Programa de mísseis da MB

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de mísseis da MB

#196 Mensagem por Brasileiro » Sáb Mai 05, 2012 11:40 pm

Olha que interessante que eu achei sobre o Exocet MM-40 Block II
MM-40 Block II is an upgrade revealed at the 1991 Paris Air Show; it had been a french black program. RCS has been reduced partly by the use of RAM at the wind roots and partly by modifying the radome. The missile corkscrews to evade terminal defeneces. It can also dog-leg, changing direction by up to 90 deg. This can fly a self-adapting sea skimming profile n the sea states up to 7, and it has better ECCM. The range, about 70 km, is not affected. The missile can select targets (i/e it has some form a target identifier onbord) . A new FCS ITL/ITS 70, allows multiple targets to be engaged, fires salvoes against more than one target. Comparated to earlier Exocets FCSs, it reduces operator workload.
Em suma, a versão Block II possui RCS reduzido, graças a meteriais absorvedores de radiação eletromangética na raiz das asas e um radome modificado, tornando mais difícil sua detecção por defesas terminais dos alvos. É capaz de realizar uma manobra chamada dog-leg (perna de cachorro) fazendo uma curva de 90º e enganando as defesas inimigas, sem prejudicar o alcance, de cerca de 70 km. O míssil é capaz de selecionar um alvo entre vários e possibilita que o navio lançador dispare uma salva de Exocets contra alvos em várias direções de forma simultânea.
Bacana né? Até que faz bastante coisa esse Block II.

http://books.google.com.br/books?id=l-D ... 39&f=false


abraços]




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Re: Programa de mísseis da MB

#197 Mensagem por tykuna » Dom Mai 06, 2012 12:33 am

Só uma pergunta.

Como que ele faz uma curva de 90º, perde energia cinética a veras e isso não afeta seu alcance?




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Re: Programa de mísseis da MB

#198 Mensagem por Brasileiro » Dom Mai 06, 2012 12:48 am

tykuna escreveu:Só uma pergunta.

Como que ele faz uma curva de 90º, perde energia cinética a veras e isso não afeta seu alcance?
Talvez ele faz isso bem próximo do alvo, a uns 2 ou 3 km deste, diminuindo sim sua velocidade, mas já no final da trajetória, onde haveria ainda alguma sobra de sustentação até o alvo.
Vamos observar que, mesmo no final do alcance máximo, ali perto dos 70 km, não quer dizer que o míssil perdeu totalmente sua energia cinética, é apenas uma fronteira virtual, mas na verdade ele ainda é capaz de manter a trajetória por um bom trecho ainda, mas numa velocidade mais prejudicada, o que não é interessante quando se tem alvos dotados de defesas anti-mísseis.

Acho que esta manobra só é interessante quando há um navio ou um grupo perto do alvo que se deseja atacar. Então você pode 'fingir' que atacará uma das escoltas, mas o faz acertar num navio abastecedor ou em outro navio menos protegido, por exemplo.


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Re: Programa de mísseis da MB

#199 Mensagem por LeandroGCard » Dom Mai 06, 2012 1:13 pm

Brasileiro escreveu:
tykuna escreveu:Só uma pergunta.

Como que ele faz uma curva de 90º, perde energia cinética a veras e isso não afeta seu alcance?
Talvez ele faz isso bem próximo do alvo, a uns 2 ou 3 km deste, diminuindo sim sua velocidade, mas já no final da trajetória, onde haveria ainda alguma sobra de sustentação até o alvo.
Vamos observar que, mesmo no final do alcance máximo, ali perto dos 70 km, não quer dizer que o míssil perdeu totalmente sua energia cinética, é apenas uma fronteira virtual, mas na verdade ele ainda é capaz de manter a trajetória por um bom trecho ainda, mas numa velocidade mais prejudicada, o que não é interessante quando se tem alvos dotados de defesas anti-mísseis.

