Paraguai
Moderador: Conselho de Moderação
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Eles podem usar a energia da maneira que queiram, desde que paguem a dívida da construção da usina, paga hoje pelo Brasil recebendo esta energia.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- wagnerm25
- Sênior
- Mensagens: 3590
- Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
- Agradeceu: 83 vezes
- Agradeceram: 198 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Isso é verdade, mas também é verdade que contrato assinado na America Latina, em especial a sob influência da Venezuela, não vale muita coisa.delmar escreveu:A metade da energia produzida em Itaipu é dos paraguaios. O acordo prevê que eles vendam ao Brasil a parte que não utilizarem. Se, num futuro distante, a indústria paraguaia crescer tanto que acabe necessitando de toda energia produzida na parte deles, não haverá mais venda ao Brasil. É o que diz o contrato e contratos devem ser cumpridos. O resto é conversa pra boi dormir.wagnerm25 escreveu:Olha aí ó: O que nos custa essa política de bunda-molice com a vizinhança mal-educada.
No discurso de posse, o novo diretor da usina compartilhada com o Brasil defendeu a redução da venda de energia elétrica excedente aos brasileiros e o "uso pleno" dessa energia em território paraguaio.
"Não mais venda de energia elétrica, embora nos traga divisas. Utilização plena de nossa energia no Paraguai, gerando indústria, postos de trabalho; energia elétrica para todos os níveis e todos os setores", afirmou o novo diretor nomeado pelo presidente Federico Franco, que assumiu o cargo na sexta-feira após o poêmico impeachment do ex-mandatário Fernando Lugo
-
- Sênior
- Mensagens: 2627
- Registrado em: Dom Ago 02, 2009 1:16 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 147 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Eles só usam 10% do que a usina produz. Teriam que quituplicar o consumo pra consumir o excedente. Nós buanas só crescemos a taxa de 2 a 3% ao ano, portanto, levaria bem mais de 20 anos.wagnerm25 escreveu:Isso é verdade, mas também é verdade que contrato assinado na America Latina, em especial a sob influência da Venezuela, não vale muita coisa.delmar escreveu: A metade da energia produzida em Itaipu é dos paraguaios. O acordo prevê que eles vendam ao Brasil a parte que não utilizarem. Se, num futuro distante, a indústria paraguaia crescer tanto que acabe necessitando de toda energia produzida na parte deles, não haverá mais venda ao Brasil. É o que diz o contrato e contratos devem ser cumpridos. O resto é conversa pra boi dormir.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- delmar
- Sênior
- Mensagens: 5256
- Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
- Localização: porto alegre
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 504 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Exatamente, o Paraguai paga sua parte " em espécie", ou seja com a energia elétrica. Agora, se não me engano de data, em 2018 a dívida acaba. Está no contrato. O que devemos fazer é construir nova usinas prevendo que poderemos ficar apenas com nossa metade. Não sei quanto dará isto.Marino escreveu:Eles podem usar a energia da maneira que queiram, desde que paguem a dívida da construção da usina, paga hoje pelo Brasil recebendo esta energia.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Acho que é em 2023, e as usinas que estão sendo construidas tem ativistas enchendo o saco.
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- delmar
- Sênior
- Mensagens: 5256
- Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
- Localização: porto alegre
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 504 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
As idéias colonialista e imperialistas não acabam nunca. Neste exato momento algum europeu ou americano arrogante deve estar dizendo "A OTAN deve ocupar a amazônia para proteger a natureza, foda-se o Brasil". Já aqui no Brasil um arrogante sub-desenvolvido está replicando, "Vamos anexar Itaipú e foda-se o Paraguai", cada um é imperialista e arrogante dentro de suas limitações.Boss escreveu:O Brasil deveria anexar Itaipu inteira, foda-se o Paraguai.
Nos devem a existência, largar mão de metade de um lago (cuja usina nós construímos) é o mínimo que podem fazer para agradecer.
Ou talvez preferiam ser parte da Argentina e de Mato Grosso do Sul...
