TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Boeing nega resistência americana à venda de caças
Por Francisco Carlos de Assis, colaborou Silvana M
São Paulo - A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, classificou nesta terça-feira de "lenda" a justificativa brasileira de que a maior dificuldade para compra de caças pela Força Aérea Brasileira (FAB) é a resistência do governo americano em autorizar a transferência de tecnologia.
"Eu não entendo o porquê desta justificativa. Talvez vocês da mídia possam me ajudar a entender. Na realidade, temos oferecido para o Brasil a mesma tecnologia que oferecemos para nossos melhores aliados, ou seja, os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo. Então, acho que essa questão já está superada", disse Donna Hrinak, que participou do seminário "Oportunidades nas Relações Comerciais do Brasil Frente à Nova Configuração dos Blocos Econômicos Mundiais", realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. "Para mim, isso é uma lenda e não vai atrapalhar", afirmou.
Donna Hrinak, que também foi embaixadora dos Estados Unidos no País entre 2002 e 2004, disse entender a importância da transferência de tecnologia, mas ressaltou que é preciso falar também do desenvolvimento de tecnologias no País. "O avião não é estático. O avião evolui com as demandas dos clientes. E essas mudanças e inovações podem acontecer aqui, com a indústria brasileira trabalhando junto com a Boeing", afirmou a executiva,
Questionada sobre o que estaria faltando para que o projeto seja concluído, a presidente da Boeing respondeu que espera apenas uma decisão do governo brasileiro. "Estamos esperando uma decisão do governo para o País inteiro, e não só para a indústria ou para a Força Aérea", disse. Donna Hrinak evitou comentar se a questão do projeto F-X2 foi um dos temas da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, em Brasília, na semana passada.
O processo de compra dos caças brasileiros se arrasta desde 1996. Atualmente chamado de F-X2, o programa prevê a compra de 36 caças, um negócio estimado entre US$ 4 bilhões e US$ 6,5 bilhões. Houve vários adiamentos, o último deles no início do governo da presidente Dilma Rousseff, em 2011. Os concorrentes são o avião Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da Boeing.
Por Francisco Carlos de Assis, colaborou Silvana M
São Paulo - A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, classificou nesta terça-feira de "lenda" a justificativa brasileira de que a maior dificuldade para compra de caças pela Força Aérea Brasileira (FAB) é a resistência do governo americano em autorizar a transferência de tecnologia.
"Eu não entendo o porquê desta justificativa. Talvez vocês da mídia possam me ajudar a entender. Na realidade, temos oferecido para o Brasil a mesma tecnologia que oferecemos para nossos melhores aliados, ou seja, os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo. Então, acho que essa questão já está superada", disse Donna Hrinak, que participou do seminário "Oportunidades nas Relações Comerciais do Brasil Frente à Nova Configuração dos Blocos Econômicos Mundiais", realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. "Para mim, isso é uma lenda e não vai atrapalhar", afirmou.
Donna Hrinak, que também foi embaixadora dos Estados Unidos no País entre 2002 e 2004, disse entender a importância da transferência de tecnologia, mas ressaltou que é preciso falar também do desenvolvimento de tecnologias no País. "O avião não é estático. O avião evolui com as demandas dos clientes. E essas mudanças e inovações podem acontecer aqui, com a indústria brasileira trabalhando junto com a Boeing", afirmou a executiva,
Questionada sobre o que estaria faltando para que o projeto seja concluído, a presidente da Boeing respondeu que espera apenas uma decisão do governo brasileiro. "Estamos esperando uma decisão do governo para o País inteiro, e não só para a indústria ou para a Força Aérea", disse. Donna Hrinak evitou comentar se a questão do projeto F-X2 foi um dos temas da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, em Brasília, na semana passada.
O processo de compra dos caças brasileiros se arrasta desde 1996. Atualmente chamado de F-X2, o programa prevê a compra de 36 caças, um negócio estimado entre US$ 4 bilhões e US$ 6,5 bilhões. Houve vários adiamentos, o último deles no início do governo da presidente Dilma Rousseff, em 2011. Os concorrentes são o avião Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da Boeing.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
F-X2: caça francês será anunciado em junho
25 de abril de 2012, em Força Aérea Brasileira, por Guilherme Poggio
Pelo menos foi o que disse a manchete da matéria de economia do jornal paulista ‘O Vale’. Confira a reportagem abaixo
Atrasada há pelo menos quatro mandatos presidenciais, a renovação da frota da FAB (Força Aérea Brasileira) já tem vencedor, embora não divulgado oficialmente pelo governo Dilma.
