A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Moderador: Conselho de Moderação
- Makenshi
- Intermediário
- Mensagens: 133
- Registrado em: Dom Dez 20, 2009 12:45 am
- Localização: Feira de Santana-BA
- Agradeceu: 26 vezes
- Agradeceram: 5 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Esse Italo Lobo parece um spam-bot, só batendo na mesma tecla em todo tópico. Se for humano postando mesmo, é 100% Vejista.
Me dou bem com PSDBistas e PTistas, apesar de algumas discordâncias e críticas que tenho a ambos, mas com Vejista eu não quero conta.
Me dou bem com PSDBistas e PTistas, apesar de algumas discordâncias e críticas que tenho a ambos, mas com Vejista eu não quero conta.
- Italo Lobo
- Intermediário
- Mensagens: 321
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 7:17 pm
- Agradeceram: 28 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Boss escreveu:Não fale só do PT. Me diga que governo republicano no Brasil governava pelo País e não por seus interesses.Italo Lobo escreveu:O problema do Brasil, em todas as áreas inclusive na diplomacia, é que este governo do PT não governa para o Brasil, ele governa para o PT e seus interesses. Tomam posições e decisões de governo e não de estado, e o pior, ouvindo incompetentes e ideológicos.
Estamos aí com uma Copa, gastando 33 bilhões em plena crise mundial, e não temos investimentos em infraestrutura, em educação, em saúde , em nada... O PAC já está em sua 2a versão e está com 94 % das suas obras paradas, inclusive aquelas que a tia e o Lula já inauguraram...
Parabéns ao Paraguai que deu um golpe antibolivariano no Fórum S. Paulo, escolhendo o melhor para o seu povo, independentemente dos beicinhos das tias e dos filhotes de Fidel Castro...
Os trambiqueiros da República Velha ? O Vargas golpista ? Os militares golpistas ? Os tucanos entreguistas ?
Todos incompetentes.
Me cite 3 obras de infraestrutura que tivemos nos últimos 3 governos..Obras que trouxeram desenvolvimento para o nosso país e mudo meu discurso.
- JT8D
- Sênior
- Mensagens: 1164
- Registrado em: Sex Mai 04, 2007 1:29 pm
- Agradeceu: 194 vezes
- Agradeceram: 100 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Saindo da discussão partidária e voltando aos fatos:
É inegável que a política externa brasileira na America do Sul tem favorecido a aproximação com os bolivarianos. O discurso é que são economias com grande potencial de crescimento e que o Brasil pode se beneficiar economicamente destas alianças políticas.
O que me deixa frustrado é que este discurso não tem se concretizado, muito pelo contrário. A Bolivia expropriou a refinaria da Petrobras, tem maltratado brasileiros que vivem na fronteira e não perde uma oportunidade de nos chamar de imperialistas. Em todas as compras militares eles sequer cogitam equipamento brasileiro, preferindo aviões chineses, por exemplo. O Peru há muito tempo não compra material militar brasileiro. Recentemente compraram aviões coreanos. O Equador nos causou problemas recusando-se a pagar as obras realizadas pela Odebrecht na construção de uma usina hidro-elétrica. A Venezuela só compra material russo e o dinheiro que o Chavez havia prometido para a refinaria no nordeste não saiu até hoje (a Petrobras está arcando com os custos sozinha). Enfim, enquanto damos apoio político a eles, eles querem que nós, "imperialistas", nos ferremos.
Já estados "reaças", dos quais o Itamaraty quer distância, querem comprar nossos produtos. O Paraguai estava nos comprando seis Super Tucanos. A Colombia é cliente fiel da Embraer e inclusive parceira no KC390. O Chile nos comprou Super Tucanos recentemente e a Enaer tem sido uma parceira da Embraer nos últimos anos.
Acho que não devemos ter preconceito ideológico nem para um lado e nem pro outro e praticar uma política externa mais pragmática, tratando a cada país da mesma forma que eles nos tratam. Do contrário ficaremos desmoralizados e nunca seremos vistos como líderes de nada.
É só minha opinião.