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Brasiguaios prestam apoio político em encontro com novo presidente do Paraguai
26/06/2012 - 13h43
Brasília – Agricultores e empresários de origem brasileira se reuniram hoje (26) com o presidente paraguaio, Federico Franco, para mostrar apoio ao novo governo e pedir que crie políticas que promovam a paz no campo. Franco prometeu aos brasiguaios trabalhar para cumprir esses pedidos, segundo informou o representante da Coordenadoria Agrícola do Paraguai, Aurio Frigueto.
Os brasiguaios, como são chamados os brasileiros que vivem no Paraguai, também encaminharam documento à presidenta Dilma Rousseff pedindo para reconhecer o novo governo paraguaio. Esses brasileiros relatam que sofreram perseguição nos últimos anos e ficaram impedidos de trabalhar, vivendo ameaçados por carperos (sem-terra paraguaios).
De acordo com informação de Frigueto, os agricultores disseram ainda que uma comissão de brasiguaios viaja hoje ao Brasil para se reunir com parlamentares brasileiros para pedir que o governo brasileiro reconheça o governo de Franco.
O coordenador disse ainda que os países da região não devem se intrometer em questões internas do Paraguai e que o governo de Franco é legal e legítimo.
A má condução dos conflitos agrários foi um dos pontos levantados por parlamentares paraguaios como justificativa para o pedido de impeachment contra o ex-presidente Fernando Lugo.
Entre as cinco acusações, duas são ligadas a questões agrárias. Uma delas foi a de obrigar militares a se submeter às ordens de sem-terra, e a outra foi motivada pelas ações dos guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio), responsabilizado pelo confronto entre policiais e camponeses que causou a morte de 17 pessoas.
As outras acusações contra Lugo foram de apoio a manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009; falta de competência para combater atos de violência no país; e violação das leis paraguaias ao ratificar Protocolo de Ushuaia 2, que prevê intervenção externa caso a democracia esteja em perigo.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... o-paraguai
26/06/2012 - 13h43
Brasília – Agricultores e empresários de origem brasileira se reuniram hoje (26) com o presidente paraguaio, Federico Franco, para mostrar apoio ao novo governo e pedir que crie políticas que promovam a paz no campo. Franco prometeu aos brasiguaios trabalhar para cumprir esses pedidos, segundo informou o representante da Coordenadoria Agrícola do Paraguai, Aurio Frigueto.
Os brasiguaios, como são chamados os brasileiros que vivem no Paraguai, também encaminharam documento à presidenta Dilma Rousseff pedindo para reconhecer o novo governo paraguaio. Esses brasileiros relatam que sofreram perseguição nos últimos anos e ficaram impedidos de trabalhar, vivendo ameaçados por carperos (sem-terra paraguaios).
De acordo com informação de Frigueto, os agricultores disseram ainda que uma comissão de brasiguaios viaja hoje ao Brasil para se reunir com parlamentares brasileiros para pedir que o governo brasileiro reconheça o governo de Franco.
O coordenador disse ainda que os países da região não devem se intrometer em questões internas do Paraguai e que o governo de Franco é legal e legítimo.
A má condução dos conflitos agrários foi um dos pontos levantados por parlamentares paraguaios como justificativa para o pedido de impeachment contra o ex-presidente Fernando Lugo.
Entre as cinco acusações, duas são ligadas a questões agrárias. Uma delas foi a de obrigar militares a se submeter às ordens de sem-terra, e a outra foi motivada pelas ações dos guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio), responsabilizado pelo confronto entre policiais e camponeses que causou a morte de 17 pessoas.
As outras acusações contra Lugo foram de apoio a manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009; falta de competência para combater atos de violência no país; e violação das leis paraguaias ao ratificar Protocolo de Ushuaia 2, que prevê intervenção externa caso a democracia esteja em perigo.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... o-paraguai
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Crise no Paraguai gera sessão extraordinária da OEA e debates na Unasul e Mercosul
26/06/2012 - 5h49
Assunção – A crise política no Paraguai será tema hoje (26), amanhã e sexta-feira (29) de reuniões da comunidade internacional. A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou sessão extraordinária hoje para debater o assunto, amanhã será a vez dos chefes de Estado e Governo reunidos na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, em seguida, os presidentes do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai) discutirão o tema.
