Mundo Árabe em Ebulição

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4801 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 4:28 pm

Rebeldes sírios tomam base de fronteira com Iraque, diz oposição.
Rebeldes sírios assumiram o controle do principal posto de fronteira com o Iraque em Abu Kamal nesta quinta-feira, disseram ativistas da oposição, no mesmo dia em que opositores do presidente da Síria, Bashar al-Assad, invadiram uma passagem fronteiriça com a Turquia.

O chefe do Observatório Sírio para Direitos Humanos, Rami Abdelrahman, disse que os rebeldes disseram-lhe que haviam enfrentado tropas do governo na manhã desta quinta-feira antes de tomarem o posto de controle na fronteira no leste do país, ao longo do rio Eufrates.

Ativistas de oposição disseram também que o posto de fronteira sírio com a cidade turca de Jarablus está em mãos rebeldes após forças de Assad terem abandonado a cidade.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2539,0.htm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4802 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 4:30 pm

Direto da Síria: Confrontos tornam Damasco 'prisioneira do medo'
Ruas estão desertas um dia após ataque ao quartel-general das forças de segurança do governo..
Um dia após o ataque ao quartel-general das forças de segurança da Síria que matou três membros da cúpula do governo, um repórter descreve o medo e os combates nas ruas de Damasco.

O cenário da capital é bem diferente nesta quinta-feira - não se vê movimento na cidade, a maioria das lojas estão fechadas e há um pesado clima de medo e tensão.

Há poucos carros nas ruas, e o número de pedestres pode ser contado nos dedos de apenas uma mão.

O dia lembra uma manhã de sexta-feira (dia de descanso na Síria, equivalente ao domingo no Ocidente) nesses tempos de crise, quando as pessoas preferem ficar em casa para evitar tiroteios.

Mas mesmo nas sextas-feiras as pessoas vão a cafés e restaurantes. Isso parece pouco provável nesta quinta. A maioria das pessoas que mora nos subúrbios decidiu não ir ao centro e faltar ao trabalho.

O acesso à periferia de Damasco está cortado e, em bairros como Midan, Zahera, Qaboun e Barzeh, os moradores fugiram ou estão trancados em suas casas. A batalha agora está perto.

Os assassinatos do ministro da Defesa, Daoud Rajiha, do cunhado do presidente Bashar al-Assad, Assef Shawkat, e do general Hassan Turkomani sacudiram o país.

Muitas pessoas acreditam que o atentado deve enfraquecer o regime por dentro, especialmente se a explosão tiver sido provocada por rebeldes inflitrados no governo.

Barulho

A cidade toda está abalada. Com medo de passar perto de algum prédio governamental ou encontrar alguma blitz das forças de segurança nas ruas, as pessoas têm escolhido permanecer em casa.

Durante a noite, sons de explosões e disparos de armas de fogo foram ouvidos em diversas áreas, às vezes muito próximos ao centro da cidade.

Ruídos de helicópteros também foram percebidos, e testemunhas disseram ter visto aeronaves atirando em direção à área de Kafr Sousa, em Damasco.

Também surgiram rumores de que as regiões de Barzeh e Qaboun teriam sido atacadas pela aviação síria.

Porém, além do som dos combates, também foi possível ouvir próximo ao centro de Damasco o barulho de protestos e manifestações contra o regime de Bashar al-Assad.

Refúgios

Centenas de pessoas deixaram suas casas para procurar abrigo em escolas.

Algumas casas em Damasco estão agora cheias de pessoas que abandonaram suas próprias residências. A tendência começou com refugiados de Homs e de subúrbios da capital, como Douma.

Porém, agora até moradores da região central, como o bairro de Midan, estão se agrupando nessas casas.

Há uma crise humanitária séria na capital, com centenas de famílias necessitando de acomodação e comida. Muitas organizações clandestinas vinham oferecendo apoio a essas pessoas, mas dizem não possuir mais recursos para dar continuidade à ação.

Empresários de Damasco, que costumavam financiar essas entidades, estão agora sem dinheiro.

