ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2026 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mai 04, 2012 12:22 pm

Clermont escreveu:
cabeça de martelo escreveu:É verdade, até a GAC da BrigRR do Exército Português voltou a ter uma bateria de morteiros de 120mm depois de anos apenas com os L118.
Mas é uma bateria completa, com as guarnições, ou somente as peças de morteiro, para serem utilizadas pelas outras baterias do grupo, em caso de necessidade, tipo aquele conceito "sala-de-armas"?

:arrow: viewtopic.php?p=5254835#p5254835




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2027 Mensagem por Clermont » Sex Mai 04, 2012 6:41 pm

Valeu, Cabeça de Martelo.

Então, as peças 120 mm ficam à disposição das guarnições dos obuseiros 105 mm, para situações específicas.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2028 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 05, 2012 7:06 am

Afirmativo, como têm formação nas duas coisas, não há qualquer problema. :wink:




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2029 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 06, 2012 10:59 am

Clermont escreveu:
FCarvalho escreveu:Guerra, meu bom amigo. Se o EB não tomar desde já as rédeas de sua própria história, ao invés de deixá-la ao Deus dará, ou pior, "aos que os políticos quiserem dar" (...)
Neste enunciado, existem um perigo muito grave e um equívoco muito sério.

O perigo é que, permitir que o "EB tome as rédeas de sua própria história" é, nada mais, nada menos, do que pedir pela derrubada da democracia e a restauração da ditadura militar. Pois, numa democracia, o Exército (e as outras forças) tem de se conformar em ter aquilo que os poderes legalmente constituídos acham que devem conceder, após satisfeitas as outras necessidade da sociedade.

Não advoguei e nem seria tão pérfido de fazê-lo. Tomar conta de sua própria história significa antes, não deixar-se subjulgar de tal maneira em suas necessidades institucionais - sim, seria e é necessário lembrar constantemente à Brasília que eles tem obrigações constitucionais e institucionais com as ffaa's e com a defesa do país, concomitante com à obrigações sociais outras - que mais hora, menos hora o estrago seja tanto que a irresponsabilidade dos políticos não possa sequer ser cobrada institucional e juridicamente. Os instrumentos legais estão posto aí. Lembrar a situação da greve dos sgts controladores da FAB, qdo o EMAer vislumbrou concretamente a possibilidade de acionar no supremo o presidente Lula através de crime de responabilidade. Fato este que pouquíssima gente lembra, gosta, ou quer que seja lembrado. E tudo dentro da mais sóbria e legítima ordem constitucional. Aliás, diga-se de passagem, a própria constituição atribui às ffaa's a defesa do país contra perigos tanto externos quanto internos. Isto inclui governantes irresponsáveis e populistas, ou que atentem contra a própria existência das ffaa's. Políticos e governos meramente passageiros da vida política e social do país. As ffaa's e a defesa não. Isto também é constitucional e dispõe de previsão jurídica ordinária.

o equívoco é achar que, necessariamente, um governo militar - em contraponto ao governo dos "pérfidos paisanos" - estaria disposto a, de forma automática, conceder tudo o que alguns - mas não todos - entendem que deva ser atribuído ao setor de defesa.

Nenhum governo é melhor do que aquele em que o próprio povo advoga suas responsabilidades frente aos governantes que elege, cobrando-os de forma séria e serena. Mas isto existe no Brasil?

Como prova disso, o ano onde o Brasil chegou ao fundo-do-poço em matéria de gastos militares (pelo menos, até 1993), foi em 1979. Justamente o último ano de mandato do general-de-exército (ou melhor, do "general-de-presidência") Ernesto Geisel. Foi no governo dele que a Argentina assumiu uma dianteira em poder militar inédita sobre o Brasil, que só deve ter perdido com as catástrofes econômias e sociais dos anos 1990-2000.
Tal como os partidos politicos e suas ideologias, o Estado é sempre será maior do que quaisquer interpretações ou gestões que se queiram fazer de si. Isso também vale para os militares. Não foi diferente antes, e não seria agora.

abs




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2030 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 06, 2012 11:50 am

jauro escreveu:Existem armas bases e armas de apoio.
As armas de apoio de fogo, servem para apoiar as armas bases (Inf e Cav) na manobra.

