François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Túlio
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#16 Mensagem por Túlio » Qua Mai 09, 2012 9:24 pm

Napoleão disse isso? Devia mesmo estar muito doente. Pois se Grouchy tivesse rumado em direção ao ruído da batalha, não haveria quem salvasse os Prussianos e, por extensão, Wellington...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#17 Mensagem por VICTOR » Dom Mai 13, 2012 4:04 pm

Clermont escreveu:
P44 escreveu:Acima de tudo é preciso acabar com a hegemonia Alemã, que basicamente MANDA na Europa.
Coitados dos europeus!

Em 1914, eles queriam acabar com a hegemonia alemã.

Em 1939, eles voltaram a querer acabar com a hegemonia alemã.

Em 2012, eles ainda estão querendo acabar com a hegemonia alemã!! :shock:

Esses malditos alemães! :evil:

Por quê eles querem tanto ter hegemonia sobre os coitados dos europeus? :(

Que bom que o Brasil não tem fronteiras com a Alemanha...

Ih! Acabel de lembrar! O Brasil tem fronteiras com Santa Catarina!

E lá tem muito alemão! Acho que estamos correndo perigo ...
Desta vez os alemães foram mais espertos do que em 1914 e 1939. Deixaram a coisa evoluir de maneira mais natural...




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#18 Mensagem por P44 » Seg Mai 14, 2012 6:57 am

Desta vez ganharam sem disparar um tiro.




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#19 Mensagem por tflash » Seg Mai 14, 2012 3:48 pm

A "guerra" ainda não acabou...




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#20 Mensagem por P44 » Ter Mai 15, 2012 5:35 am

tflash escreveu:A "guerra" ainda não acabou...

só gostava de perceber porque é que, na Alemanha, se gostam tanto da Merkel e das suas politicas, como parecem sempre apregoar, cada vez que há eleições, o partido dela leva com cada tareia!!!!!

:roll: :roll:

“Foi uma derrota amarga e dolorosa”
Merkel garante que derrota da CDU não fragiliza Europa


A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou nesta segunda-feira "amarga e dolorosa" a derrota do seu partido, a CDU, nas eleições regionais na Renânia, no domingo, mas negou que este resultado fragilize a sua política europeia.

14 Maio 2012
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"Foi uma derrota amarga e dolorosa, mas a CDU tem a tradição de festejar as vitórias em conjunto, e também de considerar que as derrotas são de nós todos", disse Merkel em conferência de imprensa em Berlim, comentando o pior resultado de sempre do partido no ‘land’ mais populoso da Alemanha.

A CDU (União Democrata-Cristã) ficou pelos 26,3 por cento, perdendo mais de oito pontos percentuais em relação às eleições anteriores, em 2010.

Os sociais-democratas do SPD, com 39 por cento, celebraram um triunfo considerado também importante para as aspirações a nível das eleições legislativas na Alemanha.

Merkel garantiu que a derrota eleitoral na Renânia não afectará o seu trabalho na Europa, sublinhando que "não há contradição entre uma política de consolidação orçamental e o crescimento económico".

A chanceler adiantou ainda que vai debater a estratégia de crescimento na UE na terça-feira, com o presidente francês eleito, François Hollande, e na próxima semana, em Bruxelas, com os restantes 26 chefes de Estado e de governo.

Só então falará com a oposição social-democrata e ambientalista em Berlim, que exige medidas complementares para promover o crescimento e o emprego na Europa, para votar a favor do Tratado Orçamental no parlamento. O tratado só pode ser aprovado com uma maioria de dois terços, que a coligação no poder não dispõe.

"Pela nossa parte, ninguém tem nada contra o crescimento económico, mas temos de saber o que isso significa para a política orçamental", advertiu.

Neste contexto, Merkel referiu-se à crise na Grécia, afirmando que esta "não surgiu porque se poupou demais, mas sim porque o défice estrutural se tornou cada vez maior, o que se reflectiu nos juros da dívida pública".

"Quanto mais um país crescer, melhor poderá pagar as suas dívidas, e por isso tem de haver crescimento sustentável", concluiu a chefe do governo alemão.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... iza-europa




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#21 Mensagem por Grifon » Ter Mai 15, 2012 5:22 pm

Em encontro com Merkel, Hollande diz que revisará pacto fiscal europeu

O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta terça-feira que pretende revisar o pacto fiscal europeu, em entrevista conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, contrária à volta da discussão do acordo.