Enquanto alguns dizem acreditar que a batalha se aproxima do fim, outros afirmam que o governo permanece poderoso, o que tornará a batalha lenta e sangrenta. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2538,0.htm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4803 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 4:35 pm

Forças do governo sírio mantêm ataques no centro de Damasco
Bairros foram bombardeados e ao menos 45 morreram em ataque do governo a funeral.
DAMASCO - As forças do governo da Síria bombardearam nesta quinta-feira, 19, vários bairros do centro de Damasco onde, segundo a oposição, o exército enfrenta os rebeldes, apesar de as autoridades alegarem que ele combate supostos terroristas.
O ativista político Abu Qais al Shami, morador de Al Tadamun, um dos bairros mais castigados, afirmou que a localidade está cercada pelos soldados leais ao presidente Bashar al Assad, que a bombardeiam com helicópteros.

A Comissão Geral da Revolução Síria afirmou que tanques do exército entraram no bairro de Al Midan nas imediações da mesquita de Al Mayid com 300 soldados.

Por sua vez, a rede de televisão estatal síria advertiu os cidadãos sobre a presença de "homens armados" disfarçados de militares e com insígnias da Guarda Republicana que - disse - poderiam cometer crimes e atentados.

A agência de notícias estatal, "Sana", informou que as forças da ordem frustraram as tentativas de diversos "grupos terroristas armados" de se infiltrar na Síria através da fronteira com o Líbano.

A agência ressalta que houve mortos e feridos na operação das forças governamentais, sem citar números. Essas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelas autoridades aos jornalistas.

As forças governamentais intensificaram suas operações após a morte, ontem, do ministro da Defesa, Dawoud Rajiha, do vice-ministro dessa pasta, Assef Shawkat - também cunhado de Bashar al Assad - e do assistente presidencial Hassan Turkmani em um atentado na capital.

Funeral

No mesmo dia do atentado que matou três autoridades do governo sírio, o regime bombardeou um funeral no subúrbio de Sayida Zeinab, no sul de Damasco, matando 45 pessoas, de acordo com um grupo da oposição.

Os números de vítimas variam segundo a organização: indo de 45, pelas contas da rede Sham, a mais de 100, de acordo com a Comissão Geral da Revolução Síria.

A Comissão apontou que vários helicópteros do regime atacaram as pessoas presentes no funeral, embora o Observatório tenha indicado que o local fora atingido por um projétil.

As forças governamentais intensificaram suas operações após o atentado que matou em Damasco nesta quarta-feira o ministro da Defesa, o general Dawoud Rajiha, o vice-ministro deste departamento, o general Assef Shawkat, cunhado do presidente Bashar al-Assad, e o assistente presidencial Hassan Turkmani.

Os grupos opositores revelaram nesta quinta-feira que mais de 100 pessoas morreram devido à repressão governamental durante a jornada de ontem.

Segundo o Observatório, houve 160 civis mortos, enquanto os Comitês assinalaram que foram 188 e a Comissão afirmou que o número alcançou 251.

Enquanto isso, continuam os combates entre os rebeldes e o Exército dentro da capital e em sua periferia, assegura a oposição, o que não é reconhecido pelo regime, que diz perseguir supostos grupos terroristas armados.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2388,0.htm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4804 Mensagem por marcelo l. » Qui Jul 19, 2012 7:16 pm

A atual Tet por sinal está durando já o dobro de tempo da sua predecessora.
-------------------------------------------------------
Analises iranianas da presstv sempre são detalhadas.





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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4805 Mensagem por marcelo l. » Qui Jul 19, 2012 8:16 pm

duas notícias da cobertura da imprensa israelense.

http://www.israelnationalnews.com/News/ ... gn=fanpage

Reports in the Arab-language press indicate the head of Iran's covert foreign operations Quds force was killed in Wednesday's bombing in Damascus.

Al-Quds Force's long-elusive commander, Maj. Gen. Qassem Suleimani, is reported to have made several trips to Damascua to meet with Assad and his top commanders since January of this year.
Iran has made no bones about having bolstered Assad's embattled regime with members of its own elite Revolutionary Guard, but the death of Suleimani would be a direct blow to Tehran.

Suleimani, who masterminded al-Quds Force operations in Iraq and covert activities throughout the Persian Gulf and Lebanon, is a key figure in Iranian policymaking, particularly in security matters.

cont.

Imagem

---------------
AMMAN - A guerrilla rebel attack on the Damascus police headquarters on Thursday left dozens of security personnel and militiamen loyal to Syrian President Bashar Assad dead or wounded, an opposition activist said.

