Sobre o KC-390

[knigh7]

Eu acho que não, JT8D. Existe no Governo uma boa predisposição antiamericana, incluindo o MRE, como bem disse o Moura. Se há pelo menos uma contraparte nossa na aproximação, que é o que está ocorrendo, é possível que o Governo esteja vislumbrando um bom benefício.

Dinheiro. Compra de ST. Ajuda para venda do KC-390.
E possivelmente apoio político.
Uma Mão Pesada para garantir uma vaga permanente no CS da ONU.

Bota mão pesada nisso...eu acho que SE os americanos apoiarem a nossa entrada como memnbro permanente do CS eles levam o FX2...

Ademais, tanto a França quanto a Inglaterra apoiam publicamente a nossa entrada. Duvido que a China e a Rússia nos vetem (acabaria com os BRICs e outros avanços que eles desejam ter conosco). O fiel da balança são os EUA com sua influência na ONU.

[Bourne]

A candidatura de Brasil, Índia, Japão e Alemanha estão relacionados. Eles fecharam o acordo para todos entram ou nenhum entra. Para China vai querer a Índia e Japão no conselho de segurança? Os dois são e serão vetados por são rivais e possíveis inimigos futuros na Ásia e mundo. Para Rússia a Alemanha e Japão podem causar problemas. Para Inglaterra e frança é interessante colocar mais um europeu (a Alemanha) e pulverizar o poder do conselho. Outro fator que entrava é que países médios como Argentina, Coreia, Austrália, México entre outros não querem esse tipo de reforma. por que mantém o ero de concentrar a legitimidade e ações em poucos países. Por isso que a reforma não sai e dificilmente vai sair.

E os BRICs são invenção da cabecinha do Jim O'Neill para agradar os investidores da Goldman Sachs. Os interesses comuns e cooperação acabam no segundo parágrafo. Na Ásia, Rússia e Índia ainda vão se pegar com a China. Os dois se veem como ameaças mútuas e possuem projetos conflitantes. Ainda possuem a presença norte-americana e países menores que estão envolvidos no jogo como Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Singapura entre outros. Naquela região o bicho pega. É briga de gente grande.

Não se pode vincular a decisão do FX ao apoio norte-americano do Brasil ao CS. Por que os EUA não vão comprometer um peça no jogo político mundial por umas vendas de armamentos na América do Sul que é uma região fria. O Chile arranjou 60 F16 e mudou nada. Se fosse assim o Brasil tinha que ter escolhido o rafale por causa da França que o fez muito antes. Ou Typhoon por causa da Grã-Bretanha. A decisão de compra tem mais relação com a esfera micro em arranjar um bom negócio com um parceiro do que vinculo ao jogo da política e economia internacional que é muito mais pesada e ampla.

No Brasil é um drama por que nunca se compra de vulto, não tem verbas, uma política para desenvolver o setor e como articular os aspectos políticos e econômicas da inserção internacional. Sobre o FX a intensão de adquirir 36 caças é um bom negócio para o vendedor, mas sabem que será enrolado e demora para sair algo. Porém não chega perto do esforço que uma Dassault e EADS fizeram para fechar o contrato de 120 caças para a Índia. Ou Emirados Arábes Unidos/Coreia/Japão que sabem conseguem vender 60 caças. Podem perder, mas sabem que alguém vai ganhar e podem virar o jogo.

No caso da C-390 e Super Tucanos os acordos parecem ser bons para Embraer e Boeing. A Embraer conseguiu um parceiro de peso para entrar no mercado norte-americano e neutralizar o lobby da LM e outras. Podem influenciar na decisão do FX. O que não quer dizer que a Boeing venha oferecer o melhor negócio. Entretanto dificilmente vai ter peso suficiente para influenciar o jogo geopolítico mundial.

[JT8D]

A candidatura de Brasil, Índia, Japão e Alemanha estão relacionados. Eles fecharam o acordo para todos entram ou nenhum entra. Para China vai querer a Índia e Japão no conselho de segurança? Os dois são e serão vetados por são rivais e possíveis inimigos futuros na Ásia e mundo. Para Rússia a Alemanha e Japão podem causar problemas. Para Inglaterra e frança é interessante colocar mais um europeu (a Alemanha) e pulverizar o poder do conselho. Outro fator que entrava é que países médios como Argentina, Coreia, Austrália, México entre outros não querem esse tipo de reforma. por que mantém o ero de concentrar a legitimidade e ações em poucos países. Por isso que a reforma não sai e dificilmente vai sair.