"Os pedidos de crescimento não podem ser frases vazias. Quero discutir o pacto outra vez, porque precisamos pôr a economia europeia nos trilhos de novo. Todas as medidas para incentivar o crescimento devem ser consideradas", afirmou Hollande.

Os dois mandatários valorizaram a relação entre os dois países e a necessidade de dividir as ideias sobre a economia e a política mundial. Hollande voltou a propor a criação de títulos europeus para incentivar o crescimento e medidas governamentais para retomar a atividade econômica nos países do continente.

"Quero mostrar que as relações entre França e Alemanha são estáveis e respeitosas. Precisamos trabalhar juntos para retomar o crescimento europeu. A amizade entre os dois países é muito importante.", disse o presidente francês, que assumiu o cargo nesta terça.

"Nós somos ligados de diversas formas. Temos a responsabilidade de trabalhar juntos e cooperar, apesar das concordâncias e discordâncias. Precisamos olhar para frente para trabalhar com Hollande".

GRÉCIA

Hollande e Merkel discutiram também sobre a crise econômica e política na Grécia. Os dois manifestaram seu interesse em que o país permaneça na zona do euro e respeitam a convocação de novas eleições no país, marcadas para junho.

"Nós temos que respeitar as novas eleições gregas. O euro não é só um projeto financeiro, mas político", disse Merkel.

"Estou a par do que acontece na Grécia. Independente do que aconteça, vou respeitar a decisão grega. A Europa está pronta para tomar passos para dar suporte à atividade econômica e o crescimento no país ", declarou Hollande.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1090 ... opeu.shtml




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#22 Mensagem por augustoviana75 » Sex Mai 18, 2012 1:03 pm

tflash escreveu:A "guerra" ainda não acabou...


E esse tipo de guerra, sem tiros, é perpétua. Dominação econômica e zona de influência também são usadas pelos outros países da zona do Euro, não só pelos alemães. Para os países periféricos, que não conseguem manter o crescimento econômico ou deixar a inflação ocorrer para que fiquem os seus custos mais acessíveis e torná-los mais competitivos, o caminho é difícil.

Acredito que esses países deviam seguir o caminho da Grã-Bretanha, que apesar de pertencer a zona do euro, tem moeda própria (Deus Salve a Rainha!! rsrsrsrs). A Alemanha faz esse alarde todo porque perderá controle dos preços e insumos desses mercados, mas nessa altura dos acontecimentos, acredito que será melhor "perder os anéis, mas ficarem com os dedos."

Assim o sonho de uma futura nação européia multicultural que rivalizasse com o poderio das outras nações vai se enfraquecendo. Isso é bom os demais competidores globais. Não é para a Europa, que dominou o mundo por vários séculos.




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#23 Mensagem por delmar » Sex Mai 18, 2012 7:47 pm

Vou dizer algo que vai custar-me algumas pedradas, chineladas e tomates apodrecidos. Penso que este tal de Hollande é a pessoa errada, no lugar errado e no tempo errado. Chegou até aqui por exclusão, ou seja, já que não tem mais ninguém vai tu mesmo. Não tem carisma e nem cara de um líder capaz de comandar uma virada na atual situação. Diria que ele é mais um sorvete de chuchu. Sinceramente, espero estar enganado, escrevendo asneiras e barbaridades como estas, recebendo com merecimento tijoladas de todos lados, mas não consigo acreditar no Hollande. O tempo é que dirá se realmente sou apenas um preconceituoso profeta do caos ou , alvíssaras, minha intuição estava certa.




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#24 Mensagem por P44 » Sáb Mai 19, 2012 7:44 am

O Sarkozy, um autêntico cachorrinho da Merkel, é que tinha um grande carisma :roll: :roll:

....

França regressa à reforma aos 60 e corta salários dos ministros

A primeira decisão, hoje, do novo Governo francês será a redução em 30% do salário do Presidente e dos ministros. A reforma aos 60 anos regressa também, sob condições, em junho.

É uma medida simbólica e será tomada por decreto, já hoje à tarde, na primeira reunião do Conselho de Ministros do Governo francês: os salários do Presidente e dos ministros vão sofrer um corte de 30%.

