NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mais um pouco disso.
Por que Veja não demitiu Policarpo Junior?
Marco Araújo<br /><b>Crédito: </b> Divulgação / R7 / cp
Marco Araújo
Crédito: Divulgação / R7 / cp
O jornalista Marco Antonio Araujo, que mantém uma coluna diária no site R7, da Record, afirmou ontem que a revista Veja deveria "ser coerente com seu histórico de arrogância e usar contra o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Junior, os mesmos métodos fascistas e truculentos que a consagraram como Diário Oficial da Nova Inquisição". "Nem que fosse por hipocrisia, outra marca do semanário da família Civita", disse o articulista.
Para Araújo, a credibilidade do jornalista Policarpo Junior virou pó. "Se ele fosse ministro do governo Dilma, estaria queimando numa fogueira de denúncias em praça pública. Mas não. Sabe o que Veja fez no primeiro dia útil deste 2012? Promoveu Policarpo a redator-chefe, ao lado de Thaís Oyama, Fábio Altman e Lauro Jardim, com a saída de Mário Sabino no último dia de 2011", pondera o articulista do R7. Para ele, "não há mais dúvidas de que a relação do escrevinhador" com o bicheiro Carlos Cachoeira foi "criminosa ou, no mínimo, promíscua e incompatível" com o mais frouxo dos códigos de ética jornalística. Na sua opinião, não param de vir à tona novos fatos que comprovam que Policarpo era usado como "porta-voz e escriba dos interesses do crime organizado".
Araújo vai ainda mais longe, opinando que, para a sociedade, o cara (o diretor de Veja) "já está morto profissionalmente". "Mais que uma fonte, Cachoeira praticamente pautava a publicação, sempre "a partir dos interesses mais espúrios." Gravações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, deixam isso muito claro. O jornalismo "investigativo dos Civita" (família proprietária da revista) "foi feito com informações repassadas por um bicheiro com o único objetivo de beneficiar um grupo criminoso", diz Araújo. Para aplicar essa "política editorial", denuncia ele, "recrutaram mentirosos, arapongas e gente desqualificada". "Eles devem explicações não só a seus leitores, mas à opinião pública. É preciso insistir neste assunto, diante do pacto de silêncio decretado pela chamada grande mídia. Nós não veremos nem ouviremos nada sobre isso na Folha de S.Paulo e nas Organizações Globo. Por que essa blindagem, essa cortina de fumaça, esse cordão de isolamento? São perguntas sérias, que a CPI do Cachoeira, instalada em Brasília, tem a obrigação de responder. E nós, a de cobrar", argumenta Araújo em artigo publicado ontem no site R7, da Record.
http://www.correiodopovo.com.br/Impress ... cia=420208
Por que Veja não demitiu Policarpo Junior?
Marco Araújo<br /><b>Crédito: </b> Divulgação / R7 / cp
Marco Araújo
Crédito: Divulgação / R7 / cp
O jornalista Marco Antonio Araujo, que mantém uma coluna diária no site R7, da Record, afirmou ontem que a revista Veja deveria "ser coerente com seu histórico de arrogância e usar contra o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Junior, os mesmos métodos fascistas e truculentos que a consagraram como Diário Oficial da Nova Inquisição". "Nem que fosse por hipocrisia, outra marca do semanário da família Civita", disse o articulista.
Para Araújo, a credibilidade do jornalista Policarpo Junior virou pó. "Se ele fosse ministro do governo Dilma, estaria queimando numa fogueira de denúncias em praça pública. Mas não. Sabe o que Veja fez no primeiro dia útil deste 2012? Promoveu Policarpo a redator-chefe, ao lado de Thaís Oyama, Fábio Altman e Lauro Jardim, com a saída de Mário Sabino no último dia de 2011", pondera o articulista do R7. Para ele, "não há mais dúvidas de que a relação do escrevinhador" com o bicheiro Carlos Cachoeira foi "criminosa ou, no mínimo, promíscua e incompatível" com o mais frouxo dos códigos de ética jornalística. Na sua opinião, não param de vir à tona novos fatos que comprovam que Policarpo era usado como "porta-voz e escriba dos interesses do crime organizado".
Araújo vai ainda mais longe, opinando que, para a sociedade, o cara (o diretor de Veja) "já está morto profissionalmente". "Mais que uma fonte, Cachoeira praticamente pautava a publicação, sempre "a partir dos interesses mais espúrios." Gravações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, deixam isso muito claro. O jornalismo "investigativo dos Civita" (família proprietária da revista) "foi feito com informações repassadas por um bicheiro com o único objetivo de beneficiar um grupo criminoso", diz Araújo. Para aplicar essa "política editorial", denuncia ele, "recrutaram mentirosos, arapongas e gente desqualificada". "Eles devem explicações não só a seus leitores, mas à opinião pública. É preciso insistir neste assunto, diante do pacto de silêncio decretado pela chamada grande mídia. Nós não veremos nem ouviremos nada sobre isso na Folha de S.Paulo e nas Organizações Globo. Por que essa blindagem, essa cortina de fumaça, esse cordão de isolamento? São perguntas sérias, que a CPI do Cachoeira, instalada em Brasília, tem a obrigação de responder. E nós, a de cobrar", argumenta Araújo em artigo publicado ontem no site R7, da Record.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mais um pouco disso.