O secretário-geral geral da OEA, José Miguel Insulza, cancelou viagem para o Peru, onde estava prevista sua participação em uma conferência sobre drogas, para se dedicar às discussões a respeito da situação política no Paraguai. É a segunda vez que a organização se manifestará sobre o país. Na véspera da decisão do impeachment, no dia 21, a entidade pediu às autoridades paraguaias para respeitar o direito de defesa do ex-presidente Fernando Lugo e as instituições democráticas.
Em comunicado divulgado ontem (25), a OEA informou que a reunião foi convocada para discutir a situação no Paraguai, mas advertiu: “Se necessário, serão tomadas decisões acordadas pelo Conselho Permanente”. Para negociadores que acompanham o tema, é possível que a OEA siga o exemplo do Mercosul e também decrete a suspensão temporária do Paraguai.
Há três anos, quando Manuel Zelaya, então presidente de Honduras, foi destituído do cargo, a OEA suspendeu o país. A suspensão durou cerca de um ano e a decisão só foi revista depois das eleições para presidente e da confirmação de que a democracia foi respeitada no território hondurenho. Para Insulza, há dúvidas se no Paraguai a Constituição foi respeitada, por isso a convocação dessa reunião.
Amanhã (27), haverá a reunião da Unasul em Lima, no Peru. Até ontem (25), o ex-presidente Fernando Lugo disse que ia participar do encontro, segundo ele para pedir a prorrogação do prazo da Presidência do Paraguai como pro tempore no bloco. No entanto, legalmente, Lugo não é mais presidente, portanto o pedido não pode ser encaminhado por ele.
A expectativa, com base na decisão tomada pelo Mercosul anteontem (24), é que a Unasul também suspenda temporariamente o Paraguai do bloco. A interpretação se baseia no fato de nove países - o Brasil, a Argentina, o Uruguai, Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru – dos 12 da Unasul terem apoiado a suspensão do Paraguai no documento emitido pelo Mercosul.
Na sexta-feira (29), será realizada a Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. A presidenta Dilma Rousseff já confirmou presença. Novamente, a crise política no Paraguai será tema. O receio dos paraguaios é que sejam adotadas sanções ao país em decorrência da suspensão provisória. Porém, todas as decisões serão tomadas em conjunto, sinalizaram os negociadores brasileiros, argentinos e uruguaios.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... e-mercosul
26/06/2012 - 5h49
Assunção – A crise política no Paraguai será tema hoje (26), amanhã e sexta-feira (29) de reuniões da comunidade internacional. A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou sessão extraordinária hoje para debater o assunto, amanhã será a vez dos chefes de Estado e Governo reunidos na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, em seguida, os presidentes do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai) discutirão o tema.
O secretário-geral geral da OEA, José Miguel Insulza, cancelou viagem para o Peru, onde estava prevista sua participação em uma conferência sobre drogas, para se dedicar às discussões a respeito da situação política no Paraguai. É a segunda vez que a organização se manifestará sobre o país. Na véspera da decisão do impeachment, no dia 21, a entidade pediu às autoridades paraguaias para respeitar o direito de defesa do ex-presidente Fernando Lugo e as instituições democráticas.
Em comunicado divulgado ontem (25), a OEA informou que a reunião foi convocada para discutir a situação no Paraguai, mas advertiu: “Se necessário, serão tomadas decisões acordadas pelo Conselho Permanente”. Para negociadores que acompanham o tema, é possível que a OEA siga o exemplo do Mercosul e também decrete a suspensão temporária do Paraguai.
Há três anos, quando Manuel Zelaya, então presidente de Honduras, foi destituído do cargo, a OEA suspendeu o país. A suspensão durou cerca de um ano e a decisão só foi revista depois das eleições para presidente e da confirmação de que a democracia foi respeitada no território hondurenho. Para Insulza, há dúvidas se no Paraguai a Constituição foi respeitada, por isso a convocação dessa reunião.
