MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2821 Mensagem por Bourne » Qui Jun 21, 2012 12:24 pm

marcelo l. escreveu:Só resta para ele politizar, por que ele entrou em uma discussão muito ruim, era um paper para discussão, ele quis politizar a coisa com todos argumentos possíveis, agora só restou desencavar o argumento que o governo estatizou os economistas, critica essa que se fazia ao Gudin e o Simosen, ou seja, voltamos aos anos 1970.

Claro que ele pode estar copiando o Rick Santorum e os conservadores americanos...http://us-intellectual-history.blogspot ... ue-of.html
Lendo os post do blog do Reinaldo Azevedo vejo uma certa imitação dos conservadores norte-americanos.

A única forma de questionar de forma séria o estudo é desconstruir o modelo, analisar os parâmetros, amostras e montar outro modelo. O que não quer dizer que dê um resultado diferente. Só mostrar números é um crítica superficial que não dá base para ser levada a sério. Isso é coisa de blogueiro para afirmar que não vale nada e um estudo vendido. Tanto que a estrutura de argumentação e pesquisa de trabalhos semelhantes é muito forte. Eles não tiraram a argumentação do nada. Para questionar o trabalho e conhecer o tema profundamente.

Apesar de existirem estudos feitos por autores com conflitos de interesses. Por exemplo, de Larry Summers que sempre defendeu a liberalização e desregulamentação financeira e recebeu alguns milhões do mercado financeiro. Outros defendem certas coisa por considerarem mais corretas e o questionamento de outros faz a discussão decolar. Um bom exemplo é Joseph Stiglitz que fez a carreira destruindo modelos estabelecidos de financiamento de empresas e mercados perfeitos. Coisas que são obrigatoriamente citadas em trabalhos a respeito.




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Andre Correa
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2822 Mensagem por Andre Correa » Sex Jun 22, 2012 1:38 am

21/06/2012 19h51 - Atualizado em 21/06/2012 20h15
Brasil e China terão 'permuta' de moeda local no valor de R$ 60 bilhões
Cada país pode sacar o valor em real ou iuan nos BCs brasileiro ou chinês.
Também foi assinado acordo para venda de avião brasileiro à China.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (24), no Rio de Janeiro, que Brasil e China assinarão um acordo para a criação de swap (permuta) em moeda local no valor de R$ 60 bilhões.
O acordo possibilitará a cada país sacar os recursos em real ou yuan nos momentos de falta de liquidez provocada por crises financeiras. A decisão foi tomada após reunião bilateral da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Riocentro, onde acontece a Rio+20.

Imagem
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fala à
imprensa durante a Rio+20 (Foto: Lilian Quaino/G1)


“Assinamos um protocolo de intenções de criar um swap de moeda local com a China. Brasil e China assinarão o swap de moeda local, no valor de R$ 60 bilhões, aproximadamente US$ 30 bilhões [...] Swap nada mais é que créditos recíprocos em moeda local”, afirmou Mantega.

Segundo o ministro, a operação representará uma reserva adicional aos governos chinês e brasileiro no caso de faltarem recursos para investimentos.

“Este swap será construído nas próximas semanas entre os dois países. Isso significa que a China poderá sacar no Banco Central brasileiro até R$ 60 bilhões que ela poderá utilizar em suas ações comercias, no comércio bilateral entre os países, e vice-versa. O Brasil poderá sacar o mesmo valor em iuan”, disse.

Mantega destacou que a “medida reforça a situação financeira de ambos os países”. “É como se tivéssemos reserva adicional de recursos num momento em que a economia internacional está estressada”, explicou.

O ministro ressaltou que, diante da crise internacional, os países com economia “mais dinâmica”, são os emergentes. Segundo ele, as nações que integram os Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul, devem “compartilhar esse dinamismo econômico”.

“Tendo swap de moedas ente os dois países, o nosso comércio continua girando, porque nós teremos crédito em moedas a nossa disposição”, afirmou.

