Os asilos no Brasil e o caso Rocha Pinto
Enviado por luisnassif, dom, 17/06/2012 - 08:44
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... ocha-pinto
Por FabioREM
E a turma anti-Battisti vai protestar?
Por Paulo Moreira Leite, da Revista Época
Confesso nunca foi um fanático pela causa do Cesare Battisti, aquele militante da extrema-esquerda italiana que foi condenado por terrorismo na Italia e, após muita polêmica, recebeu autorização para residir no Brasil. Minha opinião é que era possível encontrar argumentos contra e favor do asilo.
Mas o debate cansou pelo tom eleitoral-politizado. Agora, um senador boliviano chamado Rocha Pinto decidiu pedir asilo no Brasil. No momento, ele se encontra internado na Embaixada. O Itamaraty disse sim e só aguarda pelo salvo-conduto do governo Evo Morales para autorizar sua viagem ao Brasil.
Estranho que até agora a campanha anti-Battisti não tenha se manifestado. A folha corridado senador, a se acreditar no que diz o governo boliviano, não é pequena. Inclui acusações de corrupção, assassinato, massacre de camponeses e vai por aí. Mesmo assim, aquela turma que chegou a tentar assustar os brasileiros diante de uma possível reação do Sylvlio Berlusconi, que seria capaz de interrromper a bunga-bunga de sempre para aplicar outro tipo de retaliação, permanece em silêncio.
..Por que? Porque interessava usar Battisti para apontar, em Lula, uma suposta conivência com terroristas. Apenas isso. Considerando o passado de Dilma…
Eu acho que o governo brasileiro faz bem em dar asilo ao senador boliviano, por mais que isso desagrade a Evo Morales, vizinho e em certa medida, aliado.
É a tradição brasileira. O país já abrigou ditadores e até nazistasfugidos. Por que não iria dar asilo a um senador acusado de corrupção. O caso Rocha Pinto tem essa utilidade. Ajuda a mostrar que a decisão de manter Battisti nopaís foi acertada. Concorda?
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."