A cavalaria ainda não está totalmente transformada.

E nem começou a sê-lo. E nem será no curto/médio prazo. O que se está vendo é um processo que levará no mínimo duas decadas :shock:, entre projeto, desenvolvimento e implementação. Coisa de país pobre, sem recursos e sem moral, ou coisa de gingante com os pés de barro como nós. O EB na melhor das hipóteses só irá saber o que é um CC moderno e derivados - antes disso a Cav mec tem que afirmas-se, num longuissimo e custoso processo de modernização, em todos os sentidos - mais de 50 anos depois do EE-T1. Até lá nosso melhor carro de combate será um veiculo armado com um canhão de 90mm.

A infantaria só tem definida a InfLv, Pqdt e a de Selva (com ressalvas). A InfMtz para a mecanizada, tem muito ainda para transformar.

Com licença, mas definiu o quê mesmo? Não conseguimos se quer mudar(modernizar) os armamentos básicos da infantaria. :? Imagine-se o resto. Ou então vamos continuar indo nos supermercados da internet da vida e modernizar a nossa infantaria a partir de promoções? Porque no que depender do GF, a infantaria brasileira daqui vai continuar invejando, e muito, a infantaria brasileira de lá de fora.

Como definir, transformar uma Art de Campanha eficaz, para apoiar pelo fogo algo que não se conhece, que não está transformado, implantado. Seria pura cópia de outros Exércitos, açodamento, puro achismo.

Não conhece porque não quer ou porque não quer enxergar os acontecimentos e as evoluções de doutrina, material, logística e industrial que aconteceram no mundo neste último quarto de século. Ou será que somos tão bons que não precisamos das lições de ninguém para sermos melhores do que já não somos? Qual doutrina miraculosa e insubstituível/incomparável que a artilharia brasileira deve dispor somente daqui, que outros exemplos não possam ser seguidos e/ou imitados e adaptados? Isto é arrogância do EB ou simples falta de visão? Para um exército que não sabe o que é um conflito real a mais de meio século, este tipo de afirmação chega a me parecer um tanto que pretenciosa.

Não há com o que se preocupar, nem o EB está nas mãos só dos políticos, como também não quer fazer as vezes deles no governo.

Os militares brasileiros costuma não só aprender, como valorizar, e muito, a história. Mas em um país de desdentados e sem memória, seria esperar demais tal coisa dos políticos. Que nosso milicos continuem assim, porque o povão depois da novela das oito, ainda vai demorar muito pra chegar lá.
abs.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2031 Mensagem por mat » Dom Mai 06, 2012 2:37 pm

FCarvalho escreveu:
Brasileiro escreveu:Marines e US Army encomendaram cerca de 1000 M-777.... se sobraram para o EB uns 100 ou quem sabe até um pouco mais, já ficaria contente e nosso 'padrão' subiria um pouco!
Idem os M-109!



abraços]
jumentodonordeste escreveu:100 M-777 ?

Acho que nem nos meus sonhos mais molhados com a Gisele Bündchen isso aconteceria.

Ainda em tempo, talvez seja a intenção do EB a compra de umas poucas unidades para dotar a Bgda Pqdt, as 2 Bgda Aeromóvel e a FFE. Como tudo no EB, nada se faz sem um demorado estudo e elaboração de requesitos de avaliação e implementação, para a devida elaboração de doutrina, ou seja, traduzindo, vão testar até dizer chega, para depois ver se dá para empregar; então nada mais do que, talvez, digo, talvez, 24 peças mais o material de apoio, logistica e treinamento, e revitalização, sejam adquiridos.
abs



essa parte do seu texto me deixou com um enorme duvida na cabeça , principalmente quanto as brigadas que voce citou como provaveis operadoras dos m-777 caso eles venham a ser adquiridos . a minha duvida e a seguinte , se as forças especiais são desenvolvidas a partir da doutrina de combate irregular atras das linhas inimigas , porque diabos eles precisam de obuses pesados ? eu sempre achei que a brigada de forças especiais utilizasse no maximo morteiros medios , e que todas as outras formas de suporte vinham da força aerea ou da propria artilharia convencional do exercito , que estivesse proxima da area de operações . afinal a brigada de operações especiais opera obuses tambem ?

