Paraguai

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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2491 Mensagem por wagnerm25 » Qua Jun 27, 2012 10:40 am

O Franco anda bem saidinho. Em entrevista ao La Nacion:

En una entrevista con medios extranjeros, entre ellos LA NACION, habló del juicio político a Lugo , al que se negó a calificar de "juicio justo", y señaló que su prioridad en este momento no es revertir la dura reacción de la comunidad internacional que provocó su llegada al poder. Pero reconoció: "Lo que menos quiero es tener problemas con dos países poderosos, como la Argentina y Brasil, que tienen a Paraguay en el medio".

Y no dudó en lanzar un recordatorio, que sirvió de advertencia, sobre la necesidad de la Argentina de la energía que llega de la central hidroeléctrica Yacyretá. "Gran parte de la iluminación de Buenos Aires la entregamos nosotros desde Yacyretá."

É como quem diz "É melhor vcs não me incomodarem"




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NettoBR
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2492 Mensagem por NettoBR » Qua Jun 27, 2012 11:19 am

O Paraguai precisa da energia do Brasil, a Argentina da energia do Paraguai... é um rolo danado. :?




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2493 Mensagem por Clermont » Qua Jun 27, 2012 11:55 am

A leviana diplomacia do espetáculo.

Elio Gaspari, O Globo - 27.06.12.

Poucas vezes a diplomacia brasileira meteu-se numa estudantada semelhante à truculenta intervenção nos assuntos internos do Paraguai. O presidente Fernando Lugo foi impedido por 39 votos a 4, num ato soberano do Senado. Nenhum soldado foi à rua, nenhuma linha de noticiário foi censurada, o ex-bispo promíscuo aceitou o resultado, continua vivendo na sua casa de Assunção e foi substituído pelo vice-presidente, seu companheiro de chapa.

Nada a ver com o golpe hondurenho de 2009, durante o qual o presidente Zelaya foi embarcado para o exílio no meio da noite.

Quando começou a crise que levou ao impedimento de Lugo, a diplomacia de eventos da doutora Dilma estava ocupada com a cenografia da Rio+20. Pode-se supor que a embaixada brasileira em Assunção houvesse alertado Brasília para a gravidade da crise, mas foi a inquietação da presidente argentina Cristina Kirchner que mobilizou o Brasil.

A doutora achou conveniente mobilizar os chanceleres do Unasul, uma entidade ectoplásmica, filha da fantasia do multilateralismo que encanta o chanceler Antonio Patriota.

As relações do Brasil com o Paraguai não podem ser regidas por critérios multilaterais. Foi no mano a mano que o presidente Fernando Henrique Cardoso impediu um golpe contra o presidente Juan Carlos Wasmosy em 1996. Fez isso sem espetacularização da crise.

A decisão de excluir o Paraguai da reunião do Mercosul é prepotente e inútil. Quando se vê que o presidente Hugo Chavez, da Venezuela, cortou o fornecimento de petróleo ao Paraguai e que a Argentina foi além nas suas sanções, percebe-se quem está a reboque de quem.

Multilateralismo no qual cada um faz o que quer é novidade. Existe uma coisa chamada Mercosul, banem o Paraguai mas querem incluir nele a Venezuela, que não está na região e muito menos é exemplo de democracia.

Baniu-se o Paraguai porque Lugo foi submetido a um rito sumário. O impedimento seguiu o rito constitucional. Ao novo governo paraguaio não foi dada sequer a palavra na reunião que decidiu o banimento.

Lugo aceitou a decisão do Congresso e agora diz que liderará uma oposição baseada na mobilização dos movimentos sociais. Direito dele, mas, se o Brasil associa-se a esse tipo de política, transforma suas relações diplomáticas numa espécie de Cúpula dos Povos.

Vai todo mundo para o Aterro do Flamengo, organiza-se um grande evento, não dá em nada, mas reconheça-se que se fez um bonito espetáculo.