Por que Veja não demitiu Policarpo Junior?
Marco Araújo<br /><b>Crédito: </b> Divulgação / R7 / cp
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O jornalista Marco Antonio Araujo, que mantém uma coluna diária no site R7, da Record, afirmou ontem que a revista Veja deveria "ser coerente com seu histórico de arrogância e usar contra o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Junior, os mesmos métodos fascistas e truculentos que a consagraram como Diário Oficial da Nova Inquisição". "Nem que fosse por hipocrisia, outra marca do semanário da família Civita", disse o articulista.
Para Araújo, a credibilidade do jornalista Policarpo Junior virou pó. "Se ele fosse ministro do governo Dilma, estaria queimando numa fogueira de denúncias em praça pública. Mas não. Sabe o que Veja fez no primeiro dia útil deste 2012? Promoveu Policarpo a redator-chefe, ao lado de Thaís Oyama, Fábio Altman e Lauro Jardim, com a saída de Mário Sabino no último dia de 2011", pondera o articulista do R7. Para ele, "não há mais dúvidas de que a relação do escrevinhador" com o bicheiro Carlos Cachoeira foi "criminosa ou, no mínimo, promíscua e incompatível" com o mais frouxo dos códigos de ética jornalística. Na sua opinião, não param de vir à tona novos fatos que comprovam que Policarpo era usado como "porta-voz e escriba dos interesses do crime organizado".
Araújo vai ainda mais longe, opinando que, para a sociedade, o cara (o diretor de Veja) "já está morto profissionalmente". "Mais que uma fonte, Cachoeira praticamente pautava a publicação, sempre "a partir dos interesses mais espúrios." Gravações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, deixam isso muito claro. O jornalismo "investigativo dos Civita" (família proprietária da revista) "foi feito com informações repassadas por um bicheiro com o único objetivo de beneficiar um grupo criminoso", diz Araújo. Para aplicar essa "política editorial", denuncia ele, "recrutaram mentirosos, arapongas e gente desqualificada". "Eles devem explicações não só a seus leitores, mas à opinião pública. É preciso insistir neste assunto, diante do pacto de silêncio decretado pela chamada grande mídia. Nós não veremos nem ouviremos nada sobre isso na Folha de S.Paulo e nas Organizações Globo. Por que essa blindagem, essa cortina de fumaça, esse cordão de isolamento? São perguntas sérias, que a CPI do Cachoeira, instalada em Brasília, tem a obrigação de responder. E nós, a de cobrar", argumenta Araújo em artigo publicado ontem no site R7, da Record.
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Por que Veja não demitiu Policarpo Junior?
Marco Araújo<br /><b>Crédito: </b> Divulgação / R7 / cp
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O jornalista Marco Antonio Araujo, que mantém uma coluna diária no site R7, da Record, afirmou ontem que a revista Veja deveria "ser coerente com seu histórico de arrogância e usar contra o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Junior, os mesmos métodos fascistas e truculentos que a consagraram como Diário Oficial da Nova Inquisição". "Nem que fosse por hipocrisia, outra marca do semanário da família Civita", disse o articulista.
Para Araújo, a credibilidade do jornalista Policarpo Junior virou pó. "Se ele fosse ministro do governo Dilma, estaria queimando numa fogueira de denúncias em praça pública. Mas não. Sabe o que Veja fez no primeiro dia útil deste 2012? Promoveu Policarpo a redator-chefe, ao lado de Thaís Oyama, Fábio Altman e Lauro Jardim, com a saída de Mário Sabino no último dia de 2011", pondera o articulista do R7. Para ele, "não há mais dúvidas de que a relação do escrevinhador" com o bicheiro Carlos Cachoeira foi "criminosa ou, no mínimo, promíscua e incompatível" com o mais frouxo dos códigos de ética jornalística. Na sua opinião, não param de vir à tona novos fatos que comprovam que Policarpo era usado como "porta-voz e escriba dos interesses do crime organizado".
