Paraguai
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- romeo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Segundo noticia no Estadão, não foi imposta nenhuma penalidade econômica ao Paraguai, mas somente suspensa sua participação nas reuniões do Mercosul até que seja eleito um novo presidente.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3076,0.htm
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3076,0.htm
- Sterrius
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Fora das reuniões o mercosul fica então com 1 ano pra resolver qualquer coisa que estava travada pelo paraguai.
- Italo Lobo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Sterrius escreveu:Fora das reuniões o mercosul fica então com 1 ano pra resolver qualquer coisa que estava travada pelo paraguai.
O Paraguai deveria tomar algumas atitudes soberanas como:
1. Sair do Mercosul e UNASUL;
2. Cortar a energia elétrica que vende pra Argentina - com isso a tia botóxica de lá, não teria como usar o secador de cabelos;
3. Oferecer aos EUA quantas bases ele quiser em seu território, a fim de combater o terrorismo na tríplice fronteira em troca de um acordo comercial;
4. Fazer acordo com a nova Aliança do Pacífico;
5. Criar em seu território uma filial da China Bagulhos( a Chinaguaia) e "exportar" para todos os países vizinhos...
6. Apoiar a Inglaterra na questão das Malvinas e fazer manobras militares com eles em seu território;
Finalmente mandar toda esta cambada ideológica da Bolívia/Argentina/Equador/Venezuela e Brasil se fu..
- Clermont
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Cômoda é a situação da Venezuela. Qualquer coisa que ocorra no Paraguai pouco lhe diz respeito, na prática. Eventuais conseqüencias nefastas recairão, quase que totalmente, sobre o Brasil, devido as peculiaridades econômicas e geográficas.Italo Lobo escreveu:O Paraguai deveria tomar algumas atitudes soberanas como:
1. Sair do Mercosul e UNASUL;
3. Oferecer aos EUA quantas bases ele quiser em seu território, a fim de combater o terrorismo na tríplice fronteira em troca de um acordo comercial;
Finalmente mandar toda esta cambada ideológica da Bolívia/Argentina/Equador/Venezuela e Brasil se fu..
Duvido muito de que o senhor Chavez vá ficar deprimido caso metade destas coisas ocorressem em detrimento dos interesses brasileiros.
- suntsé
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Eu acho no mínimo curioso o Paraguai se achar no direito de tomar uma atitude como esta, um país que se reergueu da guerra do Paraguai graças ao Brasil e outros vizinhos (Guerra que eles mesmos provocaram). Um país cujo PIB e receitas dependem quase totalmente dos seus vizinhos.Italo Lobo escreveu:Sterrius escreveu:Fora das reuniões o mercosul fica então com 1 ano pra resolver qualquer coisa que estava travada pelo paraguai.
O Paraguai deveria tomar algumas atitudes soberanas como:
1. Sair do Mercosul e UNASUL;
2. Cortar a energia elétrica que vende pra Argentina - com isso a tia botóxica de lá, não teria como usar o secador de cabelos;
3. Oferecer aos EUA quantas bases ele quiser em seu território, a fim de combater o terrorismo na tríplice fronteira em troca de um acordo comercial;
4. Fazer acordo com a nova Aliança do Pacífico;
5. Criar em seu território uma filial da China Bagulhos( a Chinaguaia) e "exportar" para todos os países vizinhos...
6. Apoiar a Inglaterra na questão das Malvinas e fazer manobras militares com eles em seu território;
Finalmente mandar toda esta cambada ideológica da Bolívia/Argentina/Equador/Venezuela e Brasil se fu..
Um país que não existiria como nação soberana se não fosse por benevolência do Brasil.
Não reconheço a este país do direito de mandar quem quer que seja se fu#$%$¨. E acho de uma estupides sem limites que um conterrâneo pense dessa forma.
- Túlio
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Agora são dois os "estúpidos"!