Amanhã (27), haverá a reunião da Unasul em Lima, no Peru. Até ontem (25), o ex-presidente Fernando Lugo disse que ia participar do encontro, segundo ele para pedir a prorrogação do prazo da Presidência do Paraguai como pro tempore no bloco. No entanto, legalmente, Lugo não é mais presidente, portanto o pedido não pode ser encaminhado por ele.
A expectativa, com base na decisão tomada pelo Mercosul anteontem (24), é que a Unasul também suspenda temporariamente o Paraguai do bloco. A interpretação se baseia no fato de nove países - o Brasil, a Argentina, o Uruguai, Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru – dos 12 da Unasul terem apoiado a suspensão do Paraguai no documento emitido pelo Mercosul.
Na sexta-feira (29), será realizada a Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. A presidenta Dilma Rousseff já confirmou presença. Novamente, a crise política no Paraguai será tema. O receio dos paraguaios é que sejam adotadas sanções ao país em decorrência da suspensão provisória. Porém, todas as decisões serão tomadas em conjunto, sinalizaram os negociadores brasileiros, argentinos e uruguaios.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... e-mercosul
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Nada a ver Amazonia com Itaipu.delmar escreveu:As idéias colonialista e imperialistas não acabam nunca. Neste exato momento algum europeu ou americano arrogante deve estar dizendo "A OTAN deve ocupar a amazônia para proteger a natureza, foda-se o Brasil". Já aqui no Brasil um arrogante sub-desenvolvido está replicando, "Vamos anexar Itaipú e foda-se o Paraguai", cada um é imperialista e arrogante dentro de suas limitações.Boss escreveu:O Brasil deveria anexar Itaipu inteira, foda-se o Paraguai.
Nos devem a existência, largar mão de metade de um lago (cuja usina nós construímos) é o mínimo que podem fazer para agradecer.
Ou talvez preferiam ser parte da Argentina e de Mato Grosso do Sul...
- delmar
- Sênior
- Mensagens: 5256
- Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
- Localização: porto alegre
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 504 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Mas a idéia de tomar posse pela força daquilo que não lhe pertence, sob várias justificativas é a mesma. O último que fez isto foi o Sadam Hussein ao invadir o Kuwait, que estaria tirando petróleo dos campos iraquianos. Todos sabem bem como terminou.Nada a ver Amazonia com Itaipu.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Crise paraguaia requer sensatez.
O Globo - EDITORIAL - 26.06.12.
O impeachment de Fernando Lugo, executado em alta velocidade e por ampla maioria no Congresso paraguaio, coloca o Brasil diante de uma situação intrincada, circunstância em que a melhor postura a assumir é de serenidade, longe de escaladas verbais e rompantes de bolivarianos e chavistas espalhados pelo continente, inclusive com representantes em Brasília.
Além de a teoria do “golpe parlamentar” ser discutível, o Brasil, ao contrário de outros vizinhos, tem enormes interesses objetivos no Paraguai, como a energia de Itaipu, o comércio propriamente dito, além de uma grande comunidade de “brasiguaios”, responsáveis pelo crescimento agrícola do país e alvo de grupos radicais de sem-terra, fortalecidos com o pouco caso de Lugo diante do agravamento do conflito agrário, um dos argumentos a favor do seu impeachment.
A tese do “golpe” já tinha contra si o fato de não haver notícia de mudanças de legislação encomendadas com o objetivo de afastar o ex-bispo.
O apoio político-parlamentar quase nulo de Lugo - perdeu na Câmara por 73 a 1, e, no Senado, 39 a 4 - não seria suficiente para atestar a legalidade do impeachment. Mas, além do cumprimento formal dos dispositivos legais, a decisão dos parlamentares foi referendada pela Corte Suprema paraguaia, ao mesmo tempo em que o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do país reconhecia o vice de Lugo, Frederico Franco, como o novo presidente do Paraguai.
