TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[Túlio]

Minha opinião pessaol é de que se o Rafale (assim como o MRTT) fosse favoritissimo, ele já teria sido escolhido há algum tempo.
Vale lembrar que o lobbie americano atua em 2 frentes: F-18 e NG (ele está mais vivo do que se pensa).

No meu entender, a presidenta pensa muito mais com racionalidade do que com ideologia.

Então eu descarto uma compra do Rafale somente porque o governo lá é de "esquerda" ( isso existe ainda, essa divisão?) sem que haja uma discussão séria sobre bens e serviços e a barreira comercial aos produtos brasileiros, cuja a França é um de nossos maiores adversários na Europa.

Tem gente que não gosta de americanos?
Bom, ninguem vai casar com um e sim fazer negocio com um.
Deixar de comercializar com eles por birra não é algo que podemos nos dar ao luxo de fazer, nem hoje nem em um futuro distante.
Ideologicamente acho até valido e entendo o porque do discurso de certas areas do GF, mas não acho que isso vá influenciar em nada a decisão.
O que vai contar sim (e ela já deixou isso claro na visita que fez) serão os termos que serão colocados na mesa e o respeito aos acordos assinados.
Em resumo, vão nos tratar como o país que nós fomos ou o que queremos ser?

Sobre o NG (sobre cujo corpo virtual já estão rezando missa) não vamos esquecer que tem lobbie americano ali tambem; e para um certo setor com MUITA, mas MUITA influencia politica (leia-se empresariado do sudeste) ele pode vir a ser um produto interessante devido ao seu desenvolvimento total ou em parte por aqui.

Só acho que sai, mas qual deles... só quem decide mesmo!

Bem por aí. O interessante é que, enquanto vários de nós, foristas, ficam "decidindo" com o fígado ou com o coração, quem está com a caneta decide com o CÉREBRO.

Um dia todos vão entender que um caça é apenas um componente de um sistema muito maior chamado FAB. E que esta é um componente de um sistema muito maior chamado Defesa Nacional. E, por fim, que esta é um componente de um sistema muito maior chamado singelamente BRASIL!

Quem decide sabe disso. Ao menos deveria saber...

[knigh7]

A Dilma é racional e gosto dela. Mas há em órbita dela, assim como no Governo anterior, pessoas que são fortemente guiadas por conteúdo ideológico ( e não totalmente racionais) e que tem seu poder de influência. Quando vazou pelo wikipédia um telegrama entre a embaixada americana e Washington, no qual reportava uma declaração do Jobim sobre o Samuel Pinheiro Guimarães, no qual dizia que o Samuel "tinha ódio dos americanos e trabalhava para criar problemas com eles" pode ter sim sido verdade. O Samuel, por exemplo, devido ao extremismo dele, no Governo FHC foi colocado para cuidar da biblioteca do Itamaraty- mais geladeira que isso, impossível...

Embaixadores notáveis como Rubens Barboza e Roberto Abdenur, saíram da ativa fazendo críticas públicas ao viés fortemente orientado por conteúdo ideológico no qual passou a se orientar a política externa desde 2003.

E essa turma está lá ainda...

[talharim]

Sera que vai ter que rolar um chazinho de polonio em Brasilia para decidirem algo ?
Um dos sintomas é diarreia severa .

[Carlos Lima]

Bem por aí. O interessante é que, enquanto vários de nós, foristas, ficam "decidindo" com o fígado ou com o coração, quem está com a caneta decide com o CÉREBRO.

Um dia todos vão entender que um caça é apenas um componente de um sistema muito maior chamado FAB. E que esta é um componente de um sistema muito maior chamado Defesa Nacional. E, por fim, que esta é um componente de um sistema muito maior chamado singelamente BRASIL!

Quem decide sabe disso. Ao menos deveria saber...

Mas até aí tudo bem... o trabalho do forista é muitas vezes pensar com o fígado mesmo e a obrigação de todo o forista é rezar para quem decide de verdade use o Cérebro!!

E o seu último parágrafo é muito bom, mas é que as vezes históricamente não parece que a coisa foi assim pois já rolou muita vaidade e pouquissimo cérebro.

Mas enfim... vamos torcer.
[]s
CB_Lima

[Túlio]

É como disse, Lima véio, ao menos DEVERIA...

[alcmartin]

Pessoal do DB de Brasilia, comecem a vigiar as embaixadas americana, francesa e sueca. A primeira que tiver o pessoal feliz é lá mesmo!

[ELSONDUARTE]

A Dilma é racional e gosto dela. Mas há em órbita dela, assim como no Governo anterior, pessoas que são fortemente guiadas por conteúdo ideológico ( e não totalmente racionais) e que tem seu poder de influência. Quando vazou pelo wikipédia um telegrama entre a embaixada americana e Washington, no qual reportava uma declaração do Jobim sobre o Samuel Pinheiro Guimarães, no qual dizia que o Samuel "tinha ódio dos americanos e trabalhava para criar problemas com eles" pode ter sim sido verdade. O Samuel, por exemplo, devido ao extremismo dele, no Governo FHC foi colocado para cuidar da biblioteca do Itamaraty- mais geladeira que isso, impossível...

Embaixadores notáveis como Rubens Barboza e Roberto Abdenur, saíram da ativa fazendo críticas públicas ao viés fortemente orientado por conteúdo ideológico no qual passou a se orientar a política externa desde 2003.

E essa turma está lá ainda...

Tive a opportunidade de trabalhar com este homem:



Por varias vezes falou que se o Brasil relamente quisesse ser uma POTENCIA, teria que "largar" a America, pois a America não tem interesse que o Brasil se torne uma.

Para quem não reconheceu a foto:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Mangabeira_Unger

[Gerson Victorio]

A Dilma é racional e gosto dela. Mas há em órbita dela, assim como no Governo anterior, pessoas que são fortemente guiadas por conteúdo ideológico ( e não totalmente racionais) e que tem seu poder de influência. Quando vazou pelo wikipédia um telegrama entre a embaixada americana e Washington, no qual reportava uma declaração do Jobim sobre o Samuel Pinheiro Guimarães, no qual dizia que o Samuel "tinha ódio dos americanos e trabalhava para criar problemas com eles" pode ter sim sido verdade. O Samuel, por exemplo, devido ao extremismo dele, no Governo FHC foi colocado para cuidar da biblioteca do Itamaraty- mais geladeira que isso, impossível...

Embaixadores notáveis como Rubens Barboza e Roberto Abdenur, saíram da ativa fazendo críticas públicas ao viés fortemente orientado por conteúdo ideológico no qual passou a se orientar a política externa desde 2003.

E essa turma está lá ainda...

Tive a opportunidade de trabalhar com este homem:



Por varias vezes falou que se o Brasil relamente quisesse ser uma POTENCIA, teria que "largar" a America, pois a America não tem interesse que o Brasil se torne uma.

Para quem não reconheceu a foto:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Mangabeira_Unger

Pois é...ideologia...é só isso que conseguem enxergar...

[knigh7]

Magabeira Unger!

Bom, se vc teve o enorme privilégio de trabalhar com diante figura, deve ter visto referências a ele por distintíssimas alcunhas de "sealopra", "fora da realidade".

Ele foi um dos rresponsáveis por algumas pérolas da END, como a manutenção do SMO....

[Carlos Lima]

Ele também gostaria de uma aproximação maior com os russos (Su-35/PAK)... deu no que deu. E olha que o cara dá aula nos EUA.

O que importa é se o cara é bom e as intenções são para o progresso do país...

Como dizem os americanos:

"- Se no fim das contas ele errou no máximo uma vez a menos do que acertou na vida, então ele fez muito bem!!"

Mas é claro que no Brasil essas noções são as vezes esquecidas e só o 100% serve...

É um dos nossos legados de subdesenvolvidos...

[]s
CB_Lima

[knigh7]

Para qualquer gestor, (e isso foi um dos problemas dele, pois vindo do meio acadêmico, sempre envolto em teorias e pouca prática), o que vale é o que se faz na prática com uma ideia, não importa se é eivada de elevadíssimas intenções. Até porque tá cheio de doidos com elevadíssimas intenções por aí...

Nas 2 universidades que eu cursei, os melhores professores foram aqueles que viveram muitos anos na prática e pouco tempo dedicado à docência exclusiva.

Aliás, como eu já trabalhava quando na universidade, rachava de rir dos docentes de dedicação exclusiva...

[knigh7]

Vou contar um dos casos:

Eu estava no segundo semestre de administração, o meu professor de teorias da administração, com seus 30 anos dedicados a licenciatura e que eu saiba, nada de prática de mercado, contou que estava montando uma pizzaria e que estava colocando como diferencial oferecer churrasco (ele estava aproveitando o tema da aula, sobre diferenciação no mercado).

Quando eu estava no quarto ano, eu o encontrei e perguntei irônico: "e aí, professor, como está a sua pizzaria que serve churrasco?"

Olhando para mim, com cara de tonto, respondeu: "eu encerrei as atividades..."

Não é a toa que quando a moda das consultorias explodiu, muitas empresas quebraram a cara com consultores docentes que nunca tiveram de operar porr@ nenhuma.

[Carlos Lima]

Para qualquer gestor, (e isso foi um dos problemas dele, pois vindo do meio acadêmico, sempre envolto em teorias e pouca prática), o que vale é o que se faz na prática com uma ideia, não importa se é eivada de elevadíssimas intensões. Até porque tá cheio de doidos com elevadíssimas intensões por aí...

Nas 2 universidades que eu cursei, os melhores professores foram aqueles que viveram muitos anos na prática e pouco tempo dedicado à docência exclusiva.

Aliás, como eu já trabalhava quando na universidade, rachava de rir dos docentes de dedicação exclusiva...

Pois é, mas um cara desse trabalhando para um governo deveria ser bem acessorado para poder equilibrar as suas noções acadêmicas com pessoas com a prática do dia a dia.

Da mesma forma quando a pessoa responsável só tem o lado mais 'prático' em mente tem o mesmo potêncial de cometer erros e muitos deles.

No fim, o que vale é o equilíbrio, e as vezes o equilíbrio é jogar uma pessoa com um ponto de vista diferente em um ambiente viciado em favorecimentos, passado, acordos, e visões dos anos 70/80 que não tem mais lugar hoje em dia.

É como a história que o Marino falou dos Subs da MB. Eles resolveram deixar o contrato na mão de quem entende de contratos (não necessariamente militares) e a coisa está indo muito bem obrigado...

Existem algumas lições aí para serem aprendidas.

[]s
CB_Lima

[Carlos Lima]

Vou contar um dos casos:

Eu estava no segundo semestre de administração, o meu professor de teorias da administração, com seus 30 anos dedicados a licenciatura e que eu saiba, nada de prática de mercado, contou que estava montando uma pizzaria e que estava colocando como diferencial oferecer churrasco (ele estava aproveitando o tema da aula, sobre diferenciação no mercado).

Quando eu estava no quarto ano, eu o encontrei e perguntei irônico: "e aí, professor, como está a sua pizzaria que serve churrasco?"

Olhando para mim, com cara de tonto, respondeu: "eu encerrei as atividades..."

Não é a toa que quando a moda das consultorias explodiu, muitas empresas quebraram a cara com consultores docentes que nunca tiveram de operar porr@ nenhuma.

O outro lado da moeda...

Era uma vez uma empresa conhecida que estava fazendo uma revolução (interna) em termos de projetos de cooperação.

Pela primeira vez em décadas ela iria projetar um produto com a cooperação desde o ínicio de vários países. Seus diretores, engenheiros encararam o desafio 'global' com gosto, porque 'estava na moda', etc etc.

Tudo lindo, maravilhoso, acordos assinados, e finalmente peças sendo usinadas. O tempo passa e os primeiros pedaços chegam de um lugar para outro para serem 'unificados'.

Ao tentar unificar os pedaços, um montão de coisa não se encaixava... uma loucura... o potêncial do produto não sair... $$$$ tendo que ser investido para resolver os problemas com o produto... um pesadelo.

No meio daquele desespero descobriram que o problema era relacionado a como cada país aferia as suas máquinas... um lugar utilizava 'polegadas' e o outro o sistema 'métrico'.

É claro que ficou evidente o problema de comunicação... mas e aí? Com produtos sendo feitos do outro lado do mundo, como fazer para que esse tipo de erro 'bobo', mas possível pudesse ser evitado? Como fazer para os diversos times se comunicassem de maneira mais eficiente sem preconceitos ou noções de que 'eu faço o produto mais correto' (o relacionamento dos times estava abalado por conta desse problema), como fazer isso mais barato??

Daí alguém teve a idéia... E se utilizarmos universidades nos diferentes países e programas de cooperação entre elas como o elo de ligação entre as diversas iniciativas com problemas?

Resultado. - Universidades cooperando, professores falando o mesmo idioma, problemas sendo simplificados, gerentes de projeto não tendo que lidar com toda uma camada de problemas de relacionamento e uma economia de XYZ% do que foi inicialmente estimado como custo caso uma solução mais 'prática' fosse utilizada, além é claro de times mais contentes e as universidades e seus professores trocando conhecimento com o mundo real por conta de tal cooperação.

Ou seja, nem tanto ao mar, e nem tanto a terra. Você erra, se levanta, aprende e tenta de novo.

A regra americana de 'motivation' ainda vale:

"- Se no fim das contas ele errou no máximo uma vez a menos do que acertou na vida, então ele fez muito bem!!"

E em muitos casos nós perdemos muito porque (de modo geral) não existe espaço para isso na nossa sociedade e perdemos muito talento por isso.

[]s
CB_Lima

[Túlio]

Tive a opportunidade de trabalhar com este homem:



Por varias vezes falou que se o Brasil relamente quisesse ser uma POTENCIA, teria que "largar" a America, pois a America não tem interesse que o Brasil se torne uma.

Para quem não reconheceu a foto:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Mangabeira_Unger

Ele falou mais coisa:

Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente [...] a aproximação do fim de seu mandato não é motivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repetição desses crimes contamine a eleição vindoura.

[...] o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou.

Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas. Imiscuiu-se, e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem, em disputas e negócios privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos.

Adivinhem A QUAL Presidente ele se referia...



Mas vá lá, acho interessante a frase dele em negrito, só que a interpreto à minha maneira:

Acho que o Brasil deve mesmo largar a América se quiser ser uma potência, porque à América não interessa que isso aconteça. A questão é: QUAL AMÉRICA LARGAR?

A anglo-saxônica, que teme um concorrente riquíssimo em commodities e pouco mais?

A latina, que teme um novo dominador, mais próximo, riquíssimo em commodities e com uma indústria capaz de demolir a deles e FFAA muito superiores ainda por cima?

Repito, a nenhuma das duas interessa que sejamos POTÊNCIA! Mas só uma tem motivos para TEMER isso. E agora, largamos qual?