se não me engano o obus utlizado na brigada paraquedista e o otto melara 56 certo ? e na brigada de infantario leve atualmente e qual ?o l-118 ou o otto melara ? aonde estão sendo empregados os l-118 atualmente em serviço no EB ? caso esses m-777 venham a substituir os otto melara e os l-118 nas forças de ação rapida , para aonde iremos mandar estes ultimos ? ate porque em um exercito aonde a maioria da artilharia e equipada com obuses da segunda guerra , acho que nos não podemos nos dar ao luxo de desativar l-118 e otto melaras , existe algum plano de realocar os que forem substituidos pelas forças de ação rapida em unidades convencionais da infantaria ? assim poderiamos substituir pelo menos uma parte dos m-101 os m-114 .




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2032 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Mai 06, 2012 2:44 pm

Simplesmente não dá pra ter algo maior que o Oto Melara na Selva e na Montanha, e o L-118 ainda tem o peso ideal das aeromóveis....




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2033 Mensagem por Túlio » Dom Mai 06, 2012 2:49 pm

Ué, uns Chinooks e já dava para mover 777 para lá e para cá... :wink: 8-]




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2034 Mensagem por mat » Dom Mai 06, 2012 3:11 pm

Glauber Prestes escreveu:Simplesmente não dá pra ter algo maior que o Oto Melara na Selva e na Montanha, e o L-118 ainda tem o peso ideal das aeromóveis....


acredito que a principal vantajem dos otto melara sobre o l-118 nesse tipo de ambiente , seja o fato de que ele pode ser desmontado e montado com uma grande facilidade , podendo ser facilmente carregado pela tropa. o otto melara 56 tambem e mais leve do que o l-118 ,mas tem um alcance bem menor. o otto melara tambem se mostrou mais resistente e barato de se manter do que o l-118 . então eu tambem concordo com voce que em biomas especiais o otto melara deve continuar em operação .

mas quanto as forças aeromoveis , acho que e totalmente possivel de se operar o m-777 , tanto no paraquedista quanto na leve . na leve talvez seja impossivel o transporte atraves dos panther ou fennec , mas afinal de contas podemos usar o super cougar para isso , ou aquela porcaria não serve nem para isso ? embora o l-118 seja mas leve , as vantajens em poder de fogo , precisão e alcance do m-777 valem o peso extra . que alias nem e tão pesado assim comparado a outras peças de 155mm .
minha duvida continua sendo quanto a necessidade da brigada de forças especiais por obuses , isso ate agora não entrou na minha cabeça por isso vim pedir mais explicações .
eu tambem deixei aqui a minha duvida sobre o destino das peças que venham a ser desativadas pelas forças de ação rapida ( otto melara 56 e l-118 ) , que estão muito superiores a capacidade das peças disponiveis nas nossas forças regulares ( m-101 e m-114 ) .




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2035 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Mai 06, 2012 4:45 pm