Araújo vai ainda mais longe, opinando que, para a sociedade, o cara (o diretor de Veja) "já está morto profissionalmente". "Mais que uma fonte, Cachoeira praticamente pautava a publicação, sempre "a partir dos interesses mais espúrios." Gravações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, deixam isso muito claro. O jornalismo "investigativo dos Civita" (família proprietária da revista) "foi feito com informações repassadas por um bicheiro com o único objetivo de beneficiar um grupo criminoso", diz Araújo. Para aplicar essa "política editorial", denuncia ele, "recrutaram mentirosos, arapongas e gente desqualificada". "Eles devem explicações não só a seus leitores, mas à opinião pública. É preciso insistir neste assunto, diante do pacto de silêncio decretado pela chamada grande mídia. Nós não veremos nem ouviremos nada sobre isso na Folha de S.Paulo e nas Organizações Globo. Por que essa blindagem, essa cortina de fumaça, esse cordão de isolamento? São perguntas sérias, que a CPI do Cachoeira, instalada em Brasília, tem a obrigação de responder. E nós, a de cobrar", argumenta Araújo em artigo publicado ontem no site R7, da Record.
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Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
E mais um pouco ainda:
Diálogos comprometedores expõem a estranha proximidade entre a revista e o contraventor
Policarpo ´Junior Crédito: DIVULGAÇÃO
Policarpo ´Junior
Crédito: DIVULGAÇÃO
- No diálogo entre Cachoeira e o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, há intermediação para uma entrevista que foi publicada na revista.
Policarpo: Alô!
Cachoeira: O rapaz tá aí, cê quer falar com ele?
Policarpo: Ah, tá! Aqui em Brasília?
Cachoeira: É, lá no 1003.
Policarpo: Ah, tá, beleza.
- Neste trecho, Cachoeira comemora as demissões no Ministério dos Transportes com Cláudio Abreu, diretor da construtora Delta.
Cachoeira: A reportagem saiu e ela mandou afastar todo mundo?
Cláudio: Já mandou afastar todo mundo!
- Aqui, os dois comentam a conversa que Cláudio teve com o diretor da Veja em Brasília, Policarpo Júnior, para publicação de material que interessava à Delta.
Cachoeira: Falou com o Policarpo, aí?
Cláudio: Cara, show de bola, bicho... Acho que ele ia me dar um beijo...
Cachoeira: Ele gostou?
Cláudio: Pra caramba, né amigo? Fonte, né? Você é uma fonte de primeira.
- Mais uma vez os dois conversam e comemoram o afastamento de funcionários dos Transportes.
Cláudio: Você chegou a ler a matéria deles hoje, não?
Cachoeira: Não, o que falou, foi boa?
Cláudio: "Agora, às 15h12min, a presidente Dilma Rousseff convoca ministro dos Transportes e manda afastar todos os citados na reportagem da Veja...".
Cachoeira: É mesmo? A reportagem saiu e ela mandou afastar todo mundo?
Cláudio: Já mandou afastar todo mundo! (...) Essa matéria f*** pra c****. E ele ainda citou a reunião!
- Cachoeira comemora ter "plantado" na revista uma informação que o interessava.
Cachoeira: Eu plantei em cima dele, igual o que eu plantei do Pagot. Ele anotou tudo, uma beleza, agora. O Pagot tá f*** com ele.
- Cachoeira fala com propriedade de manda-chuva da Veja, dizendo saber quando sairia determinada reportagem.
Cachoeira: Não vai ser esse final de semana não, tá? Vai ser umas duas aí pra frente.
- Certa hora, Cachoeira conversa com o senador Demóstenes Torres, transformado por Veja em político exemplar e apelidado "mosqueteiro da ética". O senador mostra que usava sua influência para favorecer o bicheiro.
Cachoeira: O rapaz tá aí, cê quer falar com ele?
Demóstenes Torres: Fala, professor! Eu peguei o texto ontem da lei para analisar. O que está aprovado lá é o seguinte: transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização. Então, inclusive, te pega!
- Mais uma vez Cachoeira fala como manda-chuva da revista. Ele manda uma nota ser publicada e escolhe o espaço de publicação, a coluna Radar On Line, que é publicada tanto na revista quanto em versão na Internet.
Cachoeira: Manda ele soltar aquela notinha, então.
Cláudio: Peguei. Pede pra ele colocar no Radar, né?
Cachoeira: É, pô, manda ele por aí, meter na... no on-line, no Radar aí, vê se ele consegue. Pode pôr no on-line, que já tá bom.
Cláudio: Vamos botar no Radar.
Cachoeira: Se for na revista, melhor ainda.
http://www.correiodopovo.com.br/Impress ... cia=420204
Diálogos comprometedores expõem a estranha proximidade entre a revista e o contraventor
Policarpo ´Junior Crédito: DIVULGAÇÃO
Policarpo ´Junior
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- No diálogo entre Cachoeira e o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, há intermediação para uma entrevista que foi publicada na revista.
Policarpo: Alô!
Cachoeira: O rapaz tá aí, cê quer falar com ele?
Policarpo: Ah, tá! Aqui em Brasília?
Cachoeira: É, lá no 1003.
Policarpo: Ah, tá, beleza.