O suposto “golpe parlamentar” paraguaio equivale a um outro, idêntico, desfechado pelo Congresso e Justiça de Honduras, em 2009, quando o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, com apoio de Hugo Chávez, tentou aplicar o conhecido “kit bolivariano” de convocar um plebiscito e aprovar mudanças constitucionais para se reeleger.
Como há dispositivo na Constituição de Honduras que pune com o afastamento do cargo presidente que tentar manobras para se perpetuar no poder, Zelaya foi destituído legalmente.
Chavistas e bolivarianos protestaram, e o Brasil de Lula e Celso Amorim foi atrás. Chegou a abrigar Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa, convertida em comitê de resistência, contra a tradição de profissionalismo do Itamaraty.
Foram feitas eleições, vencidas por Roberto Micheletti, mas o Brasil continuou sob a liderança chavista e se recusou a reconhecer o novo governo.
A história se repete, de forma bem mais crítica para o Brasil, por ser o Paraguai um país estratégico para os interesses nacionais. Mesmo que o impeachment houvesse tramitado por semanas, Venezuela, Honduras, Equador e Bolívia o denunciariam como “golpe”.
Inclusive a Argentina, pois, diante do agravamento dos problemas internos, Cristina Kirchner não tem deixado passar oportunidade de manipular assuntos externos para tentar entreter a opinião pública argentina.
Tudo deve ser feito para evitar conflitos no Paraguai. Sintomático que Lugo tenha aceitado o impeachment sem resistir, e, ao perceber o coro de “golpe parlamentar”, decidiu reunir seu gabinete em frente de casa.
Semeou, com a ajuda do governo Dilma, de Cristina K. e demais o risco de um grande conflito, contra os interesses do Estado brasileiro.
Não que as evidências de um impeachment em rito sumário não devam chamar a atenção de Mercosul, Unasul e OEA. Mas decretar a priori a existência de um “golpe parlamentar” é um excesso.
Mais ainda, num surto ideológico, suspender o país do Mercosul e Unasul, e admitir a presença de Lugo na próxima reunião de cúpula, em Mendoza, Argentina.
O ditador Alfredo Stroessner foi mantido em Assunção durante longo tempo por conveniência de Brasil e Argentina. Este é um tempo a ser sepultado, e a terra por cima devidamente salgada.
Os casos de Honduras e, agora, do Paraguai pelo menos justificam que as mesmas zelosas instituições, e o Itamaraty em particular, também não deixem passar sem análise manipulações que Venezuela, Equador e Bolívia - para citar os notórios - fazem do Congresso e Poder Judiciário a fim de destroçar o que resta de democracia em seus regimes, por meio de instrumentos apenas formalmente democráticos.
O Globo - EDITORIAL - 26.06.12.
O impeachment de Fernando Lugo, executado em alta velocidade e por ampla maioria no Congresso paraguaio, coloca o Brasil diante de uma situação intrincada, circunstância em que a melhor postura a assumir é de serenidade, longe de escaladas verbais e rompantes de bolivarianos e chavistas espalhados pelo continente, inclusive com representantes em Brasília.
Além de a teoria do “golpe parlamentar” ser discutível, o Brasil, ao contrário de outros vizinhos, tem enormes interesses objetivos no Paraguai, como a energia de Itaipu, o comércio propriamente dito, além de uma grande comunidade de “brasiguaios”, responsáveis pelo crescimento agrícola do país e alvo de grupos radicais de sem-terra, fortalecidos com o pouco caso de Lugo diante do agravamento do conflito agrário, um dos argumentos a favor do seu impeachment.
A tese do “golpe” já tinha contra si o fato de não haver notícia de mudanças de legislação encomendadas com o objetivo de afastar o ex-bispo.
O apoio político-parlamentar quase nulo de Lugo - perdeu na Câmara por 73 a 1, e, no Senado, 39 a 4 - não seria suficiente para atestar a legalidade do impeachment. Mas, além do cumprimento formal dos dispositivos legais, a decisão dos parlamentares foi referendada pela Corte Suprema paraguaia, ao mesmo tempo em que o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do país reconhecia o vice de Lugo, Frederico Franco, como o novo presidente do Paraguai.