Acho que esta manobra só é interessante quando há um navio ou um grupo perto do alvo que se deseja atacar. Então você pode 'fingir' que atacará uma das escoltas, mas o faz acertar num navio abastecedor ou em outro navio menos protegido, por exemplo.


abraços]
De fato com as grandes aletas que ele tem o exocet pode realizar curvas "apoiando-se no ar" como um avião, sem perder muita energia. Estes 90 graus devem se o ângulo total do desvio, não significa que ele faça isso em um único momento, como uma manobra "cobra" de um caça russo. Com este tipo de manobra o míssil pode se aproximar do alvo em uma direção diferente e quando entrar no alcance dos sistemas de defesa de curta distância mudar de trajetória, criando uma componente transversal de velocidade. Isso tornaria o engajamento principalmente dos sistemas CIWS muito mais difícil, pois eles não teriam mais como gerar uma "parede de balas" na frente do míssil e passariam a depender de um improvável impacto direto para abatê-lo. O tempo de engajamento para obter um abate assim aumenta muito, e o CIWS passa a não ter condições de enfrentar mais de um míssil de cada vez, tornando fácil saturar este sistema de defesa.


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Re: Programa de mísseis da MB

#200 Mensagem por GustavoB » Dom Mai 06, 2012 9:50 pm

tykuna escreveu:Só uma pergunta.

Como que ele faz uma curva de 90º, perde energia cinética a veras e isso não afeta seu alcance?
Quer dizer que o alcance é esse com manobra e tudo mais. O míssil não chega nos 70.000 metros, 0cm e 0mm, o motor para e começa trajetória descendente. Óbvio que o alcance é maior.




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Re: Programa de mísseis da MB

#201 Mensagem por WalterGaudério » Seg Mai 07, 2012 1:26 pm

GustavoB escreveu:
tykuna escreveu:Só uma pergunta.

Como que ele faz uma curva de 90º, perde energia cinética a veras e isso não afeta seu alcance?
Quer dizer que o alcance é esse com manobra e tudo mais. O míssil não chega nos 70.000 metros, 0cm e 0mm, o motor para e começa trajetória descendente. Óbvio que o alcance é maior.

Bem, isso vai ser falado uma hora ou outra mesmo...


então...

O alcance com motorização AVIBRAS gira em torno de 77/79km, mais alcance cinético.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


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Re: Programa de mísseis da MB

#202 Mensagem por pampa_01 » Seg Mai 07, 2012 2:01 pm

E de quanto seria o alcance cinético?




Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: Programa de mísseis da MB

#203 Mensagem por Brasileiro » Seg Mai 07, 2012 2:18 pm

pampa_01 escreveu:E de quanto seria o alcance cinético?
Eu estimaria em uns 3 a 5 km, mais ou menos.

Apartir daí a velocidade, com o motor de sustentação já quase sem queima, começa a decair drasticamente e o míssil entra em 'stall'.
Acredito que isso dependa também do nível que foi escolhido para o ataque, que pode ser de 3 a 10 m, dependendo das condições do mar.

Mas em situações normais mesmo, acho que o míssil tenderá a ser utilizado dentro de uma margem mais segura, entre os 77 e 79 km citados, o que representaria um ganho de 10% em relação ao alcance original. O que é bastante coisa para uma propulsão desta tecnologia. Parabéns à Avibrás.


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Re: Programa de mísseis da MB

#204 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 07, 2012 2:48 pm

Brasileiro escreveu:
pampa_01 escreveu:E de quanto seria o alcance cinético?
Eu estimaria em uns 3 a 5 km, mais ou menos.

Apartir daí a velocidade, com o motor de sustentação já quase sem queima, começa a decair drasticamente e o míssil entra em 'stall'.
Acredito que isso dependa também do nível que foi escolhido para o ataque, que pode ser de 3 a 10 m, dependendo das condições do mar.

Mas em situações normais mesmo, acho que o míssil tenderá a ser utilizado dentro de uma margem mais segura, entre os 77 e 79 km citados, o que representaria um ganho de 10% em relação ao alcance original. O que é bastante coisa para uma propulsão desta tecnologia. Parabéns à Avibrás.


abraços]
É verdade, dentro das limitações de um motor foguete o aumento do alcance em cerca de 10% não é uma realização nada ruim.

