Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Reginaldo Bacchi
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4246 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Ter Fev 07, 2012 6:28 pm

SUT escreveu: El SK 105 KUrassier es un cazacarros liviano, que emplea una torre FL 12 con una pieza de 105mm de presiones medias. Es un carro limitado a estas fechas y los propios austriacos lo llaman "cañon antitanque autopropulsado".
Meu caro "Soldat und Technik", você está sendo tremendamente critico do Kürassier!!!

Ele não merece teu desprezo!.

Sim, ele é um caza carros, um tank destroyer!

E o que é um caza carros, um tank destroyer?

É um canhão anti carro autopropulsado. Nada mais do que isto.

O tank destroyer no exército estadunidense era oficialmente designado como: Gun, Motor Carriage.

A designação Tank Destroyer era simplesmente um nome de fantasia para dar um pouco de "glamour" a um prosaico canhão anti carro auto propulsado, um nome comprido e sem nenhum atrativo.

Tudo isto eu expliquei no meu excelente artigo (modestia a parte) da excelente revista Tecnologia & Defesa.

Abraços,

Bacchi




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4247 Mensagem por helio » Ter Fev 07, 2012 8:33 pm

SUT escreveu:El Ejercito argentino tiene dos medios con piezas de 105mm. El SK 105 KUrassier es un cazacarros liviano, que emplea una torre FL 12 con una pieza de 105mm de presiones medias. Es un carro limitado a estas fechas y los propios austriacos lo llaman "cañon antitanque autopropulsado". si bien hubo un proyecto de modernizacion, se dejo de hablar de le hace años y hoy por hoy no es un medio viable para el combate de maniobra por que carece de potencial de combate nocturno ( tiene solo un reflector telefunken IR activo) estabilizacion de torre o potencial de disparar municion APFSDS de alta efectividad.

El TAM es harina de otro costal, derivado del IFV Marder tiene excelente movilidad, proteccion discreta y un buen control de tiro EMES 12 mas telemetro laser y una pieza de 105 ( L7, Rheinmetall o IMI) de alta presion. Es un rival digno, pero el Leopard 1a5 tiene superioridad al tener camara termica, estabilizador mas avanzado y un computador DigBal en vez de analogico.

La modernizacion actual, Israeli, sube al TAM a una posicion excelente. Instala un sistema de control de tiro Elbit Knight, mas una mira de comandante COAP que da capacidad Hunter Killer nocturna, nuevos estabilizadores y lo deja con sistemas electricos completos.

En ese eje, el TAM basico esta algo por debajo del Leopard 1a5 y no es secreto que el Ejercito Argentino no esta en las mejores condiciones de material.

Pero

Si consiguen producir numeros relevantes de la modernizacion israeli del TAM, conseguirian un tanque que tendria los mejores controles de tiro de toda sudamerica, ya que esta sobre el EMES 15 con WBG X mas Peri R17a1 del leopard 2a4CHL chilenos.

El tema es que esa modernizacion es sumamente cara, y hay que ver que, efectivamente, el proyecto se efectua en mas ay no queda como el anterior TAM S21 en algunos prototipos.

Saludos,

Sut
Hola Sut
Sin embargo durante el gobierno Ernesto Kirchner y el primero gobierno Cristina Kirchner, casi no se compró nada de equipo militar, pero durante los fines del primero gobierno CK, se empezó nuevamente a comprar equipos militares. Por ejemplo, la compra de helicopteros rusos Mil-17 fue la primera compra de equipos nuevos despues de muchos años.
Que pensa ud, con respecto a los blindados? Serón realmente modernisados los TAM, o entonces comprar otros de otro tipo?

Alô Sut
Durante o governo Ernesto Kirchner e no primeiro governo de Cristina Kirchner, quase não houve aquisição de equipamento militar, entretanto durante o final do 1º mandato de CK, se iniciou a compra de material militar, haja visto a aquisição dos Mil-17 russos, a primeira compra de equipamento novo depois de muitos anos.
Voce acha que, a respeito dos blindados, os TAM serão modernizados ou então serão adquiridos blindados novos?