Já é dado como certo em Brasília que a petista vai mesmo seguir a preferência do antecessor e indicar o Rafale, da francesa Dassault, como melhor caça para a FAB.
O contrato da concorrência batizada de F-X2, de R$ 10 bilhões, será formalizado em junho. Também estão na disputa a sueca Saab, com o Gripen NG, um ‘avião-projeto’ que nunca animou os militares, e a ‘gigante’ norte-americana Boeing, com o F-18.
Negócios
A demora no anúncio deixa empresários do setor impacientes. Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), diz que a principal beneficiada será mesmo a Embraer, mas que toda a cadeia vai colher fru[TXT]tos do negócio.
“A Embraer é a líder do projeto, mas depende de inúmeras outras empresas da cadeia produtiva. A grande maioria dessas fornecedoras e prestadoras de serviços está em São José.”
Segundo ele, independente da decisão, que ele não arrisca e diz que confia na avaliação do governo, o que deve ser exigido mesmo é a transferência de tecnologia.
25 de abril de 2012, em Força Aérea Brasileira, por Guilherme Poggio
Pelo menos foi o que disse a manchete da matéria de economia do jornal paulista ‘O Vale’. Confira a reportagem abaixo
Atrasada há pelo menos quatro mandatos presidenciais, a renovação da frota da FAB (Força Aérea Brasileira) já tem vencedor, embora não divulgado oficialmente pelo governo Dilma.
Já é dado como certo em Brasília que a petista vai mesmo seguir a preferência do antecessor e indicar o Rafale, da francesa Dassault, como melhor caça para a FAB.
O contrato da concorrência batizada de F-X2, de R$ 10 bilhões, será formalizado em junho. Também estão na disputa a sueca Saab, com o Gripen NG, um ‘avião-projeto’ que nunca animou os militares, e a ‘gigante’ norte-americana Boeing, com o F-18.
Negócios
A demora no anúncio deixa empresários do setor impacientes. Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), diz que a principal beneficiada será mesmo a Embraer, mas que toda a cadeia vai colher fru[TXT]tos do negócio.
“A Embraer é a líder do projeto, mas depende de inúmeras outras empresas da cadeia produtiva. A grande maioria dessas fornecedoras e prestadoras de serviços está em São José.”
Segundo ele, independente da decisão, que ele não arrisca e diz que confia na avaliação do governo, o que deve ser exigido mesmo é a transferência de tecnologia.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
O mês para a divulgação não era para ser maio?
Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Novela mexicana é assim mesmopampa_01 escreveu:O mês para a divulgação não era para ser maio?
"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Ninguem falou que ia ser em maio.....se especulou que poderia ser depois das eleiçoes francesas (segundo turno em maio).
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Bem, todo mundo diz junho, ou até junho. Vamos esperar. Se passar, largo mão.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Secretário tenta convencer Brasil a comprar caças dos EUA
O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, fez nesta quarta-feira (25) no Rio de Janeiro um discurso entusiasmado tentando convencer o Brasil a adquirir caças norte-americanos, e afirmou que o comércio bélico entre as duas maiores economias das Américas representa uma "área madura para o crescimento".
O casa F-18 Super Hornet da empresa norte-americana Boeing é visto como azarão na concorrência para a compra de novos caças da Força Aérea Brasileira. A licitação tem um valor inicial em torno de US$ 4 bilhões, quantia a ser substancialmente ampliada com a manutenção e com encomendas posteriores.
A presidente Dilma Rousseff tem apresentado o caso como um marco na definição das alianças militares e estratégicas do Brasil nas próximas décadas, refletindo sua nova condição de potência econômica global.
"Esta oferta, que tem forte apoio do Congresso dos Estados Unidos, contém uma parcela de tecnologias avançadas sem precedentes, que é reservada apenas aos nossos aliados e parceiros mais próximos", disse Panetta em discurso na Escola Superior de Guerra, no Rio.
"Estou esperançoso de que o governo brasileiro afinal escolha adquirir o Super Hornet para ser o caça da nova geração para a sua Força Aérea", acrescentou Panetta, para quem a compra iria fortalecer as indústrias brasileiras de armamentos e aviação, ao permitir que elas transformem suas parcerias com companhias dos EUA".
"E elas teriam a melhor oportunidade de entrar nos mercados mundiais", acrescentou o secretário.
