela região da costa, a situação é bem menos tensa, com poucos combates entre rebeldes e governo. Então não fomos contatados ainda por brasileiros (que vivem lá)".
Em contrapartida, o setor consular da embaixada vinha registrando um grande aumento no pedido de visto de turista por parte de cidadãos sírios. "Muitos têm parentes no Brasil e desejam sair do país momentaneamente". Segundo o embaixador, o atual clima seria de "guerra aberta" na Síria. "A guerra em Damasco os deixou extremamente apavorados", afirmou.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltam ... riota.html
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
terra.com.br
Israel cogita intervir na Síria para recolher armas
20 de julho de 2012 • 19h01 • atualizado às 19h34
Israel está se preparando para uma possível intervenção militar na Síria caso o governo de Bashar al-Assad entregue mísseis ou armas químicas ao movimento islâmico libanês Hezbollah, disse nesta sexta-feira o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak.
Crise na Síria: origens, capítulos, impasses e destinos
Luta por liberdade revoluciona norte africano e península arábica
"Instruí os militares a aumentar suas preparações de inteligência e a prepararem o que for necessário para que ... possamos considerar realizar uma operação", disse Barak ao Canal 10 da TV de Israel.
"Estamos acompanhando ... a possível transferência de sistemas avançados de munições, principalmente mísseis antiaéreos ou mísseis pesados terra-terra, mas também pode haver uma possibilidade de transferência de meios (armas) químicos da Síria para o Líbano", acrescentou.
"No momento em que (Assad) começar a cair vamos conduzir um monitoramento de inteligência e vamos estabelecer contato com outras agências", afirmou o ministro.
O Hezbollah, que no passado já recebeu apoio militar e financeiro da Síria e do Irã, lançou milhares de foguetes, principalmente de curto alcance, contra Israel durante uma ofensiva israelense de 2006 no sul do Líbano, mas alguns foguetes de mais longo alcance chegaram a atingir a região central de Israel.
A fronteira entre Israel e Líbano permanece relativamente tranquila desde então.
Israel cogita intervir na Síria para recolher armas
20 de julho de 2012 • 19h01 • atualizado às 19h34
Israel está se preparando para uma possível intervenção militar na Síria caso o governo de Bashar al-Assad entregue mísseis ou armas químicas ao movimento islâmico libanês Hezbollah, disse nesta sexta-feira o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak.
Crise na Síria: origens, capítulos, impasses e destinos
Luta por liberdade revoluciona norte africano e península arábica
"Instruí os militares a aumentar suas preparações de inteligência e a prepararem o que for necessário para que ... possamos considerar realizar uma operação", disse Barak ao Canal 10 da TV de Israel.
"Estamos acompanhando ... a possível transferência de sistemas avançados de munições, principalmente mísseis antiaéreos ou mísseis pesados terra-terra, mas também pode haver uma possibilidade de transferência de meios (armas) químicos da Síria para o Líbano", acrescentou.
"No momento em que (Assad) começar a cair vamos conduzir um monitoramento de inteligência e vamos estabelecer contato com outras agências", afirmou o ministro.
O Hezbollah, que no passado já recebeu apoio militar e financeiro da Síria e do Irã, lançou milhares de foguetes, principalmente de curto alcance, contra Israel durante uma ofensiva israelense de 2006 no sul do Líbano, mas alguns foguetes de mais longo alcance chegaram a atingir a região central de Israel.
A fronteira entre Israel e Líbano permanece relativamente tranquila desde então.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não concordo com esse artigo como um todo só parcialmente.
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Diplomacia russa perdeu noção de realidade
"A Rússia votou a favor da resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o prolongamento da missão dos observadores na Síria depois dos parceiros ocidentais terem renunciado às suas exigências unilaterais face ao governo sírio, declarou o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
“Perante a posição de princípio da Rússia, China e de outros correligionários, os parceiros ocidentais afastaram-se da sua posição de exigências unilaterais para com o governo sírio sobre a retirada de tropas e armamentos das povoações”, declarou Guennadi Gatilov, citado pela agência Interfax.