Saludos

Hélio




binfa
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4248 Mensagem por binfa » Seg Mai 14, 2012 9:21 am

Um Projeto de Força - Aquisição dos CC Leopard 1A5Br

Imagem
Viatura Blindada de Combate (VBC) Leopard 1 A5Br Foto: Ricardo FAN

TC Marcelo Carvalho Ribeiro Comandante do Centro de Instrução de Blindados (C I Bld) - Santa Maria/RS

O presente artigo, de caráter estritamente pessoal, tem por objetivo analisar os benefícios trazidos para o Exército Brasileiro (EB) com a recente aquisição das Viaturas Blindadas de Combate (VBC) Leopard 1 A5, atualizar o leitor sobre o andamento do projeto e sintetizar as principais lições aprendidas até a presente data.

1. INTRODUÇÃO

O Exército Brasileiro possui uma das mais notórias histórias relacionadas ao emprego, desenvolvimento e aquisição de veículos blindados no mundo. Iniciada na década de 20 do século passado com a aquisição de uma Companhia de Carros de Assalto FT-17, o país empregou seus meios blindados nas revoluções e revoltas internas ocorridas durante o século XX, na Segunda Guerra Mundial, em Forças de Manutenção da Paz e em Operações de Garantia da Lei e da Ordem.

Sempre acompanhou de perto as inovações introduzidas nos meios blindados, seja na parte técnica, seja no emprego, desenvolvendo e estudando estas inovações e atualizando sua doutrina de emprego, enviando oficiais e praças ao exterior para intercambiar experiências com outros exércitos e divulgando os ensinamentos adquiridos. Sempre buscou incluir a indústria nacional na busca das demandas relacionadas aos blindados, seja por meio do financiamento de projetos, seja nas atividades de logística. Neste contexto, este artigo pretende informar ao leitor sobre os benefícios e as experiências trazidas para a Força com a recente aquisição das VBC Leopard 1A5 do Exército da República Federal da Alemanha.

2. DESENVOLVIMENTO

a. A complexidade do Carro de Combate Moderno

Antes de mais nada, é necessário que o leitor compreenda a complexidade de um blindado moderno. Os conflitos atuais deixaram de empregar este meio de modo massivo, exigindo seu emprego de modo pontual para resolver situações que exijam grande mobilidade, proteção blindada e poder de fogo. Como consequência, necessitou-se aumentar o aparato tecnológico embarcado, com meios que garantam a sua precisão, que aumentem a capacidade de resposta imediata, incluindo meios de C4ISR[1], e com uma blindagem que permita a sobrevivência da tripulação, caso atingido por minas, armas anti-carro ou IEDs[2].

Em resumo, um blindado moderno assemelha-se muito a um avião: quem vê de fora não faz idéia da complexidade dos sistemas que o compõem. Neste sentido, a aquisição das VBC Leoapard 1A5, mais que uma simples compra de material de emprego militar, está aportando uma série de experiências que colocam o EB num rol muito seleto de países que conseguem manter um blindado moderno operando num conflito, com todas as demandas logísticas e operacionais que isto requer.

b. A Aquisição e suas inovações

Diferentemente de outras aquisições realizadas anteriormente, onde o material é subministrado diretamente de empresas produtoras, o EB contratou o Ministério de Defesa da República Federal da Alemanha para realizar a compra de empresas alemãs. Este fato foi decisivo para corrigir problemas vividos em aquisições anteriores quando, vencida a garantia do produto, a Força estava, de certa forma, à mercê de empresas fornecedoras. Foi empregada toda uma sistemática de aquisição, com uma garantia baseada em parâmetros de utilização do carro pelo Exército Alemão, que está aportando bastante conhecimento e experiência para o EB no gerenciamento de seu material. Algumas das principais inovações introduzidas são:

1) Aquisição de uma “família de blindados”

Pela primeira vez, o EB adquire carros de combate dentro de um conceito mais amplo, incluindo não somente os carros de combate, mas também os veículos de apoio (sistemas operacionais logístico e mobilidade, contra-mobilidade e proteção) usando o mesmo chassi da viatura de combate.

2) Modificações na infra-estrutura

As características das viaturas impuseram às suas OM detentoras toda uma reestruturação para adequação de suas instalações às necessidades de manutenção e operação do carro, trabalho iniciado com o recebimento das VBC Leopard 1A1 oriundas da Bélgica e transferidas para aquartelamentos do Rio de Janeiro, posteriormente para outros no Rio Grande do Sul e Paraná. O EB teve que investir na construção e adequação de instalações para viabilizar a manutenção e mesmo a circulação das viaturas.

Só para se ter uma idéia das dificuldades, a troca de óleo do motor das VBC Leopard só pode ser feita com o motor fora da viatura, o que requer a instalação de pontes rolantes com capacidade mínima de 7 toneladas e com oficinas que tenham um pé direito adequado à permitir a retirada do motor. Ademais, foram readequadas as garagens, rampas de lavagem e instalações de suprimento.

3) Aquisição de um Suporte Logístico Integrado (SLI)

Um dos principais gargalos enfrentados quando da aquisição de blindados é garantir um fluxo de suprimento que permita viabilizar seu funcionamento durante o tempo de garantia e que o mantenha funcionando durante toda a sua vida útil. Nesta compra, o EB não se limitou a adquirir o material e o suprimento para o carro.

Adquiriu, junto com ele, um SLI, que é um conceito logístico bem mais amplo, envolvendo toda uma garantia de fornecimento dos suprimentos, percentuais de disponibilidade (que atualmente garante uma disponibilidade de 70 % dos meios) e tempo de fornecimento de ítens. Para viabilizá-lo, requereu a instalação de dois escritórios: um brasileiro, na empresa contratada (atualmente a KMW da Alemanha) e outro da empresa no Brasil, em funcionamento no Pq R Mnt/3, em Santa Maria-RS.

Instalou, ainda, um sistema de gerenciamento informatizado, onde o mecânico solicita o suprimento on-line, recebendo o ítem alguns dias depois. Os conceitos de depósito alfandegados, antes restrito à aviação, foram extendidos aos blindados. O leitor pode tentar inferir bem o impacto destes novos conceitos num ambiente antes habituado a uma borocracia e uma espera sem fim por suprimentos, e o esforço que isto está requerendo dos operadores logísticos do EB, uma verdadeira revolução silenciosa, com capacidade de extensão a todas as demais aquisições futuras.

4) Mudanças na sistemática da manutenção

A sistemática de manutenção para manter a frota a 70% , juntamente com os conceitos do SLI tiveram que sofrer modificações interessantes. As definições precisas das tarefas que devem ser feitas em cada escalão, suas periodicidades e as competências que os operadores devem possuir para realizar sua tarefa ocasionaram uma intensificação no apoio direto. Frequentemente se vê, nas oficinas das unidades, operadores das empresas (apelidados pelos militares de homens de azul) trabalhando na manutenção dos veículos.

5) Capacitação dos recursos humanos

Outro avanço significativo desta compra foi o elevado investimento feito pelo EB na capacitação dos recursos humanos, tanto técnica como taticamente. A compra incluiu, além de cursos para a capacitação inicial dos operadores, uma série de outros meios: sistemas de simulação, fornecimento de manuais adequados, softwares de gerenciamento e oferta de cursos para a busca de um aperfeiçoamento e melhoria do conhecimento. De todos estes, a grande estrela do momento, sem dúvida, são os sistemas de simulação.

A capacitação em sistemas complexos e custosos tem na simulação virtual um importante aliado. Cada centavo investido neste ramo tem um retorno garantido, pois permite treinar o operador em situações normais e em situações extremas, que somente poderiam ser vividas em situações reais e com risco ao operadores e ao equipamento. Foram os seguintes os tipos de simuladores adquiridos pelo EB:

(a) De simulação virtual

- Treinador Sintético Portátil - TSP - permite simular uma guarnição de carro de combate, e treinar os operadores em cada uma de suas funções, com exceção do municiador. Foi adquirido um conjunto para cada Regimento, além de mais 3 conjuntos para o Centro de Instrução de Blindados CIBld, totalizando 7)

- Treinador Sintético de Blindados -TSB - permite simular em ambiente confinado o comandante do carro e o atirador, e, no seu exterior, o motorista. Podem ser integradas aos TSP e simular o combate de até uma subunidade, com todos os seus apoios (apoio de fogo, engenharia, etc) contra um inimigo virtual, em um cenário bastante amplo com localidades, campo, rodovias, etc.

(b) De simulação construtiva

- Simulador de Procedimentos de Torre – SPT - foram adquiridos dois tipos de simuladores deste tipo: as de manutenção, destinada a treinar os mecânicos ( uma para o Parque Regional de Manutenção da 3ª Região Militar) e as de procedimentos (uma por Regimento e para o C I Bld, totalizando cinco) destinada a treinar a guarnição nos procedimentos mais habituais da torre e panes.

- Simuladores de procedimentos para motoristas - destinados a treinar os motoristas nos procedimentos mais habituais ocorridos na cabine do motorista ( dois por Regimento e uma para o C I Bld, totalizando nove ).

(c) De simulação viva

- Dispositivo de Simulação de Engajamento Tático - DSET - destinados a realizar treinamento de tiro contra um alvo ou contra outro blindado. Simulam, por meio de feixes laser, a trajetória da munição e acerto do impacto, permitindo o duelo entre blindados. Foram adquiridos um total de 42, todos no CI Bld, à disposição dos regimentos, para que estes realizem seus treinamentos e adestramento de tiro.


c. Lições Aprendidas

Obviamente, nem todo o previsto tem sido perfeitamente executado conforme o planejado. E isto também tem de ser entendido como um benefício: as correções de rumo e aperfeiçoamento das atividades têm sido uma constante durante o processo. Os problemas surgidos vêm sendo tratados por todos como desafios a vencer, e têm gerado benefícios para ambas as partes.

Os problemas passam pela administração de pessoal (disponibilidade de mecânicos, qualificação de especialistas, falta de conhecimento a respeito de componentes específicos, domínio de idiomas) e de material (deficiências de infra-estrutura, falta de ferramental, demora no recebimento de suprimentos, dificuldades de transporte).

As empresas alemãs, em especial a KMW, está ampliando seus negócios no Brasil, e visa abranger um mercado bem mais amplo por meio de sua sucursal brasileira, a KMW do Brasil, com sede em Santa Maria-RS.

Tem, portanto, todo o interesse estratégico de que o contrato e a aquisição sejam bem sucedidos. O EB, por sua parte, vêm buscando colher os ensinamentos e transformá-los em conhecimentos adquiridos, corrigindo os rumos e gerindo os problemas, de modo a anular eventuais danos causados. A experiência adquirida tem potencial de aplicação a todos os materiais de emprego militar por ele posteriormente utilizados.

3. CONCLUSÃO

A aquisição das VBC Leopard 1A5 pelo EB foi muito mais que a compra de um novo material de emprego militar: gerou mudanças relevantes no gerenciamento dos meios, na aquisição de suprimentos, na infra-estrutura de organizações militares, na qualificação de pessoal e na introdução de modernos meios de simulação.

Possibilitou um salto qualitativo nos meios e no adestramento da tropa blindada, colocando o EB em um grupo muito seleto de nações: as que são capazes de operar e manter um blindado moderno.

Por meio dela, ainda, o país aumentou consideravelmente seu poder de combate terrestre. Os Regimentos de Carros de Combate da Força Terrestre se tornaram quaternários, dotados de um carro de combate moderno, capacitado ao combate noturno e ao tiro em movimento e com aumento considerável de sua potência de fogo, pelo aumento do calibre de seus canhões de 90 mm para 105 mm. Ademais, passou a contar com carros de apoio e com um suporte logístico eficaz.

A experiência, que ainda vem sendo adquirida cada dia, está longe de terminar e ainda há muito o que fazer. Entretanto, a sua utilização para novas aquisições, como agora realiza o EB com a Nova Família de Blindados Sobre Rodas Guarani não pode ser desperdiçada. Ambas são atividades relevantes, que vão dotar o Exército Brasileiro, a médio prazo, das competências necessárias para manter sua força blindada com altos níveis de operacionalidade, permitindo com que a nação faça uso dela quando necessário.

Aço!

[1] Termo em inglês Command, Control, Communications, Computers, Intelligence, Surveillance and Reconnaissance. Se refere a equipamentos que viabilizem o comando, o controle, as comunicações, que interliguem e empreguem computadores e trabalhem em proveito da inteligência, da vigilância e das ações de reconhecimento em proveito de seus usuários.

[2] Termo inglês Improvised Explosive Devices, Dispositivos Explosivos Improvisados.

http://www.defesanet.com.br/leo/noticia ... pard-1A5Br




att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE :arrow: http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4249 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 14, 2012 12:00 pm

Pra quem usava CC com projeto da GM II, chamar um CC com 50 anos de projeto de moderno deve ser realmente muita coisa em termos de evolução.

Que bom. Saimos dos anos 40 e agora estamos no 60. Grande salto. Parabéns para nós.

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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4250 Mensagem por Marino » Seg Mai 14, 2012 12:30 pm

Projeto de Força é outra coisa.
Não é a ação de aquisição de material, mas a visualização, o planejamento da Força baseado em estudos prospectivos e de cenários.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4251 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 14, 2012 3:38 pm

Marino escreveu:Projeto de Força é outra coisa.
Não é a ação de aquisição de material, mas a visualização, o planejamento da Força baseado em estudos prospectivos e de cenários.
Para teoria isto é realmente muito bom.E de teorias, as universidades brasileiras e as ffaa's estão cheias, assim como o inferno de boas intenções. Mas as relações com a teoria não são exatamente as mesmas nas academias e exércitos.

Aliás, em matéria de teoria, nossos militares são nota dez. Nada a reclamar. Mas em compensação, noutros campos mais práticos...

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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4252 Mensagem por Paulo Bastos » Seg Mai 14, 2012 4:23 pm

FCarvalho escreveu:Aliás, em matéria de teoria, nossos militares são nota dez. Nada a reclamar. Mas em compensação, noutros campos mais práticos...
Realmente, bons são alguns dos foristas da nossa comunidade que, na maioria dos casos, nunca chegou perto dos sistemas de armas que endeusam (a não ser pela fria tela de um computador) e que acha que a estratégia militar é a mesma aplicada a um jogo de “Super Trunfo”!!!

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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4253 Mensagem por EDSON » Seg Mai 14, 2012 4:45 pm

É claro que o leo 1A5 é inferior ao leo 2A6 mas nosso terreno ainda é favorável já que nossas florestas, bosques e centenas de cidades ele o 1A5 poderia dissimular ataques e recuos e assim equilibrar o jogo contra um cc moderno. Mas para isso a tripulação tem que ser exaustivamente treinada no seu equipamento algo como os alemães fizeram para treinar suas tripulações de tanques no começo da Segunda Guerra(treinar até a exaustão). Mas há o porém de uma nata de militares ficar exposta devido aos fracos meios defensivos do leo 1A5 e estes militares não podem ser facilmente substituídos. Luta-se com que tem e além do mais você só consegue glórias vencendo um inimigo superior a você mostrando ao mundo que temos um q+.

A muita glória na matança e diria ainda há mais glória na coragem de superar as adversidades que os meios lhe impuseram.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4254 Mensagem por Marino » Seg Mai 14, 2012 4:50 pm

Não é teoria.
Se vc não sabe o que quer, não sabe como justificar os meios que solicita, não sabe como sustentar a necessidade apresentada, vc não sabe nada.
Metodologia científica não é para ser usada somente em teoria, em academicismos, mas para não fazer cagadas que podem ser evitadas. E de cagadas, temos muitos exemplos que poderiam ser citados.
Outra coisa, não pense que os militares não estudam. Estudam sim, e muito.
E estudar nunca foi peso para nenhum de nós.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4255 Mensagem por EDSON » Seg Mai 14, 2012 4:59 pm

... opa desculpe.




Editado pela última vez por EDSON em Seg Mai 14, 2012 5:14 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4256 Mensagem por Marino » Seg Mai 14, 2012 5:10 pm

Edson, não estava me referindo a vc, mas ao FCarvalho no post anterior ao seu.
Se ele ACHA que isto é só teoria, posso sugerir algumas leituras, mas uma fundamental é: Strategy and Force Planning.
Tenho certeza que pode achar para vender na internet.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4257 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 14, 2012 5:54 pm

Marino escreveu:Não é teoria.
Não, realmente não é, somente. Mas nos é desde sempre uma imensa dificuldade sairmos dela para o campo do empírico, na área militar, acho que havemos de concordar. Pelo menos em termos de modernidade.

