NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Vamos ver quanto tempo ele vai agüentar ficar na terra sem lei que é a nação Brasileira.
Festas, glamour e bundas, com o tempo e a exposição contínua se tornam um símbolo de uma decadência cultural, moral e civilizatória, uma hora ele vai querer voltar para sua paz.
Eu doido pra ir embora e esse louco entrando...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Quem está com Lula e Maluf na foto (além de Haddad)?
O esconde-esconde da imagem: a reação de Luiza Erundina dá razão a Lula ao provar que a representação da realidade é a única realidade que importa.
ELIANE BRUM - Revista Época - 25/06/2012.
A história é verídica. Aconteceu em 1988, nos primeiros anos da redemocratização do Brasil, uma época ultrapassada em que “malufar” era sinônimo de “roubar”. A menina, uma amiga, é hoje uma mulher e tornou-se jornalista. Ao ver a foto de Lula apertando a mão de Maluf, olhei “pelo retrovisor” e lembrei desse episódio.
Depois do choque inicial diante da foto de Lula com Maluf (e sem perdê-lo jamais), o que começou a me perturbar era que Lula pode ter razão. Não razão em pisotear os princípios e engolir a biografia, óbvio. Mas razão para acreditar que a imagem é a única realidade que importa para alcançar os fins. Que com um minuto e meio a mais de TV é possível fazer o eleitor acreditar que Fernando Haddad é o “novo” – e que o “novo”, ainda que ungido por velhas e viciadas práticas, é o melhor para administrar São Paulo. O que dá razão a Lula é a reação da opinião pública – e principalmente a de Luiza Erundina.
À primeira vista, a desistência de Luiza Erundina (PSB) de ser a vice de Haddad, supostamente em nome dos princípios, assim como a reação da sociedade e da própria militância petista, apontariam para um erro político estratégico. Em busca de um minuto e meio a mais na TV, Lula teria esquecido do que o levou a aceitar o inaceitável: o poder da imagem. Ou, em busca de ampliar o poder da imagem, Lula esqueceu-se do poder da imagem. Esqueceu-se daquilo que Maluf lembrou e por isso exigiu, em troca do apoio do PP à candidatura de Haddad: “A foto faz parte do pacote”.
A imagem, quando substitui a realidade ou se torna toda a realidade, pode nos cegar. Por isso, quero aqui apenas rememorar o que vemos nesta foto – e o que não vemos. O que vemos é Lula e Maluf – Haddad entre eles, mas sem importar muito (e isso é importante, já que Haddad não importa muito porque é o “novo” sem história).
O que vemos é Lula apertar a mão de quem no passado havia chamado de “o símbolo da pouca-vergonha nacional”. E Maluf apertar a mão de quem no passado havia chamado de “ave de rapina”. O que vemos é Lula, que no passado representou a possibilidade de ética na política, apertar a mão de quem no passado – e também hoje, mas agora embaralhado com muitos outros – representou a corrupção na política. O que vemos é Lula, que até alguns anos atrás encarnava um novo jeito de fazer política, consolidando mais uma aliança com o velho jeito de fazer política.
De fato, porém, o que vemos não é novo. Mas a foto nos faz acreditar que é. Ora, há quanto tempo o que existe de mais retrógrado e fisiológico na política nacional se tornou parte do espectro de alianças do PT, em nome da “governabilidade” ou em nome dos fins? O PP de Maluf esteve no governo Lula e está no governo Dilma – como antes esteve no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Lula apertou a mão de Maluf há muito tempo. Desde o primeiro mandato como presidente, pelo menos.
A foto permitiu que parte da sociedade enxergasse essa aliança. É bom enxergar, antes tarde do que nunca? É, claro que é. Mas também não é. Porque, se acreditarmos que as imagens são toda a realidade, nos tornamos facilmente manipuláveis. Se só conseguimos enxergar o que vira imagem, nos colocamos em um lugar muito frágil. No lugar que explica Lula apertar a mão de Maluf para garantir um minuto e meio a mais de espetáculo, no qual faz o truque de transformar o desconhecido em conhecido, o velho em novo.
Nesta imagem histórica, é quem não estava na foto que nos revela o quanto nos deixamos cegar tanto pelo que vemos – quanto pelo que não vemos. É Luiza Erundina, que agora desponta como aquela que disse: “Não aceito”. Ou como a guardiã dos princípios na política, a mulher que deu uma lição ética a Lula e ao PT, aquela que resistiu ao pragmatismo da “realpolitik”. É provável que Erundina seja uma mulher de princípios, porque parte da sua história pública nos prova isso. Mas não neste episódio.
No momento em que a imagem de Lula apertando a mão de Maluf foi imortalizada com um clique, Luiza Erundina estava lá naquela foto. Não estava, mas estava, porque havia aceitado a aliança com o PP de Maluf. Embora dizendo-se “desconfortável” com a aliança em declarações anteriores à fotografia, ela sabia da aliança e aceitou a possibilidade da aliança no momento em que aceitou ser a vice de Haddad.
Logo, Luiza Erundina não desistiu de ser vice por uma questão de princípios, mas por uma questão de imagem. Ou pelo fato de a foto desmascarar a falta de princípios que ela conhecia e aceitara. Ou ainda, porque a foto tornou mais real a realidade.
O problema, para Luiza Erundina, não era a aliança com Maluf, esta ela podia aceitar. Como não foi um problema para ela aceitar, em 2004, a aliança com Orestes Quércia (PMDB) – que não chegava a ser um Maluf, mas estava longe de ter boa fama. O problema, para Erundina, era exibir a aliança com Maluf em uma foto estampada na capa dos jornais. E passar a correr o risco – altíssimo – de aparecer, também fisicamente, em uma próxima foto. Neste sentido, ainda que apenas por erro de cálculo, Lula foi mais coerente que Erundina. Fez a aliança e permitiu a representação da aliança – pagou o preço cobrado por Maluf, que além de mais um cargo obtido no governo de Dilma para o PP, exigiu também uma imagem.
Antes da foto, mas já com as negociações bem adiantadas, Erundina declarou-se “desconfortável” com a presença quase certa de Maluf na campanha. Apenas “desconfortável”. Ela disse: “Para mim não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf. A campanha não sou eu nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo e complexo, e isso se dilui, ao meu ver. (Mas) Claro que é desconfortável”. Após a publicação da foto, mas ainda antes de tomar a decisão de desistir da candidatura, ela fez uma declaração especialmente reveladora: “A foto provocou repulsa, uma reação em cadeia. Fui bombardeada nas redes sociais”. Depois de deixar a chapa, porque a imagem não se “diluiu” como o esperado, Erundina afirmou: “Quando a gente faz uma coisa que corresponde ao anseio da sociedade, a gente fica feliz”.
É claro que as pessoas podem mudar de ideia. É também desejável que voltem atrás, ao perceber que fizeram uma escolha errada. É preciso enxergar, porém, que Erundina teve bastante tempo para pensar nos seus princípios antes da foto, mas já com a aliança com Maluf bem delineada no horizonte. Portanto, é legítimo duvidar de que seu recuo seja justificado pelos princípios. Ela assume isso em várias declarações, especialmente nesta, sem parecer enxergar a contradição: “O tempo de TV é importante, mas não a ponto de sacrificar a imagem”.