O chefe de Estado, François Hollande, bem como o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, passarão a receber cerca de 13 mil euros por mês em vez dos 20 mil que recebiam até agora. Os ministros passarão a auferir um salário de 9 mil euros, menos cinco mil euros do que era pago até agora.

Outra medida que será objeto de um decreto, antes das legislativas de 10 e 17 de junho, será o regresso da reforma aos 60 anos para os assalariados que entraram cedo no mercado do trabalho e descontaram durante 41 anos para a caixa das pensões de reforma.

Para os restantes trabalhadores mantém-se a reforma aos 62 anos, decidida pelo anterior poder, mas o Governo socialista anunciou que vai reunir com os parceiros sociais, em julho, com o objetivo de permitir também a reforma a partir dos 60 anos aos assalariados empregados em funções mais duras e penosas.

Regresso do imposto sobre as grandes fortunas

Depois das eleições legislativas, o novo Governo deverá igualmente elaborar um Orçamento Retificativo que incluirá uma reforma da política fiscal com, designadamente, o regresso da antiga barra menos elevada do imposto sobre as grandes fortunas - cerca de 300 mil contribuintes, até agora isentos desse imposto, passarão a pagar mais.

O Executivo de Jean-Marc Ayrault também não exclui decretar o controlo dos preços dos combustíveis se estes voltarem a subir nos próximos tempos.

O novo Governo, composto por 34 ministros, entre eles 17 mulheres, quatro descendentes de imigrantes (Espanha, Argélia e Marrocos), três dos territórios ultramarinos e uma ecologista, aposta numa vitória da esquerda, com maioria absoluta nas legislativas.
http://expresso.sapo.pt/franca-regressa ... os=f726624


grande malandro...!!!!! :roll:




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#25 Mensagem por delmar » Sáb Mai 19, 2012 11:06 am

O Sarkozy, um autêntico cachorrinho da Merkel, é que tinha um grande carisma
O Sarkozy não tinha carisma nenhum, tinha a mesma visão política da Merkel. Agora as medidas que o Hollande está tomando são puramente demagógicas. A idéia de distribuir os ministérios meio a meio, homem e mulher é uma prova disto. Os ministros devem, ou deveriam, ser escolhidos pela capacidade e competência, não pelo sexo ou procedência geográfica, especialmente numa época de crise. Cortar salários de ministros e governantes foi o que fez o Evo Morales quando assumiu a presidência da Bolívia e não resolveu nada. Tabelar combustiveis só vai aumentar o deficit público pois alguém terá que pagar a diferença. Enfim vamos aguardar.




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#26 Mensagem por Clermont » Dom Mai 20, 2012 10:52 am

(Esses pérfidos germanos! Como se já não bastasse desejarem hegemonizar a Europa, agora, eles querem hegemonizar os jovens instruídos europeus e absorvê-los no Grande Reich!!

Só há uma solução!

Rápido, ressuscitem já o marechal Zhukov e o general Patton!
)

:mrgreen:


O eldorado alemão para a fuga da crise na Europa.

Espanhóis, portugueses e gregos ajudam a aumentar o número de imigrantes no país.

Graça Magalhães Ruether - O GLOBO - 19.05.12.

BERLIM - Vista como vilã por muitos de seus vizinhos europeus pela defesa intransigente de políticas de austeridade com o objetivo de tirar a zona do euro da crise, a Alemanha virou um eldorado para muitos cidadãos desses países, que ajudaram a bater um recorde de imigração legal rumo a terras germânicas no ano passado. De acordo com o departamento federal de estatísticas, quase 1 milhão de pessoas (960.000) vieram para a Alemanha em 2011. O número de migrantes da Grécia, epicentro da crise do euro, para os estados alemães no ano passado aumentou em 90%. Com um crescimento econômico de 3% e aumento da oferta de empregos, a Alemanha também continuou a atrair mais migrantes do Leste Europeu, cujo fluxo aumentou 43%.

- É como uma repetição da História - diz Renata Duarte Santos, alemã que é casada com o espanhol Manuel Duarte Santos, que veio para o país nos anos 60, na primeira onda migratória do Sul da Europa.

Naquele período e na década seguinte, a Alemanha atraía mão de obra daquela região, os chamados "trabalhadores hóspedes". Eles ajudaram a construir o "milagre econômico" quando a então Alemanha Ocidental conseguiu se recuperar dos estragos da Segunda Guerra Mundial e, em pouco tempo, voltar a ser uma das nações mais ricas do mundo.