Rebels armed with AK-47s, small machine guns and explosive devices cut off two main roads leading to the complex in the central Qanawat district and attacked it at around 4:45 p.m (1345 GMT), he said.

"Three patrol cars came to the site and were hit by roadside bombs near Bab Sreijeh. I saw three bodies in one car. Others said dozens of security men and shabbiha (Assad militia) lay dead or wounded along Khaled bin al-Walid street before ambulances took them away," the activist, Abu Rateb, said by phone from the area.

"The headquarters is blackened and it looks abandoned," he added.

Other opposition activists in Damascus said rebels had managed to blast their way into the heavily fortified complex and seize weapons before withdrawing, following a one-hour firefight.

Syrian authorities have banned most independent journalists from the country, making independent verification of events on the ground difficult.

http://www.jpost.com/Headlines/Article.aspx?id=278224




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4806 Mensagem por marcelo l. » Sex Jul 20, 2012 8:24 am

mais C J Chivers.
http://cjchivers.com/post/27621199997/s ... on-the-new

Então, estritamente a partir dessa perspectiva, o que significa tudo isso?

Queira aceitar um pedido de desculpas antecipadamente por língua difícil no final deste post. Fomos para Antakya no início deste mês para examinar as armas e avaliar o papel de bombas improvisadas na guerra, e uma vez que vários leitores pediram, vou falar sobre o que era evidente quase exatamente como eu falei com um grunhido ex-companheiro no outro dia, antes de Os assassinatos em Damasco Ele fez uma pergunta semelhante: W chapéu é sua opinião sobre todas essas bombas?

No contexto desta guerra, eles querem dizer que o exército sírio está terminado.

Vamos correr com ele. Vamos definir a partir de uma posição generosa, e assumir que os militares de Assad é mais potente do que realmente é. Por isso, quero dizer exército da Síria pode, por enquanto ainda são grandes e bem equipados com armaduras e armas convencionais. Pode ter lojas de munições de profundidade, e pode manter sob seu comando um grupo de oficiais e oficiais não comissionados em unidades frente posicionados que podem integrar morteiros, artilharia e terra-terra de foguetes de maneiras muito perigosas. Ele ainda pode ter mentalidade ofensiva unidades de infantaria e infantaria Alawite formações paramilitares que pode, em uma disputa cabeça a cabeça para um bairro, cidade ou colocar um sustentado, a luta em bloco por bloco, e sair do outro lado com força de combate suficiente para o inevitável dia seguinte. Pode até acreditar no que está fazendo (embora eu duvido que em suas fileiras confiança corre largura ou profundidade). Também pode ter no papel um militar da reserva com os membros que iria atender uma chamada vir-a-dever (apesar de eu duvidar que, também). E pode por um tempo continuar a ser apoiada por esquadrões de ataque e de transporte de helicópteros que podem manter distantes unidades sob cobertura aérea e bem fornecido, e que pode garantir que seus feridos estão em alcance razoável de assistência médica. Seções de inteligência ainda pode ser recolha e análise de informações úteis em tempo real. Suas redes de comunicações militares podem ainda continuar a ser robusto, permitindo que todas estas vertentes interligadas de uma campanha militar para trabalhar. Seu novo Ministro da Defesa pode ter as habilidades e personalidade para influenciar as ações dos militares de forma eficaz.


cont

------------
analise sobre o desenrolar em matéria da bloomberg.
http://www.bloomberg.com/news/2012-07-1 ... deast.html

----------
E começou o Ramadã




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4807 Mensagem por NettoBR » Sex Jul 20, 2012 10:23 am

Diplomata russo: Assad está disposto a deixar poder "de forma ordeira"
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 20/07/2012 07:54

PARIS, 20 Jul (Reuters) - O embaixador da Rússia na França disse nesta sexta-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, aceitou que terá de deixar o poder, mas apenas de forma ordeira. O governo sírio, no entanto, agiu rápido para negar a afirmação.

O embaixador Alexandre Orlov disse à rádio francesa RFI que Assad, que enfrenta uma revolta de 16 meses contra o seu regime, sinalizou a disposição de renunciar ao aceitar uma recente declaração internacional que previa uma transição para a democracia na Síria.