- Neste trecho, Cachoeira comemora as demissões no Ministério dos Transportes com Cláudio Abreu, diretor da construtora Delta.
Cachoeira: A reportagem saiu e ela mandou afastar todo mundo?
Cláudio: Já mandou afastar todo mundo!
- Aqui, os dois comentam a conversa que Cláudio teve com o diretor da Veja em Brasília, Policarpo Júnior, para publicação de material que interessava à Delta.
Cachoeira: Falou com o Policarpo, aí?
Cláudio: Cara, show de bola, bicho... Acho que ele ia me dar um beijo...
Cachoeira: Ele gostou?
Cláudio: Pra caramba, né amigo? Fonte, né? Você é uma fonte de primeira.
- Mais uma vez os dois conversam e comemoram o afastamento de funcionários dos Transportes.
Cláudio: Você chegou a ler a matéria deles hoje, não?
Cachoeira: Não, o que falou, foi boa?
Cláudio: "Agora, às 15h12min, a presidente Dilma Rousseff convoca ministro dos Transportes e manda afastar todos os citados na reportagem da Veja...".
Cachoeira: É mesmo? A reportagem saiu e ela mandou afastar todo mundo?
Cláudio: Já mandou afastar todo mundo! (...) Essa matéria f*** pra c****. E ele ainda citou a reunião!
- Cachoeira comemora ter "plantado" na revista uma informação que o interessava.
Cachoeira: Eu plantei em cima dele, igual o que eu plantei do Pagot. Ele anotou tudo, uma beleza, agora. O Pagot tá f*** com ele.
- Cachoeira fala com propriedade de manda-chuva da Veja, dizendo saber quando sairia determinada reportagem.
Cachoeira: Não vai ser esse final de semana não, tá? Vai ser umas duas aí pra frente.
- Certa hora, Cachoeira conversa com o senador Demóstenes Torres, transformado por Veja em político exemplar e apelidado "mosqueteiro da ética". O senador mostra que usava sua influência para favorecer o bicheiro.
Cachoeira: O rapaz tá aí, cê quer falar com ele?
Demóstenes Torres: Fala, professor! Eu peguei o texto ontem da lei para analisar. O que está aprovado lá é o seguinte: transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização. Então, inclusive, te pega!
- Mais uma vez Cachoeira fala como manda-chuva da revista. Ele manda uma nota ser publicada e escolhe o espaço de publicação, a coluna Radar On Line, que é publicada tanto na revista quanto em versão na Internet.
Cachoeira: Manda ele soltar aquela notinha, então.
Cláudio: Peguei. Pede pra ele colocar no Radar, né?
Cachoeira: É, pô, manda ele por aí, meter na... no on-line, no Radar aí, vê se ele consegue. Pode pôr no on-line, que já tá bom.
Cláudio: Vamos botar no Radar.
Cachoeira: Se for na revista, melhor ainda.
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Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Resumindo em uma imagem a situação.

No fim a melhor solução é desligar a TV e assistir os canais no youtube.![[006]](./images/smilies/006.gif)


No fim a melhor solução é desligar a TV e assistir os canais no youtube.
![[006]](./images/smilies/006.gif)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A CPI e a imprensa
Em princípio, não havia motivo nenhum para uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Toda a investigação tinha sido feita pela Polícia Federal, vinha sendo vazada a conta-gotas para a imprensa, as gravações incluíam muitos meses de conversas. Mas havia quem quisesse mais: aproveitar as investigações, que atingiam diversos partidos e diversos setores da sociedade, para enfraquecer ainda mais a já quase inexistente oposição e dar o troco ao governador goiano Marconi Perillo, por ter dado entrevistas contando que havia informado o então presidente Lula da existência do mensalão (Lula insistia em dizer que não sabia de nada).
Tudo em ordem – mais ou menos. Uma CPI atrai atenções. E a empreiteira Delta, ligadíssima ao governador fluminense Sérgio Cabral, aliado do governo federal, fazia parte do jogo. Abriu-se o campo para que o ex-governador Anthony Garotinho, hoje adversário político de Cabral, abrisse seu arquivo e mostrasse as fotos em que Cabral, o dono da Delta, Fernando Cavendish, secretários estaduais e grandes fornecedores do governo fluminense ostentavam luxo e riqueza, apareciam em lugares caríssimos do principado de Monte Carlo, dançavam com guardanapos na cabeça, longe de qualquer vestígio de sobriedade; e suas esposas tiravam fotos da sola dos sapatos, solas vermelhas da grife francesa Louboutin, tudo de altíssimo preço.
Agora o leque está aberto: já se sabe que a Delta, além de ir muito bem, obrigado, no Rio, é também a principal empreiteira do PAC; que contribuiu para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência; que também vai muito bem, obrigado, em São Paulo – ou seja, está sempre bem, seja o governo do PT, do PSDB ou do PMDB.
