EDUCAÇÃO

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Re: EDUCAÇÃO

#211 Mensagem por Wingate » Qua Jul 18, 2012 5:49 pm

Andre Correa escreveu:Ou seja, deveriam introduzir uma matéria específica de Leitura e Redação de textos, para corrigir esta falha, e com peso e equivalência igual as outras, como Língua Portuguesa, Matemática, etc.

Sendo fluente em mais de uma língua, eu acho que o Português, por ser uma língua muito complicada, e com uma gramática extremamente cheia de regras, toma muito tempo dos alunos a aprender estas regras, e pouco tempo sobra para a parte prática, que é ler, e produzir textos...

[009]
No Brasil, até meados da década de 60 as escolas adotavam um livro de leitura. Esse livro continha textos de autores renomados da língua portuguesa e sobre diversos assuntos. Havia leitura em classe e o(s) aluno(s) chamado(s) tinha(m) que ler e explicar o que tinham entendido no texto. No final do ano havia um exame específico dedicado à leitura e interpretação.

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Re: EDUCAÇÃO

#212 Mensagem por Bourne » Qua Jul 18, 2012 6:18 pm

O primeiro plano do ensino relacionados a língua deveria ser interpretar textos e argumentar. Isso é fundamental para qualquer coisa que o aluno venha a fazer no futuro. O que inclui literatura, história, sociologia, filosofia entre outros ciências humanas. Sabendo isso fica muito mais fácil entender as regras e saber usá-las. Mesmo não lembrando as regras formais.

Esse lado humano da formação dos alunos é muita fraca no Brasil. O que também reflete na dificuldade de entender um problema de matemática, física ou química por que aluno não sabe ler. As duas pontas do ensino falham. O resultado é que alunos chegam na faculdade sem saber pensar, argumentar e escrever. Refletindo na qualidade do profissional que será formado.

Outro exemplo comum é que vi amigos de joguinhos virtuais. Não sabem escrever um texto solicitando um recurso ou alguma coisa para os administradores da liga ou serve. Eles não sabem criar o argumento e vender a ideia. Vou ler a MP deles e é horrível. Até em contos eróticos o nível é triste. Exemplificado por Marcelinho (nada de mais seus tarados).




P.S Sou disléxico. Sofro muito nesse mundo da educação brasileira. Por que é um ensino para repetir regras e não focar no pensar.




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Re: EDUCAÇÃO

#213 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jul 18, 2012 7:39 pm

Bourne escreveu:O primeiro plano do ensino relacionados a língua deveria ser interpretar textos e argumentar. Isso é fundamental para qualquer coisa que o aluno venha a fazer no futuro. O que inclui literatura, história, sociologia, filosofia entre outros ciências humanas. Sabendo isso fica muito mais fácil entender as regras e saber usá-las. Mesmo não lembrando as regras formais.

Esse lado humano da formação dos alunos é muita fraca no Brasil. O que também reflete na dificuldade de entender um problema de matemática, física ou química por que aluno não sabe ler. As duas pontas do ensino falham. O resultado é que alunos chegam na faculdade sem saber pensar, argumentar e escrever. Refletindo na qualidade do profissional que será formado.
A boa capacidade de leitura e interpretação de textos é fundamental para o aprendizado de ciências exatas também, pode pegar qualquer livro de física, química ou qualquer matéria da engenharia e verá que cerca de 90% do conteúdo é texto, com apenas algumas poucas equações entremeadas. Só os livros de matemática em si é que tem mais fórmulas e equações. E em todos os casos a grande maioria das vezes em que o aluno tem dificuldades ela não é com a matemática, mas sim com a interpretação do conceito ou de algum enunciado do problema.


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Re: EDUCAÇÃO

#214 Mensagem por felipexion » Qua Jul 18, 2012 10:49 pm

Essa vai para quem aprova o modelo adotado pelo país para a educação superior (O de quantidade vale mais que qualidade).

38% dos estudantes do ensino superior são analfabetos funcionais, aponta pesquisa

Uma pesquisa do Instituto Paulo Montenegro (IPM) e da ONG Ação Educativa identificou que 38% dos estudantes do ensino superior do País não dominam habilidades básicas de leitura e escrita.

O Inaf, indicador utilizado na pesquisa, classifica os estudantes avaliados em quatro categorias distintas de alfabetização: plena, básica, rudimentar e analfabetismo. Quem não atinge o nível pleno é considerado analfabeto funcional, ou seja, apesar de escrever e ler, não consegue interpretar e associar informações.

O Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF) foi criado em 2001 e é realizado por meio de entrevistas e testes cognitivos, aplicados em 2 mil pessoas, entre 15 e 64 anos em todo país. Os avaliados têm que responder a 38 questões relacionadas ao cotidiano, como, por exemplo, sobre o itinerário de um ônibus, ou o cálculo do desconto de algum produto.

Para a diretora do IPM, Ana Lúcia Lima, o resultado da pesquisa mostra que, além do aumento da escolarização, é necessário mais investimentos na qualidade do ensino. “A primeira preocupação foi com a quantidade, com a inclusão de mais alunos nas escolas. Porém, o relatório mostra que já passou da hora de se investir em qualidade”, afirmou.

Para a coordenadora-geral da Ação Educativa, Vera Massagão, “no mundo ideal, qualquer pessoa com uma boa 8ª série deveria ser capaz de ler e entender um texto ou fazer problemas com porcentagem, mas no Brasil ainda estamos longe disso”, lamenta.

Segundo Vera, a quantidade de analfabetos funcionais só vai diminuir com programas que estimulem a educação como trampolim para uma maior geração de renda e crescimento profissional. “Existem muitos empregos em que o adulto passa a maior parte da vida sem ler nem escrever, e isso prejudica a procura pela alfabetização”, encerra.

http://www.gaz.com.br/noticia/357560-38 ... quisa.html




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Re: EDUCAÇÃO

#215 Mensagem por wagnerm25 » Qui Jul 19, 2012 9:45 am

Mercadante reclamando de VANDALISMO dos grevistas que picharam o prédio do MIN. da EDUCAÇÂO.

Engraçado que quando é na USP é "livre manifestação democrática dos movimentos sociais".




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Re: EDUCAÇÃO

#216 Mensagem por Wingate » Qui Jul 19, 2012 9:59 am

LeandroGCard escreveu:
Bourne escreveu:O primeiro plano do ensino relacionados a língua deveria ser interpretar textos e argumentar. Isso é fundamental para qualquer coisa que o aluno venha a fazer no futuro. O que inclui literatura, história, sociologia, filosofia entre outros ciências humanas. Sabendo isso fica muito mais fácil entender as regras e saber usá-las. Mesmo não lembrando as regras formais.

Esse lado humano da formação dos alunos é muita fraca no Brasil. O que também reflete na dificuldade de entender um problema de matemática, física ou química por que aluno não sabe ler. As duas pontas do ensino falham. O resultado é que alunos chegam na faculdade sem saber pensar, argumentar e escrever. Refletindo na qualidade do profissional que será formado.
A boa capacidade de leitura e interpretação de textos é fundamental para o aprendizado de ciências exatas também, pode pegar qualquer livro de física, química ou qualquer matéria da engenharia e verá que cerca de 90% do conteúdo é texto, com apenas algumas poucas equações entremeadas. Só os livros de matemática em si é que tem mais fórmulas e equações. E em todos os casos a grande maioria das vezes em que o aluno tem dificuldades ela não é com a matemática, mas sim com a interpretação do conceito ou de algum enunciado do problema.


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Aproveitando o que foi dito pelos colegas, por que não criar campeonatos de soletração (como fazem nos EUA), redação, em níveis municipais, estaduais e nacionais, utilizando patrocínio público ou privado, com bons prêmios em dinheiro ou mercadorias para os vencedores? Seria um incentivo que motivaria (mesmo por ambição) as pessoas no desenvolvimento de suas capacidades de escrita e leitura (vejam o exemplo daquele "Show do Milhão" de perguntas e respostas).

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Re: EDUCAÇÃO

#217 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 19, 2012 1:14 pm

Wingate escreveu:Aproveitando o que foi dito pelos colegas, por que não criar campeonatos de soletração (como fazem nos EUA), redação, em níveis municipais, estaduais e nacionais, utilizando patrocínio público ou privado, com bons prêmios em dinheiro ou mercadorias para os vencedores? Seria um incentivo que motivaria (mesmo por ambição) as pessoas no desenvolvimento de suas capacidades de escrita e leitura (vejam o exemplo daquele "Show do Milhão" de perguntas e respostas).

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As características da língua portuguesa não favorecem concursos de soletração.

