NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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LeandroGCard
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5041 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jul 13, 2012 8:12 pm

brisa escreveu:O Lítio puro, não existe por sua total valencia em química..... ele é altamente reativo. Por tanto, existe na natureza como oxido ou algun composto.

Sobre aplicações, diria, que é utilizado ate como depurador, em submarinos, como purificador de ar :mrgreen: ....sabia?

Discordo com tudo no seu post anterior.....vejo que química não é o seu forte [001]

Grande abraço....com admiração!
Olá Brisa.

De fato minha área é a engenharia de projetos e não a química, e estou escrevendo de cabeça baseado em notícias que tenho visto pela mídia com relação à preocupação de vários países justamente com relação à possíveis problemas na disponibilidade de lítio para futura aplicação em veículos elétricos, e na minha própria experiência com baterias de litio-polímero que uso em meus aeromodelos (das quais duas já vazaram e uma pegou fogo!... :( - também, eram ambas da China :? ).

Uma questão que me intriga há algum tempo é o porquê destas baterias ainda não estarem em uso nos novos projetos de submarinos, já que são amplamente utilizadas em artigos eletrônicos e outras aplicações pelo menos há uma década. Pesquisando um pouco não encontrei respostas satisfatórias para esta questão do ponto de vista da engenharia, algumas das respostas apresentadas foram mesmo bastante estúpidas (como dizer que por serem muito leves impediriam o submarino de afundar). Sobraram portanto as questões da segurança e da disponibilidade, também comentadas com relação a esta questão.


Leandro G. Card

P.S. Embora não seja especialista em química sei que o lítio não é encontrado na natureza em forma livre, assim como o sódio também não é, pelo mesmo motivo. Ele também não é usado puro nas baterias, mas como compostos diversos, e alguns deles pelo menos podem ser perigosos, sei disso por experiência própria :lol: .




brisa

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5042 Mensagem por brisa » Sex Jul 13, 2012 9:37 pm

Pois é....mas lendo o seu post que gerou isto, fica uma duvida...capiche? :D

Sobre as baterias..... digo que você, tambem não sabe nada. :mrgreen:

...ja que falou....abobrinha.... :mrgreen:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5043 Mensagem por henriquejr » Sáb Jul 14, 2012 2:26 pm

brisa escreveu:Pois é....mas lendo o seu post que gerou isto, fica uma duvida...capiche? :D

Sobre as baterias..... digo que você, tambem não sabe nada. :mrgreen:

...ja que falou....abobrinha.... :mrgreen:
Brisa, então aproveita que você é mais entendido neste assunto e tira nossas dúvidas sobre a utilização de baterias de lítio por submarinos, sua viabilidade e restrições. Com certeza será bem mais produtivo que apenas criticar o comentário do colega, que mesmo não sendo especialista na área, teve a boa vontade de tentar dirimir as dúvidas.


Abraços




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5044 Mensagem por Dall » Sáb Jul 14, 2012 5:08 pm

Tenho alguma experiência com baterias de lítio em projetos de veículos tracionários, acho que posso ajudar um pouco nesta questão.

As suas grandes vantagens são;

A eficiência de armazenagem de energia é de até 160 Watts hora para cada quilograma de massa, as chumbo acidas dão no máximo 30 Watts por hora. Em teoria um submarino com matérias de lítio pode armazenar até 5 vezes mais energia pela mesma massa do seu banco de baterias.

Outra vantagem é não apresentar efeito memória. O pessoal confunde muito características das baterias antigas de Níquel Cádmio (que apresentavam efeito memória) com as de Lítio que não apresentam.

Elevada capacidade de carga. Em baterias a base de lítio pode-se carregá-las com até 1C de sua capacidade nos primeiros 80% da curva de carga. Então uma bateria de digamos 10 A.h pode ser carregada com 10 A.h por 48 minutos até atingir 80% da carga, sem grandes prejuízos para sua estrutura interna. Baterias de Chumbo Acido devem ser carregadas com correntes de 0,1C até 0,3C.

Porem existe limitações ao seu emprego (ainda) em algumas aplicações.

Elas são caras, algo como US$ 2 a 3 por W.h armazenado uma chumbo acido de qualidade custa uns 15% disto . Em submarinos isto talvez não seja problema, mas em muitas aplicações como empilhadeiras e no break ainda é.