Agora é esperar o comportamento da imprensa. Em outras CPIs, houve jornalistas que se comportaram de maneira pouco decorosa, gritando contra depoentes que não os agradavam, conversando acintosamente entre si quando não queriam prestar atenção em algum depoimento. CPI, haja o que houver, é coisa séria; deve-se prestar atenção e buscar o máximo possível de objetividade, até para evitar que se desvie do bom caminho e siga para a pizzaria mais próxima.
O repórter e o promotor
Grupos empresariais e jornalistas que se intitulam progressistas vislumbram na CPI uma oportunidade de atingir a revista Veja e seu diretor de Redação em Brasília, Policarpo Jr. O motivo é curioso: nas gravações dos telefonemas de Carlinhos Cachoeira, o bicheiro afirma que foi o fornecedor de várias notícias divulgadas por Policarpo. Mas afirma também que Policarpo não é gente sua: só publica o que confirma e acha que vale a pena.
O ex-ministro José Dirceu tem dito que frases desse tipo indicam que Policarpo Jr. e a Veja têm relações com o crime organizado. “Jornalistas progressistas”, seja lá isso o que for, afirmam que a Folha de S.Paulo e O Globo blindam a Veja nas investigações. Besteira: se algum jornalista ou alguma empresa tem relações com o crime organizado, o caminho não é esse. Jornalista se relaciona com todo tipo de gente para obter informações; e esse relacionamento só é incorreto se envolver subordinação à fonte (e, no caso, é incorreto mesmo que a fonte seja um Prêmio Nobel) ou o recebimento de favores, presentes ou pagamentos.
Quem quiser informações de bandidos, para elaborar o noticiário, tem de relacionar-se com bandidos. Não é o caso de um promotor, ou de um juiz, cujos contatos precisam ser cuidadosamente selecionados, e que podem perfeitamente encontrar-se com autores de malfeitos na sala do tribunal.
Personalizando, Policarpo Jr. pode, sem problemas, ter relacionamento com Carlinhos Cachoeira; já Demóstenes Torres não podia. Aliás, há mais gente que não deveria relacionar-se com empresários zoológicos e o fez. Se a CPI correr solta, se a Polícia Federal abrir de vez o inquérito, o Brasil vai ferver.
A propósito, este colunista não acredita que o Brasil vá ferver.
http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... _ou_traque
Em princípio, não havia motivo nenhum para uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Toda a investigação tinha sido feita pela Polícia Federal, vinha sendo vazada a conta-gotas para a imprensa, as gravações incluíam muitos meses de conversas. Mas havia quem quisesse mais: aproveitar as investigações, que atingiam diversos partidos e diversos setores da sociedade, para enfraquecer ainda mais a já quase inexistente oposição e dar o troco ao governador goiano Marconi Perillo, por ter dado entrevistas contando que havia informado o então presidente Lula da existência do mensalão (Lula insistia em dizer que não sabia de nada).
Tudo em ordem – mais ou menos. Uma CPI atrai atenções. E a empreiteira Delta, ligadíssima ao governador fluminense Sérgio Cabral, aliado do governo federal, fazia parte do jogo. Abriu-se o campo para que o ex-governador Anthony Garotinho, hoje adversário político de Cabral, abrisse seu arquivo e mostrasse as fotos em que Cabral, o dono da Delta, Fernando Cavendish, secretários estaduais e grandes fornecedores do governo fluminense ostentavam luxo e riqueza, apareciam em lugares caríssimos do principado de Monte Carlo, dançavam com guardanapos na cabeça, longe de qualquer vestígio de sobriedade; e suas esposas tiravam fotos da sola dos sapatos, solas vermelhas da grife francesa Louboutin, tudo de altíssimo preço.
Agora o leque está aberto: já se sabe que a Delta, além de ir muito bem, obrigado, no Rio, é também a principal empreiteira do PAC; que contribuiu para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência; que também vai muito bem, obrigado, em São Paulo – ou seja, está sempre bem, seja o governo do PT, do PSDB ou do PMDB.
Agora é esperar o comportamento da imprensa. Em outras CPIs, houve jornalistas que se comportaram de maneira pouco decorosa, gritando contra depoentes que não os agradavam, conversando acintosamente entre si quando não queriam prestar atenção em algum depoimento. CPI, haja o que houver, é coisa séria; deve-se prestar atenção e buscar o máximo possível de objetividade, até para evitar que se desvie do bom caminho e siga para a pizzaria mais próxima.
O repórter e o promotor
Grupos empresariais e jornalistas que se intitulam progressistas vislumbram na CPI uma oportunidade de atingir a revista Veja e seu diretor de Redação em Brasília, Policarpo Jr. O motivo é curioso: nas gravações dos telefonemas de Carlinhos Cachoeira, o bicheiro afirma que foi o fornecedor de várias notícias divulgadas por Policarpo. Mas afirma também que Policarpo não é gente sua: só publica o que confirma e acha que vale a pena.