Abraços,
JT
É inegável que a política externa brasileira na America do Sul tem favorecido a aproximação com os bolivarianos. O discurso é que são economias com grande potencial de crescimento e que o Brasil pode se beneficiar economicamente destas alianças políticas.
O que me deixa frustrado é que este discurso não tem se concretizado, muito pelo contrário. A Bolivia expropriou a refinaria da Petrobras, tem maltratado brasileiros que vivem na fronteira e não perde uma oportunidade de nos chamar de imperialistas. Em todas as compras militares eles sequer cogitam equipamento brasileiro, preferindo aviões chineses, por exemplo. O Peru há muito tempo não compra material militar brasileiro. Recentemente compraram aviões coreanos. O Equador nos causou problemas recusando-se a pagar as obras realizadas pela Odebrecht na construção de uma usina hidro-elétrica. A Venezuela só compra material russo e o dinheiro que o Chavez havia prometido para a refinaria no nordeste não saiu até hoje (a Petrobras está arcando com os custos sozinha). Enfim, enquanto damos apoio político a eles, eles querem que nós, "imperialistas", nos ferremos.
Já estados "reaças", dos quais o Itamaraty quer distância, querem comprar nossos produtos. O Paraguai estava nos comprando seis Super Tucanos. A Colombia é cliente fiel da Embraer e inclusive parceira no KC390. O Chile nos comprou Super Tucanos recentemente e a Enaer tem sido uma parceira da Embraer nos últimos anos.
Acho que não devemos ter preconceito ideológico nem para um lado e nem pro outro e praticar uma política externa mais pragmática, tratando a cada país da mesma forma que eles nos tratam. Do contrário ficaremos desmoralizados e nunca seremos vistos como líderes de nada.
É só minha opinião.
Abraços,
JT
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
JT, a questão também é técnica quanto a entrada da Venezuela, como tudo lá é feito de acordo com a personalidade dita do Comandante até hoje algumas normas integrar eles não cumpriram com a Tarifa Comum...há o problema do rompimento diplomático entre Israel e Caracas, o país do Oriente Médio foi o primeiro a ter acordo comercial com o Bloco.JT8D escreveu:Saindo da discussão partidária e voltando aos fatos:
É inegável que a política externa brasileira na America do Sul tem favorecido a aproximação com os bolivarianos. O discurso é que são economias com grande potencial de crescimento e que o Brasil pode se beneficiar economicamente destas alianças políticas.
O que me deixa frustrado é que este discurso não tem se concretizado, muito pelo contrário. A Bolivia expropriou a refinaria da Petrobras, tem maltratado brasileiros que vivem na fronteira e não perde uma oportunidade de nos chamar de imperialistas. Em todas as compras militares eles sequer cogitam equipamento brasileiro, preferindo aviões chineses, por exemplo. O Peru há muito tempo não compra material militar brasileiro. Recentemente compraram aviões coreanos. O Equador nos causou problemas recusando-se a pagar as obras realizadas pela Odebrecht na construção de uma usina hidro-elétrica. A Venezuela só compra material russo e o dinheiro que o Chavez havia prometido para a refinaria no nordeste não saiu até hoje (a Petrobras está arcando com os custos sozinha). Enfim, enquanto damos apoio político a eles, eles querem que nós, "imperialistas", nos ferremos.
Já estados "reaças", dos quais o Itamaraty quer distância, querem comprar nossos produtos. O Paraguai estava nos comprando seis Super Tucanos. A Colombia é cliente fiel da Embraer e inclusive parceira no KC390. O Chile nos comprou Super Tucanos recentemente e a Enaer tem sido uma parceira da Embraer nos últimos anos.
Acho que não devemos ter preconceito ideológico nem para um lado e nem pro outro e praticar uma política externa mais pragmática, tratando a cada país da mesma forma que eles nos tratam. Do contrário ficaremos desmoralizados e nunca seremos vistos como líderes de nada.
É só minha opinião.
Abraços,
JT
Há sim questão do Chaves importações aceitar produtos com tarifas menores que o TCM, se ele faz isso em detrimento da indústria local por que não faria da dos parceiros?