Foi para não sacrificar sua imagem (e não seus princípios, como a repercussão de sua decisão fez parecer), que ela desistiu de ser vice. Por estar fisicamente ausente da imagem fatídica, Luiza Erundina produziu uma outra imagem simbólica que lhe interessa muito mais. Seria melhor para Erundina, para nós e para a democracia se ela ficasse feliz não por corresponder aos anseios da sociedade, mas por corresponder aos princípios éticos que norteiam a sua vida, mesmo que estes a levassem, eventualmente, a contrariar a opinião pública.
Vale a pena enxergar também que a postura de Luiza Erundina neste episódio mostrou, de novo, que Lula e o PT estão certos ao acreditar que um minuto e meio a mais de exposição planejada, produzida e controlada na TV seja decisivo para a candidatura de Haddad. A decisão de Erundina, tomada só após a foto, prova que, para ela e para muitos, é a imagem que vale, não a realidade. Ou é a imagem que torna real a realidade. Se a aliança estivesse consolidada – mas sem uma imagem para representá-la –, será que Erundina desistiria de ser vice? Ela mesma já respondeu: “Eu até entenderia se fosse um ato firmado dentro de um espaço institucional, entre diretórios, mas não dessa forma personalista”.
Para completar a foto há ainda o PSDB, o oponente sem oposição de fato no que diz respeito à imagem-bomba. A declaração de José Serra ao comentar a aliança entre Lula e Maluf foi a seguinte: “O PSDB tem um tempo suficiente de televisão. Não vale tudo para aumentar isso”. E a de Aécio Neves: “Isso não muda o resultado eleitoral, mas fragiliza o discurso de faxina do governo. No momento em que o governo federal se dispõe a fazer esse tipo de concessão, em troca de apoio político, essa discussão da faxina fica muito frágil.” Aécio ainda disse que a troca de apoio político por espaço na campanha de rádio e TV não deveria virar regra no país.
Seria um discurso alentador, não tivéssemos acompanhado os enormes esforços empreendidos pelo PSDB para conquistar o apoio de Maluf. Seria um discurso estimulante, não fosse uma outra foto mostrar Serra apertando a mão do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), afastado por Dilma por suspeita de corrupção. Valdemar Costa Neto, um dos réus no processo do “mensalão”, não está na foto, mas foi um dos arquitetos da aliança do PSDB com o PR na disputa da prefeitura paulistana. Ou seja, Valdemar Costa Neto, outra figura que não fica bem na foto, estava sem estar. De novo, o jogo de esconde-esconde das imagens.
Ao buscar um minuto e meio a mais de imagem, Lula afobou-se e esqueceu-se, por um momento, da natureza perigosa do que foi buscar. Mas deve contar com a possibilidade de a imagem sinistra ser esquecida – ou substituída por outras, produzidas pelos marqueteiros ao longo da campanha. Se é imagem o que vale, e não os princípios, agora há um minuto e meio a mais de TV para reverter o prejuízo e convertê-lo em lucro, ao transformar o espetáculo na única realidade que importa. Afinal, com o próprio Maluf há um precedente do PT em São Paulo: Marta Suplicy foi apoiada por ele no segundo turno da campanha de 2004 à prefeitura paulistana. Na época, Kombis decoradas com imagens de Maluf e Marta circulavam afoitas por São Paulo. Quem lembra? A própria Marta, a julgar por suas manifestações sobre a foto Lula-Maluf, parece ter esquecido.
Seria uma boa notícia se alguém estivesse sofrendo de fato por ter vomitado nos princípios. Mas nenhum dos envolvidos no episódio parece estar preocupado com princípios. Nem Lula e Haddad, que apertaram a mão de Maluf e posaram para a foto. Nem Erundina, que estava na foto sem estar, mas por causa da reação à ela desistiu de compactuar com o que já tinha compactuado. Muito menos José Serra, que adoraria estar no lugar de Lula e de Haddad, mas fingiu reprovar o vale tudo.
E nós? Nós precisamos enxergar além do que nos é dado para ver – e enxergar mesmo quando não há imagem. Ou tudo será permitido desde que ninguém veja, tudo continuará valendo a pena por um minuto e meio a mais de TV. O quanto realmente enxergamos o que estava – e o que não estava – na foto histórica só saberemos mais adiante.
Em 1988, diante da euforia e dos sonhos trazidos pela redemocratização do Brasil, depois de duas décadas de ditadura militar, havia dois cenários possíveis para o futuro. Boa parte de nós só enxergava um, só acreditava em um, só admitia um. Nele, a menina perguntaria ao ver o ladrão roubando a sua casa: “Mãe, esse que é o Maluf?”. E a mãe responderia: “Não, esse ladrão não é o Maluf porque o Maluf está preso”.
Naquele tempo, nenhum de nós – e tenho certeza de que nem mesmo Lula – poderia imaginar que o único diálogo possível no futuro seria este:
- Mãe, esse que é o Maluf?
- Não, o Maluf está ocupado, na casa dele, apertando a mão do Lula.
Revoltemo-nos. Mas sem esquecer que também estamos naquela foto. Sem eleitores como nós, ela não seria possível.
O esconde-esconde da imagem: a reação de Luiza Erundina dá razão a Lula ao provar que a representação da realidade é a única realidade que importa.
ELIANE BRUM - Revista Época - 25/06/2012.
A menina de 7 anos assiste a desenho animado na TV, no quarto dos pais, em sua casa na zona sul de São Paulo. A mãe, tentando aparentar tranquilidade, aparece na porta e diz: “Filha, tem um titio que veio roubar nossas coisas. Mas fica quietinha, que ele não vai fazer nada. Só vai roubar as coisas e depois vai embora”. Pega a menina pela mão e a leva ao corredor. Quando vê o ladrão, um rapaz com uma arma na mão, a menina pergunta:
- Mãe, esse que é o Maluf?
Até o ladrão riu.
A história é verídica. Aconteceu em 1988, nos primeiros anos da redemocratização do Brasil, uma época ultrapassada em que “malufar” era sinônimo de “roubar”. A menina, uma amiga, é hoje uma mulher e tornou-se jornalista. Ao ver a foto de Lula apertando a mão de Maluf, olhei “pelo retrovisor” e lembrei desse episódio.
Depois do choque inicial diante da foto de Lula com Maluf (e sem perdê-lo jamais), o que começou a me perturbar era que Lula pode ter razão. Não razão em pisotear os princípios e engolir a biografia, óbvio. Mas razão para acreditar que a imagem é a única realidade que importa para alcançar os fins. Que com um minuto e meio a mais de TV é possível fazer o eleitor acreditar que Fernando Haddad é o “novo” – e que o “novo”, ainda que ungido por velhas e viciadas práticas, é o melhor para administrar São Paulo. O que dá razão a Lula é a reação da opinião pública – e principalmente a de Luiza Erundina.