Acordos comerciais
Brasil e China assinaram ainda um “plano decenal de cooperação” que, segundo Mantega, implicará em um “conjunto de iniciativas com aproximação no campo comercial, com investimentos tecnológicos, cultural e agrícola.”

O ministro destacou que, com a aproximação da relação comercial, os dois países estão sendo elevados à condição de “parceiros estratégicos globais”.

“Queremos expansão na área dos investimentos, de empresas chinesas no Brasil e empresas brasileiras na China. Queremos diversificação da pauta comercial. A China está passando por transformação importante. Com a crise, a China está estimulando o seu mercado interno. O mercado chinês poderá consumir não apenas commodities, mas também manufaturados brasileiros”, afirmou.

Embraer
Mantega relatou também que foi assinado um protocolo de intenções para aumentar a exportação de aviões brasileiros à China. Segundo o ministro, serão fabricados no país asiático jatos executivos Legacy 600 e 650, da empresa brasileira Embraer.

O Brasil assinou ainda um protocolo para o lançamento em parceria com a China de satélites meteorológico. Um dos satélites será lançado neste ano, e o outro irá ao espaço daqui a dois anos, informou Mantega. “Esses satélites possibilitarão a implantação de tecnologias aeroespaciais a serem compartilhadas pelos dois países”, disse.
FONTE




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2823 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jun 22, 2012 9:52 am

Andre Correa escreveu:O Brasil assinou ainda um protocolo para o lançamento em parceria com a China de satélites meteorológico. Um dos satélites será lançado neste ano, e o outro irá ao espaço daqui a dois anos, informou Mantega. “Esses satélites possibilitarão a implantação de tecnologias aeroespaciais a serem compartilhadas pelos dois países”, disse.
As autoridades brasileiras adoram fazer declarações vazias.

Se o satélite será lançado ainda este ano é óbvio que ele já está pronto, e não há mais nada o que se desenvolver ou aprender com ele. E os que serão lançados mais à frente serão iguais, também não há como o Brasil participar de nada. Vamos simplesmente comprar os serviços prestados por ele, ao invés de usar emprestado satélites velhos dos EUA. Mas nas palavras de nossas autoridades "estamos expandindo nossa capacitação tecnológica na área aeroespacial" :roll: .


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2824 Mensagem por NettoBR » Sex Jun 22, 2012 11:11 am

Olha o Brasil... 10 bilhões aqui, 60 bilhões ali... nada mal,hein?? 8-]




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2825 Mensagem por Andre Correa » Sex Jun 22, 2012 11:36 am

LeandroGCard escreveu:
Andre Correa escreveu:O Brasil assinou ainda um protocolo para o lançamento em parceria com a China de satélites meteorológico. Um dos satélites será lançado neste ano, e o outro irá ao espaço daqui a dois anos, informou Mantega. “Esses satélites possibilitarão a implantação de tecnologias aeroespaciais a serem compartilhadas pelos dois países”, disse.
As autoridades brasileiras adoram fazer declarações vazias.

Se o satélite será lançado ainda este ano é óbvio que ele já está pronto, e não há mais nada o que se desenvolver ou aprender com ele. E os que serão lançados mais à frente serão iguais, também não há como o Brasil participar de nada. Vamos simplesmente comprar os serviços prestados por ele, ao invés de usar emprestado satélites velhos dos EUA. Mas nas palavras de nossas autoridades "estamos expandindo nossa capacitação tecnológica na área aeroespacial" :roll: .


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2826 Mensagem por pampa_01 » Sex Jun 22, 2012 11:47 am

O PT sempre foi muito bom em marketing.
E continua sendo.




Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2827 Mensagem por Túlio » Sex Jun 22, 2012 1:08 pm

Esse tale de "swap" mostra de modo cada vez mais evidente um progressivo afastamento do dólar - e talvez também do euro. As perspectivas futuras para essas moedas ficam cada vez mais negras...