O fato é que os estamos empurrando para o colo dos EUA ou China, levados pelas charlas do Chapolim e da Madame Botox. Vergonhoso nos conformarmos com um protagonismo secundário (a reboque dos bovinos) onde deveria ser o NOSSO backyard...
O fato é que os estamos empurrando para o colo dos EUA ou China, levados pelas charlas do Chapolim e da Madame Botox. Vergonhoso nos conformarmos com um protagonismo secundário (a reboque dos bovinos) onde deveria ser o NOSSO backyard...
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Pressão internacional revive rancores da Guerra do Paraguai
DA BBC BRASIL, 29/06/2012 - 07h32
O isolamento diplomático que Brasil, Uruguai e Argentina impuseram ao Paraguai em resposta ao impeachment relâmpago do presidente paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira, reavivou ressentimentos históricos no país.
Ao declarar na terça-feira que os vizinhos armavam uma "nova Tríplice Aliança" contra a nação, em referência à união dos três durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), o representante paraguaio na Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo Saquier, foi apoiado pelos que consideraram a atitude do trio uma afronta à soberania paraguaia.
Eles dizem que a destituição de Lugo seguiu ditames legais e não deveria, portanto, ter motivado represálias dos vizinhos.
"Se quiserem formar outra Tríplice Aliança, que o façam. (...) Não será a primeira vez", disse Saquier, queixando-se do que avaliou como uma articulação entre os três para expulsar o Paraguai do Mercosul e da Unasul, sem dar chance de defesa.
Por ora, o trio já suspendeu o país da cúpula do Mercosul nesta sexta-feira, em Mendoza (Argentina). O Paraguai também foi impedido de participar de reunião da Unasul nas mesmas data e cidade, quando o bloco sul-americano anunciará sua posição sobre a crise paraguaia.
MÍDIA
Ao repercutir a fala, o ABC Color, maior jornal paraguaio, lançou uma enquete em seu site: "Acreditam que se formou outra Tríplice Aliança, como denunciou o embaixador paraguaio à OEA?". Até a noite desta quarta-feira, o "sim" vencia o "não" por 66% a 34%.
Artigos na imprensa paraguaia também evocaram a Guerra do Paraguai - que arrasou o país - ao comentar a reação dos países vizinhos ao impeachment de Lugo.
Colunista do La Nación, outro jornal de grande circulação, Enrique Vargas Peña escreveu que "os presidentes dos países que integraram a Tríplice Aliança se arrogam o direito de interpretar nossa própria Constituição, erigindo um poder tutelar sobre nosso Paraguai".
Discursos contra a "ingerência externa" no Paraguai também encontraram acolhida em duas comunidades recém-criadas no Facebook.
O grupo "Paraguai soberano", com 23 mil membros, diz "não a um novo e nefasto pacto secreto contra o Paraguai". "Somos um povo livre e autodeterminado!". Com nome quase idêntico, a comunidade "Paraguai é soberano" tem 30 mil integrantes e pede que "se reconheça o presidente Federico Franco e se deixe de fazer pressão para confundir e perturbar nossa paz e soberania".
Embora se descrevam como espaços apartidários, ambos os grupos têm veiculado numerosas críticas a Lugo e seu governo. Uma mensagem publicada na noite de quarta-feira dizia: "Por fim se puseram de acordo para tirar este senhor (Lugo) que enganou o povo para receber seu voto!".
HISTÓRIA
Para o analista político paraguaio José Carlos Rodríguez, o novo governo "faz uso provinciano e perverso da história" ao citar a Tríplice Aliança para criticar a postura dos países vizinhos.
"O discurso é muito útil ao governo, que usa um trauma coletivo para defender algo indefensável. Assim, fazem-se de vítimas e transferem a culpa aos outros."
Segundo ele, a posição adotada por Brasil, Argentina e Uruguai quanto ao impeachment de Lugo é equilibrada e visa responder ao "golpe de Estado que houve no Paraguai".
Em rodas de comerciantes e taxistas em Ciudad del Este (cidade paraguaia na fronteira com o Brasil), a BBC Brasil também ouviu mais elogios que críticas à postura do trio.