Explico: No inglês não existe a tendência do português para uma relação unívoca entre o fonema e sua grafia, palavras escritas da mesma forma podem ser pronunciadas de formas completamentes diferentes e palavras escritas de forma diferente podem ter pronúncia igual. Por exemplo, eles tem um monte de "th's" que se pronunciam com som de "d", "f" ou "t" em diferentes palavras, sem uma regra que defina claramente cada caso. Ou o fonema que pronunciamos como "ou" para eles pode ser escrito como "ou", "ow" e "le". As vogais também mudam de pronúncia de uma palavra para outra, um simples "a" pode ser pronunciado como "a", "ei" ou mesmo "o". Isso torna muito complicado a soletração de palavras, e faz com ela se torne um desafio interessante. Já no português este tipo de coisa é muito raro, no máximo temos as situações com "z" e "s", "'ç" e "ss" e "x" e "ch", que aliás o inglês também tem. Desta forma o desafio de soletração acaba restrito a uma pequena quantidade de palavras que logo ficam "manjadas", e a coisa toda fica parecendo meio ridícula na nossa língua.

Além disso a simples soletração de palavras tem muito pouca relação com o nosso problema, que é a relação entre os textos escritos e as idéias que eles pretenderiam descrever. Apenas a prática de escrita e leitura de textos (de preferência relativamente longos e razoavelmente complexos) pode ajudar nisso, simplesmente estabelecer e decorar regras não resolve. Por isso acho campeonatos de soletração inúteis no nosso caso. Já campeonatos de redação ou de debates podem ser uma idéia interessante, porém tenho receio de que isso só gerasse incentivos para uma meia dúzia de "atletas", e o resto continuaria tão analfabeto quanto antes. A prática da leitura e da escrita teria que ser uma atividade de massa, e não apenas de um punhado de competidores.


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Re: EDUCAÇÃO

#218 Mensagem por Wingate » Qui Jul 19, 2012 5:58 pm

LeandroGCard escreveu:
Wingate escreveu:Aproveitando o que foi dito pelos colegas, por que não criar campeonatos de soletração (como fazem nos EUA), redação, em níveis municipais, estaduais e nacionais, utilizando patrocínio público ou privado, com bons prêmios em dinheiro ou mercadorias para os vencedores? Seria um incentivo que motivaria (mesmo por ambição) as pessoas no desenvolvimento de suas capacidades de escrita e leitura (vejam o exemplo daquele "Show do Milhão" de perguntas e respostas).

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As características da língua portuguesa não favorecem concursos de soletração.

Explico: No inglês não existe a tendência do português para uma relação unívoca entre o fonema e sua grafia, palavras escritas da mesma forma podem ser pronunciadas de formas completamentes diferentes e palavras escritas de forma diferente podem ter pronúncia igual. Por exemplo, eles tem um monte de "th's" que se pronunciam com som de "d", "f" ou "t" em diferentes palavras, sem uma regra que defina claramente cada caso. Ou o fonema que pronunciamos como "ou" para eles pode ser escrito como "ou", "ow" e "le". As vogais também mudam de pronúncia de uma palavra para outra, um simples "a" pode ser pronunciado como "a", "ei" ou mesmo "o". Isso torna muito complicado a soletração de palavras, e faz com ela se torne um desafio interessante. Já no português este tipo de coisa é muito raro, no máximo temos as situações com "z" e "s", "'ç" e "ss" e "x" e "ch", que aliás o inglês também tem. Desta forma o desafio de soletração acaba restrito a uma pequena quantidade de palavras que logo ficam "manjadas", e a coisa toda fica parecendo meio ridícula na nossa língua.

Além disso a simples soletração de palavras tem muito pouca relação com o nosso problema, que é a relação entre os textos escritos e as idéias que eles pretenderiam descrever. Apenas a prática de escrita e leitura de textos (de preferência relativamente longos e razoavelmente complexos) pode ajudar nisso, simplesmente estabelecer e decorar regras não resolve. Por isso acho campeonatos de soletração inúteis no nosso caso. Já campeonatos de redação ou de debates podem ser uma idéia interessante, porém tenho receio de que isso só gerasse incentivos para uma meia dúzia de "atletas", e o resto continuaria tão analfabeto quanto antes. A prática da leitura e da escrita teria que ser uma atividade de massa, e não apenas de um punhado de competidores.


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Grato pelos comentários. Fica difícil porque, em realidade, somos um povo quase que essencialmente audiovisual. O bom hábito deveria começar em casa porém... :(

Valeu!

