Programa de mísseis da MB
Moderador: Conselho de Moderação
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9401
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 234 vezes
- Agradeceram: 539 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Sinceramente, gostaria de saber qual foi a motivação da MBDA em participar do projeto.... em outras palavras: O que a MBDA ganha com isso, financeira ou estrategicamente, para ficar se gabando?
Para a Avibrás realmente parece ser um excelente negócio, pois tem um mercado enorme praticamente monopolizado, de repotencialização e extensão da vida útil de Exocet MM-40 B2 mundo afora.
Mas a MBDA eu não sei no que ela ganha, já que para ela talvez seja mais interessante que os usuários de Exocet B2 se esfolem e se vejam obrigados a adquirir o Block III...
abraços]
Para a Avibrás realmente parece ser um excelente negócio, pois tem um mercado enorme praticamente monopolizado, de repotencialização e extensão da vida útil de Exocet MM-40 B2 mundo afora.
Mas a MBDA eu não sei no que ela ganha, já que para ela talvez seja mais interessante que os usuários de Exocet B2 se esfolem e se vejam obrigados a adquirir o Block III...
abraços]
----------------
amor fati
amor fati
-
- Sênior
- Mensagens: 2235
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 9:15 pm
- Localização: são luis - ma
- Agradeceram: 3 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Talvez alguma coisa também com os Rafales , caso realmente vençam.brisa escreveu:Venda dos Aster no prosuper
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
- Corsário01
- Sênior
- Mensagens: 3508
- Registrado em: Ter Jun 05, 2007 10:07 am
- Agradeceu: 8 vezes
- Agradeceram: 176 vezes
-
- Sênior
- Mensagens: 2235
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 9:15 pm
- Localização: são luis - ma
- Agradeceram: 3 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Corsário01 escreveu:Apostem no Aster.
Grande Padilha,
Só alegria!!!!!
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
A questão maravilhosa que fica se resume a qual plataforma o irá portar...Corsário01 escreveu:Apostem no Aster.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Pelo que me lembro das notícias que apareceram no início deste programa a MBDA não entrou no programa por idéia própria, ela simplesmente percebeu que com ou sem seu apoio o Brasil iria desenvolver este motor para a revitalização dos seus Exocet e para usar no MAN-1, e não havia nada que ela pudesse fazer contra isso (esta história de patente ou direito autoral é balela nestes casos de material militar). Aí, entre ficar mal com um potencial cliente de outros produtos ou manter a amizade e ainda ganhar alguma coisinha em royalties por certificação, ela preferiu embarcar como uma espécie de "consultora" do projeto (o que para ela certamente teve custos ridiculamente pequenos) e deixar a coisa rolar.Brasileiro escreveu:Sinceramente, gostaria de saber qual foi a motivação da MBDA em participar do projeto.... em outras palavras: O que a MBDA ganha com isso, financeira ou estrategicamente, para ficar se gabando?
Para a Avibrás realmente parece ser um excelente negócio, pois tem um mercado enorme praticamente monopolizado, de repotencialização e extensão da vida útil de Exocet MM-40 B2 mundo afora.
Mas a MBDA eu não sei no que ela ganha, já que para ela talvez seja mais interessante que os usuários de Exocet B2 se esfolem e se vejam obrigados a adquirir o Block III...
abraços]
Como ela está voltada para o mercado de mísseis novos e daqui para a frente apenas marinhas sem importância devem adquirir mísseis com alcance inferior a 150 Km ou mais, e ela sequer se deu ao trabalho de tentar participar do mercado de remotorização de seus mísseis velhos se não for com turbinas, este desenvolvimento brasileiro não é visto como um concorrente significativo, então ela também não perde praticamente nada e no mínimo faz uma propagandazinha como grande parceira e apoiadora de seus clientes.
Leandro G. Card
-
- Sênior
- Mensagens: 2235
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 9:15 pm
- Localização: são luis - ma
- Agradeceram: 3 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Todos os concorrentes podem usar os mísseis Aster e seus respectivos lançadores??????????????WalterGaudério escreveu:A questão maravilhosa que fica se resume a qual plataforma o irá portar...Corsário01 escreveu:Apostem no Aster.
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
Re: Programa de mísseis da MB
Eu ja sei...WalterGaudério escreveu:A questão maravilhosa que fica se resume a qual plataforma o irá portar...Corsário01 escreveu:Apostem no Aster.
Walter, uma pergunta que quero ti fazer a muito...
como se chama aquela pequena hélice embutida e silenciosa que é utilizada por muitos subs na popa?
Sabe do que eu falo?
A coisa tem haver para diminuir o efeito da cavitação, ou é simplesmente uma helice de manobra a baixíssimas velocidades?
Grande abraço
-
- Sênior
- Mensagens: 1960
- Registrado em: Dom Nov 14, 2004 9:17 pm
- Localização: Santos
- Agradeceram: 63 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Parabéns MB!