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
E se o Brasil fosse à luta sem o Mercosul...
Autor(es): Por Sergio Leo
Valor Econômico - 09/07/2012
Nem todos estavam lá, mas se um interessado fizer uma lista dos principais pesquisadores sobre comércio exterior e negociações comerciais no Brasil começaria pelos participantes de um discreto seminário de especialistas realizado pelo Ipea, na semana passada, com o árido tema "O Brasil, o multilateralismo comercial e a OMC". Algumas das melhores cabeças da área imaginaram um cenário de médio prazo para as perspectivas comerciais do Brasil e, fato notável, nem mencionaram o Mercosul, ou a necessidade de acertar ponteiros com vizinhos no continente.
Com exceção de uma ou outra voz mais radicalmente plantada no ideário liberal, não passava pela cabeça de mais ninguém defender o fim do Mercosul, principal mercado para os manufaturados brasileiros - não só porque os produtos entram nos mercados vizinhos sem tarifa, como porque os países do bloco são obrigados a ter a mesma tarifa de importação para terceiros países, dando proteção aos fabricantes brasileiros. Mas os acadêmicos convidados a pensar o futuro do Brasil imaginam cenários de voo solo para o país.
Não se fala mais no Mercosul como um "building block", tijolinho a partir do qual o Brasil construiria sua atuação comercial no mundo. Pelo contrário, o que se discute é como atuar sem que os compromissos do Mercosul sejam um entrave. O tamanho do Brasil e seus interesses variados fazem com que a agenda comercial do país dependa de uma estratégia multilateral, com o mundo todo, e não amarrada em acordos regionais, resumiu a economista Sandra Rios, coordenadora, com Pedro Motta Veiga, da "força-tarefa" de acadêmicos reunida pelo Ipea.
O mundo não parou à espera de um acordo que atenda ao país
O óbvio, que as negociações de liberalização comercial da chamada Rodada Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), estão praticamente enterradas, até por falta de interesse da principal economia do mundo, os Estados Unidos, foi reconhecido até pelas autoridades chamadas para o debate no Ipea, o diretor do Departamento de Comércio do Itamaraty, Pedro Estivalet, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Márcio Cozendey, e Renato Rezende, da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento.
O problema é que o mundo não está parado, na falta de um grande acordo multilateral que atenda a prioridades do Brasil, como regular subsídios e reduzir barreiras no comércio de produtos agrícolas, além de garantir acesso a tecnologias sem restrições indevidas ao uso de direitos de propriedade intelectual.
A profusão de acordos preferenciais de comércio derruba tarifas para competidores do Brasil em mercados relevantes, como os vizinhos sul-americanos com praias no Oceano Pacífico, e certas tendências do comércio internacional pressionam o Brasil a deixar a posição de espectador, como a proliferação de medidas não tarifárias (ambientais, de normas técnicas, de segurança alimentar), e a fixação de padrões e normas de compras privados por grandes empresas multinacionais.
O fato de que o multilateralismo estagnou não significa que esteja morto, lembrou Cozendey. Um exemplo disso é a importância do órgão de solução de controvérsias da Organização Mundial de Comércio, ainda hoje uma arma, ainda que limitada, contra barreiras indevidas no comércio. Não à toa, boa parte das recomendações da força-tarefa criada pelo Ipea indica a necessidade de preparação, no Brasil, para influir mais fortemente na criação de regras internacionais ou na aplicação das já existentes.
É preciso lidar, na OMC e em outras esferas internacionais, com as barreiras representadas por restrições a importações inventadas por grandes empresas multinacionais, por exemplo, criar limites mais definidos para aplicação de normas técnicas, trabalhistas, ambientais e outras.
Também é necessário descobrir como lidar com a pesada atuação internacional de bancos públicos e de estatais, de países como Rússia e China (levando-se em conta que o Brasil também tem sua Petrobras e BNDES a defender), como conter subsídios desleais que distorcem comércio... a lista é grande.
Para o governo, como ficou claro no seminário, é a crise internacional que impede avanço nas discussões multilaterais - ainda que países menores, de baixo custo de mão de obra ou sem indústrias a proteger, sigam fechando acordos com países ricos, ou asiáticos, em busca de ampliação de mercados.