“No texto corrigido da resolução, essa exigência é dirigida às duas partes: ao poder e à oposição armada”, sublinhou.
“Desse modo, o CS apoiou a posição russa em relação ao prolongamento do trabalho da missão de observadores na Síria neste momento crítico”, concluiu."
A julgar por essas declarações, até parece que a Rússia, baluarte da paz no mundo, obteve uma forte vitória sobre os "agressores imperialistas" nas Nações Unidas.
Na era soviética, quando não existia Internet e a informação circulava com dificuldade devido à existência de "cortinas de ferro", estas palavras até podiam ter grande efeito, mas hoje, na época da globalização, parece claro tratar-se de uma tentativa de apresentar o desejo como uma realidade.
A política diplomática russa, no caso da Síria, colocou-se claramente num beco sem saída, criando uma situação muito comum na guerra fria, mas com uma diferença substancial: a Rússia não é a União Soviética.
Moscovo tenta disfarçar o seu complexo de inferioridade ao fazer renascer a política do antigo ministro soviético dos Negócios Estrangeiros, Andrei Gromiko, que se resumia à palavra "niet!" (não!). Os países ocidentais dizem sim a isto, por isso nós temos de dizer não. Neste sentido, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, parece seguir à risca a doutrina de um dos seus antecessores.
Com isto não pretendo dizer que a Rússia não tem razões para recear a queda do Presidente sírio, Bashar Assad. Já escrevi numerosas vezes sobre essas apreensões, mas volto a repetir. Moscovo receia perder o seu último aliado no Médio Oriente e, o que ainda mais importante, teme que o conflito saia das fronteiras da Síria e destabilize regiões próximas das suas fronteiras.
Putin tem também medo das "revoluções coloridas", alguns dos exemplos das quais são a chamada "Primavera Árabe", como o diabo da cruz, pois receia que isso possa acontecer na Rússia. As últimas leis repressivas aprovadas pelo Parlamento Russo são um sinal claro disso.
Além disso, o Kremlin radicalizou de tal forma o seu não a todas as iniciativas dos países ocidentais, que a mudança de posição colocará o Presidente Putin em maus lençóis, no campo interno e externo, tanto mais que ele não gosta de fazer figura de fraco.
Parece já ser impossível chegar a um acordo no CS da ONU sobre uma transição política na Síria e a única saída é um banho de sangue com grandes dimensões, mas com um resultado muito provável: a queda do regime de Bashar Assad e a perda por parte da Rússia de qualquer influência no Médio Oriente.
Não deixa também de ser relevante a forma como a China aproveita a Rússia na realização da sua política no Médio Oriente. É Moscovo que avança, que dá a cara, enquanto Pequim continua a política do macaco que observa ao combate de tigres e espera para ver quem irá vencer.
Com isto não pretendo dizer que a política realizada pelos países ocidentais seja a melhor. A situação política na Tunísia, Egipto, Líbia, Líbano é ainda muito indefinida e não se pode excluir o desencadeamento, no Médio Oriente, de guerras religiosas entre shiitas e sunitas, onde as minorias relogiosas, nomeadamente os cristãos, estão completamente desprotegidos.
Nunca tive ilusões de que nas relações internacionais não há moral, ética e amigos, mas apenas interesses. Mas tudo tem limites, e essa política imoral dos países ocidentais já provocou sérios estragos no século XX.
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Diplomacia russa perdeu noção de realidade
"A Rússia votou a favor da resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o prolongamento da missão dos observadores na Síria depois dos parceiros ocidentais terem renunciado às suas exigências unilaterais face ao governo sírio, declarou o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
“Perante a posição de princípio da Rússia, China e de outros correligionários, os parceiros ocidentais afastaram-se da sua posição de exigências unilaterais para com o governo sírio sobre a retirada de tropas e armamentos das povoações”, declarou Guennadi Gatilov, citado pela agência Interfax.