Mas a empresa francesa Dassault Aviation ainda é vista como favorita para a venda de 36 caças Rafale ao Brasil. A outra proposta na concorrência é a do caça Gripen, da sueca Saab.
O favoritismo da Dassault foi reforçado neste ano, quando a Índia disse que estava negociando a compra de 126 Rafales. Isso atenuou as preocupações existentes no Brasil a respeito do caça francês, que até então não tinha compradores fora da França.
EMBRAER
Em entrevista coletiva ontem em Brasília, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reiterou que o Brasil ainda não tomou uma decisão a respeito dos caças. Mas pareceu insinuar que as preocupações brasileiras a respeito do compartilhamento de tecnologias pelos EUA não estão completamente resolvidas.
Ele também manifestou preocupações com o recente cancelamento de uma concorrência dos EUA, vencida pela Embraer e por seus sócios, para fornecer 20 aviões ao Afeganistão, num valor de US$ 355 milhões.
O contrato foi suspenso por causa de aparentes irregularidades. Seria o primeiro da Embraer com as Forças Armadas dos EUA, e Amorim não escondeu sua decepção.
"Naturalmente, não posso dizer que a relação inteira vai depender desse exemplo em particular", disse Amorim.
Esse não foi o primeiro revés para a Embraer nos EUA. Em 2006, Washington vetou a venda de aviões Super Tucano para o governo esquerdista da Venezuela. Os EUA tinham esse poder de veto por causa da tecnologia norte-americana incorporada aos aviões de fabricação brasileira.
Em outro incidente, em 2009, a Embraer disse ter sido temporariamente impedida de vender jatos comerciais à Venezuela por conterem sistemas norte-americanos de comunicação.
Os episódios geraram temores de que o Brasil enfrente restrições similares no futuro com a tecnologia a ser recebida da Boeing em caso de aquisição dos F-18.
Em sua primeira viagem ao Brasil como chefe do Pentágono, Panetta disse que os EUA querem ampliar o comércio de equipamentos militares de alta tecnologia, "num fluxo em ambas as direções entre os nossos países".
Os EUA, garantiu Panetta, raramente negam licenças de exportação envolvendo o Brasil. "Houve uma época em que os Estados Unidos desestimulavam o desenvolvimento da capacidade militar em países da América Latina e Central", disse Panetta. "O fato é que hoje achamos o desenvolvimento desse tipo de capacidade importante (...). O que isso fará, eu acho, será promover a segurança nesta região."
O comércio bilateral entre EUA e Brasil totalizou cerca de US$ 74 bilhões no ano passado, contra 503 bilhões dos EUA com a China. Em 2009, a China superou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1081 ... -eua.shtml
- ELSONDUARTE
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
PENSANDO NO FUTURO: DASSAULT RAFALE MELHOR PARA O BRASIL
O Brasil vive um período de sua história que a maioria dos brasileiros não tinham visto até agora. A economia está crescendo, a sua base industrial está em expansão, os vastos recursos minerais garantem de um futuro de independência energética, e os avanços sociais estão alcançando cada vez mais brasileiros. O Brasil é participante em fóruns internacianais.
A política externa brasileira é ter boas relações com todos os países e sempre em favor de soluções diplomáticas e pacíficas para disputas internacionais. Isso não significa que o Brasil não deve ter suas forças armadas preparadas e equipadas para defender seu território e os seus interesses (incluindo as 200 milhas das águas territoriais para exploracão econômica).
Com exceção da Venezuela, que tem comprado equipamentos militares de todos os tipos da Rússia, os outros países do continente tem as suas forças armadas equilibradas para sua própria defesa. Esta é a situação hoje. Ninguém sabe o que pode vir no futuro, e o Brasil tem de agir agora para ter suas forças armadas tão fortes quanto sua economia.
Um processo de modernização das forças armadas leva anos, como qualquer processo de aquisição de armamento. O que será decidido em um futuro próximo será passado para a geração futura. Esta decisão tem de ser tomada em breve e pensando no futuro.
Desse processo de modernização, vamos comentar e dar a nossa opinião sobre os caças para a Força Aérea Brasileira, ja que a indústria aeroespacial é onde temos atuado, especificamente em engenharia, por mais de 30 anos e em muitos países.
PARTICIPANTES
Das aeronaves inicialmente propostas para o chamado programa FX-2, hoje são apenas três os finalistas. Esses três concorrentes são o Boeing F/A-18E/F Super Hornet, o Dassault Rafale e o Saab JAS-39 Gripen.
Uma breve descrição destas aeronaves é apresentado aqui. No final do artigo, há links para mais detalhes sobre a história e dados técnicos dos mesmos.