"Na conferência de Genebra, houve um comunicado final que estabelece uma transição para um sistema mais democrático", disse Orlov. "Esse comunicado final foi aceito por Assad. Assad nomeou seu representante para liderar as negociações com a posição para essa transição. Isso significa que ele aceitou sair, mas de forma ordeira."

O Ministério da Informação da Síria rapidamente negou isso, dizendo que as declarações de Orlov eram "completamente destituídas de verdade".

Na quinta-feira, a Rússia e a China vetaram uma resolução proposta pelo Ocidente no Conselho de Segurança da ONU que continha uma ameaça de sanções à Síria se o país não cumprisse o plano de paz do enviado internacional Kofi Annan.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252594998




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4808 Mensagem por NettoBR » Sex Jul 20, 2012 10:26 am

Embaixada do Brasil é fechada diante do agravamento da violência na Síria
Por Agência Brasil, Atualizado: 20/07/2012 06:54

Brasília - O embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, deixou a capital do país, Damasco, com destino a Beirute, no Líbano, por via terrestre. Ele foi orientado pelo governo da presidenta Dilma Rousseff a fechar a Embaixada do Brasil em Damasco. A ordem foi retirar os funcionários e passar a atender as demandas em Beirute. Casciano aguarda ainda orientações de Brasília para pôr em prática o plano de retirada dos brasileiros que moram na região.

O governo brasileiro esperou sinalizações do embaixador para definir o momento adequado para o fechamento da embaixada. O plano de retirada dos brasileiros pode ser executado nas próximas horas. Mas só será informado, segundo diplomatas disseram à Agência Brasil, quando ocorrer, para evitar riscos à segurança dos envolvidos.

Casciano disse ainda que a violência se agravou nas ruas das principais cidades aumentando o medo e o pavor não só de estrangeiros, como também de sírios. 'Impossível pôr os pés na rua com tantos tiros. É uma situação extremamente problemática', disse ele.

O embaixador acrescentou também que a violência na capital síria atingiu tal situação que ontem ele se viu obrigado a não abrir a representação brasileira. Segundo ele, são os dias mais violentos a que assistiu no país. 'Helicópteros sobrevoavam constantemente e dava para ouvir muitas explosões que, pela intensidade, eram consequência de armas pesadas.'

Há quatro anos em Damasco, a capital da Síria, Casciano disse que a situação na capital é muito tensa e já não há garantias de segurança para as embaixadas estrangeiras no bairro. 'Até cogitamos que o governo brasileiro enviasse agentes de segurança para proteger a embaixada. Mas, com o aeroporto fechado, a ideia foi deixada de lado'.

A estimativa é que existam cerca de 3 mil brasileiros na Síria, a maioria na região de Damasco, mas há uma comunidade na região de Latakia e Tartous, na costa do país, reduto de alauítas (grupo sectário ao qual pertence Assad) e cristãos. De acordo com o embaixador, o número é apenas uma estimativa, pois muitos brasileiros deixaram o país antes do agravamento da situação.

Para Casciano, o clima é de 'guerra aberta' na Síria. Ele disse que seus amigos sírios se mostram muito preocupados e com medo do futuro. 'A guerra em Damasco os deixou extremamente apavorados', disse ele.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252593190




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4809 Mensagem por rodrigo » Sex Jul 20, 2012 11:55 am

Reports in the Arab-language press indicate the head of Iran's covert foreign operations Quds force was killed in Wednesday's bombing in Damascus.
Se for verdade, esse ataque foi uma decapitação fantástica, além de um poderoso instrumento de dissuassão.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4810 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 12:12 pm

Morre o chefe da Segurança Nacional da Síria
General Hisham Ikhtiyar foi ferido em ataque feito por rebeldes na quarta-feira, 18.
DAMASCO - A TV estatal síria afirmou que o chefe da Segurança Nacional do país, general Hisham Ikhtiyar, morreu nesta sexta-feira, 20, devido aos ferimentos que sofreu em um ataque à bomba feito por rebeldes na quarta-feira, em Damasco, capital do país.
Ikhtiyar é o quarto membro do círculo próximo ao presidente Bashar Assad que faleceu devido ao atentado durante uma reunião dos chefes de segurança do regime, na sede da Segurança Nacional.