À primeira vista, a desistência de Luiza Erundina (PSB) de ser a vice de Haddad, supostamente em nome dos princípios, assim como a reação da sociedade e da própria militância petista, apontariam para um erro político estratégico. Em busca de um minuto e meio a mais na TV, Lula teria esquecido do que o levou a aceitar o inaceitável: o poder da imagem. Ou, em busca de ampliar o poder da imagem, Lula esqueceu-se do poder da imagem. Esqueceu-se daquilo que Maluf lembrou e por isso exigiu, em troca do apoio do PP à candidatura de Haddad: “A foto faz parte do pacote”.
A imagem, quando substitui a realidade ou se torna toda a realidade, pode nos cegar. Por isso, quero aqui apenas rememorar o que vemos nesta foto – e o que não vemos. O que vemos é Lula e Maluf – Haddad entre eles, mas sem importar muito (e isso é importante, já que Haddad não importa muito porque é o “novo” sem história).
O que vemos é Lula apertar a mão de quem no passado havia chamado de “o símbolo da pouca-vergonha nacional”. E Maluf apertar a mão de quem no passado havia chamado de “ave de rapina”. O que vemos é Lula, que no passado representou a possibilidade de ética na política, apertar a mão de quem no passado – e também hoje, mas agora embaralhado com muitos outros – representou a corrupção na política. O que vemos é Lula, que até alguns anos atrás encarnava um novo jeito de fazer política, consolidando mais uma aliança com o velho jeito de fazer política.
De fato, porém, o que vemos não é novo. Mas a foto nos faz acreditar que é. Ora, há quanto tempo o que existe de mais retrógrado e fisiológico na política nacional se tornou parte do espectro de alianças do PT, em nome da “governabilidade” ou em nome dos fins? O PP de Maluf esteve no governo Lula e está no governo Dilma – como antes esteve no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Lula apertou a mão de Maluf há muito tempo. Desde o primeiro mandato como presidente, pelo menos.
A foto permitiu que parte da sociedade enxergasse essa aliança. É bom enxergar, antes tarde do que nunca? É, claro que é. Mas também não é. Porque, se acreditarmos que as imagens são toda a realidade, nos tornamos facilmente manipuláveis. Se só conseguimos enxergar o que vira imagem, nos colocamos em um lugar muito frágil. No lugar que explica Lula apertar a mão de Maluf para garantir um minuto e meio a mais de espetáculo, no qual faz o truque de transformar o desconhecido em conhecido, o velho em novo.
Nesta imagem histórica, é quem não estava na foto que nos revela o quanto nos deixamos cegar tanto pelo que vemos – quanto pelo que não vemos. É Luiza Erundina, que agora desponta como aquela que disse: “Não aceito”. Ou como a guardiã dos princípios na política, a mulher que deu uma lição ética a Lula e ao PT, aquela que resistiu ao pragmatismo da “realpolitik”. É provável que Erundina seja uma mulher de princípios, porque parte da sua história pública nos prova isso. Mas não neste episódio.
No momento em que a imagem de Lula apertando a mão de Maluf foi imortalizada com um clique, Luiza Erundina estava lá naquela foto. Não estava, mas estava, porque havia aceitado a aliança com o PP de Maluf. Embora dizendo-se “desconfortável” com a aliança em declarações anteriores à fotografia, ela sabia da aliança e aceitou a possibilidade da aliança no momento em que aceitou ser a vice de Haddad.
Logo, Luiza Erundina não desistiu de ser vice por uma questão de princípios, mas por uma questão de imagem. Ou pelo fato de a foto desmascarar a falta de princípios que ela conhecia e aceitara. Ou ainda, porque a foto tornou mais real a realidade.
O problema, para Luiza Erundina, não era a aliança com Maluf, esta ela podia aceitar. Como não foi um problema para ela aceitar, em 2004, a aliança com Orestes Quércia (PMDB) – que não chegava a ser um Maluf, mas estava longe de ter boa fama. O problema, para Erundina, era exibir a aliança com Maluf em uma foto estampada na capa dos jornais. E passar a correr o risco – altíssimo – de aparecer, também fisicamente, em uma próxima foto. Neste sentido, ainda que apenas por erro de cálculo, Lula foi mais coerente que Erundina. Fez a aliança e permitiu a representação da aliança – pagou o preço cobrado por Maluf, que além de mais um cargo obtido no governo de Dilma para o PP, exigiu também uma imagem.
Antes da foto, mas já com as negociações bem adiantadas, Erundina declarou-se “desconfortável” com a presença quase certa de Maluf na campanha. Apenas “desconfortável”. Ela disse: “Para mim não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf. A campanha não sou eu nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo e complexo, e isso se dilui, ao meu ver. (Mas) Claro que é desconfortável”. Após a publicação da foto, mas ainda antes de tomar a decisão de desistir da candidatura, ela fez uma declaração especialmente reveladora: “A foto provocou repulsa, uma reação em cadeia. Fui bombardeada nas redes sociais”. Depois de deixar a chapa, porque a imagem não se “diluiu” como o esperado, Erundina afirmou: “Quando a gente faz uma coisa que corresponde ao anseio da sociedade, a gente fica feliz”.
É claro que as pessoas podem mudar de ideia. É também desejável que voltem atrás, ao perceber que fizeram uma escolha errada. É preciso enxergar, porém, que Erundina teve bastante tempo para pensar nos seus princípios antes da foto, mas já com a aliança com Maluf bem delineada no horizonte. Portanto, é legítimo duvidar de que seu recuo seja justificado pelos princípios. Ela assume isso em várias declarações, especialmente nesta, sem parecer enxergar a contradição: “O tempo de TV é importante, mas não a ponto de sacrificar a imagem”.
Foi para não sacrificar sua imagem (e não seus princípios, como a repercussão de sua decisão fez parecer), que ela desistiu de ser vice. Por estar fisicamente ausente da imagem fatídica, Luiza Erundina produziu uma outra imagem simbólica que lhe interessa muito mais. Seria melhor para Erundina, para nós e para a democracia se ela ficasse feliz não por corresponder aos anseios da sociedade, mas por corresponder aos princípios éticos que norteiam a sua vida, mesmo que estes a levassem, eventualmente, a contrariar a opinião pública.
Vale a pena enxergar também que a postura de Luiza Erundina neste episódio mostrou, de novo, que Lula e o PT estão certos ao acreditar que um minuto e meio a mais de exposição planejada, produzida e controlada na TV seja decisivo para a candidatura de Haddad. A decisão de Erundina, tomada só após a foto, prova que, para ela e para muitos, é a imagem que vale, não a realidade. Ou é a imagem que torna real a realidade. Se a aliança estivesse consolidada – mas sem uma imagem para representá-la –, será que Erundina desistiria de ser vice? Ela mesma já respondeu: “Eu até entenderia se fosse um ato firmado dentro de um espaço institucional, entre diretórios, mas não dessa forma personalista”.
Para completar a foto há ainda o PSDB, o oponente sem oposição de fato no que diz respeito à imagem-bomba. A declaração de José Serra ao comentar a aliança entre Lula e Maluf foi a seguinte: “O PSDB tem um tempo suficiente de televisão. Não vale tudo para aumentar isso”. E a de Aécio Neves: “Isso não muda o resultado eleitoral, mas fragiliza o discurso de faxina do governo. No momento em que o governo federal se dispõe a fazer esse tipo de concessão, em troca de apoio político, essa discussão da faxina fica muito frágil.” Aécio ainda disse que a troca de apoio político por espaço na campanha de rádio e TV não deveria virar regra no país.