Há quem questione essa análise, e aponte na falta de reformas competitivas no Brasil o grande obstáculo a uma ação mais arrojada do país no campo comercial.
Apesar das visões distintas, os especialistas reunidos pelo Ipea alcançaram consenso na maior parte dos diagnósticos e propostas para o Brasil, mas é significativo que tenha havido polêmica na discussão dos efeitos do câmbio sobre o futuro comercial do país.
Para alguns, a questão do câmbio está ligada, na maior parte, a questões internas dos países, como a política monetária no controle da inflação, e deve ser tratada em instâncias como o FMI e o G-20.
Do outro lado, que coincide com a avaliação hegemônica no governo, o câmbio é hoje uma ferramenta comercial de uso generalizado.
"Se não se consideram os desalinhamentos do câmbio, discutir tarifas é uma ficção diplomática", insistiu a professora da Fundação Getulio Vargas, Vera Thorstensen, que por muito tempo assessorou a missão do Brasil na OMC e hoje é uma das especialistas mais dedicadas a mostrar o brutal impacto das manipulações do câmbio sobre as condições de competitividade da indústria.
É outra discussão em que o Brasil fala língua diferente dos parceiros Argentina e Venezuela. Esses atacaram o problema com controles cada vez mais dramáticos sobre o uso de moeda estrangeira. Pode até haver estratégia comum no Mercosul sobre esse tema, mas no campo tático será difícil fazer o time entrar junto em campo.
Autor(es): Por Sergio Leo
Valor Econômico - 09/07/2012
Nem todos estavam lá, mas se um interessado fizer uma lista dos principais pesquisadores sobre comércio exterior e negociações comerciais no Brasil começaria pelos participantes de um discreto seminário de especialistas realizado pelo Ipea, na semana passada, com o árido tema "O Brasil, o multilateralismo comercial e a OMC". Algumas das melhores cabeças da área imaginaram um cenário de médio prazo para as perspectivas comerciais do Brasil e, fato notável, nem mencionaram o Mercosul, ou a necessidade de acertar ponteiros com vizinhos no continente.
Com exceção de uma ou outra voz mais radicalmente plantada no ideário liberal, não passava pela cabeça de mais ninguém defender o fim do Mercosul, principal mercado para os manufaturados brasileiros - não só porque os produtos entram nos mercados vizinhos sem tarifa, como porque os países do bloco são obrigados a ter a mesma tarifa de importação para terceiros países, dando proteção aos fabricantes brasileiros. Mas os acadêmicos convidados a pensar o futuro do Brasil imaginam cenários de voo solo para o país.
Não se fala mais no Mercosul como um "building block", tijolinho a partir do qual o Brasil construiria sua atuação comercial no mundo. Pelo contrário, o que se discute é como atuar sem que os compromissos do Mercosul sejam um entrave. O tamanho do Brasil e seus interesses variados fazem com que a agenda comercial do país dependa de uma estratégia multilateral, com o mundo todo, e não amarrada em acordos regionais, resumiu a economista Sandra Rios, coordenadora, com Pedro Motta Veiga, da "força-tarefa" de acadêmicos reunida pelo Ipea.
O mundo não parou à espera de um acordo que atenda ao país
O óbvio, que as negociações de liberalização comercial da chamada Rodada Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), estão praticamente enterradas, até por falta de interesse da principal economia do mundo, os Estados Unidos, foi reconhecido até pelas autoridades chamadas para o debate no Ipea, o diretor do Departamento de Comércio do Itamaraty, Pedro Estivalet, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Márcio Cozendey, e Renato Rezende, da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento.
O problema é que o mundo não está parado, na falta de um grande acordo multilateral que atenda a prioridades do Brasil, como regular subsídios e reduzir barreiras no comércio de produtos agrícolas, além de garantir acesso a tecnologias sem restrições indevidas ao uso de direitos de propriedade intelectual.