mat escreveu: acredito que a principal vantajem dos otto melara sobre o l-118 nesse tipo de ambiente , seja o fato de que ele pode ser desmontado e montado com uma grande facilidade , podendo ser facilmente carregado pela tropa. o otto melara 56 tambem e mais leve do que o l-118 ,mas tem um alcance bem menor. o otto melara tambem se mostrou mais resistente e barato de se manter do que o l-118 . então eu tambem concordo com voce que em biomas especiais o otto melara deve continuar em operação .
A grande vedete do Oto Melara é a transportabilidade, seja pelo seu peso quando desmontado, seja pelas suas dimensões quando montado, o que favorece a sua operação em espaços limitados, como uma clareira, uma balsa, ou um ponto plano numa região montanhosa.
mas quanto as forças aeromoveis , acho que e totalmente possivel de se operar o m-777 , tanto no paraquedista quanto na leve . na leve talvez seja impossivel o transporte atraves dos panther ou fennec , mas afinal de contas podemos usar o super cougar para isso , ou aquela porcaria não serve nem para isso ? embora o l-118 seja mas leve , as vantajens em poder de fogo , precisão e alcance do m-777 valem o peso extra . que alias nem e tão pesado assim comparado a outras peças de 155mm .
Levando em consideração que o 725 pode levar 5 1/2 toneladas de carga, e o M-777 pesa 4300 quilos, não sei até onde seria interessante ter um helicóptero só para a peça, e outro para a guarnição, munição e toda a logística... Isso pensando que estamos com condições ideais. Em condições adversas, a capacidade de carga de helicópteros fica afetada, e estamos falando em voo pairado. Em voo a frente, existem pontos da pá que acabam não gerando sustentação, o que diminui também a carga máxima. Não estou falando que o M-777 não pode ser carregado pelo 725, mas por segurança, sacrificaríamos um helicóptero grande só para levar uma peça de artilharia, e uma quantidade muito pequena de tropas ou munição. Talvez na aeromóvel e no PQDT (que são unidades pioneiras, quase expedicionárias), a manutenção do L-118 seria interessante. Para as unidades que viriam depois para o apoio, o M-777 seria mais interessante, pois poderiam ser deslocados com "mais calma".
minha duvida continua sendo quanto a necessidade da brigada de forças especiais por obuses , isso ate agora não entrou na minha cabeça por isso vim pedir mais explicações .
Acho que a Bda Op Esp nunca precisaria de uma unidade de artilharia dedicada, tendo em vista a natureza das operações dessa unidade.
eu tambem deixei aqui a minha duvida sobre o destino das peças que venham a ser desativadas pelas forças de ação rapida ( otto melara 56 e l-118 ) , que estão muito superiores a capacidade das peças disponiveis nas nossas forças regulares ( m-101 e m-114 ) .
Estamos discutindo isso, não? Se não, por favor, repita suas dúvidas!




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2036 Mensagem por Clermont » Dom Mai 06, 2012 5:53 pm

Glauber Prestes escreveu:Simplesmente não dá pra ter algo maior que o Oto Melara na Selva (...)
Não seria uma alternativa livrar-se dos "Oto Melara" e substituí-los por morteiros 120 raiados, nas tropas de selva e paraquedista?




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2037 Mensagem por mat » Dom Mai 06, 2012 6:24 pm

Glauber Prestes escreveu:
mat escreveu: acredito que a principal vantajem dos otto melara sobre o l-118 nesse tipo de ambiente , seja o fato de que ele pode ser desmontado e montado com uma grande facilidade , podendo ser facilmente carregado pela tropa. o otto melara 56 tambem e mais leve do que o l-118 ,mas tem um alcance bem menor. o otto melara tambem se mostrou mais resistente e barato de se manter do que o l-118 . então eu tambem concordo com voce que em biomas especiais o otto melara deve continuar em operação .
A grande vedete do Oto Melara é a transportabilidade, seja pelo seu peso quando desmontado, seja pelas suas dimensões quando montado, o que favorece a sua operação em espaços limitados, como uma clareira, uma balsa, ou um ponto plano numa região montanhosa.

eu não disse nada diferente disso , voce apenas ilustrou o fato , enfim aqui estamos de acordo .

mas quanto as forças aeromoveis , acho que e totalmente possivel de se operar o m-777 , tanto no paraquedista quanto na leve . na leve talvez seja impossivel o transporte atraves dos panther ou fennec , mas afinal de contas podemos usar o super cougar para isso , ou aquela porcaria não serve nem para isso ? embora o l-118 seja mas leve , as vantajens em poder de fogo , precisão e alcance do m-777 valem o peso extra . que alias nem e tão pesado assim comparado a outras peças de 155mm .
[/quote]
Levando em consideração que o 725 pode levar 5 1/2 toneladas de carga, e o M-777 pesa 4300 quilos, não sei até onde seria interessante ter um helicóptero só para a peça, e outro para a guarnição, munição e toda a logística... Isso pensando que estamos com condições ideais. Em condições adversas, a capacidade de carga de helicópteros fica afetada, e estamos falando em voo pairado. Em voo a frente, existem pontos da pá que acabam não gerando sustentação, o que diminui também a carga máxima. Não estou falando que o M-777 não pode ser carregado pelo 725, mas por segurança, sacrificaríamos um helicóptero grande só para levar uma peça de artilharia, e uma quantidade muito pequena de tropas ou munição. Talvez na aeromóvel e no PQDT (que são unidades pioneiras, quase expedicionárias), a manutenção do L-118 seria interessante. Para as unidades que viriam depois para o apoio, o M-777 seria mais interessante, pois poderiam ser deslocados com "mais calma". [/quote]



não vejo problemas na utilização do m-777 por parte das forças paraquedistas , tendo em vista o tamanho e complexidade das operações . como voce mesmo disse eles são forças pioneiras , e eles muitas vezes se deparam com inumeras forças convencionais do inimigo , em um curto espaço de tempo para a reação , e precisam de poder de fogo para combate-las . e por muitas vezes estarem completamente afastados das demais forças aliadas , necessitam ter muito mais autonomia de meios em combate que qualquer outra unidade militar . o problema e que devido o meio de locomoção dessas unidades , esse poder de fogo tem que ser compativel com os meios de transporte . ou seja tem de ser algo manobravel e agil , e eu acredito que pelas vantajens que ja citei a cima , o m-777 apresente uma melhor relação de poder de fogo e locomoção que o l-118, levando em consideração as possiveis ameças e necessidades que as forças paraquedistas vão enfrentar em combate ,tornando necessario peças de 155mm . não acredito que seja uma grande dificuldade para a FAB deslocar em seus c-130 e futuros kc-390 uma ou talvez duas baterias de m-777 .

quanto a brigada de infantaria leve , de fato sem dispor de helicopteros pesados ou um grande numero de helicopteros medios , parece um pouco complicado querer equipa-los com os m-777 .
formando uma ideia aqui rapido , pode parecer algo bem idiota , mas eu estive pensando tropas de infantaria leve aerotransportada precisam muitas vezes abrir uma zona de pouso em territorio hostil . logo o uso de helicopteros menores e mais manobraveis seria algo mais desejavel para deixa os combatentes em ação , penso que em uma primeira leva o helicoptero mais adequado para transporte de tropas seja o panther . logo não haveria necessidade do super cougar nas primeiras etapas do combate , e esses poderiam estar livres para posicionar a artilharia em posições mais distantes do combate , como tipicamente ocorre . e por a artilharia se posicionar em uma area mais distante do combate , ela não estaria sujeita a salva de disparos realizados pelas defesas das forças inimigas , logo seria viavel a utilização dos super cougar para o transporte dos obuses no principio do combate . tendo em vista que neste momento inicial , eles não seriam necessarios para transportar tropas na linha de frente , e não correriam muitos riscos posicionando peças de artilharia na retaguarda . ou seja acredito que nada impediria a sua utilização para este fim pelas forças aerotransportadas .
minha duvida continua sendo quanto a necessidade da brigada de forças especiais por obuses , isso ate agora não entrou na minha cabeça por isso vim pedir mais explicações .
[/quote]
Acho que a Bda Op Esp nunca precisaria de uma unidade de artilharia dedicada, tendo em vista a natureza das operações dessa unidade. [/quote]




estou de acordo , meu raciocinio e o mesmo quanto a isso . mas mesmo assim vou esperar por mais explicações de quem disse isso , nunca e tarde de mais para se aprender um pouco mais .

eu tambem deixei aqui a minha duvida sobre o destino das peças que venham a ser desativadas pelas forças de ação rapida ( otto melara 56 e l-118 ) , que estão muito superiores a capacidade das peças disponiveis nas nossas forças regulares ( m-101 e m-114 ) .
Estamos discutindo isso, não? Se não, por favor, repita suas dúvidas![/quote]