E os BRICs são invenção da cabecinha do Jim O'Neill para agradar os investidores da Goldman Sachs. Os interesses comuns e cooperação acabam no segundo parágrafo. Na Ásia, Rússia e Índia ainda vão se pegar com a China. Os dois se veem como ameaças mútuas e possuem projetos conflitantes. Ainda possuem a presença norte-americana e países menores que estão envolvidos no jogo como Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Singapura entre outros. Naquela região o bicho pega. É briga de gente grande.

Não se pode vincular a decisão do FX ao apoio norte-americano do Brasil ao CS. Por que os EUA não vão comprometer um peça no jogo político mundial por umas vendas de armamentos na América do Sul que é uma região fria. O Chile arranjou 60 F16 e mudou nada. Se fosse assim o Brasil tinha que ter escolhido o rafale por causa da França que o fez muito antes. Ou Typhoon por causa da Grã-Bretanha. A decisão de compra tem mais relação com a esfera micro em arranjar um bom negócio com um parceiro do que vinculo ao jogo da política e economia internacional que é muito mais pesada e ampla.

No Brasil é um drama por que nunca se compra de vulto, não tem verbas, uma política para desenvolver o setor e como articular os aspectos políticos e econômicas da inserção internacional. Sobre o FX a intensão de adquirir 36 caças é um bom negócio para o vendedor, mas sabem que será enrolado e demora para sair algo. Porém não chega perto do esforço que uma Dassault e EADS fizeram para fechar o contrato de 120 caças para a Índia. Ou Emirados Arábes Unidos/Coreia/Japão que sabem conseguem vender 60 caças. Podem perder, mas sabem que alguém vai ganhar e podem virar o jogo.

No caso da C-390 e Super Tucanos os acordos parecem ser bons para Embraer e Boeing. A Embraer conseguiu um parceiro de peso para entrar no mercado norte-americano e neutralizar o lobby da LM e outras. Podem influenciar na decisão do FX. O que não quer dizer que a Boeing venha oferecer o melhor negócio. Entretanto dificilmente vai ter peso suficiente para influenciar o jogo geopolítico mundial.

Eu não acho que os 36 aviões do FX-2 tenham peso para influenciar qualquer decisão estratégica americana. Minha hipótese é que o FX-2 ficou condicionado a outras negociações estratégicas muito mais amplas e por isso empacou.

Abraços,

JT

[pampa_01]

Srs, na minha humilde opinião, existem 'forças ocultas' sim, atuando neste FX.
E não estão a favor do Brasil, não mesmo.

[WalterGaudério]

Srs, na minha humilde opinião, existem 'forças ocultas' sim, atuando neste FX.
E não estão a favor do Brasil, não mesmo.

É por isso que eu temo pelo projeto do Submarino Nuclear Brasileiro.

[knigh7]

O problema do FX, assim como 99,99% dos problemas nacionais, tem causa interna mesmo.

Agora, reconhecer isso, o que implica em afetar o orgulho da nação, e por conseguinte, o orgulho próprio, nunca foi fácil...

[knigh7]

A candidatura de Brasil, Índia, Japão e Alemanha estão relacionados. Eles fecharam o acordo para todos entram ou nenhum entra. Para China vai querer a Índia e Japão no conselho de segurança? Os dois são e serão vetados por são rivais e possíveis inimigos futuros na Ásia e mundo. Para Rússia a Alemanha e Japão podem causar problemas. Para Inglaterra e frança é interessante colocar mais um europeu (a Alemanha) e pulverizar o poder do conselho. Outro fator que entrava é que países médios como Argentina, Coreia, Austrália, México entre outros não querem esse tipo de reforma. por que mantém o ero de concentrar a legitimidade e ações em poucos países. Por isso que a reforma não sai e dificilmente vai sair.

E os BRICs são invenção da cabecinha do Jim O'Neill para agradar os investidores da Goldman Sachs. Os interesses comuns e cooperação acabam no segundo parágrafo. Na Ásia, Rússia e Índia ainda vão se pegar com a China. Os dois se veem como ameaças mútuas e possuem projetos conflitantes. Ainda possuem a presença norte-americana e países menores que estão envolvidos no jogo como Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Singapura entre outros. Naquela região o bicho pega. É briga de gente grande.

