Carlos Lima escreveu:
Era uma vez uma empresa conhecida que estava fazendo uma revolução (interna) em termos de projetos de cooperação.
Pela primeira vez em décadas ela iria projetar um produto com a cooperação desde o ínicio de vários países. Seus diretores, engenheiros encararam o desafio 'global' com gosto, porque 'estava na moda', etc etc.
Tudo lindo, maravilhoso, acordos assinados, e finalmente peças sendo usinadas. O tempo passa e os primeiros pedaços chegam de um lugar para outro para serem 'unificados'.
Ao tentar unificar os pedaços, um montão de coisa não se encaixava... uma loucura... o potêncial do produto não sair... $$$$ tendo que ser investido para resolver os problemas com o produto... um pesadelo.
No meio daquele desespero descobriram que o problema era relacionado a como cada país aferia as suas máquinas... um lugar utilizava 'polegadas' e o outro o sistema 'métrico'.
É claro que ficou evidente o problema de comunicação... mas e aí? Com produtos sendo feitos do outro lado do mundo, como fazer para que esse tipo de erro 'bobo', mas possível pudesse ser evitado? Como fazer para os diversos times se comunicassem de maneira mais eficiente sem preconceitos ou noções de que 'eu faço o produto mais correto' (o relacionamento dos times estava abalado por conta desse problema), como fazer isso mais barato??
Daí alguém teve a idéia... E se utilizarmos universidades nos diferentes países e programas de cooperação entre elas como o elo de ligação entre as diversas iniciativas com problemas?
Resultado. - Universidades cooperando, professores falando o mesmo idioma, problemas sendo simplificados, gerentes de projeto não tendo que lidar com toda uma camada de problemas de relacionamento e uma economia de XYZ% do que foi inicialmente estimado como custo caso uma solução mais 'prática' fosse utilizada, além é claro de times mais contentes e as universidades e seus professores trocando conhecimento com o mundo real por conta de tal cooperação.
Ou seja, nem tanto ao mar, e nem tanto a terra. Você erra, se levanta, aprende e tenta de novo.
A regra americana de 'motivation' ainda vale:
"- Se no fim das contas ele errou no máximo uma vez a menos do que acertou na vida, então ele fez muito bem!!"
E em muitos casos nós perdemos muito porque (de modo geral) não existe espaço para isso na nossa sociedade e perdemos muito talento por isso.
[]s
CB_Lima
Sim, mas nesse caso, Lima a prática foi importante, que é o que faltou na docência.
Vou contar um outro caso:
Na década de 90 eu tinha uma namorada que estava fazendo engenharia química na Unicamp. Uma vez no banho, usei um shampoo dela e vi que não saía espuma. Eu perguntei para ela sobre isso.
Ela me respondeu que era de uma fábrica que alguns professores haviam montado. E resposta dela envollvia polaridade de moléculas e espuma e outras m#@%@%@ que eu nem me lembro.
Olhei ressabiado. Uns 6, 7 meses depois eu fiz questão de perguntar sobre como estava a empresa (vão fazer um shamppoo sem espuma? , que não é terapêutico, é vendido em supermercado? .).
Ela me respondeu que eles tinham quebrado...
Eles devem ter aprendido a lição de como são as pessoas, o mercado ao qual inseriu os produtos. E não simplesmente porque julgavam que era a melhor forma, na teoria, que necessariamente teriam êxito.
Eles fizeram com o dinheiro deles. Problema deles e dos bancos que emprestaram para eles. Mas quando ocorre no Estado, aí o problema é nosso.