Se vc não sabe o que quer,
desde que você não tenha um referencial empírico ou teórico. que eu saiba, temos ambos. defasados. mas temos.

não sabe como justificar os meios que solicita,
não mesmo? então pra quê aporte legal e institucional? de que servem então CF, MD, END, PND, PAED, CREDEN's, Doutrina Delta, IntMil, AMAM, EMEx, ECEME, ESAO, CIBId... :?:

não sabe como sustentar a necessidade apresentada,
novamente: homens, escolas e doutrina.

vc não sabe nada.
pelo contrário. você pode até saber muito, dentro da sua realidade empírica ou teórica, mas o seu muito, diante do todo, pode não significar grandes coisa.

Metodologia científica não é para ser usada somente em teoria, em academicismos, mas para não fazer cagadas que podem ser evitadas. E de cagadas, temos muitos exemplos que poderiam ser citados.
concordo plenamente. conheço várias no meu mundinho acadêmico.

Outra coisa, não pense que os militares não estudam. Estudam sim, e muito.
E estudar nunca foi peso para nenhum de nós
Marino, onde tu leste que eu escrevi ou afirmei isso? Pelo contrário. Até hoje o sistema de formação dos recursos humanos das e nas ffaa's são uma das, se não a melhor referencia em formação e qualificação profissional e humana no Brasil. E da qual eu inclusive sou admirador, pessoal e profissionalmente. Além do que, conheço e conheci muitos militares que já passaram nas minhas salas de aulas, seja como colegas, como professores ou como meus alunos. E quase todos, sempre se destacaram pela competência e capacidade. Educação nunca foi problema para as ffaa's. Pelo contrário. Se os nossos militares tivesses condições de aplicar profissionalmente tudo o que estudam, seriamos a segunda potencia militar do mundo. Porque qualificação humana nós temos até de sobra. Mas, ao sairmos da teoria, nossas práticas infelizmente contradizem o que se aprende na escola. Não por culpa das escolas militares, mas por fatores outros que fogem as melhores práticas educacionais e padrões formativos. Até porque, não tem escola e nem qualificação profissional nesse e no outro mundo que dê jeito em falta de verbas, consciência e imaturidade politica.
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4258 Mensagem por Marino » Seg Mai 14, 2012 6:48 pm

FCarvalho escreveu:
Marino escreveu:Projeto de Força é outra coisa.
Não é a ação de aquisição de material, mas a visualização, o planejamento da Força baseado em estudos prospectivos e de cenários.
Para teoria isto é realmente muito bom.E de teorias, as universidades brasileiras e as ffaa's estão cheias, assim como o inferno de boas intenções. Mas as relações com a teoria não são exatamente as mesmas nas academias e exércitos.

Aliás, em matéria de teoria, nossos militares são nota dez. Nada a reclamar. Mas em compensação, noutros campos mais práticos...

abs
Veja mais uma vez o que vc escreveu e interprete com isenção.
Podemos não ter verbas, não conseguir recursos, mas se não soubermos fazer um "Projeto de Forças", sustentar o mesmo, argumentar, defender nossas posições, nem se verba ilimitada chegasse conseguiríamos montar algo útil para o país.
Como escrevi, a ação de comprar determinado equipamento não é fazer um Projeto de Força.
Exigir ALI, etc, não é Projeto de Força.
Este foimum conceitual do During.
Era isso que eu tentava explicar.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4259 Mensagem por Marino » Seg Mai 14, 2012 6:51 pm

Estou fora de casa e postando de um tablet.
Minha última frase foi que ocorreu um erro conceitual do During ou do autor e que era isso que tentei mostrar.




Editado pela última vez por Marino em Seg Mai 14, 2012 7:38 pm, em um total de 1 vez.
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4260 Mensagem por Bolovo » Seg Mai 14, 2012 7:07 pm

A unica coisa que eu temo é que os 250 Leo 1A5 não são suficientes para preencher todos os RCC e RCB do Exército. Eu fiz umas contas tempos atrás, acho que teria que ter, pelo menos, uns 400 carros pra ter todos os batalhões e regimentos completos.




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