É claro que o alcance continua muito pequeno comparado com o de qualquer míssil atual desta categoria usado em navios, mas para uso em aeronaves está excelente. Aguardo ansiosamente o teste do Exocet MM-39 e principalmente da versão aérea do do MAN-1. Já para os navios o negócio é começar a pensar no MAN-2... :wink: .


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Re: Programa de mísseis da MB

#205 Mensagem por WalterGaudério » Seg Mai 07, 2012 5:26 pm

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu: Eu estimaria em uns 3 a 5 km, mais ou menos.

Apartir daí a velocidade, com o motor de sustentação já quase sem queima, começa a decair drasticamente e o míssil entra em 'stall'.
Acredito que isso dependa também do nível que foi escolhido para o ataque, que pode ser de 3 a 10 m, dependendo das condições do mar.

Mas em situações normais mesmo, acho que o míssil tenderá a ser utilizado dentro de uma margem mais segura, entre os 77 e 79 km citados, o que representaria um ganho de 10% em relação ao alcance original. O que é bastante coisa para uma propulsão desta tecnologia. Parabéns à Avibrás.


abraços]
É verdade, dentro das limitações de um motor foguete o aumento do alcance em cerca de 10% não é uma realização nada ruim.

É claro que o alcance continua muito pequeno comparado com o de qualquer míssil atual desta categoria usado em navios, mas para uso em aeronaves está excelente. Aguardo ansiosamente o teste do Exocet MM-39 e principalmente da versão aérea do do MAN-1. Já para os navios o negócio é começar a pensar no MAN-2... :wink: .


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O MAN-2(que oficialmente AINDA NÃO existe) tem alguns "imputs" já em andamento no IEAv-Instituto de estudos Avançados do DTCA. Isso envolve principalmente o desenvolvimento/maturação de tecnologia de propulsão ramjet. Já temos quase 10 doutores no país capacitados a se envolver nisso, com mais dois concluindo mestrado no exterior até novembro/2012. Em bom português, já temos alguma massa crítica.




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Re: Programa de mísseis da MB

#206 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 07, 2012 5:37 pm

WalterGaudério escreveu:O MAN-2(que oficialmente AINDA NÃO existe) tem alguns "imputs" já em andamento no IEAv-Instituto de estudos Avançados do DTCA. Isso envolve principalmente o desenvolvimento/maturação de tecnologia de propulsão ramjet. Já temos quase 10 doutores no país capacitados a se envolver nisso, com mais dois concluindo mestrado no exterior até novembro/2012. Em bom português, já temos alguma massa crítica.
É por aí mesmo que a coisa deve ir.

Enquanto o MAN-1 tem seu detalhamento efetuado o projeto seguinte já começa a ser concebido. Quando o primeiro estiver em contrução o segundo entra em detalhamento, o primeiro em testes o segundo em contrução (e o terceiro já concebido...) e por aí vai. É assim que a coisa tem que funcionar para garantir a manutenção da capacitação tecnológica. Se parar por pouco tempo que seja o conhecimento e a base técnica (fornecedores, equipamentos, etc...) já começam a ficar defasados, e se parar por muito tempo volta tudo à estaca zero e dá-lhe precisar formar pessoal e comprar ToT tudo de novo... .

Em engenharia é assim, ou não se desenvolve nada e compra-se tudo de prateleira ou não se pode parar os desenvolvimentos jamais. É só ver o exemplo da Embraer que SEMPRE tem algum (ou mais de um) projeto em andamento. Mas para isso as FA's precisarão garantir não apenas a demanda pelos projetos concluídos, mas também a pressão pelos novos desenvolvimentos. A FAB já faz isso dentro de suas possibilidades há tempos, será que a MB e o EB aprendem?


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Re: Programa de mísseis da MB

#207 Mensagem por Brasileiro » Seg Mai 07, 2012 5:46 pm

Amigos,

HOJE pensar em um míssil movido a turbina, para entrar em operação daqui uns 10 anos acho que seja besteira, andar para trás. Ou seja: Desenvolveremos um míssil no máximo semelhante ao RBS-15, cujo projeto em breve 'comemorará' 30 anos.