O multilateralismo da diplomacia da doutora Dilma é uma perigosa parolagem. Quando ela se aborreceu, com razão, porque um burocrata da Organização dos Estados Americanos condenou as obras da hidrelétrica de Belo Monte, simplesmente retirou do fôro o embaixador brasileiro. A OEA é uma irrelevância, mas, para quem gosta de multilateralismo, merece respeito.

A diplomacia brasileira teve um ataque de nervos na Bacia do Prata. O multilateralismo que instrui a estudantada em defesa de Lugo é típica de uma política externa biruta. O chanceler Antonio Patriota poderia ter se reunido com o então vice-presidente paraguaio Federico Franco vinte vezes, mas, se a Argentina queria tomar medidas mais duras, ele não deveria ter ido para uma reunião conjunta, arriscando-se ao papel de adorno.




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2494 Mensagem por wagnerm25 » Qua Jun 27, 2012 1:10 pm

O Gaspari resumiu tudo que eu penso sobre o assunto. O Brasil que deveria ser protagonista, acaba sendo ingenuamente manipulado pelas políticas de movimento estudantil da esquerda latino-americana.

Que período triste para a diplomacia brasileira.




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2495 Mensagem por rodrigo » Qua Jun 27, 2012 1:23 pm

Parece que o Brasil, tardiamente, obedeceu aquele ensinamento de Sun Tsu de se deixar uma ponte para o inimigo fugir. Ficar pressionando um país que tem metade da usina mais importante do Brasil não é inteligente. Falando nisso, a Bolívia e Argentina vivem interessantes momentos de instabilidade. Aliás, estabilidade por essas bandas, só no Brasil, onde ainda existe respeito entre correntes ideológicas, e os interesses dos maiores grupos econômicos vêm sendo preservados pelo menos a 20 anos.




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sossega e depois desinquieta.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2496 Mensagem por NettoBR » Qua Jun 27, 2012 1:25 pm

Boneco de fazendeiro brasileiro enforcado simboliza tensão com sem-terra no Paraguai
João Fellet/BBC Brasil - Quarta, 27 Junho 2012 13:30

Imagem

Na estrada de terra que cruza as prósperas plantações de soja e milho de fazendeiros brasileiros em Ñacunday, no sudeste do Paraguai, a monotonia da paisagem é bruscamente alterada por um gigantesco acampamento no alto de um morro, de onde emanam torres de fumaça.

Lá, numa área reclamada pelo catarinense Tranquilo Favero, conhecido no país como "o rei da soja", 5.000 famílias de trabalhadores sem-terra se instalaram em barracas há oito meses para pressionar o governo a lhes conceder porções de terra na região.

À entrada do acampamento, um sinal de que a convivência entre o grupo e o produtor de soja não anda muito boa: preso a uma forca, um boneco teve o nome Favero estampado em seu peito. Abaixo da inscrição, um recado ao fazendeiro: "vai morrer assim".

A tensão entre sem-terra e "brasiguaios" (como são chamados os cerca de 350 mil brasileiros e seus descendentes que começaram a migrar para o Paraguai em busca de terras baratas nos anos 60) alcança seu ápice em Ñacunday e explica por que a maioria da comunidade apoiou o impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira.

Primeiro presidente esquerdista na história recente do Paraguai, Lugo era apontado por grandes proprietários de terra como um aliado dos sem-terra. Segundo fazendeiros "brasiguaios", enquanto permaneceu no cargo, ele estimulou ocupações, o que teria provocado uma escalada na violência no campo.

Já os sem-terra dizem que simplesmente intensificaram seus esforços para conquistar parte das terras ocupadas "ilegalmente" pelos brasileiros durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).

MORTES

Em 15 de junho, um tiroteio durante uma ação de reintegração de posse na fazenda de um paraguaio em Curuguaty, ao norte de Ñacunday, provocou a morte de 11 sem-terra e seis policiais. O episódio foi citado por congressistas paraguaios como uma mostra de que Lugo perdera o controle dos conflitos agrários. A matança foi um dos argumentos dos parlamentares para destituí-lo, na última sexta-feira.

Para os sem-terra, porém, o confronto em Curuguaty foi desencadeado por "mercenários contratados", que haviam se escondido entre as árvores sem o conhecimento do grupo nem dos policiais. Segundo os "carperos", como os sem-terra são chamados no Paraguai por viverem em "carpas" (barracas), a ação foi armada por poderosos descontentes com o governo Lugo para desestabilizá-lo.

A queda do ex-bispo e a posse do novo presidente, Federico Franco, político à direita do antecessor, gerou apreensão entre a maioria dos líderes sem-terra. Em Ñacunday, eles temem que a mudança fortaleça os "brasiguaios" na disputa, que nos últimos meses ganhou contornos macabros.

No início de maio, o fazendeiro brasileiro Fábio Ruffato, de 35 anos, e seu pai, Valmir Ruffato, 53, foram presos acusados de assassinar três sem-terra que pescavam em sua propriedade. Após serem mortos por tiros, Javier, 25, Justo César, 21, e Oscar Alfredo, de 19, foram estripados.

O advogado Alfredo Maggi, que defende a dupla brasileira, afirma que Fábio confessou o crime, mas que seu pai é inocente. Segundo ele, o brasileiro alegou ter sido provocado anteriormente pelo trio, que já teria entrado na fazenda sem permissão outras vezes. Se condenado, diz o advogado, Fábio pode passar até 25 anos na cadeia.

Segundo Federico Ayala, líder do assentamento Santa Lucia, em Ñacunday, outros dois "carperos" foram mortos por "brasiguaios" na região nos últimos meses. Ele diz que um jovem foi atropelado propositalmente por um caminhão de Favero, e que outro foi alvejado enquanto passava por uma de suas propriedades.

"Todo brasileiro na área é inimigo dos camponeses. Eles estão aqui ilegalmente, são usurpadores", afirma Ayala.

Para Guillermo Duarte, advogado de Favero, as acusações do líder sem-terra "são descabidas, temerárias e deveriam ser feitas ao Ministério Público".

"Essa confusão toda se gerou porque o ex-presidente [Lugo] os enganou, induzindo-os a invadir aquela terra. Mas é uma propriedade privada, que estava prestes a ser cultivada."

Duarte rebate também a acusação de que Favero não detém o título da terra. "Os títulos foram apresentados ao juiz, e não aos sem-terra. Por isso a ordem de despejo foi emitida". O advogado diz esperar que, com a troca no governo, a ação "se cumpra imediatamente".

Nem todos os líderes sem-terra, porém, adotam discurso tão inflamado contra os "brasiguaios". Principal dirigente da Liga Nacional de Carperos (LNC), um dos maiores movimentos sem-terra paraguaios, José Rodríguez diz à BBC Brasil que "para nós não existem brasiguaios".

"Ou são brasileiros, ou são paraguaios. Não somos contra os brasileiros legalmente estabelecidos no Paraguai, mas sim contra a outorga ilegal de terras a estrangeiros".

Segundo ele, porém, "lamentavelmente os brasileiros são a maioria entre esse grupo".

"Eles se assumem como brasileiros ou paraguaios conforme a conveniência. E tentam difundir a falsa ideia de que somos xenófobos".

'TODOS TÊM TÍTULOS'

Representante jurídica dos "brasiguaios" e assessora do Itamaraty, a advogada "brasiguaia" Marilene Sguarizi nega que haja brasileiros estabelecidos ilegalmente no Paraguai. "Todos os colonos brasileiros têm títulos". Ela diz, no entanto, que em parte das contendas entre "brasiguaios" e sem-terra estão em disputa áreas adjacentes às terras tituladas.

Segundo ela, embora as áreas pertençam ao Estado e sejam reclamadas pelos sem-terra, os brasileiros investiram nelas e merecem, portanto, continuar ocupando-as.

Ela afirma ainda que outros conflitos se dão em terras ocupadas pelos brasileiros que tiveram títulos duplicados por "máfias". Nesses casos, a advogada também argumenta que, por terem tornado produtivas terras inóspitas, os brasileiros detêm a primazia de cultivá-las.