Não se pode vincular a decisão do FX ao apoio norte-americano do Brasil ao CS. Por que os EUA não vão comprometer um peça no jogo político mundial por umas vendas de armamentos na América do Sul que é uma região fria. O Chile arranjou 60 F16 e mudou nada. Se fosse assim o Brasil tinha que ter escolhido o rafale por causa da França que o fez muito antes. Ou Typhoon por causa da Grã-Bretanha. A decisão de compra tem mais relação com a esfera micro em arranjar um bom negócio com um parceiro do que vinculo ao jogo da política e economia internacional que é muito mais pesada e ampla.

No Brasil é um drama por que nunca se compra de vulto, não tem verbas, uma política para desenvolver o setor e como articular os aspectos políticos e econômicas da inserção internacional. Sobre o FX a intensão de adquirir 36 caças é um bom negócio para o vendedor, mas sabem que será enrolado e demora para sair algo. Porém não chega perto do esforço que uma Dassault e EADS fizeram para fechar o contrato de 120 caças para a Índia. Ou Emirados Arábes Unidos/Coreia/Japão que sabem conseguem vender 60 caças. Podem perder, mas sabem que alguém vai ganhar e podem virar o jogo.

No caso da C-390 e Super Tucanos os acordos parecem ser bons para Embraer e Boeing. A Embraer conseguiu um parceiro de peso para entrar no mercado norte-americano e neutralizar o lobby da LM e outras. Podem influenciar na decisão do FX. O que não quer dizer que a Boeing venha oferecer o melhor negócio. Entretanto dificilmente vai ter peso suficiente para influenciar o jogo geopolítico mundial.

A ascenção como membro permanente do CS pertencem ao rol de assuntos que devem ser pensados a longo prazo. Se for tomar medidas que visam efeitos a curto prazo, não vai dar certo.

[knigh7]

Eu não acho que os 36 aviões do FX-2 tenham peso para influenciar qualquer decisão estratégica americana. Minha hipótese é que o FX-2 ficou condicionado a outras negociações estratégicas muito mais amplas e por isso empacou.

Abraços,

JT

Isso é questão estratégica. Quem fica na tua mão: aquele que é abastecido de armamento por você ou aquele que é abastecido por outros? Se ele fica na tua mão, ele é mais confiável. Aliás isso vale para qualquer um e não vai pensar que eu desejo ficar na mão de X ou Y. O problema que a via da idependência custa caro e infelizmente a nação não está disposta a pagar.

[alcmartin]

Brasil no CS e' igual ao Milhouse(dos simpsons), o nerd fracote, querendo entrar no octogono de MMA com Anderson silva e mais uns 10 trogloditas...

[knigh7]

Brasil no CS e' igual ao Milhouse(dos simpsons), o nerd fracote, querendo entrar no octogono de MMA com Anderson silva e mais uns 10 trogloditas...

Sim. Aliás, a essa tática de liderança brasileira "tentando ser amigo de todo mundo" sem ter realmente poder já foi criticada por analistas internacionais e nacionais.

Eu gostava muito quando o Tenente Brigadeiro José Carlos Pereira, chefe do COMGAR, estava na ativa. Ele não tinha papas na língua e dizia na imprensa o que pensava mesmo. Quando houve o atentado de 11/09, houve no dia seguinte uma reunião no Conselho de Segurança Nacional e discursos de reequipamento das FFAA.

Quando um jornalista abordou o assunto com ele naquele período, o brigadeiro respondeu que iríamos "ficar apenas na retórica", "que era uma tradição nossa e iríamos morrer com ela."

Pois é...

[alcmartin]

Eu espero que o trecho "morrer com ela" nao se torne realidade, literalmente...

abs desanimados!

[JT8D]

Eu não acho que os 36 aviões do FX-2 tenham peso para influenciar qualquer decisão estratégica americana. Minha hipótese é que o FX-2 ficou condicionado a outras negociações estratégicas muito mais amplas e por isso empacou.

Abraços,

JT

Isso é questão estratégica. Quem fica na tua mão: aquele que é abastecido de armamento por você ou aquele que é abastecido por outros? Se ele fica na tua mão, ele é mais confiável. Aliás isso vale para qualquer um e não vai pensar que eu desejo ficar na mão de X ou Y. O problema que a via da idependência custa caro e infelizmente a nação não está disposta a pagar.