Morreram no momento da explosão o general Assef Shawkat, vice-ministro da Defesa e cunhado de Assad, general Dawoud Rajha, ministro da Defesa, e o general Hassan Turkmani, ex-ministro da Defesa. Seus funerais estão sendo realizados nesta sexta-feira.


O ministro do Interior, Mohammed al-Shaart também foi ferido. Não há informações oficiais sobre seu estado de saúde, mas o Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, afirma que sua condição é "instável".

Ikhtiar, de 71 anos, era uma figura chave na repressão da revolta contra o governo de Assad, que começou no ano passado e até agora deixou mais de 17 mil mortos. No dia 20 de maio, ele e outras autoridades sobreviveram a uma tentativa de envenenamento. Três dias depois, ele foi incluído em uma nova lista de pessoas nas quais a União Europeia impôs sanções.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2938,0.htm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4811 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 12:14 pm

Rebeldes sírios já controlam parte da fronteira.
Pressão em Damasco, força Assad a abandonar cidades
20.07.2012
Ao mandar transferir tropas das cidades Homs e Hama a norte para aliviar a pressão em Damasco, as forças do regime socialista sírio aliviaram a pressão sobre várias regiões no norte e do leste do país, retirando dali tropas. Essa retirada foi imediatamente aproveitada pelos rebeldes para tomar novas posições.

Desde quinta-feira, que os rebeldes sírios detêm o controle efetivo sobre todos os postos fronteiriços entre a Siria e o Iraque, nomeadamente Abu-Kamal, o maior de todos. Também no norte, em Jarabulus na fronteira com a Turquia, os rebeldes controlam o posto fronteiriço.
Os rebeldes controlam agora pela primeira vez a totalidade de uma cidade síria.

Complexidade da guerra urbana

Sabe-se que Assad deu ordens às forças do exército que lhe são leais para entrarem em Damasco vindas do norte, mas os rebeldes parecem estar preparados para lutar contra armas blindadas, já que várias viaturas blindadas, como tanques T-72 e viaturas BMP-2 foram vistos em chamas, no que alegadamente seriam ruas da capital síria.

O governo também está a utilizar helicópteros Mi-8 equipados com casulos lança-foguetes que estão em ação contra os rebeldes em zonas urbanas na região de Damasco.

Regime continua forte

Ao contrário do que tem sido noticiado internacionalmente, a força efetiva das forças que estão ao lado de Bashar Al Assad e do Partido Socialista continuam a ser extremamente fortes e dificilmente poderão ser derrotadas pelos rebeldes, que não possuem os meios adequados para enfrentar as forças governamentais.

O regime socialista sírio, baseia a sua existência numa teia de medo, chantagem e repressão, apoiada pelo poder dos militares fiéis e pelos serviços de segurança.
Perante a situação em Damasco, e para continuar a resistir, Assad tem que matar muita gente para garantir que continua a ter capacidade para controlar a situação e força para vergar os que se lhe opõem.

Analistas árabes, consideram que neste momento, só uma brutal demonstração de força, poderá dar ao regime socialista de Bashar Al Assad mais algum fôlego.
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... NrNot=1216




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4812 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 12:32 pm

Até Israel é mais racional que o os EUA,Inglaterra,França e outros aliados dos EUA.
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Israelitas torcem pelo regime de Assad.
http://m.ruvr.ru/data/2012/07/20/129929 ... 768824.jpg
Foto: EPA
Israel colocou forças militares e policiais adicionais na fronteira com a Síria, nos Montes Golã. Se estão cumprindo os receios dos últimos meses: cada vez mais refugiados vindos da Síria se concentram na fronteira com Israel. Essa situação foi comentada à Voz da Rússia pelo ensaista e ativista social Avigdor Eskin.

A morte de quatro colaboradores próximos do presidente Assad indica que a revolta atingiu o seu círculo mais próximo. Como se sabe, em resultado da explosão morreram o ministro da Defesa da Síria, general Daud Rajha, e o seu vice-ministro e cunhado do presidente sírio, Asef Shaukat.

Na mídia israelita aparecem cada vez mais análises referindo que a queda do regime de Assad na Síria é apenas uma questão de tempo. Na esmagadora maioria dos casos isso é dito com pesar. Paradoxalmente, Israel gostaria atualmente que Assad permanecesse muitos anos no posto de presidente. O caos que se aproxima preocupa os líderes do país.

