Bolívia

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Algus
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1126 Mensagem por Algus » Qua Jul 18, 2012 2:18 pm

delmar escreveu:
A população da Bolívia tem uma mentalidade completamente diferente da que estamos acostumados a lidar. ---
......
A parte inicial é a única em que estou plenamente de acordo com o companheiro, nas demais sou levado a discordar. Lendo o que o companheiro escreveu fica a impressão de que a Bolívia é um país com uma sociedade organizada e que luta pela sua cultura e independência de maneira diferenciada. O que eu vejo é uma sociedade caótica, desorganizada, violenta e que age por impulsos momentâneos. Nas etnias indígenas impera ainda o caciquismo, onde o líder da comunidade busca vantagens imediatas e pontuais, para ele e seus liderados, sem levar em conta a necessidade do país. A maioria das vezes é pura chantagem mesmo e o governo central não tem força para impor a lei. Qualquer regra, ordem ou lei pode ser quebrada por um cacique local que junta uma centena de índios embriagados, armados com paus e facões, e bloqueia uma rodovia, passando a exigir alguma vantagem. O importante, na maioria dos casos, não é o pedido em si, o importante é o cacique demonstrar publicamente que tem poder, que é uma pessoa capaz de bloquear um estrada. Enquanto continuar assim não vejo qualquer possibilidade da Bolívia progredir.
Pode ter sido esta a impressão, mas eu não quis dizer isso. Não há vantagem uma nação ser politicamente instável. Não é possível organizar minimamente um país desta forma. Acredito, inclusive, que esta característica foi o principal fator que levou a Bolívia a tantas derrotas e perdas territoriais.

Vejam a lista de presidentes da Bolívia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:List ... l%C3%ADvia

Nela é possível perceber que os presidentes raramente cumpriram seus mandatos. Não vejo como isso pode ser bom, mas não muda o fato que se trata de uma população com costumes muito diferentes daqueles que estamos habituados.

Quando nos propusemos a financiar o corredor bioceânico o governo acreditou que a população veria com bons olhos a possibilidade do país se tornar uma espécie de entreposto e lucrar simplesmente por estar ali. Infelizmente, não levaram em conta uma parcela significativa de bolivianos queria viver numa espécie de agricultura de subsistência, com pouca dependência externa. Sua população é tão diferente que este termo nem é o correto, mas não consigo encontrar outro que se encaixe melhor.
Evo queria muito este corredor na trajetória planejada, mas agora estuda uma proposta onde o corredor contornará uma imensa faixa porque os habitantes daquela região bateram o pé e disseram que não o querem por ali.




WalterGaudério
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1127 Mensagem por WalterGaudério » Qua Jul 18, 2012 5:08 pm

suntsé escreveu:
Túlio escreveu:Eu não me apressaria a culpar o governo do Evil Morales; me parece refém dos tales de "movimentos sociais"...
É mais um que os movimentos sociais elegeram e os próprios vão derrubar.

Me enerva o fato de que mesmo com esta folha corrida caótica, o Brasil ainda queira deixar 1 centavo de real no solo boliviano. Nós deveríamos era pular fora disso aí.

Sendo presidente, eu fecharia a embaixada e manteria, se muito, um escritório de negócios, por lá.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1128 Mensagem por Wingate » Qua Jul 18, 2012 5:40 pm

JT8D escreveu:
FoxHound escreveu: Ou seja a Bolivia é um Afeganistão sul americano com a diferença de que levou pau de todos os seus vizinhos é isso que enxergo.
Eu acho que se você pegar o Afeganistão, tirar o islamismo e acrescentar muita cocaína o resultado será a Bolívia.

Abraços,

JT
Nota: O Afeganistão já produz ópio de sobra.

Wingate




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1129 Mensagem por JT8D » Qua Jul 18, 2012 5:48 pm