Seria um discurso alentador, não tivéssemos acompanhado os enormes esforços empreendidos pelo PSDB para conquistar o apoio de Maluf. Seria um discurso estimulante, não fosse uma outra foto mostrar Serra apertando a mão do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), afastado por Dilma por suspeita de corrupção. Valdemar Costa Neto, um dos réus no processo do “mensalão”, não está na foto, mas foi um dos arquitetos da aliança do PSDB com o PR na disputa da prefeitura paulistana. Ou seja, Valdemar Costa Neto, outra figura que não fica bem na foto, estava sem estar. De novo, o jogo de esconde-esconde das imagens.
Ao buscar um minuto e meio a mais de imagem, Lula afobou-se e esqueceu-se, por um momento, da natureza perigosa do que foi buscar. Mas deve contar com a possibilidade de a imagem sinistra ser esquecida – ou substituída por outras, produzidas pelos marqueteiros ao longo da campanha. Se é imagem o que vale, e não os princípios, agora há um minuto e meio a mais de TV para reverter o prejuízo e convertê-lo em lucro, ao transformar o espetáculo na única realidade que importa. Afinal, com o próprio Maluf há um precedente do PT em São Paulo: Marta Suplicy foi apoiada por ele no segundo turno da campanha de 2004 à prefeitura paulistana. Na época, Kombis decoradas com imagens de Maluf e Marta circulavam afoitas por São Paulo. Quem lembra? A própria Marta, a julgar por suas manifestações sobre a foto Lula-Maluf, parece ter esquecido.
Seria uma boa notícia se alguém estivesse sofrendo de fato por ter vomitado nos princípios. Mas nenhum dos envolvidos no episódio parece estar preocupado com princípios. Nem Lula e Haddad, que apertaram a mão de Maluf e posaram para a foto. Nem Erundina, que estava na foto sem estar, mas por causa da reação à ela desistiu de compactuar com o que já tinha compactuado. Muito menos José Serra, que adoraria estar no lugar de Lula e de Haddad, mas fingiu reprovar o vale tudo.
E nós? Nós precisamos enxergar além do que nos é dado para ver – e enxergar mesmo quando não há imagem. Ou tudo será permitido desde que ninguém veja, tudo continuará valendo a pena por um minuto e meio a mais de TV. O quanto realmente enxergamos o que estava – e o que não estava – na foto histórica só saberemos mais adiante.
Em 1988, diante da euforia e dos sonhos trazidos pela redemocratização do Brasil, depois de duas décadas de ditadura militar, havia dois cenários possíveis para o futuro. Boa parte de nós só enxergava um, só acreditava em um, só admitia um. Nele, a menina perguntaria ao ver o ladrão roubando a sua casa: “Mãe, esse que é o Maluf?”. E a mãe responderia: “Não, esse ladrão não é o Maluf porque o Maluf está preso”.
Naquele tempo, nenhum de nós – e tenho certeza de que nem mesmo Lula – poderia imaginar que o único diálogo possível no futuro seria este:
- Mãe, esse que é o Maluf?
- Não, o Maluf está ocupado, na casa dele, apertando a mão do Lula.
Revoltemo-nos. Mas sem esquecer que também estamos naquela foto. Sem eleitores como nós, ela não seria possível.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
BRASIL | N° Edição: 2225 | 29.Jun.12 - 21:00 | Atualizado em 01.Jul.12 - 11:51
Barbeiragem diplomática
Atuação desencontrada do Itamaraty no Paraguai coloca a cúpula da diplomacia brasileira em xeque. O chanceler Antonio Patriota e o assessor internacional da Presi dência, Marco Aurélio Garcia, se desgastam no governo
Claudio Dantas Sequeira e Michel Alecrim
DESENCONTRO
Ação do chanceler Antonio Patriota durante a crise
paraguaia foi questionada por setores do governo
A crise deflagrada pela queda do presidente Fernando Lugo extrapolou as fronteiras do Paraguai, ganhou contornos de conflito regional e ameaça se transformar numa grande dor de cabeça para o governo Dilma Rousseff. Não bastassem todos os questionamentos sobre um impeach-ment com ares de golpe branco, a ação atrapalhada do Itamaraty pôs o Brasil numa situação delicada com um vizinho estratégico e desgastou a cúpula da diplomacia. Setores do governo pressionam a presidenta Dilma Rousseff pela demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Os grupos contrários à permanência de Patriota espalharam nos últimos dias que Dilma até já teria cogitado nomear uma mulher para o lugar do chanceler: a embaixadora Maria Luiza Viotti, chefe da missão do Brasil na ONU, em Nova York. O primeiro a ser atingido pela crise diplomática foi o embaixador aposentado Samuel Pinheiro Guimarães, obrigado a renunciar ao cargo de alto representante do Mercosul – uma espécie de chanceler do bloco regional. Foi ele um dos responsáveis por influenciar de forma equivocada o Palácio do Planalto a apoiar medidas drásticas de retaliação ao novo governo paraguaio, como a suspensão do País do Mercosul até as eleições de 2013. Embora a sanção política tenha sido respaldada por Dilma, a presidenta impediu que as punições se estendessem às relações econômicas e comerciais. A ideia de Samuel Guimarães era isolar totalmente o parceiro comercial. Esse radicalismo fragilizou ainda mais a situação de Guimarães e tornou inviável sua permanência no cargo. Oficialmente, o diplomata deu diferentes versões para a saída, falou primeiro em “falta de apoio” e depois em “motivos pessoais”.
Conhecido por suas posições favoráveis aos governos chamados de bolivarianos, Guimarães havia sido indicado para o posto por sugestão do ex-chanceler Celso Amorim, hoje ministro da Defesa, de quem é amigo e cossogro – a filha de um é casada com o filho do outro. Ele também teve o apoio do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, com quem Dilma não andaria muito satisfeita, segundo assessores do Planalto. Garcia foi outro que propagou a tese de interdição do Paraguai tanto no Mercosul como na Unasul. Ele e Guimarães alimentaram também a ideia de aproveitar a suspensão do Paraguai para aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul, uma tese controversa, sem base jurídica nos acordos regionais e desconsiderando o fato de que Assunção é depositária de todos os acordos do bloco.
As articulações atabalhoadas da cúpula da diplomacia irritaram a presidenta, que foi pega de surpresa com o anúncio do impeachment de Fernando Lugo durante a Rio+20. O embaixador brasileiro no Paraguai, Eduardo dos Santos, enviou, nos últimos seis meses, inúmeros informes alertando o Itamaraty do risco de deterioração da governabilidade no Paraguai, mas essas informações não sensibilizaram a cúpula. Nem Patriota nem Marco Aurélio Garcia acharam que o problema era sério. Pressionado por Dilma, o assessor internacional argumentou que já havia recebido 23 alertas de intenção de impeachment contra Lugo, desde sua posse em 2008. Em sua opinião, não havia razão para suspeitar que o último prosperaria. Garcia e Patriota sugeriram a Dilma atuar por meio da Unasul, para compartilhar a responsabilidade na crise. Até aí, tudo bem. O problema é que a missão de chanceleres sul-americanos que desembarcou em Assunção na sexta-feira 22, dia em que o Congresso iniciou o julgamento político, teve efeito inverso ao esperado.