“No texto corrigido da resolução, essa exigência é dirigida às duas partes: ao poder e à oposição armada”, sublinhou.
“Desse modo, o CS apoiou a posição russa em relação ao prolongamento do trabalho da missão de observadores na Síria neste momento crítico”, concluiu."
A julgar por essas declarações, até parece que a Rússia, baluarte da paz no mundo, obteve uma forte vitória sobre os "agressores imperialistas" nas Nações Unidas.
Na era soviética, quando não existia Internet e a informação circulava com dificuldade devido à existência de "cortinas de ferro", estas palavras até podiam ter grande efeito, mas hoje, na época da globalização, parece claro tratar-se de uma tentativa de apresentar o desejo como uma realidade.
A política diplomática russa, no caso da Síria, colocou-se claramente num beco sem saída, criando uma situação muito comum na guerra fria, mas com uma diferença substancial: a Rússia não é a União Soviética.
Moscovo tenta disfarçar o seu complexo de inferioridade ao fazer renascer a política do antigo ministro soviético dos Negócios Estrangeiros, Andrei Gromiko, que se resumia à palavra "niet!" (não!). Os países ocidentais dizem sim a isto, por isso nós temos de dizer não. Neste sentido, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, parece seguir à risca a doutrina de um dos seus antecessores.
Com isto não pretendo dizer que a Rússia não tem razões para recear a queda do Presidente sírio, Bashar Assad. Já escrevi numerosas vezes sobre essas apreensões, mas volto a repetir. Moscovo receia perder o seu último aliado no Médio Oriente e, o que ainda mais importante, teme que o conflito saia das fronteiras da Síria e destabilize regiões próximas das suas fronteiras.
Putin tem também medo das "revoluções coloridas", alguns dos exemplos das quais são a chamada "Primavera Árabe", como o diabo da cruz, pois receia que isso possa acontecer na Rússia. As últimas leis repressivas aprovadas pelo Parlamento Russo são um sinal claro disso.
Além disso, o Kremlin radicalizou de tal forma o seu não a todas as iniciativas dos países ocidentais, que a mudança de posição colocará o Presidente Putin em maus lençóis, no campo interno e externo, tanto mais que ele não gosta de fazer figura de fraco.
Parece já ser impossível chegar a um acordo no CS da ONU sobre uma transição política na Síria e a única saída é um banho de sangue com grandes dimensões, mas com um resultado muito provável: a queda do regime de Bashar Assad e a perda por parte da Rússia de qualquer influência no Médio Oriente.
Não deixa também de ser relevante a forma como a China aproveita a Rússia na realização da sua política no Médio Oriente. É Moscovo que avança, que dá a cara, enquanto Pequim continua a política do macaco que observa ao combate de tigres e espera para ver quem irá vencer.
Com isto não pretendo dizer que a política realizada pelos países ocidentais seja a melhor. A situação política na Tunísia, Egipto, Líbia, Líbano é ainda muito indefinida e não se pode excluir o desencadeamento, no Médio Oriente, de guerras religiosas entre shiitas e sunitas, onde as minorias relogiosas, nomeadamente os cristãos, estão completamente desprotegidos.
Nunca tive ilusões de que nas relações internacionais não há moral, ética e amigos, mas apenas interesses. Mas tudo tem limites, e essa política imoral dos países ocidentais já provocou sérios estragos no século XX.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rússia adia fornecimento de helicópteros à Síria.
A Rússia só irá reenviar à Síria os helicópteros de ataque Mi-25 reparados depois da “normalização da situação” nesse país, informa a agência Interfax citando uma fonte informada em Moscou.
A fonte não explicou o que Moscou entende por “normalização da situação”, mas sublinhou que o contrato de reparação e reenvio para a Síria de 20 helicópteros está praticamente cumprido e a remessa de aparelhos que foi suspensa é a última que falta entregar ao cliente.
Neste momento, para a costa síria se dirige uma esquadra de navios de guerra russos que inclui navios de desembarque grandes com fuzileiros navais a bordo.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/82305619/
A Rússia só irá reenviar à Síria os helicópteros de ataque Mi-25 reparados depois da “normalização da situação” nesse país, informa a agência Interfax citando uma fonte informada em Moscou.
A fonte não explicou o que Moscou entende por “normalização da situação”, mas sublinhou que o contrato de reparação e reenvio para a Síria de 20 helicópteros está praticamente cumprido e a remessa de aparelhos que foi suspensa é a última que falta entregar ao cliente.
Neste momento, para a costa síria se dirige uma esquadra de navios de guerra russos que inclui navios de desembarque grandes com fuzileiros navais a bordo.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/82305619/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Iraque se separa da Síria com muro de betão.
Os militares iraquianos bloquearam o principal desfiladeiro na fronteira com a Síria com um muro de betão capaz de aguentar fogo de artilharia.
O Iraque se decidiu por essa medida drástica depois dos combatentes do Exército Sírio Livre terem tomado os postos de controlo na fronteira da Síria com o Iraque.
De acordo com testemunhos oculares, os revoltosos destruiram e queimaram a maior parte dos postos de controlo sírios. No entanto, os revoltosos não transpuseram a fronteira com o Iraque.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/82325036/
Os militares iraquianos bloquearam o principal desfiladeiro na fronteira com a Síria com um muro de betão capaz de aguentar fogo de artilharia.
O Iraque se decidiu por essa medida drástica depois dos combatentes do Exército Sírio Livre terem tomado os postos de controlo na fronteira da Síria com o Iraque.
De acordo com testemunhos oculares, os revoltosos destruiram e queimaram a maior parte dos postos de controlo sírios. No entanto, os revoltosos não transpuseram a fronteira com o Iraque.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/82325036/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Conselho de Segurança aprova resolução sem ameaça de sanções a Assad
Gustavo Chacra
CORRESPONDENTE/NOVA YORK
O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade ontem a resolução 2059 para prorrogar por mais 30 dias a missão de observadores da entidade na Síria. Depois deste prazo, descrito como “final” pelos EUA e seus aliados europeus, haverá uma nova avaliação do cenário para ver quais serão os próximos passos da comunidade internacional.
A aprovação ocorre um dia depois de a China e a Rússia vetarem uma outra proposta de resolução sobre a Síria. Os termos das duas são parecidos. Tanto o governo como a oposição precisam cumprir os seis pontos do plano do ex-secretário geral da ONU e mediador do conflito, Kofi Annan. A diferença em relação a anteontem é que, no texto de ontem, não há a inclusão de ameaças de sanções ao regime de Bashar Assad.
Apesar do acordo, o governo americano demonstrou enorme ceticismo com o resultado dos esforços diplomáticos. “Esta não era a resolução que os EUA queriam adotar. Nossa prioridade era o texto que foi vetado ontem. Mas daremos uma última oportunidade para os observadores cumprirem a sua missão”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice.
A representante americana acrescentou que os “esforços dos EUA serão focados cada vez mais fora do Conselho de Segurança, por meio dos Amigos da Síria, composto por mais de cem países”. O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse, por sua vez, que o Ocidente perdeu tempo com a resolução de anteontem pois “já poderia ter votado este mesmo texto com o nosso apoio e o da China um dia antes”.
Diplomatas ocidentais admitem que a votação do dia anterior visava justamente associar a Rússia e a China ao regime de Assad, o que irritou profundamente Moscou e Pequim.
Ao todo, há 300 observadores das Nações Unidas na Síria. Se a resolução não fosse aprovada até ontem, estes monitores precisariam se retirar imediatamente do país. Nos últimos dias, eles estão praticamente trancados no hotéis devido ao recrudescimento da violência.