Agora, ao contrário da primeira onda migratória, quando os migrantes eram pessoas simples que ocupavam os empregos recusados pelos alemães, de trabalho duro e remuneração baixa, a nova migração é de pessoas altamente qualificadas. Essa mudança de padrão faz sangrar ainda mais a economia dos seus países de origem. Se a tendência continuar, os países exportadores de mão de obra correm risco de sofrer ainda mais os efeitos da crise, porque estão perdendo sua juventude altamente qualificada.

Se o fluxo do Leste Europeu para a Alemanha tinha continuado mesmo depois do ingresso dos países na União Europeia (Polônia e Hungria em 2004, Bulgária e Romênia em 2007), no Sul da Europa, o início da era do euro, marcado pela prosperidade, causou também uma redução do fluxo migratório.

- Na Espanha, tivemos um verdadeiro boom imobiliário - lembra Manuel Duarte Santos.

Mas a bolha imobiliária estourou e a Espanha afundou na crise. Grécia e Portugal também passaram a enfrentar sérias dificuldades, correndo até o risco de ter que deixar a zona do euro.

O grego Dimitrius Zachos, de 50 anos, deixou Katerini, perto do Olimpo, para viver em Bochum, onde abriu uma agência de turismo. Mas ele afirma que está difícil encontrar alemães interessados em visitar a Grécia:

- O negócio não vai nada bem. As pessoas têm medo de greves e de violência.

Zachos constantemente recebe na sua agência jovens que acabam de chegar da Grécia e ainda não falam alemão, em busca de um emprego. Só em maio, foram 50 homens e mulheres. Em diversas cidades, igrejas ortodoxas começaram a criar equipes para ajudar os gregos que acabam de chegar.

Cidade industrial importa mão de obra portuguesa.

De outro lado, o emprego já não é mais tão difícil na Alemanha quanto nos anos 90, quando o país tinha 5 milhões de desempregados. Hoje, são menos de 3 milhões, sendo que em algumas regiões e atividades há uma demanda enorme por mão de obra.

Em Schwäbisch Hall, cidade de 37 mil habitantes ao norte de Stuttgart, a crise do euro é conhecida apenas pelo noticiário.

De perto, a cidade de empresas importantes como a Recaro Aircraft Seating, onde são fabricadas poltronas de aviões da Lufthansa, ou a Packaging Valley, líder mundial no setor de caixas e embalagens, vê só o lado positivo da crise: os profissionais do Sul da Europa que vêm ocupar vagas de emprego no local.

Já em 2009, o prefeito Hermann Josef Pelgrim mandou imprimir um jornal sobre a cidade e suas firmas, com uma tiragem de 470 mil exemplares. Eles foram distribuídos em toda a Alemanha para atrair profissionais.

- Não sei se os alemães desempregados do Leste ou de Berlim são preguiçosos, mas o fato é que ninguém se apresentou para preencher as novas vagas - diz Robert Gruner, porta-vox da prefeitura.

Em janeiro deste ano, a cidade convidou jornalistas portugueses para uma visita. Depois que foi publicada a reportagem “Cidade alemã tem bons empregos a oferecer”, 15 mil portugueses manifestaram interesse. Alguns, mais desesperados, viajaram imediatamente para a Alemanha e se apresentaram na prefeitura. Embora não falassem quase nada de alemão, conseguiram emprego no ato.

- A vida em Lisboa estava uma miséria, não víamos perspectivas - diz Izabel do Espírito Santo, de 47 anos, que trabalha como assistente de dentista.

Também Carla Maria Casemiro, de 34 anos, Rui Simões Oliveira, de 30 anos, Vitor Manuel Monteiro, de 48 anos, e Luis Felipe Dias Lopes, de 48, deixaram o desemprego na Grande Lisboa para tentar a sorte na Alemanha.

- Em Portugal, os salários baixaram e os preços subiram, a situação está crítica - diz o mecânico Oliveira.

Para receber os novos imigrantes ibéricos, Renata Duarte Santos promoveu uma festa no bar Temperamento Latino, de Schwäbisch Hall. Nos primeiros meses, os portugueses moravam na sua casa, mas agora todos já alugaram apartamentos.

