MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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rodrigo
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2731 Mensagem por rodrigo » Sex Jun 01, 2012 3:31 pm

O cara sabe mesmo do Brasil. Que tristeza! Que vergonha! E ele nem falou da corrupção.
A bonança passou. Agora como vamos tocar a Copa e a Olimpíada, gastando bilhões, em uma conjuntura completamente diferente de quando fizeram o planejamento da nossa candidatura aos eventos? O mundo rico está falido, e os emergentes esfriando.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2732 Mensagem por Bourne » Sex Jun 01, 2012 5:38 pm

Não é o fim do mundo. Porém também não é inesperado. O Brasil não é descolado do mundo.
PIB do Brasil tem pior crescimento entre Brics no 1º trimestre
01 de junho de 2012 • 10h24 • atualizado 10h40

http://economia.terra.com.br/noticias/n ... R_81265906

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O crescimento tímido da economia no primeiro trimestre deste ano colocou o Brasil como o pior resultado entre os países do Brics, grupo que reúne também Rússia, Índia, China e África do Sul. Na comparação com os três meses iniciais em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve elevação de 0,8%. Crescimento bem abaixo, por exemplo, do registrado pela economia chinesa, que teve alta de 8,1% no período.
O resultado do Brasil fica ainda distante do observado pela economia indiana, que subiu 5,3% de janeiro a março, se comparado a igual espaço de tempo em 2011. A Rússia teve alta de 4,9% no mesmo período, e o PIB sul-africano cresceu 2,1%.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, os outros países dos Brics não divulgaram seus dados. A economia brasileira cresceu apenas 0,2%, ficando abaixo, por exemplo, da Alemanha, cujo PIB subiu 0,5%, e que está em uma zona com alta turbulência financeira.
Comparando com outros países da América Latina, o Brasil fica bem atrás de Chile e México, por exemplo. A economia chilena teve alta de 1,4%, e o PIB mexicano subiu 1,3%. O Brasil ficou atrás ainda da economia japonesa, cujo PIB subiu 1%, e a Coréia do Sul, que teve elevação de 0,9%.
O resultado da economia brasileira só ficou à frente de países como a Espanha e Reino Unido, cujas economias tiveram retração de 0,3%; da Itália, que teve queda de 0,8%, e da França e da União Europeia, que ficaram estagnadas.
Veja o desempenho dos países do Brics no 1º trimestre (ante mesmo período de 2011):
Brasil - 0,8%
Rússia - 4,9%
Índia - 5,3%
China - 8,1%
África do Sul - 2,1%
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2733 Mensagem por Sterrius » Sex Jun 01, 2012 9:13 pm

Mais do que numeros grandes no PIB eu quero ver como a industria vai reagir esse semestre. Ela ao menos parou de cair apesar de quem está puxando o crescimento é a mesma industria de sempre (Energia).

Mas quero ver as outras.

Se a agricultura nao tive-se tomado uma porrada no queixo que foi essa seca e tive-se pelo menos estagnado eu acho que daria pra ter um lucro pelo menos de 1%+.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2734 Mensagem por akivrx78 » Sex Jun 01, 2012 10:30 pm

Apesar da crise, Mantega mantém projeção de crescimento do PIB para 4,5% no 2º semestre
Notícia publicada às: 01/06/2012 13:36 e lida 104 vezes.
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Segundo ministro, país está "acelerando crescimento".

1º de junho de 2012 - Apesar do turbulento cenário econômico internacional, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, manteve o tom otimista para a evolução do PIB nos próximos trimestres, projetando avanço de 4% a 4,5% para o segundo semestre, afirmou durante coletiva realizada nesta sexta-feira no Banco do Brasil, em São Paulo.

"Mesmo com esse crescimento de 0,2% no PIB o emprego foi muito bem, cresceu bastante. Nos quatro primeiros meses do ano foram criados mais de 600 mil empregos, o que reflete o dinamismo da indústria, principalmente da construção civil (+1,5% no trimestre) e de serviços, que continuam indo muito bem e empregando mão de obra. Esse é um dos melhores indicadores do mundo e um excelente indicador para a economia".