Na resolução vetada por Moscou e Pequim, Washington e seus aliados europeus queriam a inclusão do artigo 41 do capítulo 7, que prevê sanções caso não houvesse cumprimento às determinações da resoluções. Para a Rússia e a China, isso seria inaceitável por dois motivos. Primeiro, porque, na avaliação deles, abriria caminho para a adoção, no futuro, do artigo 42, autorizando intervenção militar, como ocorreu no caso da Síria. Em segundo lugar, porque não inclui a oposição na exigência de cumprimento da resolução.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/
Gustavo Chacra
CORRESPONDENTE/NOVA YORK
O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade ontem a resolução 2059 para prorrogar por mais 30 dias a missão de observadores da entidade na Síria. Depois deste prazo, descrito como “final” pelos EUA e seus aliados europeus, haverá uma nova avaliação do cenário para ver quais serão os próximos passos da comunidade internacional.
A aprovação ocorre um dia depois de a China e a Rússia vetarem uma outra proposta de resolução sobre a Síria. Os termos das duas são parecidos. Tanto o governo como a oposição precisam cumprir os seis pontos do plano do ex-secretário geral da ONU e mediador do conflito, Kofi Annan. A diferença em relação a anteontem é que, no texto de ontem, não há a inclusão de ameaças de sanções ao regime de Bashar Assad.
Apesar do acordo, o governo americano demonstrou enorme ceticismo com o resultado dos esforços diplomáticos. “Esta não era a resolução que os EUA queriam adotar. Nossa prioridade era o texto que foi vetado ontem. Mas daremos uma última oportunidade para os observadores cumprirem a sua missão”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice.
A representante americana acrescentou que os “esforços dos EUA serão focados cada vez mais fora do Conselho de Segurança, por meio dos Amigos da Síria, composto por mais de cem países”. O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse, por sua vez, que o Ocidente perdeu tempo com a resolução de anteontem pois “já poderia ter votado este mesmo texto com o nosso apoio e o da China um dia antes”.
Diplomatas ocidentais admitem que a votação do dia anterior visava justamente associar a Rússia e a China ao regime de Assad, o que irritou profundamente Moscou e Pequim.
Ao todo, há 300 observadores das Nações Unidas na Síria. Se a resolução não fosse aprovada até ontem, estes monitores precisariam se retirar imediatamente do país. Nos últimos dias, eles estão praticamente trancados no hotéis devido ao recrudescimento da violência.
Na resolução vetada por Moscou e Pequim, Washington e seus aliados europeus queriam a inclusão do artigo 41 do capítulo 7, que prevê sanções caso não houvesse cumprimento às determinações da resoluções. Para a Rússia e a China, isso seria inaceitável por dois motivos. Primeiro, porque, na avaliação deles, abriria caminho para a adoção, no futuro, do artigo 42, autorizando intervenção militar, como ocorreu no caso da Síria. Em segundo lugar, porque não inclui a oposição na exigência de cumprimento da resolução.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rússia rejeita críticas a veto no Conselho de Segurança.
A Rússia repudiou as críticas internacionais ao seu veto a uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Síria, dizendo que são "absolutamente inaceitáveis" e atacou os planos dos Estados Unidos de trabalhar fora do âmbito do conselho para aumentar a pressão sobre o presidente Bashar al-Assad.
Rússia e China vetaram uma proposta de resolução na quinta-feira para ameaçar as autoridades sírias com sanções caso não interrompam a violenta repressão à revolução, que já dura 16 meses.
Países do Ocidente condenaram os vetos. O enviado britânico à ONU afirmou que a atitude da China na verdade "(protege) um regime brutal".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo Alexander Lukashevich rejeitou a crítica, afirmando que a proposta de resolução previa exigências não realistas ao governo, ao mesmo tempo que não colocava pressão sobre os opositores.