"A contribuição dos colonos brasileiros fez com que o Paraguai se tornasse o quarto maior produtor de grãos do mundo", ela afirma. "Nossa produção contribui com 23% da economia do país".

"Os brasileiros escolheram este país para criar seus filhos e netos", diz Sguarizi. "Estamos economicamente bem. Não queremos voltar e não vamos voltar."

Fonte: http://www.circuitomt.com.br/editorias/ ... uaios.html




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2497 Mensagem por Túlio » Qui Jun 28, 2012 1:13 pm

NettoBR escreveu: "Os brasileiros escolheram este país para criar seus filhos e netos", diz Sguarizi. "Estamos economicamente bem. Não queremos voltar e não vamos voltar."

Fonte: http://www.circuitomt.com.br/editorias/ ... uaios.html

Então fiquem por lá e não nos venham encher o saco quando os paraguas lhes saltarem à garganta. Porque essa charla de serem Brasileiros ou Paraguaios CONFORME CONVÉM já está demais. Não sei por que o nosso GF ainda dá bola para essa gente... :evil: :evil: :evil: :evil:




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2498 Mensagem por nveras » Qui Jun 28, 2012 1:30 pm

X2´. É muito conveniente ganhar dinheiro no Paraguai e depois ficar arregando pro Brasil quando a coisa aperta. Brasiguaio não existe, brasileiro ou paraguaio, escolhe.




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2499 Mensagem por NettoBR » Qui Jun 28, 2012 1:38 pm

Paraguai 'não aceita' sua exclusão da cúpula da Unasul
Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 28/06/2012 13:29

Assunção, 28 jun (EFE).- O governo do Paraguai 'não aceita' a decisão da União de Nações Sul-americanas (Unasul) de excluí-lo de sua próxima cúpula extraordinária em Mendoza, que 'se foi tomada sem base jurídica alguma', informou nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores do país.

Em comunicado, a Chancelaria criticou o fato de a decisão ter 'sido adotada sem observar as disposições do Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-americanas', em virtude do qual a convocação 'só pode ser realizada através da Presidência temporária', que atualmente é exercida pelo próprio Paraguai.

'A Presidência pró tempore deve preparar e presidir tais reuniões', mas 'foi desconhecida', de modo que a reunião de Mendoza, realizada em conjunto com uma cúpula do Mercosul que também excluiu o Paraguai, 'foi convocada por um procedimento não previsto nem autorizado no Tratado' da Unasul, segundo a nota oficial.

Fontes: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =251575614




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2500 Mensagem por NettoBR » Qui Jun 28, 2012 1:43 pm

Ministro de Dilma diz esperar reação do Mercosul à queda de Lugo
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 28/06/2012 05:25

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, diz esperar que a reunião de cúpula do Mercosul, que começa nesta quinta-feira na cidade argentina de Mendoza, gere uma manifestação contra o impeachment relâmpago de Fernando Lugo da Presidência do Paraguai.

'Esperamos que a cúpula faça uma manifestação forte e definitiva contra o que aconteceu com o Lugo e nossos irmãos paraguaios', afirmou Carvalho.

Segundo ele, 'não se pode aceitar o que houve no Paraguai porque vai na contramão de tudo o que temos constituído'. As declarações do ministro foram feitas durante discurso na quarta-feira para uma multidão que erguia bandeiras do Paraguai e da Argentina no chamado 'Encontro Social do Mercosul' com entidades e movimentos sociais.

Carvalho costuma ser definido como o elo entre o governo da presidente Dilma Rousseff e os movimentos sociais. 'Não se pode vilipendiar um processo eleitoral legítimo que elegeu um representante popular, que é Lugo'.

Na sua opinião, o impeachment, na semana passada, foi 'uma reação dos que têm medo da democracia popular'. Carvalho destacou a importância da 'solidariedade com os paraguaios'.

Na mesma linha de defesa de Lugo e contra sua saída do palácio presidencial, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman, disse que os países do Mercosul e da Unasul 'repudiam' o que ocorreu no Paraguai.