Com medo de que a interferência de outros países acabasse por inviabilizar o impeachment, deputados e senadores paraguaios aceleraram o processo. Na quinta-feira 21, dia em que souberam da ida de representantes da Unasul para o País, os parlamentares paraguaios decidiram não acatar o pedido de Lugo de abrir um prazo de três dias para apresentar sua defesa. Ficou estipulado o prazo de 24 horas. Ou seja, a ação precipitou o julgamento de Lugo, que teve resultado acachapante: foram 39 votos a favor e apenas quatro contra sua saída. Entre a abertura do impeachment e a homologação da decisão do Congresso pela Suprema Corte decorreram 30 horas. O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, assumiu rapidamente com a justificativa de “evitar uma guerra civil”. Nas ruas, com exceção de pequenos grupos, não houve reação popular. Muito menos as Forças Armadas reagiram. Mesmo assim, Lugo se disse vítima de um “golpe de Estado parlamentar”.
EQUÍVOCO
Marco Aurélio Garcia (abaixo) argumentou que já havia recebido 23 alertas
de intenção de impeachment contra Fernando Lugo (acima), desde 2008.
E não haveria razão para suspeitar que o último prosperaria
Golpe, propriamente, não houve. Mas a forma como se deu o processo indica uma ruptura democrática no país vizinho. Embora o julgamento político tenha observado as normas constitucionais, não há lei paraguaia que regulamente o tempo que o presidente teria para sua defesa. A própria peça de acusação deixa evidente que Lugo estava condenado de antemão, ao dizer que “todas as causas para o impeachment são de notoriedade pública, motivo pelo qual não precisam ser provadas, conforme o ordenamento jurídico vigente”.
A maneira como se deu o impeach-ment revelou também que Lugo se tornou um presidente solitário, sem o mínimo de apoio político. Ex-bispo de esquerda, adepto da Teologia da Libertação, Lugo alcançou o poder com o apoio popular ante o desgaste do tradicional Partido Colorado, que governou o país por quase cinco décadas. Mas sempre foi considerado um “outsider”, sem experiência política e apoio dentro do Congresso. Para governar, precisou fazer concessões, aliar-se ao direitista Partido Liberal, e negociar com os colorados. Em pouco mais de três anos de mandato, o agora ex-presidente decepcionou. A reforma agrária, sua grande bandeira de campanha, avançou timidamente. Pouco foi feito também em relação ao crime organizado, ao tráfico de drogas e de pessoas – questões que afetam diretamente o Brasil.
De acordo com setores do governo que pressionam pela saída de Patriota do cargo, a impaciência de Dilma com o ministro das Relações Exteriores não é de agora. Segundo essas fontes, desde abril, quando esteve nos Estados Unidos, a presidenta fez duras críticas à atuação de Patriota no governo. A presidenta evitou despachar com Patriota até a lista de laureados da comenda do Rio Branco, e desprestigiou a cerimônia. Já o problema de Marco Aurélio Garcia, para Dilma, é que ele falaria demais. Em março, ela o desautorizou publicamente depois que o assessor vazou que o Banco Central reduziria a taxa de juros. Na crise paraguaia, a presidenta mandou Garcia consertar suas declarações à imprensa e deixar claro que o impeachment de Lugo era um problema interno do Paraguai. Mas o estrago, mais uma vez, já estava feito.
“O Patriota fez o que deveria ter feito antes, quando viajou para o Paraguai. Talvez tenha ido tarde demais”, avalia o embaixador aposentado José Botafogo Gonçalves, vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Além da reação lenta, Botafogo acha que a crise deveria ter sido discutida no âmbito do Mercosul, não da Unasul, organismo novo e ainda disperso. Essa ação permitiu a interferência dos bolivarianos Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), fazendo coro com o discurso inflamado da presidenta argentina, Cristina Kirchner. Estrago feito, a estratégia de Dilma agora é tentar restringir a crise ao Mercosul. Ela também colocou em campo o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, que passou a falar com a imprensa e foi enviado como representante do governo à 13ª Cúpula Social do Mercosul, evento paralelo à cúpula presidencial do bloco, em Mendoza, na Argentina.
Foto: Eraldo Peres/AP Photo
FONTE
Barbeiragem diplomática
Atuação desencontrada do Itamaraty no Paraguai coloca a cúpula da diplomacia brasileira em xeque. O chanceler Antonio Patriota e o assessor internacional da Presi dência, Marco Aurélio Garcia, se desgastam no governo
Claudio Dantas Sequeira e Michel Alecrim
DESENCONTRO
Ação do chanceler Antonio Patriota durante a crise
paraguaia foi questionada por setores do governo
Conhecido por suas posições favoráveis aos governos chamados de bolivarianos, Guimarães havia sido indicado para o posto por sugestão do ex-chanceler Celso Amorim, hoje ministro da Defesa, de quem é amigo e cossogro – a filha de um é casada com o filho do outro. Ele também teve o apoio do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, com quem Dilma não andaria muito satisfeita, segundo assessores do Planalto. Garcia foi outro que propagou a tese de interdição do Paraguai tanto no Mercosul como na Unasul. Ele e Guimarães alimentaram também a ideia de aproveitar a suspensão do Paraguai para aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul, uma tese controversa, sem base jurídica nos acordos regionais e desconsiderando o fato de que Assunção é depositária de todos os acordos do bloco.
As articulações atabalhoadas da cúpula da diplomacia irritaram a presidenta, que foi pega de surpresa com o anúncio do impeachment de Fernando Lugo durante a Rio+20. O embaixador brasileiro no Paraguai, Eduardo dos Santos, enviou, nos últimos seis meses, inúmeros informes alertando o Itamaraty do risco de deterioração da governabilidade no Paraguai, mas essas informações não sensibilizaram a cúpula. Nem Patriota nem Marco Aurélio Garcia acharam que o problema era sério. Pressionado por Dilma, o assessor internacional argumentou que já havia recebido 23 alertas de intenção de impeachment contra Lugo, desde sua posse em 2008. Em sua opinião, não havia razão para suspeitar que o último prosperaria. Garcia e Patriota sugeriram a Dilma atuar por meio da Unasul, para compartilhar a responsabilidade na crise. Até aí, tudo bem. O problema é que a missão de chanceleres sul-americanos que desembarcou em Assunção na sexta-feira 22, dia em que o Congresso iniciou o julgamento político, teve efeito inverso ao esperado.
Com medo de que a interferência de outros países acabasse por inviabilizar o impeachment, deputados e senadores paraguaios aceleraram o processo. Na quinta-feira 21, dia em que souberam da ida de representantes da Unasul para o País, os parlamentares paraguaios decidiram não acatar o pedido de Lugo de abrir um prazo de três dias para apresentar sua defesa. Ficou estipulado o prazo de 24 horas. Ou seja, a ação precipitou o julgamento de Lugo, que teve resultado acachapante: foram 39 votos a favor e apenas quatro contra sua saída. Entre a abertura do impeachment e a homologação da decisão do Congresso pela Suprema Corte decorreram 30 horas. O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, assumiu rapidamente com a justificativa de “evitar uma guerra civil”. Nas ruas, com exceção de pequenos grupos, não houve reação popular. Muito menos as Forças Armadas reagiram. Mesmo assim, Lugo se disse vítima de um “golpe de Estado parlamentar”.