O ministro afirmou ainda que o país está "acelerando seu crescimento", além de deixar claro que os dados obtidos no primeiro trimestre "ficaram para trás". "Estamos olhando para o retrovisor. Em maio, a atividade econômica está acelerando".

Evolução do PIB no trimestre

A queda de 7,3% do setor agropecuário no primeiro trimestre impediu o crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que encerrou o período com um discreto avanço de 0,2%, explicou ainda Mantega.

"Apesar de representar apenas 5% do PIB, o desempenho da agricultura dificultou o crescimento da economia brasileira. [...] A quebra de safra de soja e arroz prejudicou o setor, mas esse é um fator sazonal, porque a agricultura brasileira vai muito bem. É uma das mais produtivas do mundo", afirma.

Por outro lado, o ministro destacou o desempenho da indústria, que nos três primeiros meses de 2012 cresceu 1,7%, com avanço de 6% na base anual. Também em patamar positivo, a indústria de transformação exibiu crescimento de 1,9%, o primeiro resultado positivo em três trimestres.

"O cenário econômico para a indústria é favorável, pois mostra que as medidas adotadas estão surtindo efeito e farão com que a indústria tenha em 2012 um resultado melhor que o de 2011", afirma.

Contudo, o ministro apontou o recuo de 0,5% da indústria extrativa, prejudicada pelo atraso nas exportações de minério de ferro, impactadas principalmente pelas fortes chuvas que atingiram o estado de Minas Gerais, atrasando a exportação da commodity.

Ainda em patamar positivo, Mantega indicou o crescimento de 6% do setor de serviços no trimestre e de 2,5% na base anualizada. Entretanto, o ministro comentou que este avanço só não foi maior porque a intermediação financeira, composta pelos lucros dos bancos e financiamentos, exerceu pressão negativa sobre os dados.

"Nós ainda não conseguimos ter um aumento no volume de crédito e na redução dos juros o suficiente para estimular a economia, porém estamos dando os primeiros passos nesta direção".

Além destes segmentos, o ministro comemorou também a evolução do consumo das famílias (1%), compatível com o crescimento econômico, e do consumo da administração pública (1,5%) que, segundo ele, estimulam o crescimento da economia brasileira.

"O consumo das famílias e da administração pública estão estimulando o crescimento da economia. Se mantido esse ritmo deverão propiciar um PIB maior [para os próximos trimestres]".

Crise e exportações

Porém, apesar da confiança com a economia, o ministro mostrou preocupação com os impactos da crise econômica sobre as exportações do país, que recuaram no período em função do encolhimento dos demais países do globo.

"Estamos diante de uma desaceleração de todos os países do mundo. Os países europeus estão perto da recessão, com crescimento zero. Os Estados Unidos demonstraram pouco dinamismo e até mesmo a China, a Índia e os demais emergentes estão desacelerando. Há um cenário de desaceleração global", diz.

No primeiro trimestre, as exportações do país cresceram apenas 0,2%, prejudicadas também pelos embargos da Argentina a produtos brasileiros, enquanto as importações avançaram 1,1%.

"Os bens importados 'comeram' parte do crescimento, porque 30% deste crescimento 'vazou para fora', mostrando a necessidade de mantermos as medidas comerciais."

(Rosangela Sousa - http://www.ultimoinstante.com.br)
http://www.ultimoinstante.com.br/econom ... estre.html




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2735 Mensagem por marcelo l. » Sex Jun 01, 2012 10:45 pm

Bourne escreveu:Não é o fim do mundo. Porém também não é inesperado. O Brasil não é descolado do mundo.
PIB do Brasil tem pior crescimento entre Brics no 1º trimestre
01 de junho de 2012 • 10h24 • atualizado 10h40

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O crescimento tímido da economia no primeiro trimestre deste ano colocou o Brasil como o pior resultado entre os países do Brics, grupo que reúne também Rússia, Índia, China e África do Sul. Na comparação com os três meses iniciais em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve elevação de 0,8%. Crescimento bem abaixo, por exemplo, do registrado pela economia chinesa, que teve alta de 8,1% no período.
O resultado do Brasil fica ainda distante do observado pela economia indiana, que subiu 5,3% de janeiro a março, se comparado a igual espaço de tempo em 2011. A Rússia teve alta de 4,9% no mesmo período, e o PIB sul-africano cresceu 2,1%.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, os outros países dos Brics não divulgaram seus dados. A economia brasileira cresceu apenas 0,2%, ficando abaixo, por exemplo, da Alemanha, cujo PIB subiu 0,5%, e que está em uma zona com alta turbulência financeira.
Comparando com outros países da América Latina, o Brasil fica bem atrás de Chile e México, por exemplo. A economia chilena teve alta de 1,4%, e o PIB mexicano subiu 1,3%. O Brasil ficou atrás ainda da economia japonesa, cujo PIB subiu 1%, e a Coréia do Sul, que teve elevação de 0,9%.
O resultado da economia brasileira só ficou à frente de países como a Espanha e Reino Unido, cujas economias tiveram retração de 0,3%; da Itália, que teve queda de 0,8%, e da França e da União Europeia, que ficaram estagnadas.
Veja o desempenho dos países do Brics no 1º trimestre (ante mesmo período de 2011):
Brasil - 0,8%
Rússia - 4,9%
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China - 8,1%
África do Sul - 2,1%
P.S. Se fosse um incansável membro do fórum diria que é tudo culpa da imprensa golpista e dos neocons. :lol:
Não é o fim do mundo, mas 3 semestres consecutivos de formação de capital negativo é preocupante, além disso o índice de produtivo brasileiro anda muito ruim...falta investimento essa é verdade...gastos demais em fru-fru e pouco em educação e inovação.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2736 Mensagem por Bourne » Sáb Jun 02, 2012 3:16 am

Disso todos sabem. :(




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2737 Mensagem por marcelo l. » Sáb Jun 02, 2012 9:36 am

O governo fala em transparência, o STN inova:

1 - adoção do regime de competência para reconhecimento da receita pública;
2 -A exclusão dos restos a pagar não processados do passivo total. :oops: :( :(




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2738 Mensagem por NettoBR » Sáb Jun 02, 2012 10:13 am

Se Brasil crescer 2,7% este ano, pode comemorar, diz economista
01/06/2012 - 22h15

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O cenário internacional pode dificultar o crescimento econômico do Brasil nos próximos meses, na avaliação do presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Enriquez Garcia. “Se chegarmos neste ano a 2,7%, igual crescimento do ano passado, aí temos muito a comemorar. A preocupação é que o Brasil venha a crescer menos do que no ano passado”, ressaltou Garcia, que é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Nos três primeiros meses de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,2%, como foi divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o professor ,“existem nuvens negras” no horizonte que podem causar turbulências na trajetória econômica do país. Um dos principais problemas à vista é uma possível piora da situação da Grécia, que terá eleições neste mês. “ Tudo pode acontecer na Grécia, desde a saída da Grécia do euro ou então a Grécia não sai do euro, mas dá o calote na dívida”, disse.

A deterioração do cenário grego poderia, na opinião do professor, se somar a outros fatores, com as dificuldades enfrentadas pelo sistema bancário espanhol. “Isso pode causar uma forte contração da economia mundial, com sérios reflexos no Brasil”, alertou.

Para Garcia, outro problema é que o consumo das famílias, aposta do governo para aquecer a economia, parece ter chegado a um “patamar máximo”, esgotando a eficácia desse tipo de política. “Em um determinado momento do tempo, as famílias responderam, compraram mais máquinas de lavar roupa, televisores, geladeiras, automóveis. O setor da construção civil também teve um bom desempenho em 2010. Só que a partir de 2011, principalmente no segundo semestre, essas medidas passaram a não dar mais certo”, disse o economista.

Apesar desses fatores negativos, Garcia acredita que a expansão do PIB nos próximos meses será maior do que a verificada no primeiro trimestre. “O próximo trimestre será melhor do que o anterior, nisto não há a menor dúvida. No entanto, não está garantido que será melhor do que o mesmo trimestre de 2011”. A partir do segundo semestre, o economista prevê um desempenho ainda mais robusto para a economia brasileira.

Entretanto, mais investimentos em infraestrutura poderiam, na opinião de Garcia, ajudar a impulsionar o crescimento do PIB. “Da tempo de fazer, através do Programa de Aceleração do Crescimento [PAC], inúmeros outros projetos que gerem aumento na capacidade produtiva do país”, disse.

O economista defende ainda a destinação de recursos para educação formal e técnica, como forma de inserir mais pessoas no mercado de trabalho. “Nem todo o brasileiro que está em idade de trabalhar, está trabalhando”, disse. “ Há um campo enorme para que as mulheres possam entrar no mercado de trabalho através de diferentes cadeias produtivas”.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... economista




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2739 Mensagem por marcelo l. » Sáb Jun 02, 2012 11:45 am

Bourne escreveu:Disso todos sabem. :(
Todos sabem...mas, é o mesmo que todos sabem que a dívida em determinados seguimentos está comprometendo a renda na compra de ativos que se desvalorizão ou de fruição imediata, como já está próxima de 30% se houver um solavanco o resultado disso pode levar a sérios problemas e qual foi a medida estrutural tomada dentro de um cenário possível...




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2740 Mensagem por marcelo l. » Dom Jun 03, 2012 1:23 pm

Lembrando da discussão interna sobre investimentos...

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 4796,0.htm

SÃO PAULO - Os investimentos do setor siderúrgico foram os mais prejudicados pela crise. Com uma capacidade produtiva excedente de 526 milhões de toneladas de aço espalhada pelo mundo, as siderúrgicas estão com as margens de lucro pressionadas e não têm incentivo para investir.

Levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta que as siderúrgicas instaladas no Brasil planejam investir R$ 21 bilhões entre 2012 e 2015, R$ 12 bilhões a menos que o calculado pelo banco no ano passado para o período 2011-2014 e inferior até aos R$ 28 bilhões investidos no ciclo 2006-2009.

Segundo Fernando Puga, chefe do departamento de análise econômica do BNDES, o banco está reavaliando os dados e a estimativa de investimentos das siderúrgicas que pode ser reduzida em breve. Ele explica que a maior dificuldade é que os projetos são voltados para o mercado externo, porque a produção local supera a demanda doméstica.

Um exemplo dos problemas do setor é a venda da participação da alemã Thyssen na CSA. Segundo fontes do mercado, o ativo é bom e está barato, mas vai ser difícil encontrar comprador. A Arcelor Mittal anunciou o adiamento de um investimento de US$ 1,2 bilhão na Usina de João Monlevade, em Minas Gerais, por falta de demanda no mercado externo.

"Hoje temos excedente de aço significativo até na China", diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil. Os custos de produção no Brasil também atrapalham. É necessário investir US$ 1,8 mil para cada nova tonelada de aço feita no País, ante US$ 1 mil na Índia e US$ 550 na China.

Atraso

No setor de papel e celulose, o BNDES prevê redução de R$ 2 bilhões nos investimentos, para R$ 26 bilhões, por causa dos atrasos nos projetos. A Suzano adiou investimentos de cerca de R$ 500 milhões para os próximos anos. A Fibria revisou os planos de investimentos em R$ 400 milhões, para R$ 1 bilhão.

Dois projetos da Suzano estão com o cronograma atrasado. O primeiro é a produção de pellets de madeira (insumo utilizado na produção de biomassa para a geração de energia) para abastecer o mercado europeu. O negócio depende de um sócio estratégico, que até agora não apareceu. O segundo é a fábrica de celulose do Piauí, cuja conclusão foi adiada de 2014 para 2016, dependendo da sinalização do mercado.

Na Fibria, um dos projetos afetados foi Três Lagoas 2, que está sem previsão para ser retomado. A empresa também colocou alguns ativos à venda para aliviar o nível de endividamento e melhorar a geração de caixa, combalida por causa dos preços internacionais. "As empresas tiveram de colocar um pouco o pé no freio para reduzir suas dívidas. O setor está muito alavancado e sofreu com a queda do preço da celulose e com a apreciação do câmbio", explica Felipe Reis, analista do Santander.

No setor químico, o BNDES estima uma queda de R$ 15 bilhões nos investimentos, para R$ 25 bilhões. O maior impacto pode vir do projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que está sendo reavaliado junto com o plano de investimentos da Petrobrás. Se a estatal optar por refinar petróleo leve em vez de pesado, a necessidade de investimento deve diminuir.

De acordo com Fernando Figueiredo, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), ainda não há notícias de adiamento de projetos, mas os investimentos crescem abaixo do potencial por causa do alto custo da matéria-prima e da energia.

Pessimismo

No setor eletroeletrônico, o clima é de pessimismo. Sondagem feita pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) apontou que 55% das empresas acreditam que suas vendas no segundo semestre vão ser inferiores ou iguais às realizadas na primeira metade do ano.

O BNDES prevê uma queda de R$ 4 bilhões nos investimentos do setor eletroeletrônico, para R$ 25 bilhões entre 2012 e 2015.

Segundo Humberto Barbato, presidente da Abinee, os fabricantes de celulares amargam capacidade ociosa e não têm estímulo para investir, porque as exportações estão praticamente paralisadas, por causa das barreiras protecionistas na Argentina, na Venezuela e no Equador.

Entre os fabricantes de equipamentos, a perspectiva é um pouco mais otimista por causa da nova lei editada pelo governo Dilma, que dá preferência para as empresas nacionais nas licitações públicas, principalmente nas compras da Telebrás.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2741 Mensagem por Sterrius » Seg Jun 04, 2012 2:09 am

Tem que se detectar os gargalos de investimentos e tira-los com menos impostos ou mesmo subsidios.

O que não pode é perder a oportunidade e parar. Pois quando a crise sumir e voltar a faltar aço ja teremos perdido a janela pois quando terminar o investimento vem a próxima crise e perde-se tudo de novo.

Tem que se investir na baixa pra lucrar na alta.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2742 Mensagem por Bourne » Seg Jun 04, 2012 6:33 am

Uma senhora de 80 e poucos anos chamada Maria Conceição Tavares que ganhou um prêmio esses dias da Presidenta Dilma pelo conjunto da obra falou isso em 1972. O que ela argumentava é que o modelo de desenvolvimento brasileiro estava esgotado. Entre os gargalos estavam a falta de investimento produtivo e instituições que fortalecessem a industrialização. O resultado era direcionar o crescimento para consumo em detrimento a produção. Sem atacar os gargalos do desenvolvimento estaria fadado a aprofundar a dependência com o exterior, não sendo sustentável no longo prazo, primarizando a economia e não atingindo o mesmo nível dos países industrializados em termos de mercado interno, densidade tecnológica e produtiva. Esse cenário pessimista lembra a situação atual?

A "surpresa" dos analistas das grandes corporações internacionais de investimento sobre o Brasil pode mostrar duas coisas. A primeira é que eles não entendem nada. A segunda entendem e agem em prol dos resultados financeiros das instituições. Para quem está no governo ou academia isso não é novidade. Principalmente quem está no governo e estrutura de estado buscam propor e implementar políticas para amenizar e mudar trajetórias. Porém mágica ninguém faz e mudar trajetórias de um país do tamanho do Brasil não se faz em meses ou anos.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2743 Mensagem por Andre Correa » Qua Jun 06, 2012 9:44 am

Ritmo de expansão do Brasil perde até para nações em crise
Apesar de quase estagnado, país fica à frente do Reino Unido no 1° trimestre

SÃO PAULO — Quando se toma o ritmo de expansão das economias no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, o Brasil figura apenas na 22ª posição entre os 33 países que já divulgaram os seus dados. E se distancia de seus pares do Brics (grupo das cinco maiores economias emergentes, Rússia, Índia, China e África do Sul), aproximando-se das economias mais afetadas pela turbulência europeia, como os Estados Unidos (2,1%) e Alemanha (1,7%). A China, que cresceu 8,1% de janeiro a março, aparece no topo do ranking, com a Índia em quarto (5,3%) e a Rússia em quinto (4,9%). Com expansão de 2,1%, a África do Sul é a 14 no ranking, oito postos à frente do Brasil.

No fim da lista, que tem a Grécia como lanterna (em 33 lugar, com retração de 6,2% no PIB trimestral), estão ainda Portugal (32 colocação e queda de 2,2%), a Itália (31 lugar e PIB negativo de 1,3%) e a Holanda (30 colocação, cujo PIB encolheu 1,1%).

— O Brasil é um país com características semelhantes às dos grandes emergentes mas que cresce no ritmo dos europeus — compara Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, que compilou os dados para o ranking dos PIBs do primeiro trimestre. — Isso é reflexo dos problemas estruturais (Previdência, estrutura tributária, inexistência de planejamento de longo prazo) que persistem no país, cuja solução é adiada governo após governo.

Mesmo com a economia quase estagnada no primeiro trimestre, o Brasil conseguiu se manter à frente do Reino Unido como a sexta maior economia do mundo. Mas a diferença conseguida no fim do ano passado, quando deslocou os britânicos para a sexta posição, agora é bem pequena: enquanto o PIB brasileiro acumulado nos quatro trimestres encerrados em março somava US$ 2,483 trilhões, o do Reino Unido era de US$ 2,417 trilhões. O cálculo é do banco WestLb e leva em conta o dólar médio do primeiro trimestre. Com a alta da moeda americana ante o real nos últimos dois meses, ressalva o banco, o país muito provavelmente voltaria para a sétima posição.

— Não houve alteração no ranking comparando-se com o resultado fechado de 2011, apesar da diferença em relação ao Reino Unido ter diminuído. Mas o efeito do câmbio depreciado deve ser maior neste segundo trimestre — diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do WestLb.

Estados Unidos se mantêm como maior economia
No agregado dos quatro trimestres até março, os Estados Unidos se mantêm com folga no posto de maior economia do mundo, com PIB de US$ 15,4 trilhões, seguidos da China (US$ 7,56 trilhões), e do Japão (US$ 5,95 trilhões). Apesar do agravamento da crise na Europa, a Alemanha se mantém como a quarta economia, com geração de riquezas de US$ 3,5 trilhões. O PIB de US$ 2,76 trilhões garante a permanência da França em quinto.
FONTE




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2744 Mensagem por marcelo l. » Qua Jun 06, 2012 10:15 pm

Brasil cai duas posições no Ranking de Competitividade Mundial 2012

Entrevista com Carlos Arruda, professor e coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral
http://cbn.globoradio.globo.com/program ... L-2012.htm




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2745 Mensagem por JT8D » Qua Jun 06, 2012 10:24 pm

Bourne escreveu:Uma senhora de 80 e poucos anos chamada Maria Conceição Tavares que ganhou um prêmio esses dias da Presidenta Dilma pelo conjunto da obra falou isso em 1972. O que ela argumentava é que o modelo de desenvolvimento brasileiro estava esgotado. Entre os gargalos estavam a falta de investimento produtivo e instituições que fortalecessem a industrialização. O resultado era direcionar o crescimento para consumo em detrimento a produção. Sem atacar os gargalos do desenvolvimento estaria fadado a aprofundar a dependência com o exterior, não sendo sustentável no longo prazo, primarizando a economia e não atingindo o mesmo nível dos países industrializados em termos de mercado interno, densidade tecnológica e produtiva. Esse cenário pessimista lembra a situação atual?

A "surpresa" dos analistas das grandes corporações internacionais de investimento sobre o Brasil pode mostrar duas coisas. A primeira é que eles não entendem nada. A segunda entendem e agem em prol dos resultados financeiros das instituições. Para quem está no governo ou academia isso não é novidade. Principalmente quem está no governo e estrutura de estado buscam propor e implementar políticas para amenizar e mudar trajetórias. Porém mágica ninguém faz e mudar trajetórias de um país do tamanho do Brasil não se faz em meses ou anos.
É, mas quem sabe se tivéssemos começado em 1972 hoje estaríamos numa outra situação (como a Coréia, talvez?).
A verdade é que o presente é resultado de nossas escolhas e atitudes passadas. Em fim, não adianta por a culpa no azar, merecemos aquilo que temos.

Abraços,

JT




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