A profusão de acordos preferenciais de comércio derruba tarifas para competidores do Brasil em mercados relevantes, como os vizinhos sul-americanos com praias no Oceano Pacífico, e certas tendências do comércio internacional pressionam o Brasil a deixar a posição de espectador, como a proliferação de medidas não tarifárias (ambientais, de normas técnicas, de segurança alimentar), e a fixação de padrões e normas de compras privados por grandes empresas multinacionais.
O fato de que o multilateralismo estagnou não significa que esteja morto, lembrou Cozendey. Um exemplo disso é a importância do órgão de solução de controvérsias da Organização Mundial de Comércio, ainda hoje uma arma, ainda que limitada, contra barreiras indevidas no comércio. Não à toa, boa parte das recomendações da força-tarefa criada pelo Ipea indica a necessidade de preparação, no Brasil, para influir mais fortemente na criação de regras internacionais ou na aplicação das já existentes.
É preciso lidar, na OMC e em outras esferas internacionais, com as barreiras representadas por restrições a importações inventadas por grandes empresas multinacionais, por exemplo, criar limites mais definidos para aplicação de normas técnicas, trabalhistas, ambientais e outras.
Também é necessário descobrir como lidar com a pesada atuação internacional de bancos públicos e de estatais, de países como Rússia e China (levando-se em conta que o Brasil também tem sua Petrobras e BNDES a defender), como conter subsídios desleais que distorcem comércio... a lista é grande.
Para o governo, como ficou claro no seminário, é a crise internacional que impede avanço nas discussões multilaterais - ainda que países menores, de baixo custo de mão de obra ou sem indústrias a proteger, sigam fechando acordos com países ricos, ou asiáticos, em busca de ampliação de mercados.
Há quem questione essa análise, e aponte na falta de reformas competitivas no Brasil o grande obstáculo a uma ação mais arrojada do país no campo comercial.
Apesar das visões distintas, os especialistas reunidos pelo Ipea alcançaram consenso na maior parte dos diagnósticos e propostas para o Brasil, mas é significativo que tenha havido polêmica na discussão dos efeitos do câmbio sobre o futuro comercial do país.
Para alguns, a questão do câmbio está ligada, na maior parte, a questões internas dos países, como a política monetária no controle da inflação, e deve ser tratada em instâncias como o FMI e o G-20.
Do outro lado, que coincide com a avaliação hegemônica no governo, o câmbio é hoje uma ferramenta comercial de uso generalizado.
"Se não se consideram os desalinhamentos do câmbio, discutir tarifas é uma ficção diplomática", insistiu a professora da Fundação Getulio Vargas, Vera Thorstensen, que por muito tempo assessorou a missão do Brasil na OMC e hoje é uma das especialistas mais dedicadas a mostrar o brutal impacto das manipulações do câmbio sobre as condições de competitividade da indústria.
É outra discussão em que o Brasil fala língua diferente dos parceiros Argentina e Venezuela. Esses atacaram o problema com controles cada vez mais dramáticos sobre o uso de moeda estrangeira. Pode até haver estratégia comum no Mercosul sobre esse tema, mas no campo tático será difícil fazer o time entrar junto em campo.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Resumindo, a Venezuela, sem Chavez, seria um excelente parceiro.JT, a questão também é técnica quanto a entrada da Venezuela, como tudo lá é feito de acordo com a personalidade dita do Comandante até hoje algumas normas integrar eles não cumpriram com a Tarifa Comum...há o problema do rompimento diplomático entre Israel e Caracas, o país do Oriente Médio foi o primeiro a ter acordo comercial com o Bloco.
Há sim questão do Chaves importações aceitar produtos com tarifas menores que o TCM, se ele faz isso em detrimento da indústria local por que não faria da dos parceiros?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Boss
- Sênior
- Mensagens: 4136
- Registrado em: Ter Ago 10, 2010 11:26 pm
- Agradeceu: 103 vezes
- Agradeceram: 356 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Hein ? Eu falei que todos são incompetentes, o que inclui, além do PT, o resto...Italo Lobo escreveu:Boss escreveu: Não fale só do PT. Me diga que governo republicano no Brasil governava pelo País e não por seus interesses.