O suposto “golpe parlamentar” paraguaio equivale a um outro, idêntico, desfechado pelo Congresso e Justiça de Honduras, em 2009, quando o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, com apoio de Hugo Chávez, tentou aplicar o conhecido “kit bolivariano” de convocar um plebiscito e aprovar mudanças constitucionais para se reeleger.
Como há dispositivo na Constituição de Honduras que pune com o afastamento do cargo presidente que tentar manobras para se perpetuar no poder, Zelaya foi destituído legalmente.
Chavistas e bolivarianos protestaram, e o Brasil de Lula e Celso Amorim foi atrás. Chegou a abrigar Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa, convertida em comitê de resistência, contra a tradição de profissionalismo do Itamaraty.
Foram feitas eleições, vencidas por Roberto Micheletti, mas o Brasil continuou sob a liderança chavista e se recusou a reconhecer o novo governo.
A história se repete, de forma bem mais crítica para o Brasil, por ser o Paraguai um país estratégico para os interesses nacionais. Mesmo que o impeachment houvesse tramitado por semanas, Venezuela, Honduras, Equador e Bolívia o denunciariam como “golpe”.
Inclusive a Argentina, pois, diante do agravamento dos problemas internos, Cristina Kirchner não tem deixado passar oportunidade de manipular assuntos externos para tentar entreter a opinião pública argentina.
Tudo deve ser feito para evitar conflitos no Paraguai. Sintomático que Lugo tenha aceitado o impeachment sem resistir, e, ao perceber o coro de “golpe parlamentar”, decidiu reunir seu gabinete em frente de casa.
Semeou, com a ajuda do governo Dilma, de Cristina K. e demais o risco de um grande conflito, contra os interesses do Estado brasileiro.
Não que as evidências de um impeachment em rito sumário não devam chamar a atenção de Mercosul, Unasul e OEA. Mas decretar a priori a existência de um “golpe parlamentar” é um excesso.
Mais ainda, num surto ideológico, suspender o país do Mercosul e Unasul, e admitir a presença de Lugo na próxima reunião de cúpula, em Mendoza, Argentina.
O ditador Alfredo Stroessner foi mantido em Assunção durante longo tempo por conveniência de Brasil e Argentina. Este é um tempo a ser sepultado, e a terra por cima devidamente salgada.
Os casos de Honduras e, agora, do Paraguai pelo menos justificam que as mesmas zelosas instituições, e o Itamaraty em particular, também não deixem passar sem análise manipulações que Venezuela, Equador e Bolívia - para citar os notórios - fazem do Congresso e Poder Judiciário a fim de destroçar o que resta de democracia em seus regimes, por meio de instrumentos apenas formalmente democráticos.
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7692
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 264 vezes
- Agradeceram: 106 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
terra.com.br
Franco diz que relação internacional não é prioridade do Paraguai
26 de junho de 2012 • 19h43
ASSUNÇÃO, 26 Jun (Reuters) - O presidente paraguaio, Federico Franco, que assumiu o cargo após o polêmico impeachment de Fernando Lugo, disse nesta terça-feira que a sua prioridade é organizar a situação interna antes de restabelecer os laços com os países vizinhos, que em alguns casos não reconhecem o seu governo.
Os países sul-americanos estabeleceram um cerco diplomático ao Paraguai por considerar que a saída de Lugo do poder constitui uma ameaça à democracia e muitos qualificaram o processo de impeachment, consumado em menos de dois dias, como uma ruptura da ordem institucional.
Franco também afirmou que o Brasil, com grande influência na política regional, deveria consultar os brasileiros residentes no Paraguai antes de tomar decisões, pois garantiu que eles apoiam o novo governo do país sul-americano.
"Se eu dissesse que minha prioridade é a comunidade internacional estaria mentindo. Hoje tenho que arrumar a casa, transmitir tranquilidade daqui para o mundo internacional", disse Franco a jornalistas em entrevista coletiva na sede do governo.