O ex-ministro José Dirceu tem dito que frases desse tipo indicam que Policarpo Jr. e a Veja têm relações com o crime organizado. “Jornalistas progressistas”, seja lá isso o que for, afirmam que a Folha de S.Paulo e O Globo blindam a Veja nas investigações. Besteira: se algum jornalista ou alguma empresa tem relações com o crime organizado, o caminho não é esse. Jornalista se relaciona com todo tipo de gente para obter informações; e esse relacionamento só é incorreto se envolver subordinação à fonte (e, no caso, é incorreto mesmo que a fonte seja um Prêmio Nobel) ou o recebimento de favores, presentes ou pagamentos.
Quem quiser informações de bandidos, para elaborar o noticiário, tem de relacionar-se com bandidos. Não é o caso de um promotor, ou de um juiz, cujos contatos precisam ser cuidadosamente selecionados, e que podem perfeitamente encontrar-se com autores de malfeitos na sala do tribunal.
Personalizando, Policarpo Jr. pode, sem problemas, ter relacionamento com Carlinhos Cachoeira; já Demóstenes Torres não podia. Aliás, há mais gente que não deveria relacionar-se com empresários zoológicos e o fez. Se a CPI correr solta, se a Polícia Federal abrir de vez o inquérito, o Brasil vai ferver.
A propósito, este colunista não acredita que o Brasil vá ferver.
http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... _ou_traque
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
publicado em 10/05/2012 às 14h10: atualizado em: 10/05/2012 às 14h50
Em depoimento, delegado da PF aponta
forte ligação entre Cachoeira e Perillo
Senador do PSOL diz que é urgente comparecimento do governador de GO na CPI
Marina Marquez, do R7, em Brasília.
(...)
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ ... 20510.html
Em depoimento, delegado da PF aponta
forte ligação entre Cachoeira e Perillo
Senador do PSOL diz que é urgente comparecimento do governador de GO na CPI
Marina Marquez, do R7, em Brasília.
(...)
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ ... 20510.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
10/05/2012 - 09:19h
Petistas reagem mal à declaração do procurador-geral da República
(...)
Fonte: POP
http://www.pop.com.br/popnews/noticias/ ... blica.html
Petistas reagem mal à declaração do procurador-geral da República
(...)
Fonte: POP
http://www.pop.com.br/popnews/noticias/ ... blica.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
publicado em 08/05/2012 às 13h08
Deputado diz que Veja era cúmplice de Cachoeira
e pede investigação sobre a revista
Para Fernando Ferro, elo entre revista e bicheiro configura “associação para o crime”
Do R7, com Record News.
(...)
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ ... 20508.html
Deputado diz que Veja era cúmplice de Cachoeira
e pede investigação sobre a revista
Para Fernando Ferro, elo entre revista e bicheiro configura “associação para o crime”
Do R7, com Record News.
(...)
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ ... 20508.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Publicado em 10/05/12 às 09h54
Serra lidera com 31% e tem 35% de rejeição
Os jornalões esconderam ou omitiram um dado importante da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, a primeira com o nome de todos os candidatos na corrida eleitoral em São Paulo: o tucano José Serra mantém a liderança, com 31%, mas a sua rejeição, com 35% dos eleitores declarando que não votariam nele de jeito nenhum, é maior do que o índice de intenção de votos.
Para quem já foi prefeito, governador e duas vezes candidato a presidente da República, é um índice muito alto, que deve preocupar os coordenadores da campanha do tucano.
(...)
Fonte: R7
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-ko ... -rejeicao/
Serra lidera com 31% e tem 35% de rejeição
Os jornalões esconderam ou omitiram um dado importante da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, a primeira com o nome de todos os candidatos na corrida eleitoral em São Paulo: o tucano José Serra mantém a liderança, com 31%, mas a sua rejeição, com 35% dos eleitores declarando que não votariam nele de jeito nenhum, é maior do que o índice de intenção de votos.
Para quem já foi prefeito, governador e duas vezes candidato a presidente da República, é um índice muito alto, que deve preocupar os coordenadores da campanha do tucano.
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- Sterrius
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
35% é maior do que o que ele tinha na epoca que se candidatou a presidente.
Continuar nesse ritmo logo ele não se candidata nem pra prefeito comunitário.
Continuar nesse ritmo logo ele não se candidata nem pra prefeito comunitário.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Túlio e demais foristas, no site Brasil247 foi disponibilizado o relatório do mensalão, com resumo da acusação e defesa. Agora é aguardar o voto do relator e dos demais ministros.Túlio escreveu:Tá, e o MENSALÃO, hein? É pra quando mesmo o julgamento?![]()
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Barbosa solta relatório e põe pressão no mensalão
(...)