Concordo com o seu post Marino, bom comentário.
Somente acrescento que particularmente gostaria que o projeto de um MSS nacional tivesse surgido há décadas atrás. Lembro-me da oferta do Gabriel pelos israelenses na época do Almirante Maximiano da Fonseca.
Mas antes tarde do que nunca. Um grande passo e essencial para a soberania nacional. Pois não adianta nada projetamos planos grandiosos como o do sub nuclear, se não houver o domínio de tecnologias fundamentais no campo de armamentos. Para um país com um litoral como o nosso ter um míssil anti navio próprio é tão vital quanto uma tribo de nativos produzir os seus arcos / flechas e lanças.
Um campo essencial e até mais complexo é o desenvolvimento de torpedos nacionais.
Mas Marino, você falou das Marinha sul americanas. Gostaria que o senhor pudesse responder a seguinte pergunta, baseada na sua experiência:
Qual a sua estimativa, veja estimativa, de quantos armamentos as Marinhas sul americanas principais (Argentina, Chile, Peru e Venezuela) tem em estoque nos seus paiós, no que tange a SSM e torpedos pesados e leves A/S?
PS. Não comprometimento em fazer uma estimativa pessoal destes números.
Concordo com o seu post Marino, bom comentário.
Somente acrescento que particularmente gostaria que o projeto de um MSS nacional tivesse surgido há décadas atrás. Lembro-me da oferta do Gabriel pelos israelenses na época do Almirante Maximiano da Fonseca.
Mas antes tarde do que nunca. Um grande passo e essencial para a soberania nacional. Pois não adianta nada projetamos planos grandiosos como o do sub nuclear, se não houver o domínio de tecnologias fundamentais no campo de armamentos. Para um país com um litoral como o nosso ter um míssil anti navio próprio é tão vital quanto uma tribo de nativos produzir os seus arcos / flechas e lanças.
Um campo essencial e até mais complexo é o desenvolvimento de torpedos nacionais.
Mas Marino, você falou das Marinha sul americanas. Gostaria que o senhor pudesse responder a seguinte pergunta, baseada na sua experiência:
Qual a sua estimativa, veja estimativa, de quantos armamentos as Marinhas sul americanas principais (Argentina, Chile, Peru e Venezuela) tem em estoque nos seus paiós, no que tange a SSM e torpedos pesados e leves A/S?
PS. Não comprometimento em fazer uma estimativa pessoal destes números.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Caro JL, o senhor está no céu.
Não tenho mais os dados/documentos para fazer uma estimativa dessas.
Isto não me pertence mais.
Mas alguns sites apresentam números, que são tão bons quanto qualquer outros.
Concordo totalmente com sua avaliação.
Não tenho mais os dados/documentos para fazer uma estimativa dessas.
Isto não me pertence mais.
Mas alguns sites apresentam números, que são tão bons quanto qualquer outros.
Concordo totalmente com sua avaliação.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Carlos Lima
- Sênior
- Mensagens: 18932
- Registrado em: Qui Mai 12, 2005 6:58 am
- Agradeceu: 1275 vezes
- Agradeceram: 631 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Bom... no fim das contas com ou sem as críticas o Exocet no Brasil conta com motor nacional com potencial de expandir as suas aplicações.
Por mim isso já é motivo o suficiente para comemorar e congratular a MB!!!
É torcer para que esse tipo de iniciativa e parceria não só continue, mas aumente e que os investimentos não parem em protótipos!!
Esse é o momento de comemorar uma conquista como essa...
E além disso ler que em Breve o AM-39 será integrado ao EC-725... só alegria
[]s
CB_Lima
Por mim isso já é motivo o suficiente para comemorar e congratular a MB!!!
É torcer para que esse tipo de iniciativa e parceria não só continue, mas aumente e que os investimentos não parem em protótipos!!
Esse é o momento de comemorar uma conquista como essa...
E além disso ler que em Breve o AM-39 será integrado ao EC-725... só alegria
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
-
- Sênior
- Mensagens: 1960
- Registrado em: Dom Nov 14, 2004 9:17 pm
- Localização: Santos
- Agradeceram: 63 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
Obrigado Marino.
Mas é interessante estimar as quantidades de armas que cada força possui. Vejamos os argentinos tem quatro contratorpedeiros tipo Meko 360 que podem levar até 8 MM 40 cada. Então seriam 4 x 8 = 32 e mais seis corvetas classe Espora, salvo engano Meko 140, cada uma com 04 Exocet MM 38, bem são 4x6= 24 mísseis. Mas ainda restam três corvetas francesas tipo A69, também com 04 MM 38 cada, teremos 3x4= 12 MM 38. Não sei o Tipo 42, deles o Hércules ainda esta portando os Exocet, bem caso positivo some-se mais quatro unidades de MM 38. Então para armar todos os navios temos 32 unidades de MM 40 e mais 40 unidades de MM 38, sem contar os AM 39 dos helis SH-3 e dos caças Super Etendard, estimaremos em 12 a 15 AM.39. Desta forma temos 72 mísseis mar-mar e mais uma dúzia de AM 39, como número mínimo. Se houvesse prudência, os argentinos teriam uma reserva de guerra. Assim o número poderia ser uns 20 % maior.