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2828 Mensagem por Bourne » Sex Jun 22, 2012 1:23 pm

A não ser que ocorra o apocalipse zumbi não creio...

O dólar perde espaço desde os anoas 1970s. O que faltava antes eram países grandes com poder financeiro para usar suas moedas. Apenas japão e Alemanha não eram suficientes. O que não vai levar ao apocalipse. Transformar a moeda nacional e em reserva aceita para transações e contratos internacionais é uma necessidade para um país que quer estabilidade no cenário internacional.

O euro reflete a bateção de cabeça interna (uiiii.... [105] ). Não adiante ser grande. Precisa fazer o projeto da UE beneficiar a todos e ser mais comunitário que de um país. Levando ao aprofundamento da integração e rompimento das barreiras nacionais formando um novo Estado na eurozona. O problema é que a Alemanha e outros não pensam assim. Observem a resistência alemã em criar eurobônus, mercado bancário único e união fiscal que reduziria a instabilidade e diferença entre países. Tenho esperanças no Holland que incorporou no discurso essas críticas presentes na crítica a moeda comum e arranjo institucional do sistema desde os anos 1980. A solução está na maior integração dos 27 membros, incluindo França, Alemanha, Grã-Bretanha, os doidos do leste e oeste. Independente de adotarem ou não o euro estão no mesmo navio.

Fora da UE poderia ser implodir a integração e transformar em uma área de livre comércio em que é cada um por si. O que não é cogitado ao menos no momento e trariam custos políticos e econômicos insustentáveis. E a França não vai abandonar a UE e trai-lá com o Brasil para criar o eixo anti-EUA e emergentes e, assim, começar a guerra fria cor-de-rosa. :lol:




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2829 Mensagem por Túlio » Sex Jun 22, 2012 1:44 pm

Duvido que ainda queiram alguma coisa com a Inglaterra... 8-]




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2830 Mensagem por Bourne » Sex Jun 22, 2012 2:06 pm

Se não quiserem vão ter que romper as políticas de integração e interação entre Europa e Inglaterra. Seria como perder um sócio muito importante e que está até o joelho atolado na empresa.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2831 Mensagem por Túlio » Sex Jun 22, 2012 2:10 pm

E até o pescoço na josta, abraçado aos EUA. E que, pouco tempo atrás, praticamente se desvinculou de modo unilateral da UE para preservar sua City. Sei não... 8-] 8-]




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2832 Mensagem por Bourne » Sex Jun 22, 2012 2:14 pm

Acredite!!! Não dá. :|




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2833 Mensagem por Pedro Gilberto » Sex Jun 22, 2012 7:24 pm

Andre Correa escreveu:
LeandroGCard escreveu:As autoridades brasileiras adoram fazer declarações vazias.

Se o satélite será lançado ainda este ano é óbvio que ele já está pronto, e não há mais nada o que se desenvolver ou aprender com ele. E os que serão lançados mais à frente serão iguais, também não há como o Brasil participar de nada. Vamos simplesmente comprar os serviços prestados por ele, ao invés de usar emprestado satélites velhos dos EUA. Mas nas palavras de nossas autoridades "estamos expandindo nossa capacitação tecnológica na área aeroespacial" :roll: .


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Creio que a reportagem do jeito que está escrita criou uma confusão. Os satélites previstos para serem lançados são os CBERS-3 e CBERS-4, em 2012 e 2014 respectivamente conforme informado pelo INPE.
Devido ao sucesso do CBERS-1 e 2, os dois governos decidiram, em novembro de 2002, dar continuidade ao Programa CBERS firmando um novo acordo para o desenvolvimento e lançamento de mais dois satélites, os CBERS-3 e 4.

Nesse projeto, a participação brasileira será ampliada para 50%, o que leva o Brasil a uma condição de igualdade plena com o parceiro. A previsão de lançamento para o CBERS-3 é para 2012, e para o CBERS-4 em 2014.