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... nsalão.htm
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mensalão versus caso Cachoeira: é a guerra do fim do mundo
Dois escândalos atômicos correm em paralelo; de um lado, uma ala nega o mensalão e vê na cachoeira goiana um manancial inesgotável de podridão; de outro, aponta-se a cortina de fumaça dos mensaleiros; não seria o caso de simplesmente acabar com a hipocrisia na mídia e na política?
(...)
Fonte: Brasil247
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... -mundo.htm
Dois escândalos atômicos correm em paralelo; de um lado, uma ala nega o mensalão e vê na cachoeira goiana um manancial inesgotável de podridão; de outro, aponta-se a cortina de fumaça dos mensaleiros; não seria o caso de simplesmente acabar com a hipocrisia na mídia e na política?
(...)
Fonte: Brasil247
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... -mundo.htm
- Paisano
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Eternos chapa-branca*
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica ... pa-branca/
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica ... pa-branca/
O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.
Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.
Não há necessidade de uma convocação explícita, o toque do alerta alcança com exclusividade os seus ouvidos interiores enquanto ninguém mais o escuta. E entra na liça o jornal da família Marinho para acusar quem acusa o parceiro de jornada, o qual, comovido, transforma o texto global na sua própria peça de defesa, desfraldada no site de Veja. A CPI do Cachoeira em potência encerra perigos em primeiro lugar para a Editora Abril. Nem por isso os demais da mídia nativa estão a salvo, o mal de um pode ser de todos.
O autor do editorial exibe a tranquilidade de Pitágoras na hora de resolver seu teorema, na certeza de ter demolido com sua pena (imortal?) os argumentos de CartaCapital. Arrisca-se, porém, igual a Rui Falcão, de quem se apressa a citar a frase sobre a CPI, vista como a oportunidade “de desmascarar o mensalão”. Com notável candura evoca o Caso Watergate para justificar o chefe da sucursal de Veja em Brasília nas suas notórias andanças com o chefão goiano. Ambos desastrados, o editorialista e o líder petista.
Abalo-me a observar que a semanal abriliana em nada se parece com o Washington Post, bem como Roberto Civita com Katharine Graham, dona, à época de Watergate, do extraordinário diário da capital americana. Poupo os leitores e os meus pacientes botões de comparações entre a mídia dos Estados Unidos e a do Brasil, mas não deixo de acentuar a abissal diferença entre o diretor de Veja e Ben Bradlee, diretor do Washington Post, e entre Policarpo Jr. e Bob Woodward e Carl Bernstein, autores da série que obrigou Richard Nixon a se demitir antes de sofrer o inevitável impeachment. E ainda entre o Garganta Profunda, agente graduado do FBI, e um bicheiro mafioso.
Recomenda-se um mínimo de apego à verdade factual e ao espírito crítico, embora seja do conhecimento até do mundo mineral a clamorosa ignorância das redações nativas. Vale dizer, de todo modo, que, para não perder o vezo, o editorialista global esquece, entre outras façanhas de Veja, aquele épico momento em que a revista publica o dossiê fornecido por Daniel Dantas sobre as contas no exterior de alguns figurões da República, a começar pelo presidente Lula.
Concentro-me em outras miopias de O Globo. Sem citar CartaCapital, o jornal a inclui entre “os veículos de imprensa chapa-branca, que atuam como linha auxiliar dos setores radicais do PT”. Anotação marginal: os radicais do PT são hoje em dia tão comuns quanto os brontossauros. Talvez fossem anacrônicos nos seus tempos de plena exposição, hoje em dia mudaram de ideia ou sumiram de vez. Há tempo CartaCapital lamenta que o PT tenha assumido no poder as feições dos demais partidos.
Vamos, de todo modo, à vezeira acusação de que somos chapa-branca. Apenas e tão somente porque entendemos que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma são muito mais confiáveis do que seus antecessores? Chapa-branca é a mídia nativa e O Globo cumpre a tarefa com diligência vetusta e comovedora, destaque na opção pelos interesses dos herdeiros da casa-grande, empenhados em manter de pé a senzala até o derradeiro instante possível.
Não é por acaso que 64% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico e que 50 mil morrem assassinados anualmente. Ou que os nossos índices de ensino e saúde públicos são dignos dos fundões da África, a par da magnífica colocação do País entre aqueles que pior distribuem a renda. Em compensação, a minoria privilegiada imita a vida dos emires árabes.
Chapa-branca a favor de quem, impávidos senhores da prepotência, da velhacaria, da arrogância, da incompetência, da hipocrisia? Arauto da ditadura, Roberto Marinho fermentou seu poder à sombra dela e fez das Organizações Globo um monstro que assola o Brazil-zil-zil. Seu jornal apoiou o golpe, o golpe dentro do golpe, a repressão feroz. Illo tempore, seu grande amigo chamava-se Armando Falcão.
