Programa de mísseis da MB

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de mísseis da MB

#166 Mensagem por Brasileiro » Sex Mai 04, 2012 6:18 pm

Sinceramente, gostaria de saber qual foi a motivação da MBDA em participar do projeto.... em outras palavras: O que a MBDA ganha com isso, financeira ou estrategicamente, para ficar se gabando?

Para a Avibrás realmente parece ser um excelente negócio, pois tem um mercado enorme praticamente monopolizado, de repotencialização e extensão da vida útil de Exocet MM-40 B2 mundo afora.

Mas a MBDA eu não sei no que ela ganha, já que para ela talvez seja mais interessante que os usuários de Exocet B2 se esfolem e se vejam obrigados a adquirir o Block III...



abraços]




----------------
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Re: Programa de mísseis da MB

#167 Mensagem por brisa » Sex Mai 04, 2012 6:24 pm

Venda dos Aster no prosuper :roll:




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Re: Programa de mísseis da MB

#168 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Mai 04, 2012 6:33 pm

brisa escreveu:Venda dos Aster no prosuper :roll:
Talvez alguma coisa também com os Rafales , caso realmente vençam.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Programa de mísseis da MB

#169 Mensagem por brisa » Sex Mai 04, 2012 6:53 pm

perfeito...perfeito... me esqueci dos Rafas... :mrgreen: 8-]




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Re: Programa de mísseis da MB

#170 Mensagem por Corsário01 » Sex Mai 04, 2012 7:21 pm

Apostem no Aster. 8-]




Abraços,

Padilha
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Re: Programa de mísseis da MB

#171 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Mai 04, 2012 7:25 pm

Corsário01 escreveu:Apostem no Aster. 8-]

Grande Padilha,


Só alegria!!!!! 8-] :D




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Re: Programa de mísseis da MB

#172 Mensagem por WalterGaudério » Sex Mai 04, 2012 7:59 pm

Corsário01 escreveu:Apostem no Aster. 8-]
A questão maravilhosa que fica se resume a qual plataforma o irá portar...




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


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Re: Programa de mísseis da MB

#173 Mensagem por LeandroGCard » Sex Mai 04, 2012 8:02 pm

Brasileiro escreveu:Sinceramente, gostaria de saber qual foi a motivação da MBDA em participar do projeto.... em outras palavras: O que a MBDA ganha com isso, financeira ou estrategicamente, para ficar se gabando?

Para a Avibrás realmente parece ser um excelente negócio, pois tem um mercado enorme praticamente monopolizado, de repotencialização e extensão da vida útil de Exocet MM-40 B2 mundo afora.

Mas a MBDA eu não sei no que ela ganha, já que para ela talvez seja mais interessante que os usuários de Exocet B2 se esfolem e se vejam obrigados a adquirir o Block III...



abraços]
Pelo que me lembro das notícias que apareceram no início deste programa a MBDA não entrou no programa por idéia própria, ela simplesmente percebeu que com ou sem seu apoio o Brasil iria desenvolver este motor para a revitalização dos seus Exocet e para usar no MAN-1, e não havia nada que ela pudesse fazer contra isso (esta história de patente ou direito autoral é balela nestes casos de material militar). Aí, entre ficar mal com um potencial cliente de outros produtos ou manter a amizade e ainda ganhar alguma coisinha em royalties por certificação, ela preferiu embarcar como uma espécie de "consultora" do projeto (o que para ela certamente teve custos ridiculamente pequenos) e deixar a coisa rolar.

Como ela está voltada para o mercado de mísseis novos e daqui para a frente apenas marinhas sem importância devem adquirir mísseis com alcance inferior a 150 Km ou mais, e ela sequer se deu ao trabalho de tentar participar do mercado de remotorização de seus mísseis velhos se não for com turbinas, este desenvolvimento brasileiro não é visto como um concorrente significativo, então ela também não perde praticamente nada e no mínimo faz uma propagandazinha como grande parceira e apoiadora de seus clientes.


Leandro G. Card




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Re: Programa de mísseis da MB

#174 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Mai 04, 2012 8:07 pm

WalterGaudério escreveu:
Corsário01 escreveu:Apostem no Aster. 8-]
A questão maravilhosa que fica se resume a qual plataforma o irá portar...
Todos os concorrentes podem usar os mísseis Aster e seus respectivos lançadores??????????????