Os satélites CBERS-3 e 4 representam uma evolução dos satélites CBERS-1 e 2. Para o CBERS-3 e 4, serão utilizadas no módulo carga útil quatro câmeras (Câmera PanMux - PANMUX, Câmera Multi Espectral - MUXCAM, Imageador por Varredura de Média Resolução – IRSCAM, e Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada – WFICAM) com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados. A órbita dos dois satélites será a mesma que a dos CBERS-1, 2 e 2B.

http://www.cbers.inpe.br/sobre_satelite ... ers3e4.php
A noticia com mais informações do acordo hoje falam em acordos em diversas áreas e menciona em criar "Centros Virtuais conjuntos Brasil-China de Satélites Meteorológicos" para pesquisa meteorológica e prevenção. O que será esse Centro Virtual de Satélites Meteorológicos carece de mais detalhes.
Brasil e China assinam acordos e elevam nível de parceria

Durante encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, nesta quinta-feira (21), na Rio+20, os governos brasileiro e chinês elevaram o nível de sua parceria para “estratégica global”. Eles assinaram acordos no âmbito do Plano Decenal de Cooperação 2012-2021, nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, cooperação espacial, energia, mineração, infraestrutura, transporte, indústria, financeira, econômico-comercial, cultural, educacional e intercâmbio entre sociedades civis.

Os dois mandatários ratificaram que a ênfase ao plano está diretamente ligada à cooperação nos setores da ciência, tecnologia e inovação, considerada fundamental para a promoção do bem-estar de seus povos e a inserção internacional adequada de ambos os países na economia do conhecimento. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, participou da assinatura.

As novas iniciativas conjuntas englobam segmentos como nanociência e nanotecnologia, meteorologia, meio ambiente, mudanças do clima, tecnologias do bambu, energias limpas, renováveis e economia verde, biotecnologia e tecnologias agrícolas, tecnologia da informação e das comunicações (TICs) e promoção do diálogo entre parques tecnológicos, com vistas a associações entre pequenas e médias empresas de base tecnológica de ambos os países.

A assinatura dos acordos estabelece a criação dos centros virtuais conjuntos Brasil-China de Satélites Meteorológicos e de Biotecnologia, que poderão contemplar atividades de pesquisa conjunta em áreas como informação meteorológica, alerta sobre desastres naturais, biomedicina, bioinformática e biomateriais.

Satélites

No encontro, as autoridades confirmaram a decisão de ampliar os esforços conjuntos com vistas ao lançamento dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres CBers-03, em 2012, e CBers-04, em 2014, e concordaram quanto ao interesse em estimular o trabalho conjunto para a distribuição internacional dos dados daqueles satélites.

A colaboração se estende ao Programa Ciência Sem Fronteiras (CsF). Inicialmente, cerca de 200 bolsas de estudo, destinadas para estudantes e pesquisadores brasileiros, devem ser disponibilizadas pelo governo chinês, isentas de mensalidades e taxas de matrícula. O acordo prevê ainda, que universidades brasileiras ofereçam aulas de mandarim, e as chinesas, o português.

http://www.cnpem.org.br/blog/2012/06/22 ... -parceria/
[]´s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2834 Mensagem por Pedro Gilberto » Sex Jun 22, 2012 11:36 pm

Apenas corrigindo a informação, o site da CNPEM tem links com detalhes dos acordos assinados:

http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imp ... ho-de-2012

Mais detalhes do acordo sobre Centro virtual para Satélite Metereológicos:
MEMORANDO DE ENTENDIMENTO ENTRE O MINISTÉRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O MINISTÉRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA SOBRE A CRIAÇÃO DE CENTRO CONJUNTO PARA SATÉLITES METEOROLÓGICOS (CENTRO CONJUNTO BRASIL-CHINA PARA SATÉLITES METEOROLÓGICOS)


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério de Ciência e Tecnologia da República Federativa da China,