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2038 Mensagem por Guerra » Dom Mai 06, 2012 7:34 pm

Clermont escreveu:
FCarvalho escreveu:Guerra, meu bom amigo. Se o EB não tomar desde já as rédeas de sua própria história, ao invés de deixá-la ao Deus dará, ou pior, "aos que os políticos quiserem dar" (...)
Neste enunciado, existem um perigo muito grave e um equívoco muito sério.
Eu não vejo nada demais na frase dele e acho que ele esta certissimo.
O EB adotou uma politica nos ultimos 20 anos que querer agradar politico. Se o presidente tem um discurso X, a força adota o mesmo discurso para agradar. Isso esta acabando com a personalidade da instituição.
Se o EB quer sobreviver tem que focar totalmente na atividade fim. Esse tem que ser nosso discurso sempre, simplesmente porque esse é o nosso papel legal. Nós somos da guerra e é para isso que a nação nos paga e ponto final.
Temos que parar com o discurso para agrdar politico. Parar de mostrar mulheres na força saltando deparaquedas porque a presidente é mulher. Nosso discurso tem que focar a realidade. E não nesse embuste que vendem sobre o Brasil.
"O Brasil é uma potência dos BRIC". Conversa. A verdadeiras potências do BRIC são China e Russia. O resto é embuste. Uma verdadeira potencia tem que ter condições de fazer o que a Russia fez na Geogia, quando outra potencia quer cantarde galo no seu terreiro.
Quem não consegue fazer o que a Russia fez, abaixa a cabeça como o Brasil sempre faz. Se os politicos querem fingir ser uma potencia, porque não querem o Eb como uma maquina de guerra, por ideologia, então é melhor viver em conflito com os interesses politicos, mas manter nosso dever constitucional.

O perigo é que, permitir que o "EB tome as rédeas de sua própria história" é, nada mais, nada menos, do que pedir pela derrubada da democracia e a restauração da ditadura militar. Pois, numa democracia, o Exército (e as outras forças) tem de se conformar em ter aquilo que os poderes legalmente constituídos acham que devem conceder, após satisfeitas as outras necessidade da sociedade.
Aqui sim tem um equivoco que esta afundando esse pais. Não é porque o governo foi eleito democraticamente que pode simplesmented eclarar o fim do EB. E discordar com o que os politcos querem para a força, não signific dar golpe.
Se o governo acha que dar dinheiro em forma do bolsa esmola para manter seu curral eleitoral é mais importante que ter um exército decente, a força tem mais é que dizer que o buraco existe.

o equívoco é achar que, necessariamente, um governo militar - em contraponto ao governo dos "pérfidos paisanos" - estaria disposto a, de forma automática, conceder tudo o que alguns - mas não todos - entendem que deva ser atribuído ao setor de defesa.
Clermont, vc tem certeza que tem alguém dizendo que um governo militar é a unica salvação para a defesa?
Como prova disso, o ano onde o Brasil chegou ao fundo-do-poço em matéria de gastos militares (pelo menos, até 1993), foi em 1979. Justamente o último ano de mandato do general-de-exército (ou melhor, do "general-de-presidência") Ernesto Geisel. Foi no governo dele que a Argentina assumiu uma dianteira em poder militar inédita sobre o Brasil, que só deve ter perdido com as catástrofes econômias e sociais dos anos 1990-2000.
Os anos 70 aos dias atuais foram perdidos para a defesa. O que se espera agora é salvar um pouco dessa decada.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#2039 Mensagem por Guerra » Dom Mai 06, 2012 7:58 pm