Algus escreveu:
delmar escreveu: A parte inicial é a única em que estou plenamente de acordo com o companheiro, nas demais sou levado a discordar. Lendo o que o companheiro escreveu fica a impressão de que a Bolívia é um país com uma sociedade organizada e que luta pela sua cultura e independência de maneira diferenciada. O que eu vejo é uma sociedade caótica, desorganizada, violenta e que age por impulsos momentâneos. Nas etnias indígenas impera ainda o caciquismo, onde o líder da comunidade busca vantagens imediatas e pontuais, para ele e seus liderados, sem levar em conta a necessidade do país. A maioria das vezes é pura chantagem mesmo e o governo central não tem força para impor a lei. Qualquer regra, ordem ou lei pode ser quebrada por um cacique local que junta uma centena de índios embriagados, armados com paus e facões, e bloqueia uma rodovia, passando a exigir alguma vantagem. O importante, na maioria dos casos, não é o pedido em si, o importante é o cacique demonstrar publicamente que tem poder, que é uma pessoa capaz de bloquear um estrada. Enquanto continuar assim não vejo qualquer possibilidade da Bolívia progredir.
Pode ter sido esta a impressão, mas eu não quis dizer isso. Não há vantagem uma nação ser politicamente instável. Não é possível organizar minimamente um país desta forma. Acredito, inclusive, que esta característica foi o principal fator que levou a Bolívia a tantas derrotas e perdas territoriais.

Vejam a lista de presidentes da Bolívia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:List ... l%C3%ADvia

Nela é possível perceber que os presidentes raramente cumpriram seus mandatos. Não vejo como isso pode ser bom, mas não muda o fato que se trata de uma população com costumes muito diferentes daqueles que estamos habituados.

Quando nos propusemos a financiar o corredor bioceânico o governo acreditou que a população veria com bons olhos a possibilidade do país se tornar uma espécie de entreposto e lucrar simplesmente por estar ali. Infelizmente, não levaram em conta uma parcela significativa de bolivianos queria viver numa espécie de agricultura de subsistência, com pouca dependência externa. Sua população é tão diferente que este termo nem é o correto, mas não consigo encontrar outro que se encaixe melhor.
Evo queria muito este corredor na trajetória planejada, mas agora estuda uma proposta onde o corredor contornará uma imensa faixa porque os habitantes daquela região bateram o pé e disseram que não o querem por ali.
A Bolivia parece querer manter-se isolada da "civilização". Se é isso que eles querem, talvez seja melhor deixá-los em paz.
Um dos últimos estrangeiros que quis "ajudá-los" acabou morrendo por lá (Ernesto "Che" Guevara).

Abraços,

JT




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1130 Mensagem por cassiosemasas » Qua Jul 18, 2012 6:05 pm

A Bolivia parece querer manter-se isolada da "civilização". Se é isso que eles querem, talvez seja melhor deixá-los em paz.
Um dos últimos estrangeiros que quis "ajudá-los" acabou morrendo por lá (Ernesto "Che" Guevara).

Abraços,

JT
bem lembrado!




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1131 Mensagem por NettoBR » Qua Jul 18, 2012 7:56 pm

Bolívia acorda fornecimento de gás extra eventual para Argentina
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 18/07/2012 17:42

COCHABAMBA, 18 Jul (Reuters) - A Argentina poderá ocasionalmente aumentar suas compras de gás natural boliviano, independentemente do contrato atual que garante cerca de 13 milhões de metros cúbicos por dia ao país sul-americano.

Os presidentes da estatal da Bolívia YPFB e da argentina Enarsa assinaram um contrato por ocasiaão da visita oficial da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ao presidente boliviano, Evo Morales, na cidade central de Cochabamba. O novo contrato, que vai ser "sujeito à disponibilidade e capacidade de transporte", não altera os volumes ou preços acordados no contrato em vigor desde 2006.

Pelo contrato vigente, Argentina receberá volumes crescentes, podendo chegar a 27,7 milhões de metros cúbicos/dia até o final desta década.

"Este é um acordo adicional pelo qual a Bolívia pode oferecer à Argentina a produção adicional de gás, e permite que a Argentina possa pedir mais gás quando precisar dele, sem obrigação de qualquer parte", disse à Reuters uma fonte de YPFB.
Sob o novo acordo, a Bolívia enviaria adicionalmente entre 2 e 3,3 milhões de metros cúbicos nos próximos dois anos, acrescentou a fonte.

Bolívia e Argentina também assinaram na quarta-feira uma carta de intenções para a venda de gás liquefeito de petróleo. O país andino planeja produzir volumes maiores do que o seu consumo a partir do segundo semestre de 2014. No entanto, não foram relatados detalhes.

A exportação de gás natural boliviano para Brasil e Argentina, para um total combinado de 40 milhões de metros cúbicos, é o principal negócio da Bolívia, e este ano chegaria a um valor de 5 bilhões de dólares, segundo estimativas oficiais.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/bol%C3 ... -argentina




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1132 Mensagem por Sterrius » Qui Jul 19, 2012 12:10 am

Obviamente ela nao vai ficar parada enquanto o Brasil se prepara pra extrair seu gás do maranhão!

Agora depende da Argentina consumir essa demanda toda.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1133 Mensagem por delmar » Qui Jul 19, 2012 9:59 am

Sterrius escreveu:Obviamente ela nao vai ficar parada enquanto o Brasil se prepara pra extrair seu gás do maranhão!

Agora depende da Argentina consumir essa demanda toda.
Na atual situação depende mais da Argentina conseguir pagar tudo o que consome de energia comprada dos países vizinhos. Eletricidade do Paraguai, gás da Bolívia e ainda petróleo. Necessidade a Argentina tem.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1134 Mensagem por NettoBR » Qui Jul 19, 2012 1:23 pm

Bolívia diz sofrer pressão do Brasil para liberar senador abrigado em embaixada brasileira
Por Agência Brasil, Agência Brasil, Atualizado: 19/07/2012 09:06

Brasília - As autoridades da Bolívia reclamam do que chamam de pressão do governo do Brasil para a concessão do salvo-conduto a Roger Pinto Molina, senador da oposição, que recebeu asilo político em território brasileiro há mais de 50 dias. A ministra das Comunicações, Amanda Davila, disse que a Embaixada do Brasil em La Paz faz pressões contra o governo boliviano.

'Lamentamos as declarações do embaixador do Brasil na Bolívia [Marcel Biato] sobre as pressões que tem feito utilizando a mídia [ao invés dos canais diplomáticos]', disse a ministra, referindo-se a Pinto Molina, que pediu asilo ao Brasil, alegando perseguição política na Bolívia.

Para Amanda Davila, o governo do Brasil foi precipitado ao conceder o asilo político a Pinto Molina. Segundo ela, as autoridades brasileiras foram informadas sobre suspeitas de irregularidades envolvendo o senador de oposição, na região do Departamento (o equivalente a estado) de Pando, quando foi prefeito.

'Enviamos todos os registros para as autoridades [do Brasil] que comprovam que foi tomada uma decisão rápida para a concessão de asilo político, sem conhecimento sobre os processos judiciais neste momento', disse a ministra, informando que a concessão de asilo ao senador transgrediu a convenção internacional sobre o tema.
Porém, as autoridades brasileiras, responsáveis pela condução do processo, negam quaisquer tipos de pressão para a concessão do salvo-conduto. Não há referências sobre suspeitas de irregularidades envolvendo o processo diplomático referente a Pinto Molina, de acordo com diplomatas brasileiros.

As autoridades bolivianas acusam Pinto Molina de corrupção e de atrapalhar a atuação da Justiça nas investigações sobre desvios de recursos, em 1999, na região de Pando. Desde que denunciou perseguição política, o senador está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz, em um quarto, à espera da concessão do salvo-conduto pelo governo boliviano.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252552347




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1135 Mensagem por NettoBR » Qui Jul 26, 2012 9:37 pm

Analistas temem por aumento na tensão entre Brasil e Bolívia
A rejeição a conceder permissão a senador opositor e as críticas feitas ao embaixador brasileiro, Marcel Biato, provocam um ''foco de tensão que cresce excessivamente''
EFE l 25/07/2012 19:25

Imagem
Morales: Distanciamento que se vive agora contrasta com a relação próxima que Morales tinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

La Paz - O governo do presidente Evo Morales se indispôs com o Brasil ao não outorgar um salvo-conduto para o senador opositor Roger Pinto, refugiado na embaixada brasileira há dois meses, e põe em risco a relação bilateral, segundo disseram nesta quarta-feira analistas bolivianos.
A rejeição a conceder essa permissão e as críticas feitas ao embaixador brasileiro, Marcel Biato, provocam um ''foco de tensão que cresce excessivamente'', disse à Agência Efe o ex-chanceler boliviano Armando Loaiza.

Morales devia tomar apenas uma decisão administrativa e outorgar o salvo-conduto em reconhecimento à tradição sobre asilo político na Bolívia e na América Latina e, sobretudo, aceitar que o Brasil ''decidiu soberanamente'' concedê-lo a Pinto, argumentou Loaiza.

''Por um assunto que podia ser facilmente resolvido, a relação está sendo posta em perigo e em uma situação de crise'', opinou.
O senador chegou à embaixada brasileira no último dia 28 de maio alegando que era alvo de uma perseguição política e de juízes e promotores manipulados pelo governo que mantêm mais de 20 processos contra ele por suposta corrupção.

Nesta semana, Pinto acusou Morales de ''abuso de poder'' e ratificou que é perseguido por denunciar supostos casos de corrupção e vínculos de funcionários com o narcotráfico.
Desde o princípio, o governo reagiu com críticas à decisão do Brasil, tachando-a de ''equivocada'' e ''desatinada'', e inclusive o deputado governista Roberto Rojas chegou a chamar a embaixada brasileira de ''cela de delinquentes''.

A ministra da Comunicação da Bolívia, Amanda Dávila, acusou Biato de pressionar e provocar uma ''gritaria política'' e não diplomática no caso, depois que o embaixador declarou que espera que ''possam enterrar'' o tema do salvo-conduto e evitar que ''se encontrem problemas'' que se podem ''se tornar delicados''.

O advogado Fernando Salazar comentou hoje em sua coluna no jornal ''Pagina Siete'' que ''um assunto menor'' para as relações bilaterais ''está escalando ao ponto de se transformar em um fato gerador de desnecessária tensão entre os dois países''.
Para o jurista, a administração de Morales ''reagiu desmesuradamente'' à decisão do Brasil e chegou ''ao extremo'' de transformar o assunto do asilo em uma questão de Estado, ''que a cada dia parece mais difícil de ser superada''.

Salazar também vê o risco de que o Brasil condicione a Bolívia a pôr uma solução ao conflito em troca de reconhecer o novo embaixador Jerjes Justiniano, designado por Morales há duas semanas com a incumbência justamente de melhorar as relações.

Os analistas destacam a importância para a Bolívia de sua relação com o Brasil, com quem compartilha uma fronteira de 3,4 mil quilômetros e onde vivem quase um milhão de bolivianos, principalmente porque é o principal cliente de sua produção de gás natural.
Dávila acredita que o caso Pinto é um ''assunto isolado'' que não prejudicará as relações e disse que Morales e a presidente Dilma Roussef devem reunir-se ainda este ano na Bolívia, contrariando versões da imprensa que dão conta que essa visita foi cancelada.

Os analistas sustentam que o distanciamento que se vive agora contrasta com a relação próxima que Morales tinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, o fato de a Bolívia ser o principal fornecedor de cocaína no mercado do Brasil também começou a aparecer na agenda bilateral, segundo o analista internacional Gustavo Aliaga.

O colunista da revista ''Oxígenio'' lembrou que mais de 67% da cocaína processada na Bolívia termina no Brasil e que um milhão de brasileiros está viciado à droga boliviana.

''O olhar complacente e até mesmo afetuoso desapareceu e agora Dilma Rouseff é simplesmente uma mãe que já não pode esconder seu desapontamento'', acrescentou Aliaga em alusão ao fato de Morales enxergar a presidente brasileira como uma figura materna.


Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/politi ... via?page=1




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1136 Mensagem por suntsé » Sex Jul 27, 2012 8:58 am

Não duvida nada de que o Brasil vai passar a mão na cabeça deles de novo.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1137 Mensagem por Túlio » Sex Jul 27, 2012 9:57 am

Sei não, mas parece que o EB está fazendo umas manobras na fronteira, com PF & quetales, melhor o Evil Morales sossegar o facho para não tomar um BAN dos cartéis de coca... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:


viewtopic.php?p=5274632#p5274632




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1138 Mensagem por Diorgenes » Qua Ago 01, 2012 1:47 pm

Código: Selecionar todos

Coca-Cola será expulsa da Bolívia em dezembro, diz agência
01 de agosto de 2012 • 11h31 •  atualizado 11h49


Coca-Cola deve encerrar atividade na Bolívia até 21 de dezembro
Foto: Getty Images
 
Comentar67
O governo boliviano afirmou que a Coca-Cola tem até 21 de dezembro deste ano para encerrar as operações no país, segundo informou a Agência Venezuelana de Noticias (AVN). A afirmação teria sido feita na televisão Telesur pelo ministro das relações exteriores, David Choquehuanca, que citou a data como o "fim do capitalismo" e o começo do "comunitarismo".
» Saiba 125 curiosidades sobre a Coca-Cola
Além disso, o ministro teria relacionado o momento com o fim do calendário maia, com um "alinhamento de planetas" que não acontecia em 26 mil anos. O refrigerante mais consumido no mundo será substituído por um refresco de pêssego chamado de mocochinche.
A agência venezuelana informa ainda que o banimento da Coca-Cola tem relação também com motivos de saúde - o governo boliviano acredita que a bebida tem substâncias prejudiciais, que podem causar câncer.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1139 Mensagem por marcelo l. » Qua Ago 01, 2012 1:58 pm

Diorgenes escreveu:

Código: Selecionar todos

Coca-Cola será expulsa da Bolívia em dezembro, diz agência
01 de agosto de 2012 • 11h31 •  atualizado 11h49


Coca-Cola deve encerrar atividade na Bolívia até 21 de dezembro
Foto: Getty Images
 
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O governo boliviano afirmou que a Coca-Cola tem até 21 de dezembro deste ano para encerrar as operações no país, segundo informou a Agência Venezuelana de Noticias (AVN). A afirmação teria sido feita na televisão Telesur pelo ministro das relações exteriores, David Choquehuanca, que citou a data como o "fim do capitalismo" e o começo do "comunitarismo".
» Saiba 125 curiosidades sobre a Coca-Cola
Além disso, o ministro teria relacionado o momento com o fim do calendário maia, com um "alinhamento de planetas" que não acontecia em 26 mil anos. O refrigerante mais consumido no mundo será substituído por um refresco de pêssego chamado de mocochinche.
A agência venezuelana informa ainda que o banimento da Coca-Cola tem relação também com motivos de saúde - o governo boliviano acredita que a bebida tem substâncias prejudiciais, que podem causar câncer.
Evil Morales era de esperar...e tem gente que acredita que alguém vai colocar um tostão lá sem um contrato com Taxa de Retorno maravilhoso e várias garantias...




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

#1140 Mensagem por NettoBR » Qua Ago 01, 2012 2:02 pm

Manifestante morre em desocupação de refinaria na Bolívia
31 de julho de 2012 • atualizado às 16h46

Uma pessoa morreu durante uma operação policial para despejar centenas de manifestantes que haviam ocupado uma refinaria de gás natural operada pela Petrobras na Bolívia, informou nesta terça-feira fontes do governo de Evo Morales. Em entrevista coletiva, o vice-ministro do Regime Interior e Polícia, Jorge Pérez, assegurou hoje que os policiais que desocuparam a refinaria de gás não tiveram responsabilidade na morte registrada na noite de ontem, enquanto os familiares da vítima, identificada como Ambrosio González Rojas, 49 anos, desmentem as palavras do vice-ministro.

Durante a ocupação do campo de Caranda, situado no departamento de Santa Cruz, os manifestantes fecharam as válvulas da refinaria, o que causou perdas diárias de US$ 130 mil devido à interrupção da produção de 200 barris de petróleo e 13 milhões de pés cúbicos de gás. Uma comissão de promotores e policiais tentou dialogar com os manifestantes na tarde de ontem, porém, como a negociação não teve êxito, os agentes decidiram reocupar o campo horas depois.

Ambrosio González Rojas, que morreu a caminho do hospital, foi ferido na perna em um confuso incidente durante o despejo, no qual a polícia assegura que só houve disparo de granadas de gás lacrimogêneo. Segundo Pérez, González foi atingido na perna por uma espécie de tiro de "bolinha de vidro", similar ao mármore, disparada com uma arma caseira que os camponeses locais usam para caçar.

Lorenzo González, filho da vítima, disse aos jornalistas que os agentes "lançaram bombas de gás e, posteriormente, começaram a disparar contra os manifestantes". De acordo com Lorenzo, um desses disparos atingiu seu pai.

"O governo deve responder pela morte do meu pai porque a mobilização era pacífica e não havia necessidade dos policiais usarem armas", disse Lorenzo González ao jornal La Razón. Os camponeses do povoado de Buenavista ocuparam a refinaria da Petrobras no último domingo para cobrar projetos de infraestrutura e construção de pontes e estradas no meio de um conflito entre militantes do partido governante pelo controle da Prefeitura.

Na Bolívia, a ocupação de refinarias e campos de gás e petróleo, assim como de minas, é uma forma habitual de protesto por parte dos camponeses e indígenas para reivindicar obras de desenvolvimento e pressionar as autoridades.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... livia.html




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