Uma preocupação especial é provocada em Israel pelo extremar das posições confessionais que se verifica na Síria. Hoje, este país é governado pelas minorias: alauitas, drusos e cristãos. Os revoltosos pretendem falar em nome da maioria sunita, que constitui setenta por cento da população. Em caso de queda do regime de Assad se deve esperar a agudização dos conflitos de base religiosa por todo o Oriente Médio.

Os serviços especiais israelitas estão a desenvolver neste momento esforços suplementares para não permitir o alastramento do conflito inter-confessional ao seu território. Não estão esquecidas as guerras entre cristãos e muçulmanos do Líbano nos anos setenta. Centenas de milhares de pessoas morreram por causa do ódio religioso.

Nós ainda não temos plena consciência das terríveis consequências que podem advir da continuação da desestabilização de um governo estável na Síria. Parece que os norte-americanos não aprenderam nada com os exemplos dos seus próprios fiascos. Foram eles que pressionaram o xá da Pérsia a abdicar e, dessa forma, abriram caminho a Khomeini e a Ahmadinejad. Foram eles que levaram os talibãs a tomar o poder no Afeganistão. E serão eles os responsáveis pelo banho de sangue que paira sobre a Síria em caso de vitória dos rebeldes.

Eles deveriam aprender com os seus erros e os outros não deveriam seguir os seus exemplos.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/is ... por-assad/




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4813 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 12:33 pm

Nova demonstração de padrões duplos dos EUA.
A Rússia e a China bloquearam a resolução sobre a Síria avançada por vários países ocidentais no Conselho de Segurança da ONU, que previa sanções contra este país do Oriente Médio. Moscou e Pequim utilizaram o seu direito de veto e continuam a se manifestar pela continuação do diálogo político na resolução da crise síria.

Entretanto, o mandato da missão de Observação da ONU na Síria termina a 20 de julho. Depois da polêmica no Conselho de Segurança sobre a prorrogação do mandato dos observadores, os 300 militares desarmados, ao que parece, irão continuar na Síria.

A discussão no Conselho de Segurança da ONU sobre a missão de observadores aconteceu depois de a Rússia e a China terem vetado o projeto de resolução da Grã-Bretanha sobre a Síria. O projeto reunia em só pacote a proposta de prolongar a missão de observadores, a iniciativa de introduzir sanções duras contra o regime de Damasco e a possibilidade de utilização da força caso Damasco não cumprisse as exigências sobre a retirada das tropas e armamentos pesados das cidades.

A Rússia alertou mais de uma vez que não aceitaria uma abordagem unilateral na questão síria. Moscou só aceita uma solução política. A posição do Ocidente é vista por Moscou como uma fachada diplomática para a ulterior escala da tensão na Síria.

Já na sexta-feira o Conselho de Segurança poderá votar a favor de uma resolução sobre a extensão técnica da missão por mais 30 dias. O representante permanente da Federação Russa na ONU, Vitali Churkin, expressou, na véspera, sua confiança de que a missão de observação será prorrogada. O diplomata também apoiou a intenção do Paquistão de apresentar ao Conselho de Segurança da ONU o seu próprio projeto de resolução sobre a prorrogação técnica da missão.

A Rússia, por seu lado, tenciona reforçar a missão da ONU. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou na quinta-feira um decreto expressando a prontidão de enviar para a missão até 30 militares russos como agentes de comunicação, observadores militares e oficiais de quartel.

O veto da Rússia e da China desta resolução unilateral inicialmente deixou “pendurada” a questão de prorrogação técnica do mandato da missão. No entanto, imediatamente após a votação, os embaixadores da Rússia e da China na ONU, Vitali Churkin e Li Baodong, disseram que iriam votar a favor da prorrogação. Washington também disse que apoiaria uma extensão do mandato da missão só se for aprovada uma resolução estrita contra a Síria. Ou seja, uma resolução que vise derrubar o regime de Bashar al-Assad. Nestas circunstâncias, a missão da ONU se tornava de fato uma moeda de troca nos planos dos EUA na Síria.

Posteriormente, houve uma certa transformação na posição dos EUA. Seguiu-se uma declaração de que os Estados Unidos estariam prontos a considerar uma extensão da missão de observadores.

A reação dos EUA aos ataques em Damasco, em que foram mortos três generais, incluindo os ministros da Defesa e do Interior da Síria, também atraiu a atenção. Ela não só não continha qualquer condenação dos iniciadores destes incidentes como, pelo contrário, Obama culpou de fato o próprio Bashar al-Assad pelo que aconteceu, dizendo que o assassinato de seus ministros foi resultado de sua política.

Ao mesmo tempo, imediatamente após a explosão do ônibus com turistas israelenses na Bulgária, Obama condenou o ataque, já que ele afetava diretamente a imagem internacional de Israel. Seguiu-se a sua declaração sobre a firme determinação de apoiar seu aliado do Oriente Médio. Funcionou o estereótipo americano dos “padrões duplos” – apoiar os “amigos” na luta contra o terror e fechar os olhos ao terror quando este é dirigido contra os “inimigos”.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/eu ... es-duplos/




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4814 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 12:45 pm

Rebeldes foram expulsos do centro de Damasco.
Ao sexto dia da batalha de Damasco, em 20 de julho, os rebeldes sírios anunciaram oficialmente a "retirada" do bairro de Midan, informa a Reuters.

Fontes do governo confirmaram a informação, declarando que " limparam totalmente a zona de Midan, em Damasco, dos bandos armados". No programa de televisão síria foram mostrados rebeldes presos com braços amarrados atrás das costas, bem como as suas armas, incluindo os projéteis com inscrição "fabricado nos EUA".

Segundo o The Guardian, os rebeldes foram forçados a recuar a partir do posto fronteiriço de Bab al-Hava, no norte do país. Eles haviam conquistado esta posição na véspera mas, na manhã de hoje, foram expulsos pelas tropas do governo.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/re ... -retirada/




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#4815 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 12:50 pm

Na Síria, quem está certo, Rússia ou EUA?

Existem dois conflitos envolvendo a Síria. O primeiro, interno, com uma violência que tende a se agravar ainda mais nos próximos dias depois do atentado que matou o alto escalão da área de segurança do regime de Bashar Assad. O outro, externo, da comunidade internacional, no qual os EUA e seus aliados europeus enfrentam a Rússia e a China no Conselho de Segurança.

Depois de um ano e meio de divisões, apesar de um hiato três meses atrás quando todos apoiaram o plano do ex-secretário geral da ONU e mediador do conflito, Kofi Annan, vimos ontem mais uma vez a comunidade internacional dividida.

Moscou e Pequim usaram pela terceira vez o seu poder de veto por discordar do texto apresentado pelos americanos, franceses, britânicos e alemães. O problema não é a prorrogação da missão de observadores e na implementação da transição política proposta por Annan. Há um consenso nesta parte. A divergência está na inclusão do artigo 41 do capítulo 7 da carta das Nações Unidas, que prevê ameaças de sanções.

De acordo com a resolução, “se as autoridades sírias não cumprirem com o parágrafo 5 (implementando as determinações do plano Annan aprovadas nas resoluções 2042 e 2043, aprovadas por unanimidade neste ano) nos próximos dez dias, então será necessário impor imediatamente medidas do artigo 41 da carta da ONU (sanções)”.

Para a Rússia e a China, este trecho é inaceitável por dois motivos. Primeiro, porque, na avaliação deles, abriria caminho para a adoção, no futuro, do artigo 42, autorizando intervenção militar, como ocorreu no caso da Líbia, mas não do Sudão. Em segundo lugar, porque não inclui a oposição na exigência de cumprimento da resolução.

Os europeus e os EUA afirmam ser hipocrisia este argumento. A embaixadora Susan Rice fez questão de deixar claro não haver qualquer trecho no texto que possa ser interpretado como intervenção militar. Por este motivo, caso o artigo 42, e não o 41, fosse adotado no futura, a China e a Rússia poderiam dar esta desculpa.

Além disso, os americanos e a Europa afirmam que por 90 dias o regime de Assad não cumpriu com as determinações das resoluções 2042 e 2043, que estabeleceram a missão de Annan. Não haveria motivo, segundo eles, para o regime cumprir agora mais uma vez sem as ameaças. Eles, porém, não souberam explicar porque a oposição não foi incluída nas medidas.

Sem saída, havia a chance de aprovação de uma resolução de emergência hoje para prorrogar a missão na Síria e evitar a retirada dos 300 observadores.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/




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