FCarvalho escreveu:Não conhece porque não quer ou porque não quer enxergar os acontecimentos e as evoluções de doutrina, material, logística e industrial que aconteceram no mundo neste último quarto de século. Ou será que somos tão bons que não precisamos das lições de ninguém para sermos melhores do que já não somos? Qual doutrina miraculosa e insubstituível/incomparável que a artilharia brasileira deve dispor somente daqui, que outros exemplos não possam ser seguidos e/ou imitados e adaptados? Isto é arrogância do EB ou simples falta de visão? Para um exército que não sabe o que é um conflito real a mais de meio século, este tipo de afirmação chega a me parecer um tanto que pretenciosa.
FCarvalho, a quanto tempo existe visores noturnos? O combate noturno existe no Eb a muito tempo, mas como vc queria que o Eb desenvolvesse uma doutrina de combate noturno com esse tipo de equipamento sem ter esse equipamento? Agora, vc acha mesmo que nenhum militarsabia que existia esse tipo deequipaemnto, faça-me o favor né!
É assim que funciona. Nao dá para montarCCde papel para ir para o campo fingir que temos blindados e formar uma doutrina que só existe no papel.
A doutrina delta já é uma ousadia. Porque muita coisa que esta escrita ali, não vale para o grosso da força. Ir além do que a doutrina delta já foi, já não é criar doutrina, é viajar na maionese.




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#2040 Mensagem por Clermont » Dom Mai 06, 2012 8:51 pm

Guerra escreveu:Se o EB quer sobreviver tem que focar totalmente na atividade fim. Esse tem que ser nosso discurso sempre, simplesmente porque esse é o nosso papel legal. Nós somos da guerra e é para isso que a nação nos paga e ponto final.

Temos que parar com o discurso para agrdar politico. Parar de mostrar mulheres na força saltando de paraquedas porque a presidente é mulher. Nosso discurso tem que focar a realidade.
É curioso. Em alguns momentos, tem-se a impressão de que as altas chefias do Exército abominam a participação de suas tropas em missões tipo polícia. Inclusive, diz-se que o ódio que muitos militares tem de FHC é porque este estaria disposto a transformar a força em uma "polícia de luxo" para atender os interesses americanos. Em outros instantes, por exemplo, quando se propôs tirar do Exército o papel de "garantia da lei e da ordem" da Constituição de 1988, houve todo tipo de pressão da caserna contra esta idéia. E por quê o Exército, até mesmo, criou uma brigada inteira de "garantia da lei e da ordem"? Tenho certeza de que nenhum político civil teve essa idéia por si mesmo. E esta a atividade-fim do Exército, ficar, para todo o sempre de prontidão para reprimir maus policias baderneiros?

O Exército é da guerra? Mas que guerra ele pretende vencer com recrutas mal-ajambrados do Serviço Militar Obrigatório? Se o Exército está tão interessado assim na sua atividade-fim, por quê será que em toda eleição presidencial, seus generais fazem absoluta questão de levar todos os candidatos ao cargo máximo para seus quartéis e fazem de tudo para arrancar deles a garantia de que não vão tentar mexer com o Serviço Militar Obrigatório?

E não nesse embuste que vendem sobre o Brasil. "O Brasil é uma potência dos BRIC". Conversa. A verdadeiras potências do BRIC são China e Russia. O resto é embuste. Uma verdadeira potencia tem que ter condições de fazer o que a Russia fez na Geogia, quando outra potencia quer cantarde galo no seu terreiro.
Quem não consegue fazer o que a Russia fez, abaixa a cabeça como o Brasil sempre faz.
E o que o reequipamento do Exército, realmente, tem a ver com esta realidade? A Rússia e a China são potências por um bocado de circunstâncias históricas que gente mais gabaritada do que eu poderia destrinchar. Com certeza, a posse de fortes exércitos por esses países foi uma conseqüência dessas circunstâncias. O Brasil satisfaz tais circunstâncias? Se satisfaz, então, por quê não temos poderosas forças armadas, dotadas de modernos equipamentos nacionais, fabricados internamente? Ora, o Brasil está levando uns trinta anos para dotar seus infantes com um simples fuzil de assalto! Nunca fabricou uma metralhadora pesada, nem sob licença!