Migrantes acompanham as notícias dos seus países de origem.

- Eu espero que o primeiro-ministro Mariano Rajoy consiga cumprir as metas, porque se a Espanha não conseguir e tiver que deixar o euro, a catástrofe seria ainda maior - diz, com ar pensativo, Óscar León Díaz, espanhol de 24 anos.

Óscar vivia em Tenerife, onde trabalhava num banco, quando a crise estourou.

- Conseguir um emprego na Espanha é hoje quase impossível, cerca de 50% das pessoas da minha idade vivem sem perspectiva - lamenta.

Com o seu alemão ainda imperfeito, Óscar não conseguiu um emprego na sua profissão, mas, talentoso, começou uma nova, como DJ do Clube Magdalena, um ponto de encontro da juventude berlinense.

Segundo o economista Herbert Brücker, do Instituto de Pesquisa do Mercado de Trabalho, a imigração ainda é baixa, levando-se em consideração a alta taxa de desemprego que predomina nos países do euro em crise. O analista prevê para os próximos meses um aumento ainda maior da imigração do Leste Europeu.

Muitas firmas alemãs procuram os melhores profissionais já nos seus países de origem. A Associação de Empresas de Stuttgart foi à Espanha convocar cem engenheiros para trabalhar nas firmas da região. A empresa de autopeças Gotech, de Weissach, entrou em contato com universidades espanholas e convidou os formandos a viajar logo para a Alemanha. Com tais iniciativas, o eldorado alemão logo estará batendo novos recordes.




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#27 Mensagem por P44 » Qui Jun 07, 2012 6:22 am

Economia
França baixa idade mínima da reforma para 60 anos

Medida atinge os trabalhadores com 41 anos de descontos. Medida vai entrar em vigor em novembro

PorRedacção CPS
2012-06-06 14:08

O novo Governo francês aprovou esta quarta-feira o regresso da idade da reforma para os 60 anos, para trabalhadores com pelo menos 41 anos de serviço. A mudança faz baixar em dois anos a idade mínima da reforma em França.

O anúncio foi feiro pela ministra dos Assuntos Sociais após o conselho de ministros, avança a AFP.

A reforma aos 60 vai abranger 110 mil pessoas em 2013, com um custo estimado de 1,1 mil milhões de euros nesse ano e de até três mil milhões em 2017, ano em que termina o mandato do presidente, François Hollande, indicou a ministra Marisol Touraine.

Os trabalhadores abrangidos serão aqueles que começaram a trabalhar aos 18 e 19 anos e tenham descontado sempre para a segurança social.

Segundo a ministra, a decisão do governo é «uma medida de justiça para aqueles que foram mais duramente penalizados com a reforma de 2010», que elevou a idade de reforma em França para aos 62 anos.

A nova medida prevê que as mulheres trabalhadoras possam incluir dois trimestres por maternidade no cálculo da reforma e que os trabalhadores que tenham estado desempregados também possam acrescentar dois trimestres aos anos de descontos.

Touraine disse que a medida vai entrar em vigor em novembro.

A reforma das pensões de 2010, do governo conservador de Nicolas Sarkozy, elevou a idade da reforma dos 60 para os 62 para os trabalhadores com 41 anos de descontos e dos 65 para os 67 para os restantes.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#28 Mensagem por P44 » Seg Jun 11, 2012 5:22 am

Esquerda vence eleições legislativas em França

Daniel Ribeiro, Paris 11 Jun, 2012, 08:06 / atualizado em 11 Jun, 2012, 08:10

Os partidos de Esquerda venceram as eleições legislativas de domingo em França, não havendo garantia de que o PS consegue obter a maioria absoluta sozinho.

As sondagens da primeira volta das eleições dão 47 por cento dos votos aos partidos de Esquerda, 35,5 por cento à Direita e 13,5 por cento à Extrema-Direita. A abstenção obteve o número recorde de 41 por cento.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61

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Socialistas e aliados aproximam-se da maioria absoluta nas legislativas francesas

Carlos Santos Neves, RTP 11 Jun, 2012, 08:06 / atualizado em 11 Jun, 2012, 09:24


Debaixo da sombra de uma abstenção histórica, o campo político de François Hollande venceu ontem a primeira volta das eleições legislativas francesas, garantindo uma posição que lhe poderá valer a maioria absoluta no segundo capítulo do escrutínio, dentro de uma semana. É esse o objetivo que prevalece em todas as intervenções públicas do partido do Presidente. À direita, a maioria de sinal contrário que se desenha na Assembleia Nacional é desvalorizada. “Não houve uma vaga rosa”, sublinhou François Fillon, ex-primeiro-ministro de Nicolas Sarkozy.