Eles não citaram o nome do ex-vice-presidente de Lugo, Federico Franco, que assumiu a Presidência do país. 'Na sexta-feira, Fernando Lugo não estava sozinho. Os companheiros paraguaios que (no encontro) erguem as bandeiras não estão sozinhos. O Paraguai não está sozinho', afrmou Timerman.

Repetição

Imagem
"Policiais guardam área próxima a hotel onde haverá uma reunião do Mercosul (foto: Reuters)"

Ele afirmou que ocorreram 'muitos golpes' ao longo da historia da América Latina e indicou que por essa razão existe reação regional contra o episódio no Paraguai. Ele sugeriu que existe temor de que o que ocorreu no Paraguai possa se repetir em outro país da região.

'Nós estamos comprometidos com a cláusula democrática e vamos defender todos os instrumentos internacionais que assinamos. Porque se nos descuidarmos farão o mesmo na República do Uruguai, o mesmo no Brasil e em todos os países da região, porque não toleram que lhes governem', afirmou.

Segundo ele, grupos opositores pretenderiam, se pudessem, 'destituir' a presidente argentina Cristina Kirchner. A cada frase mais entusiasmada dos oradores, os manifestantes aplaudiam e erguiam bandeiras. Segundo Tirmerman, não há intenção dos países da região de prejudicar os paraguaios.

No encontro de cúpula em Mendoza, nestas quinta e sexta-feiras, deverão ser discutidas formas de sanção ao Paraguai, que foi suspenso da reunião após a destituição de Lugo.

'Muitos dizem que não podemos provocar danos ao povo paraguaio. Eu falei sobre esse assunto com os opositores de Fernando Lugo e lhes disse: são vocês os que estão provocando danos ao povo paraguaio. Nunca provocaremos danos ao povo paraguaio', disse o ministro das Relações Exteriores da Argentina.

Timerman afirmou ainda que a reação conjunta do Mercosul é em 'solidariedade' aos paraguaios e não porque se pretenda intervir na política do país vizinho.

Ele afirmou que a Unasul agiu em diferentes situações como no 'golpe' em Honduras e nas tentativas de quebra da institucionalidade provocada por opositores na Bolívia e no Equador.

Segundo ele, é preciso estar atento aos que 'não gostam de ser governados' pelos atuais presidentes. No discurso, ele citou os nomes das presidentes Dilma e Cristina e dos presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Bolívia, Evo Morales. A Argentina está na presidência temporária do Mercosul e por esta razão a reunião é em Mendoza.

Na sexta-feira, o encontro será entre os presidentes da Unasul (que reúne todos os países da América do Sul). A Argentina, como afirmaram analistas paraguaios ouvidos pela BBC Brasil, teve uma reação 'mais forte' que a do Brasil ao retirar seu embaixador do Paraguai logo após a destituição de Lugo. O Brasil e o Uruguai chamaram seus embaixadores para consultas.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/minist ... da-de-lugo




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora

#2501 Mensagem por NettoBR » Qui Jun 28, 2012 1:48 pm

Ministra paraguaia acusa chanceler venezuelano de rebelar militares
28/06/2012 - 12h38

DA EFE, EM ASSUNÇÃO

A ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, denunciou nesta quinta-feira que o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, tentou "sublevar" as Forças Armadas do Paraguai quando esteve no país há uma semana para acompanhar o julgamento político contra o ex-presidente Fernando Lugo.

Segundo María Liz, na sexta-feira passada, enquanto Maduro participava de uma missão de chanceleres da Unasul (União Sul-Americana de Nações), ele se reuniu no Palácio Presidencial com os comandantes das Forças Armadas paraguaias.

Maduro, que segundo a ministra foi à reunião acompanhado do embaixador do Equador no Paraguai, Julio Prado, "inflamou os militares a responder à situação que estava ocorrendo naquele momento contra o presidente Lugo" em troca do "apoio dos países em nível internacional".

A ministra fez a denúncia nesta quinta-feira em declarações aos jornalistas que cobriam a posse do novo chefe da segurança presidencial de Federico Franco, o sucessor de Lugo.