Porem o grande problema de tecnologias a base de lítio é que elas envelhecem naturalmente. A temperatura ambiente em condições típicas de uso uma bateria a base de lítio perde até 10% ao ano de sua capacidade. Daí aquela sensação que você tem ao pegar um celular já velho com alguns anos de uso e perceber que a bateria dele não “agüenta nada”.

Em projetos de carros elétricos de alta performance existe a circulação de água no banco de baterias que retira calor a fim de garantir a vida útil da bateria dentro de uma faixa aceitável, mas dificilmente maior do que uns 6 ou 7 anos.

Quando a temperatura da bateria é controlada, mantida numa faixa de 0 – 10 graus sua taxa de perda de capacidade pode chegar a valores baixos como 3%, mas isto ainda é inviável tecnicamente, manter as baterias “geladas”.

Acredito que o problema da utilização desta tecnologia em submarinos seja exatamente esta, tempo de durabilidade das baterias. Se pensarmos num submarino com vida útil de 30 anos e com uma troca de bateria na meia vida, ou seja com 15 anos, significa que ainda as atuais baterias não atendem a estas especificações, mas no futuro possam surgir tecnologias neste tipo de bateria para emprego em submarinos diesel elétrico.

Os australianos tem algumas concepções de SSK´s com este tipo de bateria visando a substituição da classe Collins.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5045 Mensagem por henriquejr » Sáb Jul 14, 2012 6:37 pm

Fazendo um resumo bem rasteiro do que o colega Dall postou, as desvantagens que talvez impeçam que baterias de lítio ainda não sejam utilizadas por subs, em substituição as de Chumbo-ácido, são basicamente:

- Elevado custo em relação as baterias de Chumbo-ácido;
- Vida útil pequena, necessitando que as baterias sejam trocadas com maior frequência (que no caso de um submarino é uma operação bastante onerosa);

As Vantagens:

- Maior eficiência no armazenamento de energia, chegando a ser 5x superior as de Chumbo-ácido, com a mesma massa. Imagino que se nossos atuais submarinos tivessem todas as suas baterias de chumbo-ácido substituídas pela mesma quantidade de baterias de lítio a autonomia dos subs aumentaria cerca de 5x!!! :shock:

- Não apresenta "memória";

- Elevada capacidade de carga.


Tendo em vista os dados passado pelo Dall, acho que os institutos de pesquisa da MB deveriam pesquisar bastante, com parceria das nossas universidades, para aprimorar ainda mais a tecnologia utilizada nas baterias de lítio, para atenuar o máximo possível as limitações desse tipo de bateria. Acho que seria um campo de pesquisa muito interessante, já que praticamente todos os equipamentos militares modernos são dependentes de baterias para fornecimento de energia para seus equipamentos eletrônicos. Uma bateria mais eficientes que as atuais poderia trazer grandes ganhos para a industria brasileira.

PS: Já li uma matéria onde dizia que uma das maiores limitações do uso de NVG, e outros equipamentos eletronicos, nas ultimas guerras travadas pelos EUA, era justamente a logística para fornecer as baterias e seu carregamento no campo de batalha.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5046 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jul 15, 2012 10:14 am

Dall escreveu:Porem o grande problema de tecnologias a base de lítio é que elas envelhecem naturalmente. A temperatura ambiente em condições típicas de uso uma bateria a base de lítio perde até 10% ao ano de sua capacidade. Daí aquela sensação que você tem ao pegar um celular já velho com alguns anos de uso e perceber que a bateria dele não “agüenta nada”.
Este é um dado interessante de que eu não tinha conhecimento. Minhas baterias de Lipo para aeromodelos sempre apresentaram baixa vida útil, que eu sempre atribuí ao "efeito memória", já que este era um problema recorrente com as baterias anteriores de NiCad e não se descarrega as baterias do aeromodelo até o final, sob pena de perda de controle, queda e avaria.

Mas se é a própria vida-útil da bateria é que é pequena posso mesmo ter confundido os dois efeitos, ainda mais que muitas vezes minhas baterias ficavam na mala do carro debaixo do sol durante as viagens, e as temperaturas eram bem altas. Agora, e o caso dos vazamentos e da explosão (com a bateria instalada no aeromodelo e este pronto para vôo, em temperatura ambiente normal), será que um aquecimento excessivo anterior poderia causar isso depois, mesmo quando a corrente era baixa (o motor estava desligado e eu estava só testando o receptor e os servos)? Ou podemos creditar isso ao efeito "produto chinês" mesmo?