"Eles estão certos em não reconhecer este governo, que é ilegítimo", diz o taxista Bernadet Benitez. Ele afirma que a Guerra do Paraguai "terminou faz muito tempo" e que, na região de fronteira, depende-se muito dos países vizinhos.
Para Alfredo Jimenez, que trabalha com o câmbio de moedas no agitado centro de Ciudad del Este, o conflito que opôs o Paraguai aos três vizinhos "é algo dos livros de história".
"Minha geração não dá importância a isso", diz Jimenez, de 21 anos.
ITAIPU
Os semblantes desinteressados se transformam, no entanto, quando o nome "Itaipu" é citado na conversa. Segundo Jimenez, o acordo entre Brasil e Paraguai para a gestão da usina é desfavorável a seu país. "Pagamos mais caro pela energia aqui do que no Brasil", diz ele.
Desde o início da operação da usina, na década de 1980, o Brasil compra parte da energia a que o Paraguai tem direito e não usa. Durante o governo Lugo, houve uma renegociação dos valores, que passaram de US$ 120 milhões a US$ 360 milhões anuais.
Para Gonzales, porém, o repasse "continua baixo". Ele diz ter lido um estudo segundo o qual um "acordo justo" permitiria distribuir R$ 1 mil para cada família paraguaia todos os meses.
Para reforçar o argumento, ele aponta, com ar sério, uma frase publicada diariamente na capa do diário ABC Color : "50% da energia de Itaipu pertence ao povo paraguaio".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/111240 ... guai.shtml
DA BBC BRASIL, 29/06/2012 - 07h32
O isolamento diplomático que Brasil, Uruguai e Argentina impuseram ao Paraguai em resposta ao impeachment relâmpago do presidente paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira, reavivou ressentimentos históricos no país.
Ao declarar na terça-feira que os vizinhos armavam uma "nova Tríplice Aliança" contra a nação, em referência à união dos três durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), o representante paraguaio na Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo Saquier, foi apoiado pelos que consideraram a atitude do trio uma afronta à soberania paraguaia.
Eles dizem que a destituição de Lugo seguiu ditames legais e não deveria, portanto, ter motivado represálias dos vizinhos.
"Se quiserem formar outra Tríplice Aliança, que o façam. (...) Não será a primeira vez", disse Saquier, queixando-se do que avaliou como uma articulação entre os três para expulsar o Paraguai do Mercosul e da Unasul, sem dar chance de defesa.
Por ora, o trio já suspendeu o país da cúpula do Mercosul nesta sexta-feira, em Mendoza (Argentina). O Paraguai também foi impedido de participar de reunião da Unasul nas mesmas data e cidade, quando o bloco sul-americano anunciará sua posição sobre a crise paraguaia.
MÍDIA
Ao repercutir a fala, o ABC Color, maior jornal paraguaio, lançou uma enquete em seu site: "Acreditam que se formou outra Tríplice Aliança, como denunciou o embaixador paraguaio à OEA?". Até a noite desta quarta-feira, o "sim" vencia o "não" por 66% a 34%.
Artigos na imprensa paraguaia também evocaram a Guerra do Paraguai - que arrasou o país - ao comentar a reação dos países vizinhos ao impeachment de Lugo.
Colunista do La Nación, outro jornal de grande circulação, Enrique Vargas Peña escreveu que "os presidentes dos países que integraram a Tríplice Aliança se arrogam o direito de interpretar nossa própria Constituição, erigindo um poder tutelar sobre nosso Paraguai".
Discursos contra a "ingerência externa" no Paraguai também encontraram acolhida em duas comunidades recém-criadas no Facebook.
O grupo "Paraguai soberano", com 23 mil membros, diz "não a um novo e nefasto pacto secreto contra o Paraguai". "Somos um povo livre e autodeterminado!". Com nome quase idêntico, a comunidade "Paraguai é soberano" tem 30 mil integrantes e pede que "se reconheça o presidente Federico Franco e se deixe de fazer pressão para confundir e perturbar nossa paz e soberania".