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Programa de mísseis da MB

#175 Mensagem por brisa » Sex Mai 04, 2012 8:24 pm

WalterGaudério escreveu:
Corsário01 escreveu:Apostem no Aster. 8-]
A questão maravilhosa que fica se resume a qual plataforma o irá portar...
Eu ja sei... 8-]

Walter, uma pergunta que quero ti fazer a muito...

como se chama aquela pequena hélice embutida e silenciosa que é utilizada por muitos subs na popa?

Sabe do que eu falo?

A coisa tem haver para diminuir o efeito da cavitação, ou é simplesmente uma helice de manobra a baixíssimas velocidades?

Grande abraço




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Re: Programa de mísseis da MB

#176 Mensagem por JL » Sex Mai 04, 2012 10:07 pm

Parabéns MB!
Concordo com o seu post Marino, bom comentário.

Somente acrescento que particularmente gostaria que o projeto de um MSS nacional tivesse surgido há décadas atrás. Lembro-me da oferta do Gabriel pelos israelenses na época do Almirante Maximiano da Fonseca.

Mas antes tarde do que nunca. Um grande passo e essencial para a soberania nacional. Pois não adianta nada projetamos planos grandiosos como o do sub nuclear, se não houver o domínio de tecnologias fundamentais no campo de armamentos. Para um país com um litoral como o nosso ter um míssil anti navio próprio é tão vital quanto uma tribo de nativos produzir os seus arcos / flechas e lanças.

Um campo essencial e até mais complexo é o desenvolvimento de torpedos nacionais.

Mas Marino, você falou das Marinha sul americanas. Gostaria que o senhor pudesse responder a seguinte pergunta, baseada na sua experiência:

Qual a sua estimativa, veja estimativa, de quantos armamentos as Marinhas sul americanas principais (Argentina, Chile, Peru e Venezuela) tem em estoque nos seus paiós, no que tange a SSM e torpedos pesados e leves A/S?
PS. Não comprometimento em fazer uma estimativa pessoal destes números.




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Re: Programa de mísseis da MB

#177 Mensagem por Marino » Sex Mai 04, 2012 11:17 pm

Caro JL, o senhor está no céu.
Não tenho mais os dados/documentos para fazer uma estimativa dessas.
Isto não me pertence mais. :lol: :lol:
Mas alguns sites apresentam números, que são tão bons quanto qualquer outros.
Concordo totalmente com sua avaliação.




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Re: Programa de mísseis da MB

#178 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Mai 05, 2012 12:16 am

Bom... no fim das contas com ou sem as críticas o Exocet no Brasil conta com motor nacional com potencial de expandir as suas aplicações.

Por mim isso já é motivo o suficiente para comemorar e congratular a MB!!! :) [100] [009]

É torcer para que esse tipo de iniciativa e parceria não só continue, mas aumente e que os investimentos não parem em protótipos!!

Esse é o momento de comemorar uma conquista como essa... :wink:

E além disso ler que em Breve o AM-39 será integrado ao EC-725... só alegria :)

[]s
CB_Lima




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Re: Programa de mísseis da MB

#179 Mensagem por JL » Sáb Mai 05, 2012 12:44 am

Obrigado Marino.

Mas é interessante estimar as quantidades de armas que cada força possui. Vejamos os argentinos tem quatro contratorpedeiros tipo Meko 360 que podem levar até 8 MM 40 cada. Então seriam 4 x 8 = 32 e mais seis corvetas classe Espora, salvo engano Meko 140, cada uma com 04 Exocet MM 38, bem são 4x6= 24 mísseis. Mas ainda restam três corvetas francesas tipo A69, também com 04 MM 38 cada, teremos 3x4= 12 MM 38. Não sei o Tipo 42, deles o Hércules ainda esta portando os Exocet, bem caso positivo some-se mais quatro unidades de MM 38. Então para armar todos os navios temos 32 unidades de MM 40 e mais 40 unidades de MM 38, sem contar os AM 39 dos helis SH-3 e dos caças Super Etendard, estimaremos em 12 a 15 AM.39. Desta forma temos 72 mísseis mar-mar e mais uma dúzia de AM 39, como número mínimo. Se houvesse prudência, os argentinos teriam uma reserva de guerra. Assim o número poderia ser uns 20 % maior.