TROCA DE GUARDA

María Liz García disse que em 22 de junho, enquanto o julgamento de Lugo era realizado, o chefe do Gabinete Militar da Presidência, o general Ángel Vallovera, convocou os comandantes das Forças Armadas e Maduro conversou com eles.

Vallovera foi substituído na quarta-feira pelo general Juan Carlos Vega num ato no qual Franco substituiu também os comandantes do Exército e da Marinha.

Em resposta a Maduro, "as Forças Armadas atuaram constitucionalmente e graças a eles hoje estamos todos tranquilos", acrescentou a ministra.

Além disso, María Liz esclareceu que a suposta oferta do chanceler venezuelano aos militares não foi "para impedir o julgamento político", mas para que "respondessem ao que fosse ocorrer com o presidente Lugo, mas "eles se mantiveram firmes em obedecer à autoridade legal e legitimamente constituída".

Inicialmente, ao ser consultada pelos repórteres, a ministra indicou que não tinha informação sobre o incidente, publicado hoje na imprensa paraguaia a partir de "fontes ligadas" a Franco, mas depois voltou a conversar com os jornalistas e explicou que tinha recebido informações recentes que confirmavam o fato.

INVESTIGAÇÃO

O deputado paraguaio Justo Cárdenas, do Partido Colorado, formação que governou durante 61 anos o Paraguai, até a chegada de Lugo à Presidência, em 2008, pediu que o Ministério Público investigue o caso.

Maduro foi declarado na terça-feira passada "persona non grata" pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados do Paraguai por afirmar no último dia 22 que o julgamento político contra Lugo era um "atropelo das instituições democráticas e um golpe parlamentar ao estado de direito".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1111 ... ares.shtml




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#2502 Mensagem por Boss » Qui Jun 28, 2012 5:22 pm

Sem o Paraguai, podemos fazer acordos com a China pelo Mercosul, como visto nessa notícia do Valor, e também, enfim, admitir definitivamente a Venezuela no Mercosul.

Muito mais lucrativo do que manter esse dois de paus no Mercosul.

Tomara que nem volte. Foi tarde...




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#2503 Mensagem por Túlio » Qui Jun 28, 2012 7:04 pm

Boss escreveu:Sem o Paraguai, podemos fazer acordos com a China pelo Mercosul, como visto nessa notícia do Valor, e também, enfim, admitir definitivamente a Venezuela no Mercosul.

Muito mais lucrativo do que manter esse dois de paus no Mercosul.

Tomara que nem volte. Foi tarde...

...bobear e pro colo DOS IANQUES, que reconheceram sem hesitar o novo governo, enquanto o nosso GF novamente nos atrela aos delírios da dupla Kirchner/Chávez - :twisted: TINHA que ser o Chávez :twisted: - para prejuízo nosso. Depois eles ativam uma baita base aqui do lado e aí eu quero ver...




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#2504 Mensagem por WalterGaudério » Qui Jun 28, 2012 11:15 pm

Túlio escreveu:
Boss escreveu:Sem o Paraguai, podemos fazer acordos com a China pelo Mercosul, como visto nessa notícia do Valor, e também, enfim, admitir definitivamente a Venezuela no Mercosul.

Muito mais lucrativo do que manter esse dois de paus no Mercosul.

Tomara que nem volte. Foi tarde...

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Isso é tremendamente razoável, uma vez que o Chavez tinha feito o LUgo assinar uma acordo de "colaboração" extenso, justamente após a cerimônia de posse, justamente prevendo a faculdade de trânsito de tropas "bolivarianas" no Paraguai.




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#2505 Mensagem por romeo » Sex Jun 29, 2012 12:14 am

Túlio...Tinha pensado exatamente isso, ainda mais após a negativa na Argentina.

[009]
Túlio escreveu:
Boss escreveu:Sem o Paraguai, podemos fazer acordos com a China pelo Mercosul, como visto nessa notícia do Valor, e também, enfim, admitir definitivamente a Venezuela no Mercosul.

Muito mais lucrativo do que manter esse dois de paus no Mercosul.

Tomara que nem volte. Foi tarde...

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