EQUÍVOCO
Marco Aurélio Garcia (abaixo) argumentou que já havia recebido 23 alertas
de intenção de impeachment contra Fernando Lugo (acima), desde 2008.
E não haveria razão para suspeitar que o último prosperaria
A maneira como se deu o impeach-ment revelou também que Lugo se tornou um presidente solitário, sem o mínimo de apoio político. Ex-bispo de esquerda, adepto da Teologia da Libertação, Lugo alcançou o poder com o apoio popular ante o desgaste do tradicional Partido Colorado, que governou o país por quase cinco décadas. Mas sempre foi considerado um “outsider”, sem experiência política e apoio dentro do Congresso. Para governar, precisou fazer concessões, aliar-se ao direitista Partido Liberal, e negociar com os colorados. Em pouco mais de três anos de mandato, o agora ex-presidente decepcionou. A reforma agrária, sua grande bandeira de campanha, avançou timidamente. Pouco foi feito também em relação ao crime organizado, ao tráfico de drogas e de pessoas – questões que afetam diretamente o Brasil.
De acordo com setores do governo que pressionam pela saída de Patriota do cargo, a impaciência de Dilma com o ministro das Relações Exteriores não é de agora. Segundo essas fontes, desde abril, quando esteve nos Estados Unidos, a presidenta fez duras críticas à atuação de Patriota no governo. A presidenta evitou despachar com Patriota até a lista de laureados da comenda do Rio Branco, e desprestigiou a cerimônia. Já o problema de Marco Aurélio Garcia, para Dilma, é que ele falaria demais. Em março, ela o desautorizou publicamente depois que o assessor vazou que o Banco Central reduziria a taxa de juros. Na crise paraguaia, a presidenta mandou Garcia consertar suas declarações à imprensa e deixar claro que o impeachment de Lugo era um problema interno do Paraguai. Mas o estrago, mais uma vez, já estava feito.
“O Patriota fez o que deveria ter feito antes, quando viajou para o Paraguai. Talvez tenha ido tarde demais”, avalia o embaixador aposentado José Botafogo Gonçalves, vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Além da reação lenta, Botafogo acha que a crise deveria ter sido discutida no âmbito do Mercosul, não da Unasul, organismo novo e ainda disperso. Essa ação permitiu a interferência dos bolivarianos Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), fazendo coro com o discurso inflamado da presidenta argentina, Cristina Kirchner. Estrago feito, a estratégia de Dilma agora é tentar restringir a crise ao Mercosul. Ela também colocou em campo o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, que passou a falar com a imprensa e foi enviado como representante do governo à 13ª Cúpula Social do Mercosul, evento paralelo à cúpula presidencial do bloco, em Mendoza, na Argentina.
Foto: Eraldo Peres/AP Photo
FONTE
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Só repercutindo a excelente matéria, tenho algumas dúvidas quanto ao papel do MAG tanto pelo alerta de um possível golpe não seria ele, além disso acompanhado pelo discursos pelo ABC Color, o MAG aparece depois que a Dilma já tinha falado em golpe com a frase que devemos esperar.
Quanto a falar demais acho que essa é causa, mas se ele sair não fará nenhuma falta. Samuel foi para pedir demissão, então fica a minha dúvida, por que seria ele um dos responsáveis pelo atitude tomada.Sobre o o Patriota já havia discussão por causa da Rio + 20 que é considerado um fracasso em termos de objetivos.
Maria Luiza Viotti conheço de declaração, mas a minha impressão é que guinaremos a esquerda. Se fosse uma mudança pensando em maior comprometimento na inserção do Brasil na economia o nome seria Roberto Azevedo.
Edit:
No sem fronteiras pelo que vi agora tem a mesma ideia a 18 minutos sobre o MAG
http://g1.globo.com/globo-news/sem-fron ... i/2016922/
Quanto a falar demais acho que essa é causa, mas se ele sair não fará nenhuma falta. Samuel foi para pedir demissão, então fica a minha dúvida, por que seria ele um dos responsáveis pelo atitude tomada.Sobre o o Patriota já havia discussão por causa da Rio + 20 que é considerado um fracasso em termos de objetivos.
Maria Luiza Viotti conheço de declaração, mas a minha impressão é que guinaremos a esquerda. Se fosse uma mudança pensando em maior comprometimento na inserção do Brasil na economia o nome seria Roberto Azevedo.
Edit:
No sem fronteiras pelo que vi agora tem a mesma ideia a 18 minutos sobre o MAG
http://g1.globo.com/globo-news/sem-fron ... i/2016922/
Editado pela última vez por marcelo l. em Dom Jul 01, 2012 4:27 pm, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Contas-sujas vão ao paraíso.
Mary Zaidan - Blog do Noblat - 1.07.2012.
Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na semana que passou, que o trabalho que ele próprio faz de análise das contas das campanhas eleitorais de nada vale.
Isso mesmo. Centenas de servidores espalhados país afora, que se esmeram na conferência das contas, e outras dezenas de juízes que deferem ou não os documentos comprobatórios de arrecadação e gastos dos candidatos o fazem por mero diletantismo. Um trabalho inútil. Tempo e dinheiro jogados fora, já que, a não ser que o Ministério Público cobre, tanto faz as contas serem ou não aprovadas.
Esse entendimento, por mais absurdo que pareça, foi o que emergiu da sessão da última quinta-feira, quando o ministro Dias Toffoli votou contra a norma aprovada pelo mesmo TSE, em março, que impedia a candidatura daqueles postulantes com contas eleitorais rejeitadas em pleitos anteriores.
Mais de 20 mil políticos contas-sujas foram reabilitados pelo voto de Toffoli. Do inferno, promoveram-se ao paraíso.
Há os que dizem que a regulamentação que o TSE fez em março não poderia valer para outubro de 2012, pois a legislação eleitoral só pode ser alterada com um ano de antecedência. Quisera esse tivesse sido o argumento para derrotá-la. Mas não foi. Derrotou-se o princípio.
Em seu voto, Toffoli diz que a lei exige a apresentação das contas, não a aprovação. E foi mais longe em sua interpretação: “o legislador não estabeleceu a distinção por acaso”.
Só os legisladores não sabiam o que Toffoli sabia sobre a intenção deles.
Tanto é assim que correram desesperadamente atrás do prejuízo. Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou, em votação relâmpago, um projeto de lei que permitia a candidatura dos contas-sujas. Em uma única sessão, os deputados aprovaram a urgência e o mérito da matéria. Algo sui generis.
Quase ao mesmo tempo, o PT, seguido por 17 partidos, recorreu à Justiça para fazer valer o direito daqueles que tiveram contas rejeitadas. Quisera o Parlamento se mobilizasse com tamanha destreza e vigor pela correta aplicação de recursos públicos ou para fazer valer o direito dos eleitores.