Os trambiqueiros da República Velha ? O Vargas golpista ? Os militares golpistas ? Os tucanos entreguistas ?
Todos incompetentes.
Me cite 3 obras de infraestrutura que tivemos nos últimos 3 governos..Obras que trouxeram desenvolvimento para o nosso país e mudo meu discurso.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Paisano
- Sênior
- Mensagens: 16163
- Registrado em: Dom Mai 25, 2003 2:34 pm
- Localização: Volta Redonda, RJ - Brasil
- Agradeceu: 649 vezes
- Agradeceram: 285 vezes
- Contato:
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
A MANIA DE DIMINUIR O BRASIL SÓ PODE SER MEDO DE UM PAÍS GRANDE DAR CERTO, O QUE, EM MUITOS ASPECTOS, JÁ ESTÁ ACONTECENDO.
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com. ... -medo.html
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com. ... -medo.html
Por Guilherme de Aguiar Patriota, Chanceler e integrante da Assessoria Especial da Presidência da República.
“O derrotismo encontrou até acolhida teórica na formulação de que o país "não possui excedente de poder" e, portanto, não pode aspirar a objetivos fora do fácil alcance das mãos.
Essa tese predestina o quinto maior país do mundo - hoje sexta economia - a um desígnio de perpétuo alinhamento aos mais fortes, numa versão diplomática do mal-afamado complexo de vira-lata.
Verificamos ser necessário que uma estrangeira (Julia Sweig, do Conselho de Relações Exteriores dos EUA) nos ajude a interpretar de forma mais sofisticada e, ouso dizer, positiva, o episódio da suspensão do Paraguai do MERCOSUL e da incorporação da Venezuela ao bloco. Essa última iniciativa vinha se arrastando por vários anos. Os termos da acessão já haviam sido negociados e firmados no mais alto nível pelos chefes de Estado dos quatro membros do MERCOSUL e do país entrante. A plena incorporação da Venezuela ao MERCOSUL - não custa lembrar -foi ratificada pelos poderes legislativos dos países que ainda conservam sua plenitude democrática intacta no âmbito do agrupamento subregional.
A angústia antecipatória com o êxito também se voltou contra a "Rio+20", declarada um fracasso ab initio por Exército de "especialistas", muitos querendo acoplar à maior conferência da história das Nações Unidas suas respectivas agendas políticas paroquiais.
Pouco importa o fato de a organização do evento ter sido impecável. Foram 17 mil inscritos na "Rio-92"; 48 mil na "Rio+20" - eventos de dimensões incomparáveis.
O resultado espetacular para padrões da ONU não parece encontrar eco entre aqueles que apostavam ideologicamente no fracasso. O país anfitrião convenceu (não pela força ou malícia, mas pelo talento de seus diplomatas) 192 Estados membros a aprovarem por aclamação um documento de 49 páginas, 283 parágrafos, que versa sobre praticamente todos os temas da agenda internacional. Não se produziram tratados. Mas, para quem lida com o multilateralismo, uma visão de futuro consensual vale mais do que compromissos pontuais juridicamente vinculantes.
O Brasil incorporou ao consenso sua visão de como estabelecer um círculo virtuoso entre crescimento econômico, inclusão social, e proteção do meio ambiente. Muitos franziram a testa porque o documento não consagrou o caminho das "soluções de mercado". Não se criou mais um fundo assistencialista, ou uma nova agência especializada da ONU - como se resolvessem.
Finalmente, temos os órfãos dos acordos de livre comércio assimétricos, utilizados para promover a abertura unilateral de mercados em países em desenvolvimento. A obsessão por tais acordos não está em sintonia com o mundo pós-Lehman Brothers, sujeito a manipulações cambiais, a afrouxamentos quantitativos trilionários e ao protecionismo do mais forte.