De toda forma, eis um belo mercado para Avibrás em termos de revalidar os mísseis portenhos.
Mas é interessante estimar as quantidades de armas que cada força possui. Vejamos os argentinos tem quatro contratorpedeiros tipo Meko 360 que podem levar até 8 MM 40 cada. Então seriam 4 x 8 = 32 e mais seis corvetas classe Espora, salvo engano Meko 140, cada uma com 04 Exocet MM 38, bem são 4x6= 24 mísseis. Mas ainda restam três corvetas francesas tipo A69, também com 04 MM 38 cada, teremos 3x4= 12 MM 38. Não sei o Tipo 42, deles o Hércules ainda esta portando os Exocet, bem caso positivo some-se mais quatro unidades de MM 38. Então para armar todos os navios temos 32 unidades de MM 40 e mais 40 unidades de MM 38, sem contar os AM 39 dos helis SH-3 e dos caças Super Etendard, estimaremos em 12 a 15 AM.39. Desta forma temos 72 mísseis mar-mar e mais uma dúzia de AM 39, como número mínimo. Se houvesse prudência, os argentinos teriam uma reserva de guerra. Assim o número poderia ser uns 20 % maior.
De toda forma, eis um belo mercado para Avibrás em termos de revalidar os mísseis portenhos.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Programa de mísseis da MB
ESP
Empresas brasileiras disputam mercado de mísseis.
As empresas Avibrás Aeroespacial e Mectron, produtoras nacionais de mísseis, vão disputar um mercado internacional avaliado em meio bilhão de dólares, representado pela demanda de revitalização do míssil Exocet MM-40, de emprego naval contra navios.
A capacidade das empresas foi provada em 18 de abril, quando a Marinha testou em alto-mar, com sucesso, a arma modernizada. O investimento da Força no programa é de US$ 75 milhões.
O presidente da Avibrás, Sami Youssef Hassuani, estima que haja "centenas de mísseis, prontos para ganhar nova vitalidade" em praças da América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio e Ásia.
O fabricante original, a corporação europeia MBDA, com sede na França, estima em cerca de 900 o número de Exocets do tipo MM-40 (superfície-superfície) vendidos para 15 países, 13 dos quais já revelaram a intenção de prolongar a vida operacional do equipamento em estoque.
O procedimento cobre a instalação de um novo motor, de combustível sólido, uma revisão integral da fuselagem, partes móveis e da carga eletrônica. O procedimento custa US$ 1 milhão. O míssil novo, na versão Block 3 oferecida pela MBDA, pode sair por até US$ 6 milhões.
Exocet/Br
A revitalização abre o caminho para novos negócios. Segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, quatro empresas do setor - Atech, Omnisys, Avibrás e Mectron - realizam atualmente a pesquisa e desenvolvimento do ManSup, o míssil antinavio de superfície brasileiro.
O desempenho deverá ser equivalente, talvez, ao dos Exocet MM-40 Block 3, com alcance na faixa dos 180 quilômetros (a configuração modernizada chega a 70 km) e guiagem digital. O primeiro voo do protótipo está previsto para 2017. As entregas, entre 2018 e 2019. A Marinha destinou, em dezembro, US$ 50 milhões ao projeto.
Para o ministro da Defesa, Celso Amorim, o ManSup deve atender necessidades da Esquadra, "e também permitir que a indústria nacional seja competitiva nas disputas pelo mercado internacional". Empresários do setor trabalham com a projeção de demanda, na virada da década, de 3,5 mil mísseis com as características do modelo brasileiro, "que terá custo e qualidade atraentes", segundo Hassuani.
A curto prazo, todavia, o executivo prevê amplas possibilidades de cooperação tecnológica e comercial com o parceiro europeu. A meta pode ser o plano de desenvolvimento de um míssil antiaéreo capaz de atingir aviões invasores na distância de 30 km a 40 km, e altitude de 15 mil metros.
O governo precisa do material pronto para garantir os grandes eventos, como a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, dois anos depois.
A MBDA, resultado da associação de empresas da França, Alemanha, Reino Unido e Itália, opera também nos EUA, e acumula uma carteira de pedidos, encomendas e contratos de 10,5 bilhões. É fornecedora regular das forças armadas de 90 países. Patrick de La Revelière, vice-presidente de Vendas e Exportações do grupo, assistiu ao teste de abril. Semana passada, no Rio, disse que "o ensaio bem-sucedido" reforça a "parceria estratégica" entre os grupos.