Resultado: a não ser que os deputados e senadores queiram mudar a lei, algo tão improvável quanto imaginá-los coibindo todo e qualquer tipo de corrupção, ou que o TSE reveja a interpretação que fez, nem neste ano nem nas eleições futuras se exigirá dos candidatos aprovação de contas de campanha. Basta apresentá-las dentro dos prazos, mesmo que erradas, burladas ou maquiadas, e pronto.
Com o endosso da Justiça, sacramentou-se a impunidade.
Mary Zaidan - Blog do Noblat - 1.07.2012.
Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na semana que passou, que o trabalho que ele próprio faz de análise das contas das campanhas eleitorais de nada vale.
Isso mesmo. Centenas de servidores espalhados país afora, que se esmeram na conferência das contas, e outras dezenas de juízes que deferem ou não os documentos comprobatórios de arrecadação e gastos dos candidatos o fazem por mero diletantismo. Um trabalho inútil. Tempo e dinheiro jogados fora, já que, a não ser que o Ministério Público cobre, tanto faz as contas serem ou não aprovadas.
Esse entendimento, por mais absurdo que pareça, foi o que emergiu da sessão da última quinta-feira, quando o ministro Dias Toffoli votou contra a norma aprovada pelo mesmo TSE, em março, que impedia a candidatura daqueles postulantes com contas eleitorais rejeitadas em pleitos anteriores.
Mais de 20 mil políticos contas-sujas foram reabilitados pelo voto de Toffoli. Do inferno, promoveram-se ao paraíso.
Há os que dizem que a regulamentação que o TSE fez em março não poderia valer para outubro de 2012, pois a legislação eleitoral só pode ser alterada com um ano de antecedência. Quisera esse tivesse sido o argumento para derrotá-la. Mas não foi. Derrotou-se o princípio.
Em seu voto, Toffoli diz que a lei exige a apresentação das contas, não a aprovação. E foi mais longe em sua interpretação: “o legislador não estabeleceu a distinção por acaso”.
Só os legisladores não sabiam o que Toffoli sabia sobre a intenção deles.
Tanto é assim que correram desesperadamente atrás do prejuízo. Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou, em votação relâmpago, um projeto de lei que permitia a candidatura dos contas-sujas. Em uma única sessão, os deputados aprovaram a urgência e o mérito da matéria. Algo sui generis.
Quase ao mesmo tempo, o PT, seguido por 17 partidos, recorreu à Justiça para fazer valer o direito daqueles que tiveram contas rejeitadas. Quisera o Parlamento se mobilizasse com tamanha destreza e vigor pela correta aplicação de recursos públicos ou para fazer valer o direito dos eleitores.
Resultado: a não ser que os deputados e senadores queiram mudar a lei, algo tão improvável quanto imaginá-los coibindo todo e qualquer tipo de corrupção, ou que o TSE reveja a interpretação que fez, nem neste ano nem nas eleições futuras se exigirá dos candidatos aprovação de contas de campanha. Basta apresentá-las dentro dos prazos, mesmo que erradas, burladas ou maquiadas, e pronto.
Com o endosso da Justiça, sacramentou-se a impunidade.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Meu prezado, tenho que reconhecer que vc é realmente um sujeito otimista. Há alguns anos trás, bandidos e corruptos tinham vergonha de serem plotados. Hoje, se tornou uma coisa que não denigre ninguém ser filmado metendo a mão numa bolada de dólares. Os bandidos perderam a vergonha e grande parte disto, , mas não tudo, lógico, eu ponho na conta de uma pessoa que vc muito admira. Luis Inácio Lula da Silva.Flávio Rocha Vieira escreveu:Como disse, também não gostei do que foi decidido pelo STF.nveras escreveu: Caro Flávio, esta visão é relativa. No meu caso, vou te citar m exemplo. Eu estava e Londres em 2010 e estourou um escândalo de mau uso de dinheiro público por um membro do parlamento. Entre o início do escândalo e a renúncia dele, foram 48 horas. O sujeito morria de vergonha de aparecer na frente das câmeras.
Outro exemplo. Obama, quando foi constituir o gabinete dele, escolheu uma mulher e logo voltou atrás quando ele foi acusada de sonegação fiscal. Acostumado com os esândalos brasileiros, imaginei algo perto de milhões de dólares. Quase tive um ataque de riso quando descobri que era algo próximo de dois mil dólares referente ao INSS de um empregado dela. Assista o vídeo abaixo, compare o que acontece aqui e nos países desenvolvidos , e conclua por si mesmo. Abraço.
Na minha opiniãoTODOS os envolvidos com corrupção, entes políticos, (desde que legalmente acusados, processados e considerados culpados em tribunal justo e sob o amparo das Leis) deveriam ser "gentilmente" encaminhados ao PAREDÃO e fim do problema. Traídores da Nação.
Nesses países que você mencionou (em em quase a totalidade deles) a coisa anda longe da santidade. Alguns exemplos positivos não fazem deles melhores ou piores que o Brasil. Lá como aqui, temos visto muita sujeira e decisões que apesar de Legais, muitos consideram imorais.
Temos no País um problema seríssimo chamado impunidade, e isso não é novidade para ninguém. Nossas Leis não são o que deveriam ser, e concordo que em alguns países certamente existe muito mais rigor no trato dessas questões.
Corruptos, prevaricadores, ladrões, bandidos, traidores e outras coisas do gênero proliferam em qualquer lugar do mundo, desde que o homem passou a andar em pé, não é uma exclusividade nossa, eles também tem isso aos montes.
O problema está ruim no Brasil, creio que sim, concordo com você, mas também acredito que estamos no caminho certo. Entre erros e acertos estamos caminhando para uma maior seriedade e rigor das nossas Leis e nos nossos tribunais.
Só não concordo com o "paiseco de m.". Pô, aí dói...
Um fraternal abraço,
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Uma boa demonstração que estamos perdidos. Espero que não apareçam muitas crises, porque...Maria Luiza Viotti conheço de declaração, mas a minha impressão é que guinaremos a esquerda. Se fosse uma mudança pensando em maior comprometimento na inserção do Brasil na economia o nome seria Roberto Azevedo.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Muito estranha esta reportagem do Fantástico...Geralmente a guerra de audiência nas noites de domingo é grande e não vi chamadas para entrevista com a mulher de Cachoeira...Parece nítida pressão para colocá-lo em liberdade. Dizer que "vai falar", "que está deprimido" etc. Ora, se vai falar, mantenha ele preso até a data marcada da audiência de instrução, 24 ou 25 de julho. Os detalhes das falas, o famoso advogado dando entrevista com um fundo cheio de santos...Enfim, parece reportagem cuidadosamente preparada, não digo pela TV, mas pela defesa...Há poucos dias da votação do Demóstenes, há poucos dias da audiência de Cachoeira...Mostrando vídeo que atinge prefeito do PT de capital...Enfim, muita pressão...Meu receio é que, com o recesso dos tribunais superiores e do Supremo, decisões liminares são decididas pelo plantonista, geralmente os presidentes dos respectivos tribunais. Fica mais fácil a defesa conseguir...Espero que pelo menos até a audiência, ele fique preso...Sem cabimento ser preso político, nada a ver com Cachoeira, como sua mulher tentou fazer acreditar...