Onde os socialistas encontram um claro “apoio à mudança”, a União por um Movimento Popular (UMP) vê falta de “apetite” pela formação política do novo Presidente francês. A fórmula foi empregue por dois ex-chefes de governos conservadores.

Jean-Pierre Raffarin, primeiro-ministro de 2002 a 2005, afirmava ontem na estação televisiva France 2 que houve um “voto de inquietação”. François Fillon, o antecessor do atual primeiro-ministro socialista Jean-Marc Ayrault, afinou pela mesma nota dominante: “Há muitas inquietações quanto às primeiras medidas tomadas por François Hollande”.

Os resultados definitivos entretanto divulgados pelo Ministério do Interior mostram uma posição confortável para as principais formações da esquerda. PS, Europa Ecologia – Os Verdes (EELV) e Frente de Esquerda somam 46,77 por cento dos votos, contra os 34,07 por cento obtidos por UMP e aliados de direita e os 13,6 por cento da Frente Nacional.

As últimas projeções para o desenho pós-eleitoral da Assembleia Nacional atribuem entre 283 a 329 assentos parlamentares a PS e aliados mais próximos, entre os quais o Movimento Republicano e Cidadão (MRC) e o Partido Radical de Esquerda (PRG). O que significaria que estas forças poderiam estar em condições de alcançar os 289 assentos necessários para uma maioria absoluta sem dependerem dos ecologistas e da Frente de Esquerda.

Direita e aliados teriam, por seu turno, entre 210 a 263 assentos, ao passo que extrema-direita e centro poderiam conquistar até três lugares no Parlamento.

Extrema-direta em ascensão

No entanto, há outros dois dados que estão a marcar o rescaldo da primeira volta das eleições legislativas francesas. Em primeiro lugar o mais elevado índice de abstenção da V República em escrutínios para a Assembleia Nacional – 42,77 por cento. A que se segue o resultado histórico da Frente Nacional.

O partido de Marine Le Pen, que cilindrou o dirigente da Frente de Esquerda (Partido Comunista Francês e Partido de Esquerda) Jean-Luc Mélenchon na circunscrição de Hénin-Beaumont, cresceu de quatro por cento dos votos em 2007 para 13,6 por cento.

À partida para a segunda volta do próximo domingo, que a vai opor ao socialista Philippe Kemel em Hénin-Beaumont, Le Pen fazia ontem um apelo a uma “recomposição” da direita e sublinhava que a Frente Nacional acabara de cimentar “a sua posição como terceira força política de França”. A líder do partido de extrema-direita teve 42 por cento dos sufrágios na sua circunscrição, afastando Mélenchon da segunda volta.

Já o rosto da Frente de Esquerda não escondeu a desilusão pessoal. Mas tratou de capitalizar os resultados globais da sua formação, que, com cerca de sete por cento dos votos na primeira volta, poderá ser capaz de eleger entre 13 a 20 deputados à Assembleia Nacional.

“Uma larga maioria” para Hollande

Reeleito à primeira volta pela terceira circunscrição da Loire-Atlantique, o primeiro-ministro francês apressou-se a pedir aos eleitores que “se mobilizem no próximo domingo para dar ao Presidente da República uma larga maioria”, de forma a que François Hollande disponha de suficiente apoio parlamentar para pôr em marcha o programa de reformas prometido na campanha das presidenciais. Porque a “mudança”, afirmou Jean-Marc Ayrault, está apenas “a começar”.

Diante das câmaras da France 2, Martine Aubry, primeira-secretária do Partido Socialista, avaliou os resultados da jornada eleitoral como uma demonstração de “apoio à mudança” e de “vontade de amplificação” da vitória de François Hollande sobre Nicolas Sarkozy a 6 de maio. Mas admitiu também que “nada está decidido”. Para convidar os dirigentes da esquerda a congregarem-se em torno do mote de que “nenhum assento deve cair para a direita por causa de divisões” no campo contrário.