Boeing F/A-18E/F Super Hornet
O Hornet que é fabricado hoje pela Boeing deriva do Northrop YF-17, que após desenvolvimento conjunto entre MacDonnell Douglas (comprada pela Boeing) e Northrop, foi designado como F-18 Hornet. Foi desenvolvido originalmente para operar em porta-aviões, tendo trem de pouso reforçado e gancho para pouso. A aeronave produzida hoje como o Super Hornet é praticamente um novo projeto com os mesmos conceitos do projeto original. É maior do que a série original e incorpora melhorias aerodinâmicas. Em poucas palavras, o F-18 é uma aeronave com duas turbinas de caça/ataque ao solo capaz, de executar múltiplas missões. Comparando com os outros candidatos para o caça brasileiro, é maior e mais pesado que os outros concorrentes, mas um pouco mais lento e tem menor alcançe. Não há dúvida de que é um bom avião. Embora possa ser um equipamento de porta-aviões, não opera em porta-aviões pequenos como o brasileiro. Com duas turbinas é mais confiável do que os caças monomotores. Como é uma aeronave de origem norte-americana, licenças de exportação têm que ser aprovadas pelo congresso americano, não bastando apenas o empenho do poder executivo.
Dassault Rafale
O Rafale é a resposta da Dassault Aviation para um pedido conjunto da Força Aérea Francesa e da Marinha francesa, de 1983, para uma plataforma comum que poderia substituir várias aeronaves dedicadas (Jaguar, F-8 Crusader, Mirage F1, Mirage 200, Etendard e Super Etendart). A França trabalhou inicialmente em conjunto com outros países europeus no desenvolvimento de um caça europeu (agora conhecido como Eurofighter). Como os requisitos franceses não eram os mesmos das outras nações, a França deixou o programa e a Dassault foi encarregada do desenvolvimento de uma plataforma de acordo com as necessidades francesas. Como o projeto foi orientado desde o início com a dupla função de operar em solo e embarcado (porta-aviões), ambas versões têm muita comunalidade. O Rafale opera em porta-aviões pequenos.Com duas turbinas, é mais confiável do que os caças monomotores. Tem caracteristicas de invisibilidade (“stealth”), incluindo interferência eletrônica. Motores, radar, sistemas eletrônicos e de armamento são franceses, não sujeitos as restrições de exportação dos EUA.
Saab JAS-39 Gripen
Os estudos iniciais para o desenvolvimento do Saab JAS-39 Gripen começaram em 1979 e o primeiro vôo foi em 1988. Problemas com o sistema eletrônico de vôo atrasou o desenvolvimento e ele só entrou em serviço em 1997. É um monomotor de caça multi-missão. Uma versão para operação embarcada esta em estudo pois Índia e Brasil podem ser potenciais clientes de uma variante para porta-avioes. O Gripen tem alto teor de sistemas eletrônicos dos EUA e o motor da nova variante NG é um F414 GE, o que, embora negado, pode ter sido uma preocupação na competição recente para a Força Aérea Indiana, que agora limitou sua escolha entre o Rafale Dassault e o Eurofighter (alegando razões técnicas) . Sendo um avião menor que seus concorrentes, o Gripen tem um menor custo de aquisição e de manutenção e pode operar em pistas curtas. Não há dúvida de que é um bom projeto, mas sendo um caça leve, monomotor, não foi escolhido até agora por países com grande extensão territorial. O maior país que opera o Gripen é a África do Sul.
O QUE É MELHOR PARA O BRASIL
Todas as aeronaves selecionadas para a decisão final são bons projetos. Opiniões sobre qual é o melhor são diversas, como já foi publicado pela imprensa. O ex-presidente brasileiro é a favor do Rafale. A Força Aérea Brasileira, novamente de acordo com a imprensa, prefere o Gripen. O presidente da Embraer, de acordo com o Wikileaks, é a favor do F-18.
Com uma visão de futuro, uma vez que estas aeronaves devem estar operacionais e com suporte para defender o espaço aéreo para as próximas décadas e considerando que este contrato pode representar uma excelente oportunidade de acesso a tecnologia que o Brasil vai precisar no futuro, nossa opinião é que o Dassault Rafale é a melhor escolha. O Rafale é um projeto mais recente que o F-18 e o Gripen é um caça leve, monomotor. Com um único modelo de caça para os próximos anos, é melhor ter um bimotor com projeto mais recente.