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Re: EDUCAÇÃO

#219 Mensagem por Bourne » Qui Jul 19, 2012 10:27 pm

Desabafo do jovem Prof. Dr. marco Cavalieri.

E arranjando briga com os interesses corporativos.

Os dois destaques em vermelho são verdade. Existem universidades no interior da europa que tem um ensino mais fraco em certas áreas do que uma USP ou UFMG. Quando volta não tem base nem para publicar no Brasil. Ainda que o sistema europeu favorece as enroladas. Principalmente quem vai de má fé. Outra, como o marco observa na área de economia, existem estudos muito fracos no Brasil em geral. Nas áreas de economia, ciências sociais, políticas, relações internacionais, história, filosofia entre outros está muito aquém do que se deveria esperar. Não sei ao certo, mas nas exatas devem ter problemas semelhantes ou piores.
Marco Cavalieri

Vou tentar ser sintético, o que nunca consigo. A proposta da ANDES é bizarra, e digo porque: (1) iguala todo mundo, graduado, mestre, doutor, quem faz pesquisa e quem não faz, quem dá boas aulas e quem é um baita de um sacana, quem faz extensão e quem nem sabe o que é isso. A filosofia da proposta do governo é boa nisso, porque valoriza o doutorado ao menos, quem não tem, que se qualifique, oras. As universidades concedem até férias de 4 anos em lugares pitorescos da Europa, como o interior de países que até tem boas instituições, mas que não aceitariam nunca um monte de incompetentes que a gente manda para lá. Então eles vão para aquelas que ninguém nunca ouviu falar. E o incrível é que tem alguns deles que voltam e não conseguem publicar nem em congressos. Sacripanta! (2) Tenta igualar os professores do ensino técnico, médio e básico ao magistério superior. Errado, a natureza dos institutos, das escolas de aplicação e das escolças técnicas é diferente, e portanto deve ser diferente a carreira e a remuneração. O sindicato quer inchar suas fileiras, nada mais. (3) Boa parte dessa discussão toda é motivada pela vontade de sacanear o PT. Na minha opinião estão dando tiro no pé. Queriam o quê, tucanos? Deus me livre, bando de idiotas do ANDES.
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Marco Cavalieri Agora o que acho errado no que o governo faz: (1) o magistério superior é claramente uma carreira desprezada, pouca gente que tem outra chance na vida vai escolher essa carreira, a não ser que você imagine que irá ganhar $$$ com projetos fo...ra da universidade. Quanto menor a efetiva dedicação exclusiva do professor, menor a qualidade da pesquisa e do ensino. O professor que vive de pesquisas de fora condiciona-se pelas demandas que não são da ciência propriamente dita, mas, sei lá, do mercado. No caso do Brasil, demandas do governo. Muita pesquisa aplicada e pouquíssima pesquisa de ponta, esse é o resultado. Na nossa área de economia, quem faz teoria de ponta no Brasil? Quase ninguém, porque não vale a pena. Solução: efeitiva valorização do salário, equiparação com a C&T. (2) Os governos do PSDB e do PT não tiveram e não têm um projeto de separação dos papéis da universidade pública e das particulares, assim, a universidade pública brasileira está encurralada em uma economia política promovida pelo grande empresariado com apoio da imprensa para destruir a reputação dos concorrentes do ensino privado, as universidades públicas. Solução: desregulamentar o ensino superior privado, no sentido de não querer fazê-lo mimetizar o ensino público (o que não vão conseguir). Regulamentar bem a separação entre os dois. Transformar as universidades públicas em centros de excelência, onde o mérito é a pedra de toque, e parar com a expansão desordenada (porque não temos caixa para expandir com qualidade). (3) Atrasar demasiadamente a negociação.

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Marco Cavalieri Mais uma coisa. Por mais que tentem destruir a reputação das universidades federais, isso vai ser tarefa difícil, a população sabe onde está a excelência. Não são tão bobinhos como a imprensa imagina.

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Re: EDUCAÇÃO

#220 Mensagem por felipexion » Sex Jul 20, 2012 3:55 pm

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Hoje completou 2 meses e pelo andar da carruagem vai para mais 2.




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Re: EDUCAÇÃO

#221 Mensagem por Bourne » Sex Jul 20, 2012 6:50 pm

Vai até 2013!!! Por que a Andes propõem uma coisa inviável que está em tratar todo mundo igual. O governo não quer pagar mais para aposentados e quem não produz e se qualifica.

Assim se comprar dois doutores. Um extremamente esforçado que produz muito, dá aula em pós-graduação, toca pesquisas, faz contados e tudo mais. Outro que dá aulas na graduação e dedica o resto do tempo em "estudar" e não se rende ao produtivismo da vida acadêmica. São considerados iguais na proposta da ANDES. E quando estiveram na casa dos 40 anos. O primeiro será "o cara" na área que escolheu. O Segundo vai ser um professor simpático. Será que a ANDES está certa?

O que não tem respaldo dos professores mais esforçados e produtivos. Exemplo do marco Cavalieri que bateu boca com alguns via facebook a respeito. Ele e muita gente não concorda com a proposta e intransigência da ANDES. Ao mesmo tempo veem que a proposta do governo não é aceitável. O pessoal dessa linha quer vantagens por ter doutorado e pós-doutorado, adicionais por dar aula em pós-graduação, produtividade e ocupar cargos administrativos. Além da estrutura para a pesquisa funcionar.

Enquanto o governo sugere um aumento fictício que não é de 45% por atingir uma minoria e ser de fato 30%. Devido a inflação dos próximos anos estimada por alto em 5% ao ano. E aumentar as horas-aula desagrada todo mundo. Por que quem não faz nada é obrigado a dar aula. O que fazem pesquisa são prejudicados por ter que dedicar mais tempos as aulas. Esses de pós-graduação estão sobrecarregados por que se não trabalhar o conceito do programa desaba. A alternativa para esses é dar uma aula ruim ou cortar as publicações. Além de reduzir a contratação de novo docentes na medida em que os departamentos podem funcionar com menos professores.

A figura do professor titular em federais é um mito que vai ganhar R$ 17 mil é um mito. A massa se aposenta sendo professor adjunto por que não abre vaga para titular. Mesmo sendo grandes pesquisadores com fama nacional e internacional na área de especialização.

Eu se entrar como professor doutor em uma federal em 2015. Vou ganhar 8 mil e poucos. Se descontar a inflação será um valor próximo dos R$ 7,6 mil de hoje. E demoraria uma década para chegar na casa dos 10 mil. Enquanto no BACEN entro ganhando R$ 12 mil em 2012.




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Re: EDUCAÇÃO

#222 Mensagem por bruno mt » Sex Jul 20, 2012 7:19 pm

Eu gostei da proposta do governo, só que vi alguns problemas nela.

Eles dizem que querem valorizar os professores no topo da carreira, isto está certíssimo, mas na minha faculdade(UFMT) por ex. só existem 2 professores deste cargo(doutor pesquisador e exclusivo) o resto foi aposentando, e o último concurso foi em 2002.

e alem disso: a transição entre os niveis está entranha. por ex.:

um mestre começa no nivel 1 e vai aumentando o nivel e com isso o salário, ai ele faz o doutorado e vai pro nivel 1 de doutorado, porém o salário de doutor nivel 1 é mais baixo que de mestre nivel 4 por exemplo. Teria que melhorar esse ponto tambem.




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Re: EDUCAÇÃO

#223 Mensagem por felipexion » Qua Jul 25, 2012 9:48 am

Sindicatos ficam insatisfeitos com nova proposta do governo


Os representantes das instituições federais de ensino continuam insatisfeitos com a oferta do governo, depois de mais uma rodada de negociação. A nova proposta de reajustes foi apresentada na última terça-feira e inclui reajustes que variam de 25% a 40% e a antecipação da vigência do plano de reestruturação de carreiras.

Segundo a presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não teve avanço. "É a mesma essência da proposta anterior, ou seja, não reestrutura a carreira", reclamou.

A nova proposta será levada às assembleias nos estados. O parecer da categoria deve ser apresentado até a próxima semana. "Vamos levar a proposta às nossas bases, realizar assembleias para que retornemos ao governo com um posicionamento", disse. Os representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) também não concordaram com a nova oferta.

Já para o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim, a proposta do governo atendeu aos 15 itens solicitados pela entidade. "O governo atendeu integralmente à nossa pauta. É um avanço. Agora, vamos fazer análise e consultar os professores do país inteiro".

Os professores universitários estão em greve há 69 dias. Dados da Andes e do Sinasefe apontam que a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/n ... verno.html




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Re: EDUCAÇÃO

#224 Mensagem por felipexion » Qua Jul 25, 2012 9:48 am

Governo propõe novo reajuste para professores federais com piso maior

O governo ofereceu na noite desta terça-feira (24) uma nova proposta de reajuste nos salários dos professores federais para acabar com a greve da categoria, que já dura quase dois meses e atinge 57 das 59 universidades federais. Representantes dos docentes passaram a tarde reunidos com o governo e ainda deverão consultar as bases para decidir se põem fim à paralisação.

Pela nova proposta, anunciada pela Federação dos Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), o reajuste mínimo passaria de 12% para 25%; o máximo, para professores com titulação maior e em dedicação exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% já concedidos pelo governo numa medida provisória.

O aumento seria dado já a partir de março de 2013, e não mais no segundo semestre do ano que vem. O custo total, para os próximos três anos, seria de R$ 4,2 bilhões, em vez de R$ 3,9 bilhões, como previsto na proposta anterior, rejeitada pelos professores.

Os novos índices foram anunciados no intervalo de uma reunião de representantes dos professores com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento e a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.

De acordo com o presidente da Proifes, Eduardo Rolim de Oliveira, a proposta agradou boa parte da categoria, mas ela ainda deverá ser votada e aprovada pelas assembleias-gerais das universidades federais para ser aceita e a greve acabar.

Oliveira afirmou que o conselho do Proifes analisará a proposta e levará uma indicação para as bases, que deverão fazer assembleias-gerais. A resposta ao governo, disse, deverá ser dada até a próxima semana. "Isso vai depender da avaliação que primeiro nosso conselho fará e obviamente nós faremos uma indicação as bases", explicou o sindicalista.

Para Eduardo Oliveira, todas as categorias de professores do ensino superior serão contempladas. "O governo atendeu integralmente o nosso pleito de que ninguém receba menos de 25% de aumento", disse.

Categoria dividida
No intervalo da reunião, outras entidades que representam a categoria disseram estar ainda insatisfeitas com a nova proposta, apesar do apoio da Proifes. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) – também presentes no encontro com o governo – reivindicam não apenas aumento salarial, mas uma reestruturação na carreira.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antonio de Oliveira, afirmou que, com o incremento na oferta, o governo "chegou ao limite". "Sabemos que é preciso valorizar o professor, mas nenhuma categoria está conseguindo arrancar reajustes do governo que contemplem perdas futuras", disse.

O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, disse que a proposta do governo visa "valorizar a preservação do poder aquisitivo" dos docentes. "Estamos seguros de que é uma boa proposta, que ela fortemente investe na educação e valoriza a carreira dos docentes", afirmou ao deixar a reunião.

Mendonça defendeu também o corte de ponto dos grevistas. "Cada órgão, cada departamento do governo deve cumprir essa orientação que é: a greve rompe o contrato e, portanto, corta-se o ponto", declarou. Ele disse ainda que o acordo poderá viabilizar o começo do semestre letivo.

"Fizemos um movimento suficiente para terminar a greve e começar o semestre letivo. Temos um prazo que precisa ser curto para o retorno das aulas, caminharmos para um acordo e normalizarmos a situação", disse.

Novos salários
Pela nova proposta, o salário inicial, por exemplo, de um professor com doutorado e de dedicação exclusiva passará nos próximos 3 anos dos atuais R$ 7.627,02 para R$ 8.639,50. Já o salário inidicial dos professores iniciantes com mestrado e dedicação de 40 horas saltará de R$ 3.137,18 para R$ 3.799,70. A remuneração do professor titular com dedicação exclusiva – aqueles que estão no topo da carreira – passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.

O governo propôs também diminuir a quantidade de níveis da carreira de professor universitário, de 17 para 13, alegando que assim facilitaria a progressão dentro da profissão.

No último dia 13 de julho, o governo apresentou proposta de reajuste de 12% a 40% (mais 4% já aprovados em medida provisória), a serem recebidos nos meses de junho de 2013, 2014 e 2015, que foi rejeitada pelos grevistas. A proposta de hoje, além de elevar o piso para 25%, antecipa os pagamentos para os meses de março.

O incremento significará impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento do governo, 7,7% maior que o previsto na proposta inicial. O reajuste soma-se ao aumento de 4% concedido pelo governo por meio de medida provisória retroativo a março, ao longo dos próximos anos.

A greve foi iniciada em 17 de maio e hoje atinge todas as instituições, com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

Fonte: http://g1.globo.com/vestibular-e-educac ... sores.html




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Re: EDUCAÇÃO

#225 Mensagem por felipexion » Qua Jul 25, 2012 10:52 am

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