Em projetos de carros elétricos de alta performance existe a circulação de água no banco de baterias que retira calor a fim de garantir a vida útil da bateria dentro de uma faixa aceitável, mas dificilmente maior do que uns 6 ou 7 anos.

Quando a temperatura da bateria é controlada, mantida numa faixa de 0 – 10 graus sua taxa de perda de capacidade pode chegar a valores baixos como 3%, mas isto ainda é inviável tecnicamente, manter as baterias “geladas”.
No caso de submarinos é bem provável que algo deste tipo pudesse ser providenciado, com um sistema de refrigeração ativo na superfície e um simples sistema de troca de calor instalado na parede externa do casco para uso em imersão, aproveitando a baixa temperatura típica das águas mais profundas.

Acredito que o problema da utilização desta tecnologia em submarinos seja exatamente esta, tempo de durabilidade das baterias. Se pensarmos num submarino com vida útil de 30 anos e com uma troca de bateria na meia vida, ou seja com 15 anos, significa que ainda as atuais baterias não atendem a estas especificações, mas no futuro possam surgir tecnologias neste tipo de bateria para emprego em submarinos diesel elétrico.
Acho que isto poderia ser resolvido com um bom projeto de acesso às baterias, que poderiam ser trocadas sem a necessidade de se docar o sub ou dividir o casco. Se torpedos, que são muito maiores, podem ser carregados e descarregados, porque não baterias de lítio-polímero, muito menores que os torpedos e bem mais leves que as de chumbo-ácido?

Se imaginarmos a possibilidade de uma perda de apenas 5% a.a. na capacidade (usando refrigeração?) as baterias poderiam ser trocadas apenas a cada 5 anos ainda mantendo uns 70% da sua capacidade de carga original, o que significaria ainda uma autonomia sub-aquática cerca de 4 vezes maior para o sub, em comparação com o uso de baterias chumbo-ácido. E poderia haver um contrato com empresas que reciclassem as baterias retiradas, funcionando o esquema na base da troca. Se o processo de troca envolvesse simplesmente desplugar as baterias e retirá-las, colocando as novas no lugar, ainda seria um sistema bem mais simples que os AIP que estão em uso por aí, e talvez desse um incremento na autonomia sub-aquática até maior.


Os australianos tem algumas concepções de SSK´s com este tipo de bateria visando a substituição da classe Collins.
E na minha opinião era algo que já deveria estar sendo pensado também pela MB, ao invés desta idéia que de vez em quando aparece (vinda de alguns entusiastas e não da própria MB, que fique claro) de se continuar produzindo variantes do Scorpène-BR ad infinitum.

Um ponto importante sobre o eventual uso de baterias de lítio-polímero é que elas são muito mais leves que as de chumbo-ácido, então mesmo com sua maior densidade de carga elas são mais volumosas. Isso significa que se os projetistas do sub quiserem mesmo alcançar a autonomia 5 vezes maior possível com o mesmo peso de baterias teriam que reservar um volume bem maior do espaço interno do sub para elas, implicando em menos espaço para outros sistemas, tripulação e para armamento. Então, ou se reduz a quantidade de baterias (e se incorpora lastro ao navio para não alterar sua flutuabilidade) e consequentemente se perde boa parte da vantagem do uso deste tipo mais avançado de bateria, ou se projeta um sub maior, com mais espaço para baterias mais volumosas, e aproveita-se o menor peso para aumentar os reforços do casco, o que permitiria uma profundidade de mergulho maior.

Ou seja, para realmente se fazer bom uso das baterias mais avançadas é necessário projetar submarinos especificamente para elas, a adaptação de projetos existentes daria resultados bem aquém do ideal. Mas por tudo o que se tem noticiado a aquisição da capacidade de desenvolver novos projetos de sub´s é justamente o principal objetivo do PROSUB, então a MB está no caminho certo e é só aproveitar as oportunidades e continuar em frente, aproveitando os canais de financiamento já existentes para projetos do setor militar e fazendo acordos com empresas que possam desenvolver a tecnologia de baterias de lítio-polímero para uso em submarinbos militares, sem esquecer do desenvolvimento de um projeto de sub adequado para utilizá-las de forma ótima. E quem sabe em 10 ou 15 anos o Brasil possa ser um dos líderes mundiais na tecnologia de sub´s convencionais avançados, com uma indústria pujante neste segmento e uma boa carteira de exportações?

Abraços à todos,


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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5047 Mensagem por henriquejr » Dom Jul 15, 2012 11:37 am

LeandroGCard escreveu:
Dall escreveu:Porem o grande problema de tecnologias a base de lítio é que elas envelhecem naturalmente. A temperatura ambiente em condições típicas de uso uma bateria a base de lítio perde até 10% ao ano de sua capacidade. Daí aquela sensação que você tem ao pegar um celular já velho com alguns anos de uso e perceber que a bateria dele não “agüenta nada”.
Este é um dado interessante de que eu não tinha conhecimento. Minhas baterias de Lipo para aeromodelos sempre apresentaram baixa vida útil, que eu sempre atribuí ao "efeito memória", já que este era um problema recorrente com as baterias anteriores de NiCad e não se descarrega as baterias do aeromodelo até o final, sob pena de perda de controle, queda e avaria.

Mas se é a própria vida-útil da bateria é que é pequena posso mesmo ter confundido os dois efeitos, ainda mais que muitas vezes minhas baterias ficavam na mala do carro debaixo do sol durante as viagens, e as temperaturas eram bem altas. Agora, e o caso dos vazamentos e da explosão (com a bateria instalada no aeromodelo e este pronto para vôo, em temperatura ambiente normal), será que um aquecimento excessivo anterior poderia causar isso depois, mesmo quando a corrente era baixa (o motor estava desligado e eu estava só testando o receptor e os servos)? Ou podemos creditar isso ao efeito "produto chinês" mesmo?

Em projetos de carros elétricos de alta performance existe a circulação de água no banco de baterias que retira calor a fim de garantir a vida útil da bateria dentro de uma faixa aceitável, mas dificilmente maior do que uns 6 ou 7 anos.

Quando a temperatura da bateria é controlada, mantida numa faixa de 0 – 10 graus sua taxa de perda de capacidade pode chegar a valores baixos como 3%, mas isto ainda é inviável tecnicamente, manter as baterias “geladas”.
No caso de submarinos é bem provável que algo deste tipo pudesse ser providenciado, com um sistema de refrigeração ativo na superfície e um simples sistema de troca de calor instalado na parede externa do casco para uso em imersão, aproveitando a baixa temperatura típica das águas mais profundas.

Acredito que o problema da utilização desta tecnologia em submarinos seja exatamente esta, tempo de durabilidade das baterias. Se pensarmos num submarino com vida útil de 30 anos e com uma troca de bateria na meia vida, ou seja com 15 anos, significa que ainda as atuais baterias não atendem a estas especificações, mas no futuro possam surgir tecnologias neste tipo de bateria para emprego em submarinos diesel elétrico.
Acho que isto poderia ser resolvido com um bom projeto de acesso às baterias, que poderiam ser trocadas sem a necessidade de se docar o sub ou dividir o casco. Se torpedos, que são muito maiores, podem ser carregados e descarregados, porque não baterias de lítio-polímero, muito menores que os torpedos e bem mais leves que as de chumbo-ácido?

Se imaginarmos a possibilidade de uma perda de apenas 5% a.a. na capacidade (usando refrigeração?) as baterias poderiam ser trocadas apenas a cada 5 anos ainda mantendo uns 70% da sua capacidade de carga original, o que significaria ainda uma autonomia sub-aquática cerca de 4 vezes maior para o sub, em comparação com o uso de baterias chumbo-ácido. E poderia haver um contrato com empresas que reciclassem as baterias retiradas, funcionando o esquema na base da troca. Se o processo de troca envolvesse simplesmente desplugar as baterias e retirá-las, colocando as novas no lugar, ainda seria um sistema bem mais simples que os AIP que estão em uso por aí, e talvez desse um incremento na autonomia sub-aquática até maior.


Os australianos tem algumas concepções de SSK´s com este tipo de bateria visando a substituição da classe Collins.
E na minha opinião era algo que já deveria estar sendo pensado também pela MB, ao invés desta idéia que de vez em quando aparece (vinda de alguns entusiastas e não da própria MB, que fique claro) de se continuar produzindo variantes do Scorpène-BR ad infinitum.

Um ponto importante sobre o eventual uso de baterias de lítio-polímero é que elas são muito mais leves que as de chumbo-ácido, então mesmo com sua maior densidade de carga elas são mais volumosas. Isso significa que se os projetistas do sub quiserem mesmo alcançar a autonomia 5 vezes maior possível com o mesmo peso de baterias teriam que reservar um volume bem maior do espaço interno do sub para elas, implicando em menos espaço para outros sistemas, tripulação e para armamento. Então, ou se reduz a quantidade de baterias (e se incorpora lastro ao navio para não alterar sua flutuabilidade) e consequentemente se perde boa parte da vantagem do uso deste tipo mais avançado de bateria, ou se projeta um sub maior, com mais espaço para baterias mais volumosas, e aproveita-se o menor peso para aumentar os reforços do casco, o que permitiria uma profundidade de mergulho maior.

Ou seja, para realmente se fazer bom uso das baterias mais avançadas é necessário projetar submarinos especificamente para elas, a adaptação de projetos existentes daria resultados bem aquém do ideal. Mas por tudo o que se tem noticiado a aquisição da capacidade de desenvolver novos projetos de sub´s é justamente o principal objetivo do PROSUB, então a MB está no caminho certo e é só aproveitar as oportunidades e continuar em frente, aproveitando os canais de financiamento já existentes para projetos do setor militar e fazendo acordos com empresas que possam desenvolver a tecnologia de baterias de lítio-polímero para uso em submarinbos militares, sem esquecer do desenvolvimento de um projeto de sub adequado para utilizá-las de forma ótima. E quem sabe em 10 ou 15 anos o Brasil possa ser um dos líderes mundiais na tecnologia de sub´s convencionais avançados, com uma indústria pujante neste segmento e uma boa carteira de exportações?

Abraços à todos,


Leandro G. Card
Sem falar no uso uso civil dessas baterias mais eficientes, um mercado de bilhões de dólares!!! Hoje em dias as empresas do ramo de alta tecnologia (Celulares, Smartophones, Tablets, Notebooks, etc) sempre anunciam como vantagem de seus produtos a autonomia das baterias utilizadas!




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5048 Mensagem por Dall » Dom Jul 15, 2012 3:18 pm

LeandroGCard escreveu: Mas se é a própria vida-útil da bateria é que é pequena posso mesmo ter confundido os dois efeitos, ainda mais que muitas vezes minhas baterias ficavam na mala do carro debaixo do sol durante as viagens, e as temperaturas eram bem altas. Agora, e o caso dos vazamentos e da explosão (com a bateria instalada no aeromodelo e este pronto para vôo, em temperatura ambiente normal), será que um aquecimento excessivo anterior poderia causar isso depois, mesmo quando a corrente era baixa (o motor estava desligado e eu estava só testando o receptor e os servos)? Ou podemos creditar isso ao efeito "produto chinês" mesmo?
Oi Leandro,

Tem um site chamado, http://batteryuniversity.com lá tem muitas informações técnicas sobre baterias, aprendi muito lá.

Veja uma parte de um artigo (traduzido por mim) sobre a questão do envelhecimento de baterias Íon Lítio.

"O envelhecimento é uma preocupação com a maioria das baterias de lítio e muitos fabricantes permanecem em silêncio sobre esta questão. Alguma deterioração da capacidade é perceptível após um ano, se a bateria está em uso ou não. A bateria freqüentemente falha após dois ou três anos. Deve notar-se que outras químicas também têm efeitos relacionados com a idade degenerativas. Isto é especialmente verdadeiro para o níquel-hidreto metálico, se forem expostos a elevadas temperaturas ambientes. Ao mesmo tempo, de iões de lítio embalagens são conhecidos por ter servido por cinco anos em algumas aplicações.

Os fabricantes estão melhorando constantemente iões de lítio. Combinações químicas novas e melhoradas são introduzidos a cada seis meses ou mais. Com um progresso tão rápido, é difícil avaliar o quão bem a bateria revista idade.

Armazenamento em local fresco retarda o processo de envelhecimento de lítio-íon (e outras químicas). Os fabricantes recomendam temperaturas de armazenamento de 15 ° C (59 ° F). Além disso, a bateria deve ser parcialmente carregada durante a armazenagem. O fabricante recomenda uma taxa de 40%."



Concordo com você. Em submarinos a troca de calor com a aguá gelada do oceano é a estratégia mais viavel para manter a temperatura das baterias sobre controle.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5049 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jul 15, 2012 9:18 pm

Obrigado pela indicação do site Dall, já coloquei na minha lista de favoritos.

Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5050 Mensagem por SantaCatarinaBR » Sex Jul 20, 2012 1:06 pm

SantaCatarinaBR - Vice-Almirante fala sobre a nacionalização de produtos de defesa e o PROSUB

Nesta apresentação o Vice-Almirante Carlos Passos Bezerril, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, discutiu critérios para seleção de tecnologias a ser importadas e desenvolvidas nacionalmente. No caso das desenvolvidas no Brasil, buscou-se, também, abordar mecanismos de proteção de tecnologias críticas, de propriedade intelectual e estímulo à inovação.

O Vice-Almirante também decreve como é o andamento do
programa de submarino nuclear da marinha, além do descontinuamento dos recursos ele mostra que o não cumprimento do cronograma também se deve a embargos feitos por países que detém certas tecnologias, na apresentação mostra três exemplos de embargo, dois americanos e um argentino.

Assuntos:

º Transferência de tecnologia
º Embargos de componentes
º Proteção de tecnologias
º Incentivos fiscais
º Lei de Inovação
º MP 544
º Seleçao de tecnologias críticas






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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5051 Mensagem por JT8D » Sáb Jul 21, 2012 9:23 pm

SantaCatarinaBR escreveu:SantaCatarinaBR - Vice-Almirante fala sobre a nacionalização de produtos de defesa e o PROSUB

Nesta apresentação o Vice-Almirante Carlos Passos Bezerril, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, discutiu critérios para seleção de tecnologias a ser importadas e desenvolvidas nacionalmente. No caso das desenvolvidas no Brasil, buscou-se, também, abordar mecanismos de proteção de tecnologias críticas, de propriedade intelectual e estímulo à inovação.

O Vice-Almirante também decreve como é o andamento do
programa de submarino nuclear da marinha, além do descontinuamento dos recursos ele mostra que o não cumprimento do cronograma também se deve a embargos feitos por países que detém certas tecnologias, na apresentação mostra três exemplos de embargo, dois americanos e um argentino.

Assuntos:

º Transferência de tecnologia
º Embargos de componentes
º Proteção de tecnologias
º Incentivos fiscais
º Lei de Inovação
º MP 544
º Seleçao de tecnologias críticas


Aos que acham possível qualquer aliança com os EUA na área militar, por favor prestem atenção nesse vídeo.

Abraços,

JT




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5052 Mensagem por Gerson Victorio » Dom Jul 22, 2012 1:06 pm

Ouvi um alfinete cair... :lol:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5053 Mensagem por Túlio » Dom Jul 22, 2012 5:08 pm

Eu acho que não tem nada que ir a reboque de ninguém, faz que nem a Índia, pega o que interessa de onde interessa e vai melhorando e adaptando ao próprio uso; desde quando precisa se alinhar com alguém e obedecer suas ordens para ter o que precisa?

A josta é que certas esferas governamentais e sociais têm de aprender isso, que só precisamos nos alinhar CONOSCO! Porque para mim se deitar com o OBRAHMA, com o HOLLANDE ou com o CHÁVEZ - :twisted: TINHA que ser o Chávez :twisted: - é tudo a mesma furada...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5054 Mensagem por Túlio » Dom Jul 22, 2012 7:20 pm

Gerson Victorio escreveu:Ouvi um alfinete cair... :lol:

Talvez eu devesse replicar esse comentário nos últimos posts do Cel. Jauro, Gerson véio... :wink: 8-]

Aliás, já fiz isso... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5055 Mensagem por Gerson Victorio » Dom Jul 22, 2012 7:30 pm

Túlio escreveu:
Gerson Victorio escreveu:Ouvi um alfinete cair... :lol:

Talvez eu devesse replicar esse comentário nos últimos posts do Cel. Jauro, Gerson véio... :wink: 8-]

Aliás, já fiz isso... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Só um parênteses...os problemas de atrasos apresentados pelo Jauro são uma realidade causada por nós mesmos, não há ingerência de nenhuma espécie externa, já no caso do Sub.... :wink:




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