Designados doravante neste documento como “Participantes”,



Recordando os termos do Acordo de Cooperação sobre Ciência e Tecnologia entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular da China, assinado em março de 1982, e o Acordo-Quadro entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular da China sobre Cooperação sobre o Uso Pacífico de Ciência e Tecnologia do Espaço Exterior, assinado em Pequim, em 8 de novembro de 1994;



Considerando que, no referido Acordo-Quadro, o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular da China concordaram em cooperar nas áreas de ciência espacial, tecnologia espacial e aplicações espaciais;



Considerando o papel cada vez mais proeminente que os dados e a informação espacial têm na indicação de ações com vistas a mitigar os efeitos de desastres naturais, ocorrências climáticas extremas e mudança do clima;



Considerando que o Brasil estabeleceu o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais;



Considerando também que a China dispõe do maior serviço meteorológico do mundo e que tem participado ativamente de atividades espaciais;



Reconhecendo as capacidades já existentes nos dois países no que se refere ao uso de dados de satélites meteorológicos e de observação da Terra, e dados meteorológicos terrestres para serviços de previsão do tempo e sistemas de alertas precoces para minimizar ou prevenir os impactos dos desastres meteorológicos;



Reconhecendo que Brasil e China possuem Centros de Excelência certificados pela Organização Meteorológica Mundial para construção de capacidade em temas relacionados ao sensoriamento remoto da atmosfera;

Considerando que Brasil e China são membros do Grupo para Observação da Terra (GEO) e que têm interesse em contribuir para assegurar benefícios sociais, incluindo o aperfeiçoamento da informação sobre o clima, previsão do tempo e alerta, monitoramento de desastres e mudança climática etc; e,

Considerando as atividades bilaterais e de cooperação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN)



Acordam o seguinte:



ARTIGO 1



Os Participantes, em entendimento mútuo, concordam em fortalecer a cooperação para o uso de observações meteorológicas por meio do estabelecimento de um Centro Conjunto sobre Satélites Meteorológicos. O Centro será constituído por grupos de pesquisa que interagirão entre si, utilizando a infraestrutura existente para executar projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), formação e capacitação de recursos humanos e atividades correlatas.

ARTIGO 2



Os Participantes, com o propósito de implementar o presente Memorando de Entendimento (MdE), concordam em designar as seguintes instituições:



Pela China, o Centro Nacional de Satélites Meteorológicos (CNSM) da Administração Meteorológica da China (CMA); e



Pelo Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisa Especial (INPE).



ARTIGO 3



Os Participantes identificaram áreas iniciais para cooperação que incluem, mas não estão restritas a:



1. Troca de dados metereológicos de satélite em tempo quase real, incluindo dados meteorológicos das séries Chinesa Feng Yun (FY);

2. Troca de informação técnica e estabelecimento de sistema de retransmissão nos dois países, com vistas a assegurar recepção em tempo quase real de dados meteorológicos;

3. Calibração/validação para os produtos de satélites meteorológicos Feng Yun (FY);

4. Ampliar aplicações que utilizem dados de satélites meteorológicos, incluindo aqueles relativos aos oceanos (Temperatura de Superfície Marítima, Vento da Superfície Marítima, Cor do Oceano), superfície (Detecção de Incêndio) e atmosfera ( perfis de variáveis atmosféricas para assimilação de dados em Modelos Numéricos de Previsão de Tempo);

5. Observações solares coordenadas e compartilhamento de dados de monitoramento espacial do tempo, como dados ionosféricos, etc.;

6. Desenvolvimento de algoritimos para previsão de curtíssimo prazo e estimativa via satélite de chuvas;

7. Desenvolvimento de treinamento local, regional ou internacional e de construção de capacidade, conforme apropriado e dentro das possibilidades existentes; e

8. Intercâmbio institucional para fortalecer pesquisa, troca de dados e tecnologia.





ARTIGO 4



Os Participantes instruem o CNSM e o INPE a desenvolver e apresentar, no máximo 6 meses após a assinatura deste Memorando de Entendimento, um Plano de Trabalho detalhado, definindo as atividades do Centro e seu calendário de execução.



Após avaliação e aprovação pelos Participantes, o Plano de Trabalho será anexado a este Memorando de Entendimento e guiará a implementação deste instrumento.

As atividades e programas do Centro serão realizados, por cada um dos Partícipes, no âmbito das respectivas competências previstas na legislação interna e de acordo com o respectivo orçamento. Caso se decida adotar ações que envolvam a assunção de encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, deverá ser formalizado instrumento próprio, nos termos da legislação pertinente.

ARTIGO 5

Todas as questões relacionadas ao presente Memorando de Entendimento ou atividades desenvolvidas no âmbito do mesmo serão resolvidas por consulta entre os Participantes.

Este Memorando de Entendimento entrará em vigor na data de sua assinatura e permanecerá em vigor por um período de cinco anos. Ele poderá ser prorrogado, automaticamente, por mais um período de cinco anos, caso um Participante não informe ao outro, por escrito, seis meses antes da sua expiração, sua intenção de denunciar o presente Memorando de Entendimento.

O presente Memorando de Entendimento poderá ser emendado por consentimento dos Participantes.

A denúncia do presente Memorando de Entendimento não afetará a validade ou a duração das atividades em desenvolvimento, no âmbito do presente instrumento, as quais deverão continuar até sua conclusão.

Feito no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 2012, em testemunho de que os abaixo relacionados, devidamente autorizados, assinaram este Memorando de Entendimento, em dois originais com três versões, igualmente autênticas, em Português, Chinês e em Inglês.
[]´s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2835 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Jun 23, 2012 11:01 am

Seria um absurdo fazer diferente, o caminho é este mesmo, usar a gordura dos impostos para combater a inflação sem precisar aumentar os juros, o que resultaria em gastos muito maiores. Mas faltam ainda as áreas da energia elétrica e das comunicações, só para mencionar algumas.
Petrobrás reajusta gasolina em 7,83%, mas alta não chegará ao consumidor

Para neutralizar os impactos do reajuste, que entra em vigor nesta segunda-feira, governo reduz a zero as alíquotas da Cide

22 de junho de 2012 - Agência Estado


SÃO PAULO - A Petrobrás anunciou na noite desta sexta-feira um reajuste de 7,83% para a gasolina e de 3,94% para o diesel vendidos nas refinarias. Os consumidores, no entando, não sentirão o aumento no bolso, já que o governo zerou as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) incidente na comercialização destes combustíveis. Os novos preços entram em vigor em 25 de junho, segunda-feira.

Segundo informou o Ministério da Fazenda por meio de nota, a redução da Cide foi realizada justamente para neutralizar os impactos dos reajustes anunciados pela Petrobrás, de modo que os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento.

O reajuste foi definido levando em consideração a política da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo.

A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, evitou até esta quinta-feira à noite comentar a possibilidade de aumento da gasolina para garantir os investimentos da empresa. "Não vou falar nada", declarou Foster ontem ao ser questionada se a presidente Dilma Rousseff havia autorizado o reajuste do preço dos combustíveis.

Sem impacto na inflação oficial.

O ajuste combinado com a redução da Cide anula o impacto que o aumento do produto exerceria sobre a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O peso da gasolina no IPCA em maio foi de 4%. Na média, o repasse para o consumidor dos aumentos nas refinarias costuma ser de cerca de 70%.

Se não fosse a zeragem da Cide, o aumento na bomba seria de 5,3%, de acordo com o economista sênior do Espírito Santo Investiment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano. Com a eliminação Cide, Serrano mantém a previsão de inflação de 4,89% para 2012.

O economista do Banco BBM Hui Lok Sin concorda que não haverá impacto sobre a inflação. "Não tem impacto nenhum. A planilha indica isso. O governo está zerando a Cide justamente para não ter efeito impacto ao consumidor", disse economista. Antes do anúncio da queda da Cide, a zero, ele previa impacto na inflação de 0,18 ponto porcentual no IPCA de 2012.
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