"Em vez de fazer insinuações ásperas sobre a política russa ... nossos parceiros ocidentais deveriam pelo menos fazer algo para encorajar a oposição militante rumo a um acordo político", disse Lukashevich.
(Por Steve Gutterman)
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3111,0.htm
A Rússia repudiou as críticas internacionais ao seu veto a uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Síria, dizendo que são "absolutamente inaceitáveis" e atacou os planos dos Estados Unidos de trabalhar fora do âmbito do conselho para aumentar a pressão sobre o presidente Bashar al-Assad.
Rússia e China vetaram uma proposta de resolução na quinta-feira para ameaçar as autoridades sírias com sanções caso não interrompam a violenta repressão à revolução, que já dura 16 meses.
Países do Ocidente condenaram os vetos. O enviado britânico à ONU afirmou que a atitude da China na verdade "(protege) um regime brutal".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo Alexander Lukashevich rejeitou a crítica, afirmando que a proposta de resolução previa exigências não realistas ao governo, ao mesmo tempo que não colocava pressão sobre os opositores.
"Em vez de fazer insinuações ásperas sobre a política russa ... nossos parceiros ocidentais deveriam pelo menos fazer algo para encorajar a oposição militante rumo a um acordo político", disse Lukashevich.
(Por Steve Gutterman)
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3111,0.htm
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Forças do governo sírio tentam reagir a avanço rebelde.
SULEIMAN AL-KHALIDI E KHALED YACOUB OWEIS - Reuters
Helicópteros militares bombardearam Damasco com foguetes e metralhadoras na madrugada de sábado (hora local) e tanques atacaram a capital a partir de um anel viário, tentando reverter o avanço implacável dos rebeldes desde o atentado que matou parte do primeiro escalão do regime de Bashar al-Assad.
O ímpeto sem precedentes dos rebeldes nos últimos dias deixa alguns combatentes confiantes de que os 42 anos de domínio da família Assad sobre a Síria estão prestes a terminar. Mas Assad continua sendo um adversário temível.
"O regime está sem leme há três dias. Mas o bombardeio aéreo e terrestre contra Damasco e seus subúrbios mostra que ele não perdeu a força para atacar e está se reagrupando", disse o ativista de oposição Moaz al-Jahhar, falando por telefone de Damasco.
O conflito de 16 meses entrou numa nova fase depois de um atentado a bomba, na quarta-feira, que matou o ministro da Defesa, o poderoso cunhado de Assad, o chefe de inteligência do país e um general de alta patente.
Desde então, os rebeldes avançaram para o coração da capital e assumiram o controle de outras cidades. Na quinta-feira, capturaram também postos de controle nas fronteiras com o Iraque e a Turquia, algo inédito nos meses de conflito.
Assad não fala em público desde o atentado de quarta-feira, o que contribui para a sensação de que seu poder está se esvaindo, num dos mais estratégicos países do Oriente Médio. Os funcionários mortos no atentado de quarta-feira foram enterrados nesta sexta-feira, mas o presidente não compareceu, e seu paradeiro é desconhecido.
Os próximos dias vão determinar se o governo de Assad pode se recuperar do atentado, ou se os rebeldes vão conseguir mesmo "libertar" Damasco, como haviam anunciado.
Com armas leves, rebeldes se deslocam a pé por bairros residenciais da capital, atacando instalações de segurança e postos de controle viários espalhados pela cidade.
Ativistas disseram que pelo menos 100 pessoas foram mortas nesta sexta-feira em Damasco. Os relatos não podem ser verificados de forma independente por causa das restrições do governo à presença de jornalistas estrangeiros.
Potências regionais e mundiais se preparam agora para a fase final do conflito, com a esperança de afastar Assad do poder sem desencadear uma guerra sectária que poderia se espalhar para outros países desta região, uma das mais voláteis do mundo.