Se o Brasil não satisfaz as tais das "circunstâncias históricas" que fazem da China e Rússia as verdadeiras potências desse tal de BRICS, então no que uma artificial criação de um aparato militar irá resolver? O Brasil já experimentou essa asneira, uma vez, em 1910. Nesse ano, o Brasil adquiriu dois dos mais poderosos couraçados da época. O mundo inteiro ficou boquiaberto; muitos se indagaram o que estaria por trás de um país insignificante no "grande jogo" das potências adqurindo tais belonaves? Alguns diziam que era uma tramóia de alguma superpotência que, assim que o Brasil recebesse os navios, os compraria, de comum acordo com os brasileiros. O Brasil, com os dois navios, ficou à frente de países como França e Alemanha. Mas, o Brasil, realmente, tinha um poder nacional maior do que o francês e alemão? Óbvio que não. No mesmo ano que os navios chegaram, estourou a Revolta da Chibata. A Marinha se atreveu a querer possuir os dois mais poderosos navios da época, e guarnecê-los com semi-escravos analfabetos. Deu no que deu. Em 1912, dois anos depois de chegarem ao Brasil, os dois navios já estavam com partes fundamentais como os canhões e as caldeiras, tomados de ferrugem. Em 1917, quando o país entrou na Grande Guerra, ofereceu seus dois couraçados para servirem sob as ordens da Real Marinha britânica. Esta recusou, pois estava bem ciente do estado lastimável dos navios e da pobreza profissional de suas tripulações.

Com certeza, uso melhor deste precioso dinheiro poderia ter sido feito. Mesmo se fosse empregado em armamentos...

Então, realmente, não consigo entender o que o Exército atual do Brasil, ou qualquer coisa que tenha a ver com seu reequipamento tem a ver com o Brasil fazer uma "trinca de iguais" com China e Rússia no BRICs.
Se os politicos querem fingir ser uma potencia, porque não querem o EB como uma maquina de guerra, por ideologia, então é melhor viver em conflito com os interesses politicos, mas manter nosso dever constitucional.
E são apenas os políticos que não querem o EB como "máquina de guerra"? E os generais do Exército, eles querem? Se querem, então porque não declaram, oficialmente, que não consideram mais de utilidade o Serviço Militar Obrigatório? Uma vez, eu li um livro de um sargento americano da Força Delta, com experiência em adestrar exércitos latino-americanos, ele comentou que, para comparar a capacidade de combate de dois exércitos, um fator importante é ver qual deles tem sargentos mais competentes e com mais autonomia de decisão dentro da instituição. E que, nos exércitos latino-americanos, este era um dos principais fatores de sua inferioridade profissional, comparado com os exércitos americano e europeus. Se os generais do Exército são tão assim preocupados com o seu "dever constitucional" porque não propõem ao Congresso uma correção desse ponto fraco de sua instituição?
Aqui sim tem um equivoco que esta afundando esse pais. Não é porque o governo foi eleito democraticamente que pode simplesmente declarar o fim do EB.
Nunca ouvi falar que o governo atual ou o anterior tivessem a intenção de "declarar o fim do EB". Ao contrário, tinha a impressão de que, dentro das possibilidades, tinham a intenção de comprar alguns novos implementos para a força. Afinal, não vem aí, os "Guarani" e o IA 2?
E discordar com o que os politcos querem para a força, não signific dar golpe. Se o governo acha que dar dinheiro em forma do bolsa esmola para manter seu curral eleitoral é mais importante que ter um exército decente, a força tem mais é que dizer que o buraco existe.
Concordo. Se as coisas não vão bem, é mesmo o dever profissional dos comandantes militares apontarem as deficiências. Até mesmo, apresentarem suas renúncias, se algo for grave o suficiente para isto. Mas, sempre lembrando que é o governo, democraticamente eleito, que dirá a última palavra. Se ele entende que o "bolsa-esmola" é o mais importante. Paciência. Esperemos uma nova administração. Até porque, se um acha que isso é um "bolsa-esmola", talvez um milhão ache que é uma grande e importante decisão de estadista. Não foi isso que ficou comprovado na última eleição presidencial?
Clermont, vc tem certeza que tem alguém dizendo que um governo militar é a unica salvação para a defesa?
Não tem não? Ora, mas que bom! Melhor para todos nós, certo?




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