Surpreende que ainda existam pessoas que prefiram reduzir tarifas a reduzir pobreza. Na atualidade da crise, os regimes de comércio têm de levar em conta equilíbrios mais amplos de fatores. É necessário pensar em integração de cadeias produtivas, geração de demanda e empregos, segurança alimentar e energética, acesso à tecnologia e ao conhecimento, produtividade e sustentabilidade. É preciso entender que o dinamismo econômico migra dos países ocidentais desenvolvidos para conjunto cada vez mais assertivo de países em desenvolvimento em processo de expansão quantitativa e qualitativa.
De minha parte, capto ao menos um consenso positivo entre os analistas nacionais: o reconhecimento de que o peso e a projeção do Brasil se alçaram a níveis nunca antes vistos na história deste país.
Tenho orgulho do quanto o país avançou nos meus quase 30 anos de carreira. A complexidade dos desafios, a densidade de nosso papel e as responsabilidades que assumimos não têm nível de comparação com o universo mais simples da diplomacia menos arrojada de antanho. Felizmente, a liderança brasileira de hoje não sofre de vertigem.”
FONTE: escrito por Guilherme de Aguiar Patriota, Chanceler e integrante da Assessoria Especial da Presidência da República. Artigo publicado no “O Globo” e transcrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/al/noticia/ ... a-sem-medo) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Patriota e Maloof ...
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Cockspur Street, a exatos 155 passos da Trafalgar Square. Um belíssimo edifício de seis andares. Comprado pelo governo brasileiro, há um ano, por mais de 20 milhões de libras, algo como R$ 63 milhões ao câmbio de hoje. A partir da segunda-feira, 16, este será o novo endereço da embaixada do Brasil em Londres.
Neste sábado, 14, caixotes no saguão do prédio, ainda embalados, e o caminhão da Pickfords Movers, de placa Y326 FHG, estacionado em frente. Cinco homens descarregam móveis na manhã e tarde de garoa gelada. Mudança antecipada, acelerada nos últimos dias para que tudo esteja pronto quando Dilma Rousseff chegar.
A presidente do Brasil tem desembarque anunciado para dia 25 e partida a 28 deste julho, um dia depois da cerimônia de abertura das Olimpíadas; por ora, ainda na fase de murmúrios no circuito diplomático, sua presença ou não em recepção no Palácio de Buckingham.
Até esse final de semana, 14 e 15, a embaixada brasileira funciona em casa alugada. Na 32, Green Street, elegante região de Mayfair.
A nova embaixada do Brasil está a uma quadra e na mesma rua que desemboca na Trafalgar Square, no valorizadíssimo centro de Londres. A praça, que celebra a vitória inglesa contra Napoleão Bonaparte, entre os séculos XIV e XVII abrigava os estábulos do Palácio Whitehall.
Em obras, cercada por tapumes nesta véspera de Olimpíadas, a Trafalgar tem ao centro uma coluna. No topo, uma estátua do Almirante Nelson, que em 21 de outubro de 1805 comandou a Marinha Real no Cabo de Trafalgar, na costa espanhola.
Se a Trafalgar está a precisos 155 passos da embaixada do Brasil, a estátua do Rei George III está na pracinha em frente ao número 14 da Cockspur Street.
George III na calçada em frente à da embaixada brasileira tem algum sentido histórico. Foi ele quem, em 1808, ordenou escoltar até o Brasil D. João VI e a corte de Portugal, que fugiam da invasão das tropas de Napoleão.
Dos janelões da novíssima e reluzente embaixada se vê o Rei George III; montado em seu cavalo, espada desembaiada. Como também registra a história, George William Frederick, o George III, terminou a vida conhecido como "O Louco".
http://esportes.terra.com.br/jogos-olim ... 3-milhoes/
Dá até inveja quem mora em país que pode pagar isso...não deve ter nenhum problema de educação.
Neste sábado, 14, caixotes no saguão do prédio, ainda embalados, e o caminhão da Pickfords Movers, de placa Y326 FHG, estacionado em frente. Cinco homens descarregam móveis na manhã e tarde de garoa gelada. Mudança antecipada, acelerada nos últimos dias para que tudo esteja pronto quando Dilma Rousseff chegar.
A presidente do Brasil tem desembarque anunciado para dia 25 e partida a 28 deste julho, um dia depois da cerimônia de abertura das Olimpíadas; por ora, ainda na fase de murmúrios no circuito diplomático, sua presença ou não em recepção no Palácio de Buckingham.