A diplomacia está sendo atropelada pelos fatos no terreno. Um dia depois de China e Rússia vetarem uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que abriria caminho para sanções contra Assad, o Conselho de Segurança aprovou uma renovação por 30 dias do mandato de uma pequena missão internacional de observação na Síria.
Em um sucesso pelo menos aparente para as forças de Assad, a TV estatal afirmou que nesta sexta-feira soldados eliminaram "mercenários e terroristas" do bairro de Midan, no centro de Damasco. A emissora mostrou corpos de homens vestindo jeans e camisetas. Alguns estavam cobertos de sangue; outros, queimados.
Ativistas da oposição e fontes rebeldes confirmaram nesta sexta-feira que bateram em retirada do bairro depois de sofrerem um intenso bombardeio, mas afirmaram que estão avançando em outros lugares.
(Reportagem adicional de Oliver Holmes, Samia Nakhoul e Dominic Evans, em Beirute; e de Saad Shalash, perto de Qaim, no Iraque)
http://www.estadao.com.br/noticias/gera ... 3184,0.htm
SULEIMAN AL-KHALIDI E KHALED YACOUB OWEIS - Reuters
Helicópteros militares bombardearam Damasco com foguetes e metralhadoras na madrugada de sábado (hora local) e tanques atacaram a capital a partir de um anel viário, tentando reverter o avanço implacável dos rebeldes desde o atentado que matou parte do primeiro escalão do regime de Bashar al-Assad.
O ímpeto sem precedentes dos rebeldes nos últimos dias deixa alguns combatentes confiantes de que os 42 anos de domínio da família Assad sobre a Síria estão prestes a terminar. Mas Assad continua sendo um adversário temível.
"O regime está sem leme há três dias. Mas o bombardeio aéreo e terrestre contra Damasco e seus subúrbios mostra que ele não perdeu a força para atacar e está se reagrupando", disse o ativista de oposição Moaz al-Jahhar, falando por telefone de Damasco.
O conflito de 16 meses entrou numa nova fase depois de um atentado a bomba, na quarta-feira, que matou o ministro da Defesa, o poderoso cunhado de Assad, o chefe de inteligência do país e um general de alta patente.
Desde então, os rebeldes avançaram para o coração da capital e assumiram o controle de outras cidades. Na quinta-feira, capturaram também postos de controle nas fronteiras com o Iraque e a Turquia, algo inédito nos meses de conflito.
Assad não fala em público desde o atentado de quarta-feira, o que contribui para a sensação de que seu poder está se esvaindo, num dos mais estratégicos países do Oriente Médio. Os funcionários mortos no atentado de quarta-feira foram enterrados nesta sexta-feira, mas o presidente não compareceu, e seu paradeiro é desconhecido.
Os próximos dias vão determinar se o governo de Assad pode se recuperar do atentado, ou se os rebeldes vão conseguir mesmo "libertar" Damasco, como haviam anunciado.
Com armas leves, rebeldes se deslocam a pé por bairros residenciais da capital, atacando instalações de segurança e postos de controle viários espalhados pela cidade.
Ativistas disseram que pelo menos 100 pessoas foram mortas nesta sexta-feira em Damasco. Os relatos não podem ser verificados de forma independente por causa das restrições do governo à presença de jornalistas estrangeiros.
Potências regionais e mundiais se preparam agora para a fase final do conflito, com a esperança de afastar Assad do poder sem desencadear uma guerra sectária que poderia se espalhar para outros países desta região, uma das mais voláteis do mundo.
A diplomacia está sendo atropelada pelos fatos no terreno. Um dia depois de China e Rússia vetarem uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que abriria caminho para sanções contra Assad, o Conselho de Segurança aprovou uma renovação por 30 dias do mandato de uma pequena missão internacional de observação na Síria.