Então se for para pensar em futuro, temos que pensar em termos de Ramjet.

Façamos assim: Um míssil multifuncional, com capacidade de ataque terrestre, possibilidade de lançamento mar-mar, terra-mar, ar-mar e sub-mar. Velocidade no mínimo Mach 2, grande furtividade a radar e infra vermelho, alcance de no mínimo 200 km. E também a possibilidade de uma versão alongada para alcance de 300 km.
Não precisa de mais nada!

Mas precisaria sim um trabalho multi-disciplinar, aproveitando conhecimentos adquiridos em décadas, na área de aerodinâmica, Ramjet, MARE, radar, nano, etc, algumas coisas que já dominamos HOJE, mas que não foram aplicadas por falta de um projeto agregador. Talvez em parceria com a África do Sul, Coréia, Turquia ou a Índia, que já faz um míssil com especificações parecidas com essas que eu disse: O Brahmos.

De quebra, a empresa que fabricar o sistema propulsor já sairá do programa qualificada a trabalhar com a Embraer em um executivo supersônico, por exemplo.


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Re: Programa de mísseis da MB

#208 Mensagem por marcelo bahia » Seg Mai 07, 2012 6:20 pm

Marino escreveu:Dê os descontos normais que merecem nossos "jornalistas especializados".
Autor:Godoy
Marino,

E se ele souber de algo que desconhecemos? Padilha disse que o MAN-1 com o motor novo já estaria pronto, então em 2018 não seria muito tempo para lançar o 1º protótipo?? :? E se ele estiver confundindo com aquele outro acordo da Avibras com a MBDA?? Um projeto -quem sabe- a microturbina?? :wink:

Sds.




Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"

Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: Programa de mísseis da MB

#209 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 07, 2012 8:27 pm

Brasileiro escreveu:Amigos,

HOJE pensar em um míssil movido a turbina, para entrar em operação daqui uns 10 anos acho que seja besteira, andar para trás. Ou seja: Desenvolveremos um míssil no máximo semelhante ao RBS-15, cujo projeto em breve 'comemorará' 30 anos.

Então se for para pensar em futuro, temos que pensar em termos de Ramjet.

Façamos assim: Um míssil multifuncional, com capacidade de ataque terrestre, possibilidade de lançamento mar-mar, terra-mar, ar-mar e sub-mar. Velocidade no mínimo Mach 2, grande furtividade a radar e infra vermelho, alcance de no mínimo 200 km. E também a possibilidade de uma versão alongada para alcance de 300 km.
Não precisa de mais nada!

Mas precisaria sim um trabalho multi-disciplinar, aproveitando conhecimentos adquiridos em décadas, na área de aerodinâmica, Ramjet, MARE, radar, nano, etc, algumas coisas que já dominamos HOJE, mas que não foram aplicadas por falta de um projeto agregador. Talvez em parceria com a África do Sul, Coréia, Turquia ou a Índia, que já faz um míssil com especificações parecidas com essas que eu disse: O Brahmos.

De quebra, a empresa que fabricar o sistema propulsor já sairá do programa qualificada a trabalhar com a Embraer em um executivo supersônico, por exemplo.


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Quer saber mesmo? Acho que você está certo [009].


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Re: Programa de mísseis da MB

#210 Mensagem por Marino » Seg Mai 07, 2012 8:29 pm

marcelo bahia escreveu:
Marino escreveu:Dê os descontos normais que merecem nossos "jornalistas especializados".
Autor:Godoy
Marino,

E se ele souber de algo que desconhecemos? Padilha disse que o MAN-1 com o motor novo já estaria pronto, então em 2018 não seria muito tempo para lançar o 1º protótipo?? :? E se ele estiver confundindo com aquele outro acordo da Avibras com a MBDA?? Um projeto -quem sabe- a microturbina?? :wink:

Sds.
Vamos esperar e ver. :wink:




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