Esta opinião é baseada não só na aeronave, mas também considerando o seguinte:
O Brasil tem operado o Dassault Mirage por anos e sempre teve o apoio para a frota. A Dassault é menos influenciada por fatos políticos e da suporte aos seus aviões em todo o mundo, independente de mudanças políticas.
A produção de partes do Rafale no Brasil vai representar uma injeção de tecnologia de fabricação (que não deve ser limitada a apenas uma ou duas empresas aeroespaciais). Esta é uma boa oportunidade para expandir a base de fornecedores de conjuntos e subconjuntos aeroespaciais para competir internacionalmente. Apesar de todos os concorrentes estarem prometendo o mesmo, não se pode deixar de pensar em possíveis futuras restrições nas chamadas "tecnologias sensíveis", seja por motivos políticos ou comerciais.
O equipamento eletrônico do Rafale, a maior parte da Thales (já estabelecida no Brasil), pode ser produzido aqui e, com a transferência de tecnologia prevista para o programa, o país pode entrar no pequeno grupo de países capazes de desenvolver radares avançados, sistemas de navegação e comunicação, sistemas de armamento e todos os equipamentos eletrônicos avançados presentes no Rafale. Este tipo de tecnologia, para equipamentos feitos nos EUA, é submetido a licenças de exportação que, por vezes, até mesmo aliados mais próximos tem dificuldade em conseguir.
O motor Snecma do Rafale pode ter manutenção no Brasil e, com a transferência tecnológica que o contrato exige, o Brasil podera ter acesso à tecnologia de motores de aeronaves que poucos países dominam, principalmente na seção do motor chamada “quente”. Mais uma vez a "tecnologia sensível" deve ser considerada, principalmente se o Brasil selecionar um caça com um motor norte-americano, como o F-18 ou Gripen.
Para comparar dados básicos dessas aeronaves, resumimos alguns dados técnicos em uma tabela, apenas para referência, pois dados de fontes diferentes e para diferentes verões não são sempre os mesmos.
Rafale versus F-15 e F-22
Critério...............................................Rafale.F-15..F-22A
Manutenção homem/hora por hora de voo..10 15 12
Turnround pós-missão (minutos)...............15 25 20
Troca de motor (minutos)........................60 147 90
Equipe de solo (homens)..........................8 16.6 8.7
Tempo entre manutenção (horas)..............3 1.2 3
Custo operacional...................................100 147 111
Fonte: http://www.engineerstoolkit.net/pensand ... -o-brasil/
Quadro final:
http://www.aereo.jor.br/2009/09/09/deta ... ra-o-fx-2/
O Brasil vive um período de sua história que a maioria dos brasileiros não tinham visto até agora. A economia está crescendo, a sua base industrial está em expansão, os vastos recursos minerais garantem de um futuro de independência energética, e os avanços sociais estão alcançando cada vez mais brasileiros. O Brasil é participante em fóruns internacianais.
A política externa brasileira é ter boas relações com todos os países e sempre em favor de soluções diplomáticas e pacíficas para disputas internacionais. Isso não significa que o Brasil não deve ter suas forças armadas preparadas e equipadas para defender seu território e os seus interesses (incluindo as 200 milhas das águas territoriais para exploracão econômica).
Com exceção da Venezuela, que tem comprado equipamentos militares de todos os tipos da Rússia, os outros países do continente tem as suas forças armadas equilibradas para sua própria defesa. Esta é a situação hoje. Ninguém sabe o que pode vir no futuro, e o Brasil tem de agir agora para ter suas forças armadas tão fortes quanto sua economia.
Um processo de modernização das forças armadas leva anos, como qualquer processo de aquisição de armamento. O que será decidido em um futuro próximo será passado para a geração futura. Esta decisão tem de ser tomada em breve e pensando no futuro.
Desse processo de modernização, vamos comentar e dar a nossa opinião sobre os caças para a Força Aérea Brasileira, ja que a indústria aeroespacial é onde temos atuado, especificamente em engenharia, por mais de 30 anos e em muitos países.
PARTICIPANTES
Das aeronaves inicialmente propostas para o chamado programa FX-2, hoje são apenas três os finalistas. Esses três concorrentes são o Boeing F/A-18E/F Super Hornet, o Dassault Rafale e o Saab JAS-39 Gripen.
Uma breve descrição destas aeronaves é apresentado aqui. No final do artigo, há links para mais detalhes sobre a história e dados técnicos dos mesmos.
Boeing F/A-18E/F Super Hornet
O Hornet que é fabricado hoje pela Boeing deriva do Northrop YF-17, que após desenvolvimento conjunto entre MacDonnell Douglas (comprada pela Boeing) e Northrop, foi designado como F-18 Hornet. Foi desenvolvido originalmente para operar em porta-aviões, tendo trem de pouso reforçado e gancho para pouso. A aeronave produzida hoje como o Super Hornet é praticamente um novo projeto com os mesmos conceitos do projeto original. É maior do que a série original e incorpora melhorias aerodinâmicas. Em poucas palavras, o F-18 é uma aeronave com duas turbinas de caça/ataque ao solo capaz, de executar múltiplas missões. Comparando com os outros candidatos para o caça brasileiro, é maior e mais pesado que os outros concorrentes, mas um pouco mais lento e tem menor alcançe. Não há dúvida de que é um bom avião. Embora possa ser um equipamento de porta-aviões, não opera em porta-aviões pequenos como o brasileiro. Com duas turbinas é mais confiável do que os caças monomotores. Como é uma aeronave de origem norte-americana, licenças de exportação têm que ser aprovadas pelo congresso americano, não bastando apenas o empenho do poder executivo.
Dassault Rafale
O Rafale é a resposta da Dassault Aviation para um pedido conjunto da Força Aérea Francesa e da Marinha francesa, de 1983, para uma plataforma comum que poderia substituir várias aeronaves dedicadas (Jaguar, F-8 Crusader, Mirage F1, Mirage 200, Etendard e Super Etendart). A França trabalhou inicialmente em conjunto com outros países europeus no desenvolvimento de um caça europeu (agora conhecido como Eurofighter). Como os requisitos franceses não eram os mesmos das outras nações, a França deixou o programa e a Dassault foi encarregada do desenvolvimento de uma plataforma de acordo com as necessidades francesas. Como o projeto foi orientado desde o início com a dupla função de operar em solo e embarcado (porta-aviões), ambas versões têm muita comunalidade. O Rafale opera em porta-aviões pequenos.Com duas turbinas, é mais confiável do que os caças monomotores. Tem caracteristicas de invisibilidade (“stealth”), incluindo interferência eletrônica. Motores, radar, sistemas eletrônicos e de armamento são franceses, não sujeitos as restrições de exportação dos EUA.
Saab JAS-39 Gripen
Os estudos iniciais para o desenvolvimento do Saab JAS-39 Gripen começaram em 1979 e o primeiro vôo foi em 1988. Problemas com o sistema eletrônico de vôo atrasou o desenvolvimento e ele só entrou em serviço em 1997. É um monomotor de caça multi-missão. Uma versão para operação embarcada esta em estudo pois Índia e Brasil podem ser potenciais clientes de uma variante para porta-avioes. O Gripen tem alto teor de sistemas eletrônicos dos EUA e o motor da nova variante NG é um F414 GE, o que, embora negado, pode ter sido uma preocupação na competição recente para a Força Aérea Indiana, que agora limitou sua escolha entre o Rafale Dassault e o Eurofighter (alegando razões técnicas) . Sendo um avião menor que seus concorrentes, o Gripen tem um menor custo de aquisição e de manutenção e pode operar em pistas curtas. Não há dúvida de que é um bom projeto, mas sendo um caça leve, monomotor, não foi escolhido até agora por países com grande extensão territorial. O maior país que opera o Gripen é a África do Sul.
O QUE É MELHOR PARA O BRASIL
Todas as aeronaves selecionadas para a decisão final são bons projetos. Opiniões sobre qual é o melhor são diversas, como já foi publicado pela imprensa. O ex-presidente brasileiro é a favor do Rafale. A Força Aérea Brasileira, novamente de acordo com a imprensa, prefere o Gripen. O presidente da Embraer, de acordo com o Wikileaks, é a favor do F-18.
Com uma visão de futuro, uma vez que estas aeronaves devem estar operacionais e com suporte para defender o espaço aéreo para as próximas décadas e considerando que este contrato pode representar uma excelente oportunidade de acesso a tecnologia que o Brasil vai precisar no futuro, nossa opinião é que o Dassault Rafale é a melhor escolha. O Rafale é um projeto mais recente que o F-18 e o Gripen é um caça leve, monomotor. Com um único modelo de caça para os próximos anos, é melhor ter um bimotor com projeto mais recente.
Esta opinião é baseada não só na aeronave, mas também considerando o seguinte:
O Brasil tem operado o Dassault Mirage por anos e sempre teve o apoio para a frota. A Dassault é menos influenciada por fatos políticos e da suporte aos seus aviões em todo o mundo, independente de mudanças políticas.
A produção de partes do Rafale no Brasil vai representar uma injeção de tecnologia de fabricação (que não deve ser limitada a apenas uma ou duas empresas aeroespaciais). Esta é uma boa oportunidade para expandir a base de fornecedores de conjuntos e subconjuntos aeroespaciais para competir internacionalmente. Apesar de todos os concorrentes estarem prometendo o mesmo, não se pode deixar de pensar em possíveis futuras restrições nas chamadas "tecnologias sensíveis", seja por motivos políticos ou comerciais.
O equipamento eletrônico do Rafale, a maior parte da Thales (já estabelecida no Brasil), pode ser produzido aqui e, com a transferência de tecnologia prevista para o programa, o país pode entrar no pequeno grupo de países capazes de desenvolver radares avançados, sistemas de navegação e comunicação, sistemas de armamento e todos os equipamentos eletrônicos avançados presentes no Rafale. Este tipo de tecnologia, para equipamentos feitos nos EUA, é submetido a licenças de exportação que, por vezes, até mesmo aliados mais próximos tem dificuldade em conseguir.
O motor Snecma do Rafale pode ter manutenção no Brasil e, com a transferência tecnológica que o contrato exige, o Brasil podera ter acesso à tecnologia de motores de aeronaves que poucos países dominam, principalmente na seção do motor chamada “quente”. Mais uma vez a "tecnologia sensível" deve ser considerada, principalmente se o Brasil selecionar um caça com um motor norte-americano, como o F-18 ou Gripen.
Para comparar dados básicos dessas aeronaves, resumimos alguns dados técnicos em uma tabela, apenas para referência, pois dados de fontes diferentes e para diferentes verões não são sempre os mesmos.
Rafale versus F-15 e F-22
Critério...............................................Rafale.F-15..F-22A
Manutenção homem/hora por hora de voo..10 15 12
Turnround pós-missão (minutos)...............15 25 20
Troca de motor (minutos)........................60 147 90
Equipe de solo (homens)..........................8 16.6 8.7
Tempo entre manutenção (horas)..............3 1.2 3
Custo operacional...................................100 147 111
Fonte: http://www.engineerstoolkit.net/pensand ... -o-brasil/
Quadro final:
http://www.aereo.jor.br/2009/09/09/deta ... ra-o-fx-2/
Editado pela última vez por ELSONDUARTE em Qua Abr 25, 2012 10:19 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Ué, esse comparativo final Rafale vs F15 vs F22 não tem no artigo original.
alias, não deveria ser entre os três caças do artigo?
alias, não deveria ser entre os três caças do artigo?
- ELSONDUARTE
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
mmatuso escreveu:Ué, esse comparativo final Rafale vs F15 vs F22 não tem no artigo original.
alias, não deveria ser entre os três caças do artigo?
O comparativo final esta em:
http://www.aereo.jor.br/2009/09/09/deta ... ra-o-fx-2/
- Andre Correa
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
FONTES: Jane’s All The Worlds Aircraft 1996-97 Special Report / Jane’s 2004/2005
Esta tabela já está bem desactualizada, com dados de 1996 a 2005, e portanto, já não serve de parâmetro para os dias actuais, para nenhuma das 3 aeronaves.
Esta tabela já está bem desactualizada, com dados de 1996 a 2005, e portanto, já não serve de parâmetro para os dias actuais, para nenhuma das 3 aeronaves.
Audaces Fortuna Iuvat
- Marino
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
ESP
EUA querem transferir tecnologia militar ao Brasil, diz secretário americano
Panetta diz que país deseja uma 'associação militar duradoura' com Brasil
25 de abril de 2012 | 18h 29
Efe
RIO DE JANEIRO - Os Estados Unidos estão dispostos a transferir tecnologia militar ao Brasil para poder contar com o país como um aliado estratégico que o ajude a garantir a segurança do continente americano, afirmou nesta quarta-feira, 25, o Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, no Rio de Janeiro.
Em pronunciamento para oficiais brasileiros na Escola Superior de Guerra, Panetta se comprometeu a realizar todos os esforços possíveis para facilitar a transferência de tecnologia ao país com o qual deseja uma "associação militar inovadora".
O anúncio foi uma resposta às reivindicações feitas na terça-feira, 24, pelo ministro de Defesa brasileiro, Celso Amorim, que em entrevista coletiva concedida em Brasília após se encontrar com seu colega americano, se queixou de que os Estados Unidos vendem equipamentos militares ao Brasil, mas restringem o acesso à tecnologia.