Em um sucesso pelo menos aparente para as forças de Assad, a TV estatal afirmou que nesta sexta-feira soldados eliminaram "mercenários e terroristas" do bairro de Midan, no centro de Damasco. A emissora mostrou corpos de homens vestindo jeans e camisetas. Alguns estavam cobertos de sangue; outros, queimados.
Ativistas da oposição e fontes rebeldes confirmaram nesta sexta-feira que bateram em retirada do bairro depois de sofrerem um intenso bombardeio, mas afirmaram que estão avançando em outros lugares.
(Reportagem adicional de Oliver Holmes, Samia Nakhoul e Dominic Evans, em Beirute; e de Saad Shalash, perto de Qaim, no Iraque)
http://www.estadao.com.br/noticias/gera ... 3184,0.htm
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://www.forte.jor.br/2012/07/20/23152/#commentsBrasil consultou autoridades estrangeiras sobre Síria
Brasília – A decisão de retirar o embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, e os diplomatas foi tomada ontem (19), depois de o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversar com várias autoridades no exterior que acompanham o assunto e verificar o agravamento da violência no país. A decisão foi tomada pela presidenta Dilma Rousseff à noite.
Para respaldar a decisão, Patriota conversou com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi – que acompanha de perto os acontecimentos na Síria –, com o próprio embaixador Casciano, e obteve informações de mais embaixadores estrangeiros em Damasco de que ontem foi um dos dias mais violentos dos últimos 16 meses, desde que eclodiram os conflitos na região.
“A situação na Síria se agravou muito nos últimos dias, depois do atentado no qual morreram os ministros da Defesa [Daoud Rajha], e do Interior, [Assef Shawkat], cunhado do presidente [Bashar Al] Assad e outros. A capital Damasco está enfrentando combates cada vez mais violentos nas ruas, inclusive na zona onde fica a Embaixada do Brasil”, disse Patriota.
Até o início da tarde de ontem, os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores estudavam a possibilidade de enviar 12 militares do Exército para a segurança da Embaixada do Brasil em Damasco. Mas, segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, por meio da assessoria de imprensa, a decisão foi suspensa devido à saída do embaixador e dos diplomatas brasileiros do país.
No entanto, Amorim informou, por intermédio de sua assessoria, que os militares estão preparados para partir para a Síria, se for necessário. Há militares da Marinha brasileira no Líbano participando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil).
Criada em 1978, a Unifil tem o objetivo de garantir a estabilidade na região, durante a retirada das tropas israelenses do território libanês. Essa missão de paz reúne cerca de 13.500 pessoas, entre militares e civis de mais de 30 países, inclusive do Brasil, sob o comando do general espanhol Alberto Asarta Cuevas.
FONTE: EXAME
Gostei do 1º comentário lá no Forças Terrestres:
giordani1974 disse:
20 de julho de 2012 às 19:36
“A decisão de retirar o embaixador do Brasil na Síria, …depois de o ministro…Antonio Patriota, conversar com várias autoridades no exterior.”
Ou seja, ligou para o chaves!
“No entanto, Amorim informou…que os militares estão preparados para partir para a Síria, se for necessário. Há militares da Marinha brasileira no Líbano participando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil).”
Definitivamente, vivem numa realidade paralela…
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Definitivamente, vivem numa realidade paralela…
Define totalmente o que nossos políticos pensam!
Minha esperança que essa geração da ditadura vá embora sem contaminar muito a geração pós ditadura! Que ja ve os militares com outros olhos. (Nao muito melhores mas é um avanço).
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
que bom ler isso!!!Citação:
giordani1974 disse:
20 de julho de 2012 às 19:36
“A decisão de retirar o embaixador do Brasil na Síria, …depois de o ministro…Antonio Patriota, conversar com várias autoridades no exterior.”
Ou seja, ligou para o chaves!
“No entanto, Amorim informou…que os militares estão preparados para partir para a Síria, se for necessário. Há militares da Marinha brasileira no Líbano participando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil).”
Definitivamente, vivem numa realidade paralela…
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