De toda forma, eis um belo mercado para Avibrás em termos de revalidar os mísseis portenhos.




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Re: Programa de mísseis da MB

#180 Mensagem por Marino » Sáb Mai 05, 2012 11:50 am

ESP

Empresas brasileiras disputam mercado de mísseis.

As empresas Avibrás Aeroespacial e Mectron, produtoras nacionais de mísseis, vão disputar um mercado internacional avaliado em meio bilhão de dólares, representado pela demanda de revitalização do míssil Exocet MM-40, de emprego naval contra navios.

A capacidade das empresas foi provada em 18 de abril, quando a Marinha testou em alto-mar, com sucesso, a arma modernizada. O investimento da Força no programa é de US$ 75 milhões.

O presidente da Avibrás, Sami Youssef Hassuani, estima que haja "centenas de mísseis, prontos para ganhar nova vitalidade" em praças da América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio e Ásia.

O fabricante original, a corporação europeia MBDA, com sede na França, estima em cerca de 900 o número de Exocets do tipo MM-40 (superfície-superfície) vendidos para 15 países, 13 dos quais já revelaram a intenção de prolongar a vida operacional do equipamento em estoque.

O procedimento cobre a instalação de um novo motor, de combustível sólido, uma revisão integral da fuselagem, partes móveis e da carga eletrônica. O procedimento custa US$ 1 milhão. O míssil novo, na versão Block 3 oferecida pela MBDA, pode sair por até US$ 6 milhões.

Exocet/Br

A revitalização abre o caminho para novos negócios. Segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, quatro empresas do setor - Atech, Omnisys, Avibrás e Mectron - realizam atualmente a pesquisa e desenvolvimento do ManSup, o míssil antinavio de superfície brasileiro.

O desempenho deverá ser equivalente, talvez, ao dos Exocet MM-40 Block 3, com alcance na faixa dos 180 quilômetros (a configuração modernizada chega a 70 km) e guiagem digital. O primeiro voo do protótipo está previsto para 2017. As entregas, entre 2018 e 2019. A Marinha destinou, em dezembro, US$ 50 milhões ao projeto.

Para o ministro da Defesa, Celso Amorim, o ManSup deve atender necessidades da Esquadra, "e também permitir que a indústria nacional seja competitiva nas disputas pelo mercado internacional". Empresários do setor trabalham com a projeção de demanda, na virada da década, de 3,5 mil mísseis com as características do modelo brasileiro, "que terá custo e qualidade atraentes", segundo Hassuani.

A curto prazo, todavia, o executivo prevê amplas possibilidades de cooperação tecnológica e comercial com o parceiro europeu. A meta pode ser o plano de desenvolvimento de um míssil antiaéreo capaz de atingir aviões invasores na distância de 30 km a 40 km, e altitude de 15 mil metros.

O governo precisa do material pronto para garantir os grandes eventos, como a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, dois anos depois.

A MBDA, resultado da associação de empresas da França, Alemanha, Reino Unido e Itália, opera também nos EUA, e acumula uma carteira de pedidos, encomendas e contratos de 10,5 bilhões. É fornecedora regular das forças armadas de 90 países. Patrick de La Revelière, vice-presidente de Vendas e Exportações do grupo, assistiu ao teste de abril. Semana passada, no Rio, disse que "o ensaio bem-sucedido" reforça a "parceria estratégica" entre os grupos.

A prova foi conduzida a partir da corveta Barroso, recebida pela Marinha em 2008. A plena carga, o navio desloca 2.350 toneladas, mede 103 metros de comprimento, com boca de 11,5 metros. Leva 160 militares. O sistema de armas tem dois disparadores de torpedos de 324 mm, dois canhões e uma plataforma para lançamento de mísseis. No dia 18, o clima ajudou. Fazia sol, o céu estava sem nuvens e o Exocet voou exatamente como o previsto. Cobriu perto de 70 km no tempo, atitude e altitude programadas.

A bordo, ao invés dos 165 quilos de alto explosivo, levava sensores criados pela Mectron, associada da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) para apurar informações telemétricas, captadas, também, por duas fragatas e três helicópteros da Marinha.




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