A prova foi conduzida a partir da corveta Barroso, recebida pela Marinha em 2008. A plena carga, o navio desloca 2.350 toneladas, mede 103 metros de comprimento, com boca de 11,5 metros. Leva 160 militares. O sistema de armas tem dois disparadores de torpedos de 324 mm, dois canhões e uma plataforma para lançamento de mísseis. No dia 18, o clima ajudou. Fazia sol, o céu estava sem nuvens e o Exocet voou exatamente como o previsto. Cobriu perto de 70 km no tempo, atitude e altitude programadas.
A bordo, ao invés dos 165 quilos de alto explosivo, levava sensores criados pela Mectron, associada da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) para apurar informações telemétricas, captadas, também, por duas fragatas e três helicópteros da Marinha.
Empresas brasileiras disputam mercado de mísseis.
As empresas Avibrás Aeroespacial e Mectron, produtoras nacionais de mísseis, vão disputar um mercado internacional avaliado em meio bilhão de dólares, representado pela demanda de revitalização do míssil Exocet MM-40, de emprego naval contra navios.
A capacidade das empresas foi provada em 18 de abril, quando a Marinha testou em alto-mar, com sucesso, a arma modernizada. O investimento da Força no programa é de US$ 75 milhões.
O presidente da Avibrás, Sami Youssef Hassuani, estima que haja "centenas de mísseis, prontos para ganhar nova vitalidade" em praças da América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio e Ásia.
O fabricante original, a corporação europeia MBDA, com sede na França, estima em cerca de 900 o número de Exocets do tipo MM-40 (superfície-superfície) vendidos para 15 países, 13 dos quais já revelaram a intenção de prolongar a vida operacional do equipamento em estoque.
O procedimento cobre a instalação de um novo motor, de combustível sólido, uma revisão integral da fuselagem, partes móveis e da carga eletrônica. O procedimento custa US$ 1 milhão. O míssil novo, na versão Block 3 oferecida pela MBDA, pode sair por até US$ 6 milhões.
Exocet/Br
A revitalização abre o caminho para novos negócios. Segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, quatro empresas do setor - Atech, Omnisys, Avibrás e Mectron - realizam atualmente a pesquisa e desenvolvimento do ManSup, o míssil antinavio de superfície brasileiro.
O desempenho deverá ser equivalente, talvez, ao dos Exocet MM-40 Block 3, com alcance na faixa dos 180 quilômetros (a configuração modernizada chega a 70 km) e guiagem digital. O primeiro voo do protótipo está previsto para 2017. As entregas, entre 2018 e 2019. A Marinha destinou, em dezembro, US$ 50 milhões ao projeto.
Para o ministro da Defesa, Celso Amorim, o ManSup deve atender necessidades da Esquadra, "e também permitir que a indústria nacional seja competitiva nas disputas pelo mercado internacional". Empresários do setor trabalham com a projeção de demanda, na virada da década, de 3,5 mil mísseis com as características do modelo brasileiro, "que terá custo e qualidade atraentes", segundo Hassuani.
A curto prazo, todavia, o executivo prevê amplas possibilidades de cooperação tecnológica e comercial com o parceiro europeu. A meta pode ser o plano de desenvolvimento de um míssil antiaéreo capaz de atingir aviões invasores na distância de 30 km a 40 km, e altitude de 15 mil metros.
O governo precisa do material pronto para garantir os grandes eventos, como a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, dois anos depois.
A MBDA, resultado da associação de empresas da França, Alemanha, Reino Unido e Itália, opera também nos EUA, e acumula uma carteira de pedidos, encomendas e contratos de 10,5 bilhões. É fornecedora regular das forças armadas de 90 países. Patrick de La Revelière, vice-presidente de Vendas e Exportações do grupo, assistiu ao teste de abril. Semana passada, no Rio, disse que "o ensaio bem-sucedido" reforça a "parceria estratégica" entre os grupos.
A prova foi conduzida a partir da corveta Barroso, recebida pela Marinha em 2008. A plena carga, o navio desloca 2.350 toneladas, mede 103 metros de comprimento, com boca de 11,5 metros. Leva 160 militares. O sistema de armas tem dois disparadores de torpedos de 324 mm, dois canhões e uma plataforma para lançamento de mísseis. No dia 18, o clima ajudou. Fazia sol, o céu estava sem nuvens e o Exocet voou exatamente como o previsto. Cobriu perto de 70 km no tempo, atitude e altitude programadas.
A bordo, ao invés dos 165 quilos de alto explosivo, levava sensores criados pela Mectron, associada da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) para apurar informações telemétricas, captadas, também, por duas fragatas e três helicópteros da Marinha.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco