Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
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- Marino
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Defesanet:
Bolívia questiona legalidade de terras de brasileiros
O governo boliviano disse na quarta-feira que duvida da legalidade dos títulos de propriedade de terras de brasileiros no leste e nordeste do país, e ameaça realizar um processo de "expropriação". "Identificamos um grande número de prédios em zonas produtivas com presunção de ilegalidade de posse", informou o vice-ministro de Terras.
"Nestes prédios há colônias menonitas, brasileiros e outros; e estamos realizando as investigações necessárias para verificar a ilegalidade ou não destas construções".
O comunicado destaca que imagens de satélite apontam para ilegalidades em 1.325.403 hectares, principalmente no leste e nordeste do país, envolvendo terras ricas para a agricultura e a pecuária. "Vamos prosseguir com o processo de reversão e expropriação" de prédios, de "maneira paralela ao processo de saneamento", advertiu o vice-ministro sobre a investigação dos títulos de propriedade.
O governo do presidente Evo Morales promove um processo de redistribuição de terras para beneficiar os pequenos camponeses em detrimento dos latifundiários.
Bolívia questiona legalidade de terras de brasileiros
O governo boliviano disse na quarta-feira que duvida da legalidade dos títulos de propriedade de terras de brasileiros no leste e nordeste do país, e ameaça realizar um processo de "expropriação". "Identificamos um grande número de prédios em zonas produtivas com presunção de ilegalidade de posse", informou o vice-ministro de Terras.
"Nestes prédios há colônias menonitas, brasileiros e outros; e estamos realizando as investigações necessárias para verificar a ilegalidade ou não destas construções".
O comunicado destaca que imagens de satélite apontam para ilegalidades em 1.325.403 hectares, principalmente no leste e nordeste do país, envolvendo terras ricas para a agricultura e a pecuária. "Vamos prosseguir com o processo de reversão e expropriação" de prédios, de "maneira paralela ao processo de saneamento", advertiu o vice-ministro sobre a investigação dos títulos de propriedade.
O governo do presidente Evo Morales promove um processo de redistribuição de terras para beneficiar os pequenos camponeses em detrimento dos latifundiários.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Hum, reforma agrária....será que vai dar certo lá?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
- Marino
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
ESP
Bolívia volta a expulsar brasileiros na fronteira
A Bolívia começou mais uma onda de expulsões de brasileiros que vivem em seu território, na
fronteira com o Acre. O governador do Acre, Tião Viana, informou ao Gabinete de Segurança
Institucional que proprietários de chácaras na região de Capixaba, a 80 quilômetros de Rio Branco, estão
sendo retirados de suas casas e suas terras estão sendo ocupadas por soldados bolivianos. O
Ministério da Defesa deslocou uma tropa para a região para guardar a fronteira e tentar impedir novas
entradas não autorizadas.
Bolívia volta a expulsar brasileiros na fronteira
A Bolívia começou mais uma onda de expulsões de brasileiros que vivem em seu território, na
fronteira com o Acre. O governador do Acre, Tião Viana, informou ao Gabinete de Segurança
Institucional que proprietários de chácaras na região de Capixaba, a 80 quilômetros de Rio Branco, estão
sendo retirados de suas casas e suas terras estão sendo ocupadas por soldados bolivianos. O
Ministério da Defesa deslocou uma tropa para a região para guardar a fronteira e tentar impedir novas
entradas não autorizadas.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
A Bolívia tem dinheiro para financiar as safras, tecnologia, plano para que serve essas desapropriações dentro da estrutura econômica do país? Mais, um fracasso à vista.irlan escreveu:Hum, reforma agrária....será que vai dar certo lá?
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- Marino
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Folha de São Paulo
Brasileiros acusam Bolívia de agressão
Freud Antunes e Isabel Fleck
Colonos no país vizinho dizem que militares invadiram e incendiaram suas casas, perto da fronteira com Acre.
Lei boliviana proíbe estrangeiros de ter propriedades na fronteira; Itamaraty investiga denúncias.
O governo investiga denúncias de ações truculentas nos últimos dias contra brasileiros que vivem em território boliviano, por membros do Exército do país vizinho.
Os militares teriam expulsado os brasileiros de suas propriedades na região da fronteira com o Acre, agredido colonos e destruído e incendiado casas.
O Itamaraty enviou à cidade de Capixaba (AC) o encarregado de negócios na Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, para conversar com os cerca de 30 brasileiros que apresentaram a denúncia ao governo do Acre.
O Ministério da Defesa também afirma ter enviado um capitão do Exército para averiguar as informações de que militares bolivianos teriam entrado no Brasil armados, para buscar mantimentos e abastecer veículos.
Se confirmada, a ação contraria norma internacional que prevê solicitação prévia para a movimentação de forças armadas em outro país.
Um batalhão de Brasileia com cerca de 35 militares também foi enviado a Capixaba, em uma "ação de caráter preventivo", segundo o ministério.
A ação dos bolivianos contra os brasileiros teria começado no fim de semana. O colono José Carlos Caldas, que vive no seringal Fortaleza, do lado boliviano, disse ter sido surpreendido por militares ao voltar do Brasil.
"Saímos no último sábado da Bolívia para vir a Capixaba. Quando voltamos, na segunda, encontramos o Exército boliviano. Fomos recebidos por militares apontando fuzis. Invadiram nossa casa, prenderam cavalos, mataram porco e gado", disse.
RECOLOCAÇÃO
De acordo com a lei boliviana, estrangeiros não podem ter terras em uma faixa a 50 km da fronteira.
A presença de brasileiros na região é motivo de tensão entre os dois países desde a posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, em 2006.
O Itamaraty estima que cerca de 300 famílias de brasileiros vivem hoje nesta faixa do lado boliviano.
Cerca de 160 outras já teriam sido assentadas nos últimos anos -no interior da Bolívia e no Brasil- por meio de um acordo firmado entre os dois países e a OIM (Organização Internacional para Migrações).
A parceria prevê o repasse de verbas brasileiras para a organização comprar imóveis longe da faixa de fronteira.
"Vamos apurar as denúncias. Uma vez apuradas, vamos fazer chegar às autoridades bolivianas a nossa insatisfação. Depois queremos avançar no reassentamento dos brasileiros para que possam sair rapidamente", disse Sabóia, que, se reuniu ontem com representantes do governo do Acre, da prefeitura de Capixaba, do Exército e da Polícia Federal.
Procurado, o Ministério do Interior boliviano não respondeu, até o fechamento do jornal, se a ação de expulsão havia sido ordenada pelo governo vizinho.
Brasileiros acusam Bolívia de agressão
Freud Antunes e Isabel Fleck
Colonos no país vizinho dizem que militares invadiram e incendiaram suas casas, perto da fronteira com Acre.
Lei boliviana proíbe estrangeiros de ter propriedades na fronteira; Itamaraty investiga denúncias.
O governo investiga denúncias de ações truculentas nos últimos dias contra brasileiros que vivem em território boliviano, por membros do Exército do país vizinho.
Os militares teriam expulsado os brasileiros de suas propriedades na região da fronteira com o Acre, agredido colonos e destruído e incendiado casas.
O Itamaraty enviou à cidade de Capixaba (AC) o encarregado de negócios na Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, para conversar com os cerca de 30 brasileiros que apresentaram a denúncia ao governo do Acre.
O Ministério da Defesa também afirma ter enviado um capitão do Exército para averiguar as informações de que militares bolivianos teriam entrado no Brasil armados, para buscar mantimentos e abastecer veículos.
Se confirmada, a ação contraria norma internacional que prevê solicitação prévia para a movimentação de forças armadas em outro país.
Um batalhão de Brasileia com cerca de 35 militares também foi enviado a Capixaba, em uma "ação de caráter preventivo", segundo o ministério.
A ação dos bolivianos contra os brasileiros teria começado no fim de semana. O colono José Carlos Caldas, que vive no seringal Fortaleza, do lado boliviano, disse ter sido surpreendido por militares ao voltar do Brasil.
"Saímos no último sábado da Bolívia para vir a Capixaba. Quando voltamos, na segunda, encontramos o Exército boliviano. Fomos recebidos por militares apontando fuzis. Invadiram nossa casa, prenderam cavalos, mataram porco e gado", disse.
RECOLOCAÇÃO
De acordo com a lei boliviana, estrangeiros não podem ter terras em uma faixa a 50 km da fronteira.
A presença de brasileiros na região é motivo de tensão entre os dois países desde a posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, em 2006.
O Itamaraty estima que cerca de 300 famílias de brasileiros vivem hoje nesta faixa do lado boliviano.
Cerca de 160 outras já teriam sido assentadas nos últimos anos -no interior da Bolívia e no Brasil- por meio de um acordo firmado entre os dois países e a OIM (Organização Internacional para Migrações).
A parceria prevê o repasse de verbas brasileiras para a organização comprar imóveis longe da faixa de fronteira.
"Vamos apurar as denúncias. Uma vez apuradas, vamos fazer chegar às autoridades bolivianas a nossa insatisfação. Depois queremos avançar no reassentamento dos brasileiros para que possam sair rapidamente", disse Sabóia, que, se reuniu ontem com representantes do governo do Acre, da prefeitura de Capixaba, do Exército e da Polícia Federal.
Procurado, o Ministério do Interior boliviano não respondeu, até o fechamento do jornal, se a ação de expulsão havia sido ordenada pelo governo vizinho.
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- rodrigo
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Rezem para o espírito de Plácido de Castro, porque se depender do governo brasileiro vão morrer nas mãos dos bolivianos.Brasileiros acusam Bolívia de agressão
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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- angelogalvao
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Acredito que o tom da conversa começou a mudar:
Terra
Altino Machado
O Ministério da Defesa deslocou uma tropa para o município de Capixaba (AC), a 70 quilômetros de Rio Branco, após o Exército da Bolívia ter retomado o processo de expulsão de brasileiros que vivem em seu território.
Na semana passada, antes de expulsarem um colono brasileiro, os militares bolivianos circularam por Capixaba portando pistolas e armas de grosso calibre, fizeram compras no comérico local e até abasteceram seus veículos num posto da cidade.
A tropa do Exército Brasileiro, que conta com apoio da Polícia Federal, tem a missão de guardar a fronteira e impedir novas entradas não autorizadas de militares bolivianos em território nacional.
O Ministério da Defesa movimentou o Exército e Polícia Federal após o governador do Acre, Tião Viana (PT), ter informado ao Gabinete de Segurança Institucional que colonos brasileiros estão sendo expulsos de suas casas e suas terras estão sendo ocupadas por soldados bolivianos.
Existem mais de 500 colonos brasileiros na região do Alto Acre, que abrange os municípios de Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Epicilância, Brasiléia e Assis Brasil. Além dos colonos, existem 50 produtores rurais com pequenas fazendas, que variam de 100 a 300 hectares de pastagens.
O colono José Carlos Caldas, expulso pelos bolivianos, perdeu a plantação e a pequena criação de gado, além de outros bens. Parte do gado teria sido abatida pelos militares para alimentar a tropa boliviana.
O colono registrou o caso na delegacia da Polícia Federal de Epitaciolândia e pediu ajuda do governo brasileiro. A propriedade que ele ocupava na Bolívia pertencia ao pai dele há mais de 40 anos.
- O grave é que a Bolívia não parece empenhada em manter boas relações diplomáticas. Qualquer ação militar que envolva os exércitos dos dois países na fronteira deve ser comunicada, mas nem o Exército brasileiro, nem o Itamaraty e nem o Governo do Acre foram informados da operação. A situação exige por parte da diplomacia brasileira um protesto forte junto aos diplomatas bolivianos – disse ao Blog da Amazônia o secretário Nilson Mourão, de Justiça e Direitos Humanos do Acre, após participar de uma reunião em Capixaba com a presença do ministro Eduardo Paes Sabóia, da Embaixada do Brasil na Bolívia.
Mourão disse que ele e o ministro estão elaborando um relatório em que sugerem que a Bolívia seja tolerante com a presença dos colonos brasileiros até o final do ano. Até lá, o os colonos serão assentados pelo Incra em território brasileiro.
- Estamos sugerindo, ainda, que haja um entendimento envolvendo a diplomacia dos dois países em relação aos 50 proprietários que possuem fazendas de 100 a 300 hectares na Bolívia, na região do município de Capixaba – disse acrescentou Mourão.
Terra
Altino Machado
O Ministério da Defesa deslocou uma tropa para o município de Capixaba (AC), a 70 quilômetros de Rio Branco, após o Exército da Bolívia ter retomado o processo de expulsão de brasileiros que vivem em seu território.
Na semana passada, antes de expulsarem um colono brasileiro, os militares bolivianos circularam por Capixaba portando pistolas e armas de grosso calibre, fizeram compras no comérico local e até abasteceram seus veículos num posto da cidade.
A tropa do Exército Brasileiro, que conta com apoio da Polícia Federal, tem a missão de guardar a fronteira e impedir novas entradas não autorizadas de militares bolivianos em território nacional.
O Ministério da Defesa movimentou o Exército e Polícia Federal após o governador do Acre, Tião Viana (PT), ter informado ao Gabinete de Segurança Institucional que colonos brasileiros estão sendo expulsos de suas casas e suas terras estão sendo ocupadas por soldados bolivianos.
Existem mais de 500 colonos brasileiros na região do Alto Acre, que abrange os municípios de Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Epicilância, Brasiléia e Assis Brasil. Além dos colonos, existem 50 produtores rurais com pequenas fazendas, que variam de 100 a 300 hectares de pastagens.
O colono José Carlos Caldas, expulso pelos bolivianos, perdeu a plantação e a pequena criação de gado, além de outros bens. Parte do gado teria sido abatida pelos militares para alimentar a tropa boliviana.
O colono registrou o caso na delegacia da Polícia Federal de Epitaciolândia e pediu ajuda do governo brasileiro. A propriedade que ele ocupava na Bolívia pertencia ao pai dele há mais de 40 anos.
- O grave é que a Bolívia não parece empenhada em manter boas relações diplomáticas. Qualquer ação militar que envolva os exércitos dos dois países na fronteira deve ser comunicada, mas nem o Exército brasileiro, nem o Itamaraty e nem o Governo do Acre foram informados da operação. A situação exige por parte da diplomacia brasileira um protesto forte junto aos diplomatas bolivianos – disse ao Blog da Amazônia o secretário Nilson Mourão, de Justiça e Direitos Humanos do Acre, após participar de uma reunião em Capixaba com a presença do ministro Eduardo Paes Sabóia, da Embaixada do Brasil na Bolívia.
Mourão disse que ele e o ministro estão elaborando um relatório em que sugerem que a Bolívia seja tolerante com a presença dos colonos brasileiros até o final do ano. Até lá, o os colonos serão assentados pelo Incra em território brasileiro.
- Estamos sugerindo, ainda, que haja um entendimento envolvendo a diplomacia dos dois países em relação aos 50 proprietários que possuem fazendas de 100 a 300 hectares na Bolívia, na região do município de Capixaba – disse acrescentou Mourão.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
angelogalvao escreveu:Acredito que o tom da conversa começou a mudar
Bom, depois dessa invasão, ficar quieto seria demais.angelogalvao escreveu:antes de expulsarem um colono brasileiro, os militares bolivianos circularam por Capixaba portando pistolas e armas de grosso calibre, fizeram compras no comérico local e até abasteceram seus veículos num posto da cidade.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Vamos ocupar nosso 28° estado e resolver de uma vez por todas o problema do Santos, não mais vão jogar com bolivianos na Libertadores.
Brincadeira a parte, chegou a hora de mostrar o "braço forte", servirá também para Paraguai perceber que não vamos permitir essas ocupações.
Saudações
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Só uma coisa: é LEGAL estrangeiros possuírem terras nas fronteiras? Lá parece que não é, aqui sim? Tipo um Paraguaio comprar uma fazenda no Brasil bem na fronteira com seus País ou Francês comprar uma fazenda idem bem na fronteira com o Guiana Francesa, pode? Pergunto porque não sei mesmo...
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Concordo!rodrigo escreveu:angelogalvao escreveu:Acredito que o tom da conversa começou a mudarBom, depois dessa invasão, ficar quieto seria demais.angelogalvao escreveu:antes de expulsarem um colono brasileiro, os militares bolivianos circularam por Capixaba portando pistolas e armas de grosso calibre, fizeram compras no comérico local e até abasteceram seus veículos num posto da cidade.
Gostaria de ver uma resposta mais enérgica do governo.
Sds, Bravo.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Creio eu que pode, pois trabalhei naquela fronteira em questão e é muito comum encontrar bolivianos com propriedades no brasil peincipalmente em brasiléia. O que é muito engraçado é o fato deles entrarem na cidade de capixaba que fica separado da fronteira por uma pequena faixa de florestas e somente um ramal dá acesso ao lado boliviano. Isso dá pra concluir que foi pura provocação, pois não tem como alegar que foi engano ou coisa do tipo erro de calculo ou ainda que estavam perdidos. Mas quem vive naquelas bandas sabe que é bem comum a policia boliviana entrar em território brasileiro, até mesmo dentro da cidade, para capturar bandidos e isso tudo sem (conhecimento) autorização das autoridades locais.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Túlio escreveu:Só uma coisa: é LEGAL estrangeiros possuírem terras nas fronteiras? Lá parece que não é, aqui sim? Tipo um Paraguaio comprar uma fazenda no Brasil bem na fronteira com seus País ou Francês comprar uma fazenda idem bem na fronteira com o Guiana Francesa, pode? Pergunto porque não sei mesmo...
Creio eu que pode, pois trabalhei naquela fronteira em questão e é muito comum encontrar bolivianos com propriedades no brasil peincipalmente em brasiléia. O que é muito engraçado é o fato deles entrarem na cidade de capixaba que fica separado da fronteira por uma pequena faixa de florestas e somente um ramal dá acesso ao lado boliviano. Isso dá pra concluir que foi pura provocação, pois não tem como alegar que foi engano ou coisa do tipo erro de calculo ou ainda que estavam perdidos. Mas quem vive naquelas bandas sabe que é bem comum a policia boliviana entrar em território brasileiro, até mesmo dentro da cidade, para capturar bandidos e isso tudo sem (conhecimento) autorização das autoridades locais.
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
LEGALMENTE, Neison? Vou explicar a razão da pergunta: se aqui também é ao arrepio da Lei, bueno, é começar a correr com a cambada também, com milico e tudo no meio; se é LEGAL, há algo errado com a nossa Lei...
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Re: Bolívia expulsa brasileiros da fronteira
Bolívia inicia campanha de execração de colonos brasileiros na Foz do Abunã
SEX, 27 DE ABRIL DE 2012 17:55 AGAZETA.NET
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O terror ecoa na selva. O semblante dos colonos brasileiros é de pavor. Eles estão humilhados. Vêem o que semearam por décadas, sendo destruídos por facínoras representantes de um Estado sem governo: a Bolívia. Soldados bolivianos bêbados e armados de fuzis impõem o terror, ameaçam estuprar mulheres e roubam o gado e a castanha como verdadeiros 'jagunços oficiais'.
É este o clima vivido neste momento, na foz do rio Abunã, uma extensa área na divisa do Acre com o departamento boliviano do Beni, e palco de uma onda de saques, incêndios e até ameaças de morte a cidadãos brasileiros fincados na floresta amazônica boliviana desde a década de 70.
Fernando Rodrigues e a esposa perderam quase tudo, após militares bolivianos incendiarem casa e os expulsarem de colocação (Foto: Cedida por Manoel Tavares)
Não se estranha que a subjugação desses brasileiros já leve décadas. No entanto, essas ações se intensificaram, desde a última quinta-feira, 19, elevando-se a ataques que numa primeira análise, parecem ser financiados por empresários da castanha, nas cidades de Riberalta e Cobija. As cidades possuem duas usinas de beneficiamento, cada uma, e na ausência do Estado Boliviano, o aparato bélico estatal corrupto sofre influência do poderio econômico de empresários de Pando e do Beni.
Ao menos 80 militares vindos de Riberalta (cidade a 250 quilômetros da fronteira com o Acre) estão na região, desapropriando terras cultivadas por famílias brasileiras, muitas ali desde a década de 70. Os soldados estão sendo liderados por um coronel identificado por Torres, o mesmo que tentou negociar a esposa de um brasileiro para violentá-la sexualmente.
José Carlos Caldas também teve a propriedade invadida e registrou queixa na Polícia Federal (Foto: Clériston Amorim/AGazeta.net)
Alcoolizados, como é sempre do feitio dessas tropas que estão no local, dez soldados invadiram a casa de José Carlos Fernandes Caldas e lá permaneceram do dia 19 ao dia 23 deste mês, onde confiscaram toda a produção de castanha, cerca de duas mil latas. Cada lata poderia ser vendida à Cooperacre, uma cooperativa de Capixaba, a R$ 22.
“Ele chegaram bêbados, pediram para que José se ajoelhasse e só não bateram nele porque ele se humilhou”, narra Manoel da Silva Tavares, que é observador do Palácio do Itamaraty na região e funcionário da Secretaria de Meio Ambiente, da Prefeitura de Capixaba (80 quilômetros de Rio Branco e cidade mais próxima dos conflitos).
Num tom patético, um dos comandados de Torres chegou a afirmar: “Estamos prontos para derramar o sangue pela pátria boliviana”. O colono registrou uma queixa na Polícia Federal de Epitaciolândia.
No mesmo período: no sábado, dia 21, o coronel Torres causaria também uma das mais aterrorizantes situações para o irmão de José Caldas. Sob suas ordens, o colono Fernando Rodrigues Caldas teve a sua casa e uma miniusina de beneficiamento de farinha de mandioca incendiadas por soldados. Das cinzas só restou o fogão.
“O mesmo coronel Torres pegou no braço de minha esposa e disse que a levaria com ele”, diz. “Troco a chôca (palavra para ‘loira’) em troca de dez soldados”, disse o oficial, segundo Fernando.
"Então, eu disse ao coronel que minha mulher não era animal para ser trocada e consegui convencê-lo. Mesmo assim, os seus soldados passaram a noite bebendo e nos ameaçando de morte dentro de nossa propriedade”.
O rapaz foi localizado por AGazeta.net quando viajava às pressas, em motocicleta com a mulher na garupa, num trecho do quilômetro 18 do ramal Brasil/Bolívia. Ele vinha em busca de ajuda para retirar 80 cabeças de gado que foram deixadas na propriedade. Outras cinco já tinham sido embarcadas em caminhões bolivianos rumo a Riberalta.
Coronel Torres, ao centro, é considerado o homem que impõe o terror a colonos brasileiros. Nesta foto, almoçando armado em território nacional (Foto: Cedida por Manoel Tavares)
O ultimato do Governo Boliviano para os brasileiros se retirarem é de 15 dias. “Por isso, vou ter que remover até amanhã (sexta-feira) as 80 cabeças de boi que deixei lá. Senão vai virar tudo churrasco de soldado”, brinca.
A área que está sendo desapropriada pelos bolivianos é de mais ou menos mil quilômetros, segundo levantamento da Prefeitura de Capixaba, por meio do Google Earth. Ela começa na região de Santa Rosa, próximo à cidade de Riberalta e se estende à Cobija, a capital do departamento de Pando, já na fronteira com a cidades brasileiras de Epitaciolândia e Brasiléia (a 240 quilômetros de Rio Branco).
Até esta quinta-feira, 26, cerca de 80 militares bolivianos tinham chegado à região. Na próxima segunda-feira, 30, outros 15 soldados vindos de Cobija e de Riberalta, aportam na Vila Rapi-Rã, separada do Brasil apenas pelo ramal Brasil/Bolívia.
Na região do Chipamano, eles se concentram em grupos de cinco ou seis soldados por cada propriedade tomada. Ali, confiscam a castanha e as revendem também para o custeio das próprias operações que realizam ou mesmo para ficar com o dinheiro.
Invasões ao território nacional – Fotos mostram que tropas bolivianas sob o comando de Torres estão invadindo o solo nacional armadas de pistolas e facões. As imagens foram registradas por brasileiros na região da Vila Rapi-Rã, no início desta semana,
Numa dessas imagens, o coronel Torres, acusado de tortura aos colonos brasileiros dentro da Bolívia, se mostra sorridente numa rodada de comandados, durante almoço num restaurante do lado brasileiro.
Nas fotos, eles almoçam tranquilamente no estabelecimento de um brasileiro em solo nacional, embora armados.
“Isso nos mostra uma contradição, porque ao passo que somos destratados lá, aqui nós os recebemos muito bem”, pontua Manoel Tavares.
Exército Brasileiro se instalou no início do ramal Brasil/Bolívia (Foto: Clériston Amorim/AGazeta.net)
O observador do Itamaraty enviou nesta quinta-feira, 26, relatório da situação ao Governo Brasileiro, em Brasília e também à embaixada do Brasil em La Paz. Em anexo, estavam as imagens das tropas bolivianas em território brasileiro.
Desde que a tensão aumentou no local, o Exército Brasileiro mantém uma tropa de cerca de 50 homens na entrada do ramal Brasil/Bolívia, próximo ao km 4 e a mais ou menos oito quilômetros da Vila Rapi-Rã. Embora estejam todos armados de fuzil, a missão dos soldados brasileiros se resume a fiscalizar o tráfego de veículos que saem do ramal em direção à cidade de Capixaba.
Produtor vai resistir – A caminho da colocação do Limoeiro encontramos Bento Marques de Souza, cuja família está na região desde 1975. Seus pais, ex-donos de três seringais na Bolívia, legaram aos filhos as terras que hoje estão sendo desapropriadas.
“Aqui, até 1990, era muito tranquilo. Eles (os bolivianos) reivindicavam apenas 10% da produção de borracha e agora de castanha e ficava assim”, relembra Souza, que tem uma carteira de identidade, que segundo ele, lhe dá direitos parecidos aos de uma dupla nacionalidade, já que a família está desde a década de 70 na área.
Afirma que vai ficar no local até as “últimas consequências”, porque acredita que a perseguição boliviana que agora sofrem tende a acabar nos próximos meses.
Ele cita um indivíduo identificado por Pato Lebre, comprador de castanhas, como principal articulador dessas ações.
“Esse boliviano veio aqui no ano passado e quase não comprou castanhas, porque queria levar por um preço bem abaixo do de mercado”, diz Bento de Souza. No entanto, teria saído do local afirmando: “Em 2012, vocês saberão do que sou capaz de fazer contra vocês”.
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SEX, 27 DE ABRIL DE 2012 17:55 AGAZETA.NET
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O terror ecoa na selva. O semblante dos colonos brasileiros é de pavor. Eles estão humilhados. Vêem o que semearam por décadas, sendo destruídos por facínoras representantes de um Estado sem governo: a Bolívia. Soldados bolivianos bêbados e armados de fuzis impõem o terror, ameaçam estuprar mulheres e roubam o gado e a castanha como verdadeiros 'jagunços oficiais'.
É este o clima vivido neste momento, na foz do rio Abunã, uma extensa área na divisa do Acre com o departamento boliviano do Beni, e palco de uma onda de saques, incêndios e até ameaças de morte a cidadãos brasileiros fincados na floresta amazônica boliviana desde a década de 70.
Fernando Rodrigues e a esposa perderam quase tudo, após militares bolivianos incendiarem casa e os expulsarem de colocação (Foto: Cedida por Manoel Tavares)
Não se estranha que a subjugação desses brasileiros já leve décadas. No entanto, essas ações se intensificaram, desde a última quinta-feira, 19, elevando-se a ataques que numa primeira análise, parecem ser financiados por empresários da castanha, nas cidades de Riberalta e Cobija. As cidades possuem duas usinas de beneficiamento, cada uma, e na ausência do Estado Boliviano, o aparato bélico estatal corrupto sofre influência do poderio econômico de empresários de Pando e do Beni.
Ao menos 80 militares vindos de Riberalta (cidade a 250 quilômetros da fronteira com o Acre) estão na região, desapropriando terras cultivadas por famílias brasileiras, muitas ali desde a década de 70. Os soldados estão sendo liderados por um coronel identificado por Torres, o mesmo que tentou negociar a esposa de um brasileiro para violentá-la sexualmente.
José Carlos Caldas também teve a propriedade invadida e registrou queixa na Polícia Federal (Foto: Clériston Amorim/AGazeta.net)
Alcoolizados, como é sempre do feitio dessas tropas que estão no local, dez soldados invadiram a casa de José Carlos Fernandes Caldas e lá permaneceram do dia 19 ao dia 23 deste mês, onde confiscaram toda a produção de castanha, cerca de duas mil latas. Cada lata poderia ser vendida à Cooperacre, uma cooperativa de Capixaba, a R$ 22.
“Ele chegaram bêbados, pediram para que José se ajoelhasse e só não bateram nele porque ele se humilhou”, narra Manoel da Silva Tavares, que é observador do Palácio do Itamaraty na região e funcionário da Secretaria de Meio Ambiente, da Prefeitura de Capixaba (80 quilômetros de Rio Branco e cidade mais próxima dos conflitos).
Num tom patético, um dos comandados de Torres chegou a afirmar: “Estamos prontos para derramar o sangue pela pátria boliviana”. O colono registrou uma queixa na Polícia Federal de Epitaciolândia.
No mesmo período: no sábado, dia 21, o coronel Torres causaria também uma das mais aterrorizantes situações para o irmão de José Caldas. Sob suas ordens, o colono Fernando Rodrigues Caldas teve a sua casa e uma miniusina de beneficiamento de farinha de mandioca incendiadas por soldados. Das cinzas só restou o fogão.
“O mesmo coronel Torres pegou no braço de minha esposa e disse que a levaria com ele”, diz. “Troco a chôca (palavra para ‘loira’) em troca de dez soldados”, disse o oficial, segundo Fernando.
"Então, eu disse ao coronel que minha mulher não era animal para ser trocada e consegui convencê-lo. Mesmo assim, os seus soldados passaram a noite bebendo e nos ameaçando de morte dentro de nossa propriedade”.
O rapaz foi localizado por AGazeta.net quando viajava às pressas, em motocicleta com a mulher na garupa, num trecho do quilômetro 18 do ramal Brasil/Bolívia. Ele vinha em busca de ajuda para retirar 80 cabeças de gado que foram deixadas na propriedade. Outras cinco já tinham sido embarcadas em caminhões bolivianos rumo a Riberalta.
Coronel Torres, ao centro, é considerado o homem que impõe o terror a colonos brasileiros. Nesta foto, almoçando armado em território nacional (Foto: Cedida por Manoel Tavares)
O ultimato do Governo Boliviano para os brasileiros se retirarem é de 15 dias. “Por isso, vou ter que remover até amanhã (sexta-feira) as 80 cabeças de boi que deixei lá. Senão vai virar tudo churrasco de soldado”, brinca.
A área que está sendo desapropriada pelos bolivianos é de mais ou menos mil quilômetros, segundo levantamento da Prefeitura de Capixaba, por meio do Google Earth. Ela começa na região de Santa Rosa, próximo à cidade de Riberalta e se estende à Cobija, a capital do departamento de Pando, já na fronteira com a cidades brasileiras de Epitaciolândia e Brasiléia (a 240 quilômetros de Rio Branco).
Até esta quinta-feira, 26, cerca de 80 militares bolivianos tinham chegado à região. Na próxima segunda-feira, 30, outros 15 soldados vindos de Cobija e de Riberalta, aportam na Vila Rapi-Rã, separada do Brasil apenas pelo ramal Brasil/Bolívia.
Na região do Chipamano, eles se concentram em grupos de cinco ou seis soldados por cada propriedade tomada. Ali, confiscam a castanha e as revendem também para o custeio das próprias operações que realizam ou mesmo para ficar com o dinheiro.
Invasões ao território nacional – Fotos mostram que tropas bolivianas sob o comando de Torres estão invadindo o solo nacional armadas de pistolas e facões. As imagens foram registradas por brasileiros na região da Vila Rapi-Rã, no início desta semana,
Numa dessas imagens, o coronel Torres, acusado de tortura aos colonos brasileiros dentro da Bolívia, se mostra sorridente numa rodada de comandados, durante almoço num restaurante do lado brasileiro.
Nas fotos, eles almoçam tranquilamente no estabelecimento de um brasileiro em solo nacional, embora armados.
“Isso nos mostra uma contradição, porque ao passo que somos destratados lá, aqui nós os recebemos muito bem”, pontua Manoel Tavares.
Exército Brasileiro se instalou no início do ramal Brasil/Bolívia (Foto: Clériston Amorim/AGazeta.net)
O observador do Itamaraty enviou nesta quinta-feira, 26, relatório da situação ao Governo Brasileiro, em Brasília e também à embaixada do Brasil em La Paz. Em anexo, estavam as imagens das tropas bolivianas em território brasileiro.
Desde que a tensão aumentou no local, o Exército Brasileiro mantém uma tropa de cerca de 50 homens na entrada do ramal Brasil/Bolívia, próximo ao km 4 e a mais ou menos oito quilômetros da Vila Rapi-Rã. Embora estejam todos armados de fuzil, a missão dos soldados brasileiros se resume a fiscalizar o tráfego de veículos que saem do ramal em direção à cidade de Capixaba.
Produtor vai resistir – A caminho da colocação do Limoeiro encontramos Bento Marques de Souza, cuja família está na região desde 1975. Seus pais, ex-donos de três seringais na Bolívia, legaram aos filhos as terras que hoje estão sendo desapropriadas.
“Aqui, até 1990, era muito tranquilo. Eles (os bolivianos) reivindicavam apenas 10% da produção de borracha e agora de castanha e ficava assim”, relembra Souza, que tem uma carteira de identidade, que segundo ele, lhe dá direitos parecidos aos de uma dupla nacionalidade, já que a família está desde a década de 70 na área.
Afirma que vai ficar no local até as “últimas consequências”, porque acredita que a perseguição boliviana que agora sofrem tende a acabar nos próximos meses.
Ele cita um indivíduo identificado por Pato Lebre, comprador de castanhas, como principal articulador dessas ações.
“Esse boliviano veio aqui no ano passado e quase não comprou castanhas, porque queria levar por um preço bem abaixo do de mercado”, diz Bento de Souza. No entanto, teria saído do local afirmando: “Em 2012, vocês saberão do que sou capaz de fazer contra vocês”.
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