"Logo sim, prometo e me comprometo que vamos fazer todo o esforço para demonstrar à comunidade internacional e em particular à região que este é um governo absolutamente democrático", acrescentou.
O Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, suspendeu a participação de representantes do governo de Franco em uma cúpula que acontecerá na sexta-feira na província argentina de Mendoza.
Ainda, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que tentou encontrar uma saída para a crise antes que terminasse o processo de impeachment de Lugo, fará uma reunião de emergência no mesmo dia para analisar a situação paraguaia.
Franco disse que seu governo não retaliará eventuais sanções de seus vizinhos, embora tenha ressaltado a importância estratégica do relacionamento com a Argentina e o Brasil, seu principal sócio comercial e com quem compartilha a hidrelétrica de Itaipu.
A Argentina retirou o seu embaixador em Assunção e a presidente Cristina Kirchner disse que o que aconteceu no Paraguai foi um golpe de Estado.
"Com ela (Cristina) vou ter um tratamento especial. Não vão conseguir uma só palavra contra ela. Vou fazer todo o esforço para que a senhora Cristina entenda", disse Franco.
O presidente, que empossou o novo ministro da Fazenda, Manuel Ferreira, disse que irá ao Congresso na quarta-feira para apresentar a equipe econômica e negociar a aprovação de importantes projetos econômicos para a sua gestão.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Faz isso, não ligue para os vizinhos. Mercosul agradece.
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- BrasileiroBR
- Sênior
- Mensagens: 969
- Registrado em: Seg Jun 19, 2006 12:14 am
- Localização: Brasilia - BRASIL sil sil
- Agradeceu: 4 vezes
- Agradeceram: 16 vezes
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Noticias de alguns dias antes do impeachment do Lugo...
Vice-Presidente Frederico Franco acusa Brasil e Argentina de não liberar internet
http://tecnologia.terra.com.br/noticias ... ernet.html
agora uma noticia que deixa bem claro que muita gente ja sabia que ia acontecer esse golpe de estado... noticia de 18 de Janeiro de 2012...
Lugo assina Protocolo de Montevideo Ushuaia II. Paraguai pode ficar sem energia em caso de ameaça a ordem democrática. Franco acusa Lugo de traição a pátria.
http://www.radioexitosparaguay.com/noti ... idNt=20330
Vice-Presidente Frederico Franco acusa Brasil e Argentina de não liberar internet
http://tecnologia.terra.com.br/noticias ... ernet.html
agora uma noticia que deixa bem claro que muita gente ja sabia que ia acontecer esse golpe de estado... noticia de 18 de Janeiro de 2012...
Lugo assina Protocolo de Montevideo Ushuaia II. Paraguai pode ficar sem energia em caso de ameaça a ordem democrática. Franco acusa Lugo de traição a pátria.
http://www.radioexitosparaguay.com/noti ... idNt=20330
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Isso mesmo Delmar, aquilo que não lhe pertence, a Amazonia é nossa e Itaipu? Quem teria mais direito?delmar escreveu:Mas a idéia de tomar posse pela força daquilo que não lhe pertence, sob várias justificativas é a mesma. O último que fez isto foi o Sadam Hussein ao invadir o Kuwait, que estaria tirando petróleo dos campos iraquianos. Todos sabem bem como terminou.Nada a ver Amazonia com Itaipu.
O Paraguai cedeu apenas suas aguas, quem pagou foi o Brasil, quem sustenta aquele pais é o Brasil pagando energia muito mais cara pra eles por dó, e olhe oque nós recebemos em troca.
Querem fazer "birrinha"? Ok...cobra oque eles nos devem, se não pagarem, retiram do acordo e assim, concerteza eles vão chorar até a Corte Internacional, deixem ir...quem ficará sem energia durante o tempo de julgamento serão eles, e não nós.
Como disse anteriormente...não sou contra caridade, ajudar paises mais pobres como Paraguai, Haiti, Angola, Bolivia, etc, mais aprecio ao menos respeito por parte deles.
Abs