François Fillon, o barão da UMP que terá ainda de medir forças na segunda circunscrição de Paris com o socialista Axel Kahn, quis deixar vincado que “não houve uma vaga rosa” na noite eleitoral, tão-pouco qualquer expressão de “apetite” pelas propostas da esquerda.

Rejeitando qualquer forma de “aliança com a Frente Nacional”, o secretário-geral da UMP, Jean-François Copé, apelou também à “mobilização geral das francesas e dos franceses”. Para pôr um travão às políticas do Presidente socialista: “Muitos compatriotas falaram-nos da sua preocupação face ao risco de um aumento em massa dos impostos para pagar as promessas do senhor Hollande, perante o recuo da luta contra a delinquência”.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#29 Mensagem por Clermont » Qui Jul 12, 2012 8:00 am

Os alemães são os mais produtivos do mundo.

CARTAS DE BERLIM - Tamine Maklouf - 12.07.12.

Achei em um site semana passada uma lista muito engraçada. Intitulada "O que eu sei sobre os alemães", o compêndio de 100 itens escrito por um australiano morador de Münster, fazia um apanhado bastante bem humorado dos costumes germânicos.

Com muitas ironias e clichês, claro, mas alguém aí já imaginou viver sem clichês? Eu já, mas não foi bom. Um viva para os clichês e vamos em frente.

Alguns dos itens da lista me chamou especial atenção, como por exemplo, que os alemães na verdade não gostam quando alguém vai contra a maré no supermercado - aparentemente a ordem das gôndolas faz parte também do establishment.

Ou quando eles ficam sem sabem agir quando há a necessidade de formar espontaneamente um fila indiana no supermercado - já comentei aqui que eles não lidam bem com improvisos. E a falta repentina de establishment causa pânico.

Mas foram 3 itens sobre trabalho que me chamaram especial atenção. São duas ou três frases que praticamente definem a sociedade alemã, ou pelo menos a parte do desenvolvimento econômico da mesma. Está escrito assim:

10) Os alemães são bons em quase tudo o que fazem. Se não são bons, vão tentar até se tornarem bons o bastante. Isso porque...

11) Alemães são perfeccionistas. Eles trabalham duro e eficiente (apesar de provavelmente ser a nação que menos trabalha no mundo ocidental). É por isso que...

12) Eles são a economia mais forte da Europa. O que eles conseguem fazer nessa poucas horas é o dobro do que qualquer outro país consegue no mesmo espaço de tempo.

O que eu curto em listas é que elas são acima de tudo didáticas. E isso aí é perfeito! A perfeita definição do milagre alemão em todas as suas vertentes. Sabe aquela história de que eles trabalham muito? Tudo lorota. Em comparação com a gente, eles trabalham pouco, muito pouco.

Porém, contudo, e aí vem a grade sacada teutônica, o que fazemos em 4 horas, os alemães fazem em 2, talvez até 1h30. A produtividade, esta sim, o maior tesouro cultural da Alemanha.

Esse perfeccionismo e gosto por resultados foi o que permitiu ao país levantar rapidamente depois de uma, duas ou três guerras seguidas. Nunca esqueço de um vídeo que vi sobre a reconstrução de Dresden depois da Segunda Guerra: era impressionante a imagem de milhares de pessoas, de crianças a idosos, nas ruas recolhendo os escombros de 80% de cidade bombardeada sem receber nada por isso.

Por isso não existe conversa fiada em ambiente de trabalho, ou pausa para o cafezinho. Por isso os alemães andam rápido, por isso a ginecologista faz uma consulta satisfatória em 11 minutos, por isso eles se irritam quando a gente demora a decidir as coisas. Resumindo: na sociedade alemã não há espaço para embromação.




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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?

#30 Mensagem por P44 » Qui Jul 12, 2012 8:08 am

numa palavra..ROBOTS

Por isso não existe conversa fiada em ambiente de trabalho, ou pausa para o cafezinho
Engraçado, fui muitas vezes á Alemanha, trabalhava para uma empresa alemã, e vi muita conversa fiada, pausas para cigarro e café...devo ter conhecido os alemães errados :roll:
Esse perfeccionismo e gosto por resultados foi o que permitiu ao país levantar rapidamente depois de uma, duas ou três guerras seguidas
foi isso, o Plano Marshall e o perdoar da divida alemã aos paises ocupados durante a 2GM.




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