==============================
'Eu considero meu marido um preso político', diz esposa de Cachoeira
Em entrevista ao Fantástico, Andressa Mendonça diz que o bicheiro va
i contar tudo o que sabe.
(...)
Fonte: G1/Rede globo/Fantástico
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... OEIRA.html
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'Eu considero meu marido um preso político', diz esposa de Cachoeira
Em entrevista ao Fantástico, Andressa Mendonça diz que o bicheiro va
i contar tudo o que sabe.
(...)
Fonte: G1/Rede globo/Fantástico
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... OEIRA.html
Editado pela última vez por Rodrigoiano em Seg Jul 02, 2012 4:14 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Olha a repercussão/pressão...
=======================
Divulgação de vídeo de Cachoeira causa pânico no Congresso
seg, 02/07/12 por Gerson Camarotti |categoria CPI do Cachoeira
(...)
Fonte: G1/Blog do Camarotti
http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/
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Divulgação de vídeo de Cachoeira causa pânico no Congresso
seg, 02/07/12 por Gerson Camarotti |categoria CPI do Cachoeira
(...)
Fonte: G1/Blog do Camarotti
http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O telhado do PT é tão de vidro quanto de todos os outros partidos.Rodrigoiano escreveu:Muito estranha esta reportagem do Fantástico...Geralmente a guerra de audiência nas noites de domingo é grande e não vi chamadas para entrevista com a mulher de Cachoeira...Parece nítida pressão para colocá-lo em liberdade. A que tão que "vai falar", "que está deprimido" etc. Ora, se vai falar, mantenha ele preso até a data marcada da audiência de instrução, 24 ou 25 de julho. Os detalhes das falas, o famoso advogado dando entrevista com um fundo cheio de santos...Enfim, parece reportagem cuidadosamente preparada, não digo pela TV, mas pela defesa...Há poucos dias da votação do Demóstenes, há poucos dias da audiência de Cachoeira...Mostrando vídeo que atinge prefeito do PT de capital...Enfim, muita pressão...Meu receio é que, com o recesso dos tribunais superiores e do Supremo, decisões liminares são decididas pelo plantonista, geralmente os presidentes dos respectivos tribunais. Fica mais fácil a defesa conseguir...Espero que pelo menos até a audiência, ele fique preso...Sem cabimento ser preso político, nada a ver com Cachoeira, como sua melhor tentou fazer acreditar...
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'Eu considero meu marido um preso político', diz esposa de Cachoeira
Em entrevista ao Fantástico, Andressa Mendonça diz que o bicheiro va
i contar tudo o que sabe.
(...)
Fonte: G1/Rede globo/Fantástico
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... OEIRA.html
É um trabalho para os Mirage 2000 da FAB.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
02/07/2012 13h39 - Atualizado em 02/07/2012 13h39
‘Suspeitos de crimes não são presos políticos’, diz conselheiro da OAB-GO
Mulher de Cachoeira diz em entrevista à Globo que marido é preso político.
Advogado explica que termo é usado para dentenções por conta de ideias.
Versanna Carvalho
Do G1 GO
(...)
http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/ ... ab-go.html
‘Suspeitos de crimes não são presos políticos’, diz conselheiro da OAB-GO
Mulher de Cachoeira diz em entrevista à Globo que marido é preso político.
Advogado explica que termo é usado para dentenções por conta de ideias.
Versanna Carvalho
Do G1 GO
(...)
http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/ ... ab-go.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
wilsonjsjr escreveu:O telhado do PT é tão de vidro quanto de todos os outros partidos.Rodrigoiano escreveu:Muito estranha esta reportagem do Fantástico...Geralmente a guerra de audiência nas noites de domingo é grande e não vi chamadas para entrevista com a mulher de Cachoeira...Parece nítida pressão para colocá-lo em liberdade. A que tão que "vai falar", "que está deprimido" etc. Ora, se vai falar, mantenha ele preso até a data marcada da audiência de instrução, 24 ou 25 de julho. Os detalhes das falas, o famoso advogado dando entrevista com um fundo cheio de santos...Enfim, parece reportagem cuidadosamente preparada, não digo pela TV, mas pela defesa...Há poucos dias da votação do Demóstenes, há poucos dias da audiência de Cachoeira...Mostrando vídeo que atinge prefeito do PT de capital...Enfim, muita pressão...Meu receio é que, com o recesso dos tribunais superiores e do Supremo, decisões liminares são decididas pelo plantonista, geralmente os presidentes dos respectivos tribunais. Fica mais fácil a defesa conseguir...Espero que pelo menos até a audiência, ele fique preso...Sem cabimento ser preso político, nada a ver com Cachoeira, como sua melhor tentou fazer acreditar...
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'Eu considero meu marido um preso político', diz esposa de Cachoeira
Em entrevista ao Fantástico, Andressa Mendonça diz que o bicheiro va
i contar tudo o que sabe.
(...)
Fonte: G1/Rede globo/Fantástico
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... OEIRA.html
É um trabalho para os Mirage 2000 da FAB.
Não tenho dúvida disso. Todos os partidos tem problemas. Mas que se exponha isso. E NÃO UMA SUPOSTA PRESSÃO TIPO SOLTAR UM VIDEO DE SUPOSTA IRREGULARIDADE DE PREFEITO DO PT, PARA AMEAÇAR/PRESSIONAR JUDICIÁRIO/CPMI AO JULGAR CACHOEIRA. Que se mostre todos os vídeos que Cachoeira tem e que este diga o que sabe. Doa a quem doer. E não ameaças de que vai dizer etc e colocá-lo em liberdade....
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Também acho. Se é para limpar a sujeira, vamos limpar TODA ELA!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Valeu Túlio!
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Ah, será que o pai do Cachoeira viu aqueles noticiários das escutas do seu filho com Demóstenes, discutindo jogatina, Demóstenes falando "inclusive te pega, né"?
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02/07/2012 06h39 - Atualizado em 02/07/2012 11h54
Pai de Cachoeira diz que filho 'nunca mexeu com jogo do bicho'
'Fazem dele um monstro. Ele é mais do que vítima', afirma o pai.
Tião Cachoeira, 88, conta que ele próprio trabalhou com jogo por 20 anos.
Iara Lemos
Do G1, em Anápolis
(...)
http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... bicho.html
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Ah, será que o pai do Cachoeira viu aqueles noticiários das escutas do seu filho com Demóstenes, discutindo jogatina, Demóstenes falando "inclusive te pega, né"?
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02/07/2012 06h39 - Atualizado em 02/07/2012 11h54
Pai de Cachoeira diz que filho 'nunca mexeu com jogo do bicho'
'Fazem dele um monstro. Ele é mais do que vítima', afirma o pai.
Tião Cachoeira, 88, conta que ele próprio trabalhou com jogo por 20 anos.
Iara Lemos
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O Demóstenes discursa agora. Pede perícia nas escutas e disse que o "te pega" se refere a projeto de interesse da sociedade brasileira. E pediu perdão aos colegas pelos eventuais erros. Mas disse ser injustiçado e pede compreensão.