Embora se descrevam como espaços apartidários, ambos os grupos têm veiculado numerosas críticas a Lugo e seu governo. Uma mensagem publicada na noite de quarta-feira dizia: "Por fim se puseram de acordo para tirar este senhor (Lugo) que enganou o povo para receber seu voto!".
HISTÓRIA
Para o analista político paraguaio José Carlos Rodríguez, o novo governo "faz uso provinciano e perverso da história" ao citar a Tríplice Aliança para criticar a postura dos países vizinhos.
"O discurso é muito útil ao governo, que usa um trauma coletivo para defender algo indefensável. Assim, fazem-se de vítimas e transferem a culpa aos outros."
Segundo ele, a posição adotada por Brasil, Argentina e Uruguai quanto ao impeachment de Lugo é equilibrada e visa responder ao "golpe de Estado que houve no Paraguai".
Em rodas de comerciantes e taxistas em Ciudad del Este (cidade paraguaia na fronteira com o Brasil), a BBC Brasil também ouviu mais elogios que críticas à postura do trio.
"Eles estão certos em não reconhecer este governo, que é ilegítimo", diz o taxista Bernadet Benitez. Ele afirma que a Guerra do Paraguai "terminou faz muito tempo" e que, na região de fronteira, depende-se muito dos países vizinhos.
Para Alfredo Jimenez, que trabalha com o câmbio de moedas no agitado centro de Ciudad del Este, o conflito que opôs o Paraguai aos três vizinhos "é algo dos livros de história".
"Minha geração não dá importância a isso", diz Jimenez, de 21 anos.
ITAIPU
Os semblantes desinteressados se transformam, no entanto, quando o nome "Itaipu" é citado na conversa. Segundo Jimenez, o acordo entre Brasil e Paraguai para a gestão da usina é desfavorável a seu país. "Pagamos mais caro pela energia aqui do que no Brasil", diz ele.
Desde o início da operação da usina, na década de 1980, o Brasil compra parte da energia a que o Paraguai tem direito e não usa. Durante o governo Lugo, houve uma renegociação dos valores, que passaram de US$ 120 milhões a US$ 360 milhões anuais.
Para Gonzales, porém, o repasse "continua baixo". Ele diz ter lido um estudo segundo o qual um "acordo justo" permitiria distribuir R$ 1 mil para cada família paraguaia todos os meses.
Para reforçar o argumento, ele aponta, com ar sério, uma frase publicada diariamente na capa do diário ABC Color : "50% da energia de Itaipu pertence ao povo paraguaio".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/111240 ... guai.shtml
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O Itamarati deveria ler este fórum. Tá na cara que vamos jogar o Paraguai no colo dos outros. Não acredito que pessoas estuadas não enxerguem isto, ou estão com os olhos em brasa vermelha que anuvia a suas vistas.Túlio escreveu:Agora são dois os "estúpidos"!
O fato é que os estamos empurrando para o colo dos EUA ou China, levados pelas charlas do Chapolim e da Madame Botox. Vergonhoso nos conformarmos com um protagonismo secundário (a reboque dos bovinos) onde deveria ser o NOSSO backyard...
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Demissão causa rumores de divergências entre embaixador e representantes que suspenderam o Paraguai
O Estado de S. Paulo - 29/06/2012
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães anunciou ontem, durante reunião dos chanceleres do Mercosul, a sua decisão de deixar o cargo de Alto-Representante-Geral do bloco, que ocupava desde janeiro de 2011.
O anúncio já era de conhecimento do governo brasileiro, mas causou surpresa entre os países-membros. O delicado momento escolhido por Samuel, quando os países do bloco estão em pleno processo de aplicação de sanção ao Paraguai, causou desconforto ao Brasil.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, disse ao Estado que lamenta a decisão de Samuel de demitir-se do cargo. "Tentei convencê-lo a não renunciar", acrescentou. O Brasil não abrirá mão do posto.