Até esse final de semana, 14 e 15, a embaixada brasileira funciona em casa alugada. Na 32, Green Street, elegante região de Mayfair.
A nova embaixada do Brasil está a uma quadra e na mesma rua que desemboca na Trafalgar Square, no valorizadíssimo centro de Londres. A praça, que celebra a vitória inglesa contra Napoleão Bonaparte, entre os séculos XIV e XVII abrigava os estábulos do Palácio Whitehall.
Em obras, cercada por tapumes nesta véspera de Olimpíadas, a Trafalgar tem ao centro uma coluna. No topo, uma estátua do Almirante Nelson, que em 21 de outubro de 1805 comandou a Marinha Real no Cabo de Trafalgar, na costa espanhola.
Se a Trafalgar está a precisos 155 passos da embaixada do Brasil, a estátua do Rei George III está na pracinha em frente ao número 14 da Cockspur Street.
George III na calçada em frente à da embaixada brasileira tem algum sentido histórico. Foi ele quem, em 1808, ordenou escoltar até o Brasil D. João VI e a corte de Portugal, que fugiam da invasão das tropas de Napoleão.
Dos janelões da novíssima e reluzente embaixada se vê o Rei George III; montado em seu cavalo, espada desembaiada. Como também registra a história, George William Frederick, o George III, terminou a vida conhecido como "O Louco".
http://esportes.terra.com.br/jogos-olim ... 3-milhoes/
Dá até inveja quem mora em país que pode pagar isso...não deve ter nenhum problema de educação.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- cassiosemasas
- Sênior
- Mensagens: 2700
- Registrado em: Qui Set 24, 2009 10:28 am
- Agradeceu: 87 vezes
- Agradeceram: 86 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
po velho, concordo em ser critico mas as vezes isso é demasiado...queria o que? uma embaixada em algum suburbio? ou em um barraco?Dá até inveja quem mora em país que pode pagar isso...não deve ter nenhum problema de educação.
sei lá...não concordo com tua afirmação...a mim passa a impressão de que tudo esta errado...e que nunca acertamos em nada...po...falta um pouco mais de carinho, sem perder o senso critico claro.
...
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
A antiga embaixada era um prédio de 4 andares, menor que essa, mas devemos lembrar que a Inglaterra durante aquele período era muito mais importante para nossa diplomacia. E economicamente a importância do país da rainha diminui. Se a Escócia sair então, vai restar o quê?
Se a importância do país conosco diminuiu e o próprio tem chances ficar menor, por que ter uma embaixada maior e mais cara então?
Se a importância do país conosco diminuiu e o próprio tem chances ficar menor, por que ter uma embaixada maior e mais cara então?
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Pq a inglaterra ainda é influente na europa e sua influencia na europa ainda está entre as top3 com ou sem escócia. È tb um dos 2 unicos paises com regiões ultramarinas que interessam ao Brasil.
E o gasto do ministerio das relações exteriores não chega a 0,10% do PIB. Pra 2012 estava em 0,06% mesmo com aquela expansão de embaixadas pelo mundo. Logo falar de gastos demasiados é meio difícil.
E o gasto do ministerio das relações exteriores não chega a 0,10% do PIB. Pra 2012 estava em 0,06% mesmo com aquela expansão de embaixadas pelo mundo. Logo falar de gastos demasiados é meio difícil.
-
- Sênior
- Mensagens: 3804
- Registrado em: Qua Dez 03, 2008 12:34 am
- Localização: Goiânia-GO
- Agradeceu: 241 vezes
- Agradeceram: 84 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Acho que também há uma questão de tradição. Sempre li que ser embaixador em Londres é considerado na diplomacia como ápice da carreira (fora de chanceler/ Ministro das Relações Exteriores, que é indicação política e cargo de livre nomeação da Presidência).
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Londres, Argentina e França são com certeza as embaixadas +luxuosas. E algumas das mais antigas. A da argentina ainda é no mesmo lugar que era na época do império.