Opositor ferrenho das Diretas Já, rejubilado pelo fracasso da Emenda Dante de Oliveira, seu grande amigo passou a atender pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. O doutor Roberto em pessoa manipulou o célebre debate Lula versus Collor, para opor-se a este dois anos depois, cobrador, o presidente caçador de marajás, de pedágios exorbitantes, quando já não havia como segurá-lo depois das claras, circunstanciadas denúncias do motorista Eriberto, publicadas pela revista IstoÉ, dirigida então pelo acima assinado.
Pronta às loas mais desbragadas a Fernando Henrique presidente, com o aval de ACM, a Globo sustentou a reeleição comprada e a privataria tucana, e resistiu à própria falência do País no começo de 1999, após ter apoiado a candidatura de FHC na qualidade de defensor da estabilidade. Não lhe faltaram compensações. Endividada até o chapéu, teve o presente de 800 milhões de reais do BNDES do senhor Reichstul. Haja chapa-branca.
Impossível a comparação entre a chamada “grande imprensa” (eu a enxergo mínima) e o que chama de “linha auxiliar de setores radicais do PT”, conforme definem as primeiras linhas do editorial de O Globo. A questão, de verdade, é muito simples: há jornalismo e jornalismo. Ao contrário destes “grandes”, nós entendemos que a liberdade sozinha, sem o acompanhamento pontual da igualdade, é apenas a do mais forte, ou, se quiserem, do mais rico. É a liberdade do rei leão no coração da selva, seguido a conveniente distância por sua corte de ienas.
Acreditamos também que entregue à propaganda da linha auxiliar da casa-grande, o Brasil não chegaria a ser o País que ele mesmo e sua nação merecem. Nunca me canso de repetir Raymundo Faoro: “Eles querem um País de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”. No mais, sobra a evidência: Roberto Civita é o Murdoch que este país pode se permitir, além de inventor da lâmpada Skuromatic a convocar as trevas ao meio-dia. Temos de convir que, na mídia brasileira, abundam os usuários deste milagroso objeto.
*Mino Carta
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Para mim basta esta frase para mostrar a relação de proximidade do governador Marconi com Cachoeira: "Rapaz, faz festa e não chama os amigos?". Isto é impossível de ser dito que é corriqueiro, que é trato normal com empresariado. Lamentável! Já tinha lido, mas agora o JN mostrou a gravação da conversa!
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Edição do dia 11/05/2012
11/05/2012 21h53 - Atualizado em 11/05/2012 21h53
Governador de Goiás volta a se explicar sobre relação com Cachoeira
A CPI do bicheiro Cachoeira quer votar, na semana que vem, o pedido de convocação do procurador-geral da República.
(...)
Fonte: Jornal Nacional/RedeGlobo/G1
http://g1.globo.com/jornal-nacional/not ... oeira.html
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Edição do dia 11/05/2012
11/05/2012 21h53 - Atualizado em 11/05/2012 21h53
Governador de Goiás volta a se explicar sobre relação com Cachoeira
A CPI do bicheiro Cachoeira quer votar, na semana que vem, o pedido de convocação do procurador-geral da República.
(...)
Fonte: Jornal Nacional/RedeGlobo/G1
http://g1.globo.com/jornal-nacional/not ... oeira.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Publicado em 11/05/2012 às 21:02:54
Delegado revela em CPI que diretor da Veja sabia sobre ligação de Cachoeira e Demóstenes
O depoimento do delegado da Polícia Federal, Matheus Mela Rodrigues, à CPI foi um dos mais importantes até o momento. A revista Carta Capital publicada nesta sexta-feira mostra que o delegado falou sobre a relação de Cachoeira com a imprensa. Rodrigues afirmou que o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, sabia das ligações entre o contraventor e o senador Demóstenes Torres. Mesmo assim, a Veja exibia o parlamentar como uma referência ética no Senado. A Carta Capital destaca ainda o fato de Policarpo ser o único jornalista da grande imprensa que aparece sistematicamente nas gravações.
(...)
Fonte: R7/Jornal da Record
http://noticias.r7.com/jornal-da-record ... 48b215e8bb
Delegado revela em CPI que diretor da Veja sabia sobre ligação de Cachoeira e Demóstenes
O depoimento do delegado da Polícia Federal, Matheus Mela Rodrigues, à CPI foi um dos mais importantes até o momento. A revista Carta Capital publicada nesta sexta-feira mostra que o delegado falou sobre a relação de Cachoeira com a imprensa. Rodrigues afirmou que o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, sabia das ligações entre o contraventor e o senador Demóstenes Torres. Mesmo assim, a Veja exibia o parlamentar como uma referência ética no Senado. A Carta Capital destaca ainda o fato de Policarpo ser o único jornalista da grande imprensa que aparece sistematicamente nas gravações.
(...)
Fonte: R7/Jornal da Record
http://noticias.r7.com/jornal-da-record ... 48b215e8bb