O governo brasileiro vai escolher um outro nome para o lugar de Samuel, a fim de completar o mandato de três anos, que termina em 2014. O nome do substituto, no entanto, ainda está em discussão.
Desgaste. "Estou renunciando ao cargo", disse o diplomata. Segundo ele, não recebeu apoio político para desempenhar suas tarefas. Além de anunciar sua saída, Samuel entregou uma carta ao chanceler da Argentina, Héctor Timerman, cujo país estava na presidência do bloco, listando as razões para sua saída.
Pinheiro Guimarães revelou a alguns diplomatas que o consultaram que sua decisão nada tinha a ver com a sanção de suspensão ao Paraguai ou qualquer retaliação por causa do afastamento de Fernando Lugo.
Mas havia especulações no meio diplomático dos países do bloco de que ele teria divergências em relação às decisões tomadas a partir da destituição do presidente.
Ao Itamaraty, o diplomata disse que estava desestimulado e que queria sair para cuidar de questões pessoais. Revelou, no entanto, que esperaria o final da gestão da Argentina e entrada do Brasil na presidência do bloco, para deixar o cargo.
Fontes diplomáticas dos países-membros revelaram que também Samuel Pinheiro perdeu apoio dos países, especialmente do Brasil, para cumprir com seu mandato. De acordo com essas fontes, ele não conseguiu aprovar o orçamento para a Secretaria, mesmo depois de um ano no cargo.
O Itamaraty confirmou ontem, durante a cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina, a renúncia do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães do cargo de Alto-Representante-Geral do Mercosul, que ocupava desde janeiro de 2010.
O cargo que era ocupado por Samuel foi criado na Cúpula de Foz do Iguaçu, em 16 de dezembro de 2010, substituindo o antigo posto de secretário-geral, que havia sido ocupado pelo argentino Carlos "Chacho" Álvarez.
O Estado de S. Paulo - 29/06/2012
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães anunciou ontem, durante reunião dos chanceleres do Mercosul, a sua decisão de deixar o cargo de Alto-Representante-Geral do bloco, que ocupava desde janeiro de 2011.
O anúncio já era de conhecimento do governo brasileiro, mas causou surpresa entre os países-membros. O delicado momento escolhido por Samuel, quando os países do bloco estão em pleno processo de aplicação de sanção ao Paraguai, causou desconforto ao Brasil.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, disse ao Estado que lamenta a decisão de Samuel de demitir-se do cargo. "Tentei convencê-lo a não renunciar", acrescentou. O Brasil não abrirá mão do posto.
O governo brasileiro vai escolher um outro nome para o lugar de Samuel, a fim de completar o mandato de três anos, que termina em 2014. O nome do substituto, no entanto, ainda está em discussão.
Desgaste. "Estou renunciando ao cargo", disse o diplomata. Segundo ele, não recebeu apoio político para desempenhar suas tarefas. Além de anunciar sua saída, Samuel entregou uma carta ao chanceler da Argentina, Héctor Timerman, cujo país estava na presidência do bloco, listando as razões para sua saída.
Pinheiro Guimarães revelou a alguns diplomatas que o consultaram que sua decisão nada tinha a ver com a sanção de suspensão ao Paraguai ou qualquer retaliação por causa do afastamento de Fernando Lugo.
Mas havia especulações no meio diplomático dos países do bloco de que ele teria divergências em relação às decisões tomadas a partir da destituição do presidente.
Ao Itamaraty, o diplomata disse que estava desestimulado e que queria sair para cuidar de questões pessoais. Revelou, no entanto, que esperaria o final da gestão da Argentina e entrada do Brasil na presidência do bloco, para deixar o cargo.
Fontes diplomáticas dos países-membros revelaram que também Samuel Pinheiro perdeu apoio dos países, especialmente do Brasil, para cumprir com seu mandato. De acordo com essas fontes, ele não conseguiu aprovar o orçamento para a Secretaria, mesmo depois de um ano no cargo.
