Dall você está partindo de uma premissa errada.Dall escreveu:Sem saber o valor de ambas motorizações é complicado comparar.henriquejr escreveu:Mas será que todos os atuais operadores do MM40 terá condições de pagar o preço de uma remotorização do padrão de um Block III???
Acho que a Avibrás poderá oferecer uma opção mais "em conta" com o seu propulsor e a MBDA também deve ganhar algo com isso, através de royalties por ter participado no desenvolvimento.
Agora vejamos;
Se a questão for escala, quem tem a maior delas, a Avibras com algumas duzias de propulsores em carteira ou a MBDA com centenas de Blocks-III pela frente?
O propulsor é uma parte pequena do custo do míssil. Qual seria este percentual? Não sabemos, mas no programa de nacionalização do Gabriel nos anos de 1980 o propulsor seria 16% do míssil.
Para ajudar mais a Avibras na comparação, suponhamos que seja 30%, mesmo que a motorização da MBDA seja o dobro do preço da Avibras, o impacto sobre o valor do míssil final é de 15%. Por 15% e uma nova faixa de alcance 2,5 maior não valeria a pena?
Os clientes estão somente buscando preço neste tipo de modernização? Por exemplo, no programa da MBDA outras capacidades que tornam o míssil mais adequado a guerra litorânea como introdução da capacidade GPS e novos modos de ataque também são oferecidos. No programa da Avibras isto esta completamente fora do escopo.
O objetivo desse projeto não é desenvolver um produto de exportação, como você obviamente está afirmando, já que é justamente esse o ponto que você "ataca" no projeto. Portanto, tudo que voce afirmou acima, mesmo que TALVEZ seja verdade, não é um problema, pois, como eu já disse: o objetivo do programa não é obter um produto de exportação.
Segundo o Alte Fiúza, "O Objeto deste projeto é um míssil anti-navio produzido no Brasil que possa ser lançado dos lançadores existentes atualmente da MB."
Ao que tudo indica o objetivo está sendo atingido, se acontecer de haver exportações, tanto de trabalhos de remotorização como do futuro MAN, isso será um lucro, o qual, para fins de planejamento, nem mesmo estava sendo considerado.
Além do mais, a prestação de serviços de remotorização parece ser uma possibilidade real, sendo que a Argentina já manisfestou interesse nesta possibilidade.
Por fim só me resta dar os parabéns à MB, que apesar de muitas críticas levianas, continua trabalhando silenciosamente pela grandeza e emancipação de pátria.
Sds, Bravo.