Ainda é só um começo, mas abre imensas possibilidades além da derrubada da própria Selic, de uma queda ainda maior nos juros dos financiamentos imobiliários à eliminação da correção automática dos preços administrados (energia, remédios, etc...) pela inflação passada.Poupança deve render 70% da taxa Selic
Cálculo da aplicação será alterado sempre que o juro estiver em 8,5% ou menos
03 de maio de 2012
Agência Estado
BRASÍLIA - O governo deve anunciar hoje à tarde mudança no rendimento da caderneta de poupança. Segundo fontes próximas às negociações, a proposta que será apresentada prevê correção mensal pelo equivalente a 70% da taxa básica de juros, a Selic, mais a variação da Taxa Referencial (TR). Isso valerá sempre que a Selic estiver em 8,5% ao ano ou em patamar menor. Se a taxa estiver acima disso, o rendimento continuará sendo o atual: 0,5% ao mês mais a variação da TR.
A mudança não afetará as poupanças antigas, mas apenas as que forem abertas agora ou novos depósitos nas contas já existentes. A medida abrirá espaço para o Banco Central continuar a reduzir os juros como defende a presidente Dilma Rousseff.
A Medida Provisória pode passar por pequenos ajustes depois das reuniões desta tarde
Agora nenhuma das regras malucas da economia brasileira que impediam a queda dos juros e o aumento dos investimentos permanecerá intocável. Ainda existem armadilhas muito sérias no caminho do crescimento sustentado em níveis mais elevados, como o ambiente institucional muito ruim (burocracia) e a demora na maturação de quaisquer investimentos (enquanto o consumo pode aumentar de imediato). Mas ainda assim surgem potenciais que antes não existiam. São tempos muito interessantes... .
Leandro G. Card