O Itamaraty confirmou ontem, durante a cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina, a renúncia do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães do cargo de Alto-Representante-Geral do Mercosul, que ocupava desde janeiro de 2010.
O cargo que era ocupado por Samuel foi criado na Cúpula de Foz do Iguaçu, em 16 de dezembro de 2010, substituindo o antigo posto de secretário-geral, que havia sido ocupado pelo argentino Carlos "Chacho" Álvarez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- Clermont
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O verdadeiro golpe no Paraguai
Sandro Vaia - Blog do Noblat - 29.06.12.
A TV estatal do Paraguai ficou 26 minutos fora do ar por falta de energia elétrica e os alucinados constitucionalistas da Constituição alheia que cresceram como erva daninha nas redes sociais, viram isso como um sintoma de “repressão” e atentado às liberdades públicas.
Nunca se viu um golpe de Estado tão modorrento. Fora dos protestos protocolares de partidários do presidente deposto, o Paraguai continuou levando a sua vida de rotina.
O microfone da TV pública ficou aberto, o ex-presidente protestou diante de suas câmeras, o Congresso fez tudo dentro da normalidade, a Suprema Corte disse que tudo foi feito dentro da normalidade e até o advogado do deposto disse que tudo foi feito dentro da normalidade.
Mas muita gente não gosta da normalidade paraguaia e insiste em chamar de golpe uma decisão tomada por mais de 90% dos parlamentares, que se basearam rigorosamente na letra do artigo 225 da Constituição de seu país.
Dizem que foi tudo muito rápido e surpreendente. Que não houve tempo para defesa. Que o rito foi muito sumário. Mas tudo está previsto na Constituição, que dá ao Senado a atribuição de fixar o rito para o julgamento, o que foi feito através da Resolução 878.
O que resta dizer? Que a Constituição é de mau gosto e “disgusting” ao fixar um etéreo “mau desempenho” como motivo de impeachment?
Que o Legislativo paraguaio não tem polidez, educação e bons modos ao dar tão pouco prazo para a defesa do acusado?
É um pouco de cinismo e hipocrisia achar que dar mais tempo de defesa ao presidente destituído poderia salvá-lo do impeachment.
A queda dele foi resolvida por razões políticas, e nem 400 dias de prazo de defesa poderiam salvá-lo. Ele simplesmente perdeu catastroficamente o apoio político de sua base de sustentação e a votação do processo de impeachment apenas confirmou que ele perdeu as condições mínimas de governabilidade.
Se a Constituição do Paraguai tem um defeito, ele é de concepção: fixou critérios quase parlamentaristas para julgar um governo presidencialista. O presidente ganhou um voto de desconfiança – que apelidaram de “mau desempenho”- e caiu.
Como provar alguma coisa como “mau desempenho” se não através de critérios puramente políticos?
Essa é a Constituição que o Paraguai tem, não a que os palpiteiros da UNASUL acham que deveria ter.
Na Venezuela, por exemplo, casuísticas normas eleitorais permitem que 51% dos eleitores elejam 66 deputados enquanto 49% elegem 96 deputados- do partido do governo, claro. Alguém reclamou?
Enquanto a normalidade da vida democrática foi mantida no Paraguai e o próprio Lugo anunciou que pretende candidatar-se de novo nas eleições de abril de 2013, além de manifestar-se contra sanções econômicas contra seu país, a UNASUL e o Mercosul afastam o Paraguai de seu convívio, com a aquiescência bovina da diplomacia brasileira, a reboque do ativismo “bolivariano”.
É fácil concluir qual é o verdadeiro golpe no Paraguai e qual é seu objetivo: afastar o único obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul.
As tais “cláusulas democráticas” só valem para enquadrar os inimigos. Para os amigos, nem a lei.
Sandro Vaia - Blog do Noblat - 29.06.12.
A TV estatal do Paraguai ficou 26 minutos fora do ar por falta de energia elétrica e os alucinados constitucionalistas da Constituição alheia que cresceram como erva daninha nas redes sociais, viram isso como um sintoma de “repressão” e atentado às liberdades públicas.
Nunca se viu um golpe de Estado tão modorrento. Fora dos protestos protocolares de partidários do presidente deposto, o Paraguai continuou levando a sua vida de rotina.
O microfone da TV pública ficou aberto, o ex-presidente protestou diante de suas câmeras, o Congresso fez tudo dentro da normalidade, a Suprema Corte disse que tudo foi feito dentro da normalidade e até o advogado do deposto disse que tudo foi feito dentro da normalidade.
Mas muita gente não gosta da normalidade paraguaia e insiste em chamar de golpe uma decisão tomada por mais de 90% dos parlamentares, que se basearam rigorosamente na letra do artigo 225 da Constituição de seu país.
Dizem que foi tudo muito rápido e surpreendente. Que não houve tempo para defesa. Que o rito foi muito sumário. Mas tudo está previsto na Constituição, que dá ao Senado a atribuição de fixar o rito para o julgamento, o que foi feito através da Resolução 878.
O que resta dizer? Que a Constituição é de mau gosto e “disgusting” ao fixar um etéreo “mau desempenho” como motivo de impeachment?
Que o Legislativo paraguaio não tem polidez, educação e bons modos ao dar tão pouco prazo para a defesa do acusado?
É um pouco de cinismo e hipocrisia achar que dar mais tempo de defesa ao presidente destituído poderia salvá-lo do impeachment.
A queda dele foi resolvida por razões políticas, e nem 400 dias de prazo de defesa poderiam salvá-lo. Ele simplesmente perdeu catastroficamente o apoio político de sua base de sustentação e a votação do processo de impeachment apenas confirmou que ele perdeu as condições mínimas de governabilidade.
Se a Constituição do Paraguai tem um defeito, ele é de concepção: fixou critérios quase parlamentaristas para julgar um governo presidencialista. O presidente ganhou um voto de desconfiança – que apelidaram de “mau desempenho”- e caiu.
Como provar alguma coisa como “mau desempenho” se não através de critérios puramente políticos?
Essa é a Constituição que o Paraguai tem, não a que os palpiteiros da UNASUL acham que deveria ter.
Na Venezuela, por exemplo, casuísticas normas eleitorais permitem que 51% dos eleitores elejam 66 deputados enquanto 49% elegem 96 deputados- do partido do governo, claro. Alguém reclamou?
Enquanto a normalidade da vida democrática foi mantida no Paraguai e o próprio Lugo anunciou que pretende candidatar-se de novo nas eleições de abril de 2013, além de manifestar-se contra sanções econômicas contra seu país, a UNASUL e o Mercosul afastam o Paraguai de seu convívio, com a aquiescência bovina da diplomacia brasileira, a reboque do ativismo “bolivariano”.
É fácil concluir qual é o verdadeiro golpe no Paraguai e qual é seu objetivo: afastar o único obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul.
As tais “cláusulas democráticas” só valem para enquadrar os inimigos. Para os amigos, nem a lei.
- rodrigo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Se nesse momento, o mundo bélico que importa não estivesse com a cabeça no Oriente Médio, já estariam se estapeando para se instalar no Paraguai. EUA, Rússia, China. O Paraguai pode receber sem restrições. E Brasil e Argentina, com caças ou blindados americanos ou russos aqui do lado, estão f... e mal pagos.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Túlio escreveu:Agora são dois os "estúpidos"!
O fato é que os estamos empurrando para o colo dos EUA ou China, levados pelas charlas do Chapolim e da Madame Botox. Vergonhoso nos conformarmos com um protagonismo secundário (a reboque dos bovinos) onde deveria ser o NOSSO backyard...
Beleza Túlio!!!
É isso que estou tentando dizer , o Brasil está se intrometendo nos assuntos internos do Paraguai por pura" ideologice" e vai acabar dando espaço pra quem a muito tempo está querendo se estabelecer na região. A posição brasileira não foi de estado, ela foi ideológica/partidária/equivocada.
O Chaves , a tia botóxica, o Correa e o cocaleiro fazem o que querem nas suas democracias e ninguém se intromete. O golpe no Paraguai não foi interno( pois seguiu a sua Constituição,se ela é ruim e golpista é problema deles, mas ela está lá e a seguiram) ele foi externo, contradizendo a ideologia esquerdista dos bolivarianos de plantão.
A decisão do bloco não respeitou o Paraguai e impôs um castigo de menino num país soberano.O Paraguai não tem que ter sua constituição para satisfazer as vontades políticas de ninguém!! Se os paraguaios querem ter uma constituição com viés parlamentarista, podendo colocar seu presidente diante de um voto de desconfiança, que se f.. todos os outros países..
Se a Am. do Sul quer ter esta postura, que a tenham com todos os outros, inclusive Cuba e Venezuela...
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O fato puro e simples é que, país nenhum, que defenda o regime político cubano, tem moral para questionar a constitucionalidade ou a democracia de mais ninguém, neste ou em outros mundos.Italo Lobo escreveu:Se a Am. do Sul quer ter esta postura, que a tenham com todos os outros, inclusive Cuba e Venezuela...
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Colegas/amigos, diria que, neste caso, o termo por mim cunhado "IDEOLOGICE" não esgota a questão. Diria que outra expressão, cunhada pelo LIMA véio, vai mais adiante:
O QUÊ QUEREMOS SER QUANDO CRESCERMOS?
Queremos LIDERAR os menores ou sermos LIDERADOS por eles ou mesmo por uma potência extracontinental? As portas de Paraguai - e se bobear, em breve as da Bolívia - estão escancaradas à influência estrangeira, eles estão sendo asfixiados. Poderíamos ser nós mas também podem ser os ianques ou Chineses a dar-lhes fôlego. Do jeito que vai, uma basezinha militar e todos os problemas do Paraguai acabariam.
E começariam os NOSSOS...
O QUÊ QUEREMOS SER QUANDO CRESCERMOS?
Queremos LIDERAR os menores ou sermos LIDERADOS por eles ou mesmo por uma potência extracontinental? As portas de Paraguai - e se bobear, em breve as da Bolívia - estão escancaradas à influência estrangeira, eles estão sendo asfixiados. Poderíamos ser nós mas também podem ser os ianques ou Chineses a dar-lhes fôlego. Do jeito que vai, uma basezinha militar e todos os problemas do Paraguai acabariam.
E começariam os NOSSOS...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
e o Brasil podia tomar a atitude soberana de fechar a fronteira... ficaríamos livres do tráfico de drogas, armas e bugigangas..Italo Lobo escreveu:Sterrius escreveu:Fora das reuniões o mercosul fica então com 1 ano pra resolver qualquer coisa que estava travada pelo paraguai.
O Paraguai deveria tomar algumas atitudes soberanas como:
1. Sair do Mercosul e UNASUL;
2. Cortar a energia elétrica que vende pra Argentina - com isso a tia botóxica de lá, não teria como usar o secador de cabelos;
3. Oferecer aos EUA quantas bases ele quiser em seu território, a fim de combater o terrorismo na tríplice fronteira em troca de um acordo comercial;
4. Fazer acordo com a nova Aliança do Pacífico;
5. Criar em seu território uma filial da China Bagulhos( a Chinaguaia) e "exportar" para todos os países vizinhos...
6. Apoiar a Inglaterra na questão das Malvinas e fazer manobras militares com eles em seu território;
Finalmente mandar toda esta cambada ideológica da Bolívia/Argentina/Equador/Venezuela e Brasil se fu..
e a Argentina podia tomar a atitude soberana de 'devolver' os 3 milhões de Paraguaios que vivem no país....
assistiríamos de camarote um país com bases dos EUA, Russia e China e com índices de qualidade de vida africano.