Eu acredito que para os EUA existem dois cenários interessantes em relação ao FX-2.
O primeiro, óbvio, é vencer a concorrência, ganhar algum dinheiro e controlar o acesso do Brasil a determinadas tecnologias.
O segundo é, caso não consiga vencer, pelo menos provocar o maior atraso possível no programa, prejudicando seus concorrentes e fazendo com que o Brasil fique com uma imagem de país pouco sério no que diz respeito a assuntos de defesa (como um país com essa imagem poderia aspirar a qualquer liderança internacional?).
Pode ser teoria da conspiração, mas eu acho que se um avião americano não estivesse no short list o FX-2 já teria sido definido há muito tempo.

Abraços,

JT

[Carlos Lima]

Brasil no CS e' igual ao Milhouse(dos simpsons), o nerd fracote, querendo entrar no octogono de MMA com Anderson silva e mais uns 10 trogloditas...

Pois é... já não é de hoje que digo que o Brasil quer conseguir a façanha de entrar no CS sendo "gente boa".

... Boa sorte com essa tática!!!

[]s
CB_Lima

[knigh7]

O segundo é, caso não consiga vencer, pelo menos provocar o maior atraso possível no programa, prejudicando seus concorrentes e fazendo com que o Brasil fique com uma imagem de país pouco sério no que diz respeito a assuntos de defesa (como um país com essa imagem poderia aspirar a qualquer liderança internacional?).
Pode ser teoria da conspiração, mas eu acho que se um avião americano não estivesse no short list o FX-2 já teria sido definido há muito tempo.

Abraços,

JT

Mas os americanos seria doidos disso?Eles iriam dar um tiro no pé se fizessem isso

Ora, a partir de 2003 o centro do poder passou a ter gente que durante o regime militar, quando via um oficial dos EUA em estudo na ECEME, matavam-no achando que ele veio ao Brasil ensinar métodos de tortura.
Gente que atribuía a morte do delegado Fleury a CIA, pois ele era um arquivo vivo da CIA, agindo sobre influência dela, e outras bobagens...

A bem verdade, eu nem te critico por ideias como essa que você expressou. Eu não concordo, mais não critico. Eu tive vários professores que não passavam de intelecualoides malucos esquerdopatas que ficavam vomitando antiamericanismo conspiratório na escola e na universidade...não tem jeito de não passar incólume...

Abraços

[JT8D]

O segundo é, caso não consiga vencer, pelo menos provocar o maior atraso possível no programa, prejudicando seus concorrentes e fazendo com que o Brasil fique com uma imagem de país pouco sério no que diz respeito a assuntos de defesa (como um país com essa imagem poderia aspirar a qualquer liderança internacional?).
Pode ser teoria da conspiração, mas eu acho que se um avião americano não estivesse no short list o FX-2 já teria sido definido há muito tempo.

Abraços,

JT

Mas os americanos seria doidos disso?Eles iriam dar um tiro no pé se fizessem isso

Ora, a partir de 2003 o centro do poder passou a ter gente que durante o regime militar, quando via um oficial dos EUA em estudo na ECEME, matavam-no achando que ele veio ao Brasil ensinar métodos de tortura.
Gente que atribuía a morte do delegado Fleury a CIA, pois ele era um arquivo vivo da CIA, agindo sobre influência dela, e outras bobagens...

A bem verdade, eu nem te critico por ideias como essa que você expressou. Eu não concordo, mais não critico. Eu tive vários professores que não passavam de intelecualoides malucos esquerdopatas que ficavam vomitando antiamericanismo conspiratório na escola e na universidade...não tem jeito de não passar incólume...

Abraços

Bom, opinião cada um tem o direito de ter a sua. Os meus argumentos estão colocados para serem debatidos, não sou dono da verdade.
Mas em momento nenhum demonstrei qualquer anti-americanismo. Eles defendem os interesses deles como todos os outros países o fazem. A diferença é que eles são mais eficientes, caso contrário não teriam chegado onde estão.
Acho engraçado como alguns "torcem" pela França e outros "torcem" pelos Estados Unidos. Simplesmente não consigo ter esse tipo de atitude. Ninguém é bonzinho, são apenas interesses, e é melhor nós cuidarmos dos nossos.
O que é fato é que os americanos são os que melhor protegem sua tecnologia. Sei isso por experiência própria. Por exemplo, você acha que eles não tentaram tudo o que podiam para inviabilizar nosso projeto nuclear? Mas não acho que eles estejam errados ou que sejam "malvados". É só saber lidar com eles e não confundir o Pentágono com a Disneylandia.

Abraços,

JT