"Há vezes em que os Estados Unidos têm um controle, eu diria que exagerado, sobre suas tecnologias militares, mas estamos dispostos a compartilhar mais com o Brasil", afirmou o secretário americano, que realiza uma viagem por países sul-americanos que já o levou à Colômbia e será concluída no Chile.
Ele acrescentou que essa transferência será facilitada pela aliança estratégica que os países estão construindo já que o Brasil passará a ser considerado como "nação aliada" dos Estados Unidos.
O responsável pelas Forças Armadas da maior potência militar mundial disse que, apesar das restrições, os EUA aprovaram entre 2010 e 2011 cerca de 4 mil licenças de exportação de equipamentos controlados e continuarão apoiando os "bons aliados e amigos".
"Os Estados Unidos e o Brasil têm que aumentar o comércio de altas tecnologias nos dois fluxos e com transferência de tecnologia", disse Panetta, cuja agenda no Rio de Janeiro também incluiu a entrega de uma oferenda no Monumento aos Heróis da Segunda Guerra Mundial.
O secretário mencionou especificamente o caso dos caças Super Hornet F/A-18 e disse que os Estados Unidos transferirão a tecnologia destas aeronaves caso o Brasil faça com a americana Boeing um contrato de compra desses aviões militares.
Na licitação brasileira para a compra dos 36 aviões de combate também participam a companhia francesa Dassault, com seus caças Rafale, e a sueca Saab, com o modelo Gripen.
"O Congresso já garantiu total apoio para que os Estados Unidos compartilhem a tecnologia dessas aeronaves caso o Brasil as adquira. É um monopólio que só damos a nossos aliados mais próximos", afirmou.
Panetta disse que os Estados Unidos querem acordos de cooperação militar com o Brasil por considerar que o país é um aliado estratégico para ajudar a garantir a segurança regional.
O secretário americano veio ao Brasil para participar ao lado de Amorim da primeira reunião do comitê binacional de cooperação em assuntos de defesa, cuja criação foi estipulada há três semanas em Washington entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e a presidente Dilma Rousseff.
"Vemos o Brasil como um país que está assumindo o papel que lhe corresponde como líder global e por isso queremos uma associação diferente às que tínhamos antes", afirmou.
O secretário admitiu que seu país tinha a impressão de que poderia garantir a segurança hemisférica sem nenhuma ajuda e que hoje, para poder concentrar seus esforços em outras regiões com crise como o Oriente Médio e Ásia, quer alianças com países do continente americano com os quais compartilha valores.
"Hoje sabemos que um Brasil mais forte militarmente e mais comprometido como líder global pode cooperar e por isso queremos ajudá-lo a desenvolver sua capacidade para garantir segurança, compartilhar exercícios e tecnologias", disse.
Panetta afirmou que o Brasil e os Estados Unidos têm desafios comuns no continente, entre os quais mencionou o narcotráfico e a atenção aos desastres nucleares, e disse que a melhor forma de enfrentá-los é com uma ação conjunta.
Ele acrescentou que a base da associação militar que os países desejam construir é precisamente o interesse comum de querer garantir a paz e a segurança mundial neste século.
EUA querem transferir tecnologia militar ao Brasil, diz secretário americano
Panetta diz que país deseja uma 'associação militar duradoura' com Brasil
25 de abril de 2012 | 18h 29
Efe
RIO DE JANEIRO - Os Estados Unidos estão dispostos a transferir tecnologia militar ao Brasil para poder contar com o país como um aliado estratégico que o ajude a garantir a segurança do continente americano, afirmou nesta quarta-feira, 25, o Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, no Rio de Janeiro.
Em pronunciamento para oficiais brasileiros na Escola Superior de Guerra, Panetta se comprometeu a realizar todos os esforços possíveis para facilitar a transferência de tecnologia ao país com o qual deseja uma "associação militar inovadora".
O anúncio foi uma resposta às reivindicações feitas na terça-feira, 24, pelo ministro de Defesa brasileiro, Celso Amorim, que em entrevista coletiva concedida em Brasília após se encontrar com seu colega americano, se queixou de que os Estados Unidos vendem equipamentos militares ao Brasil, mas restringem o acesso à tecnologia.
"Há vezes em que os Estados Unidos têm um controle, eu diria que exagerado, sobre suas tecnologias militares, mas estamos dispostos a compartilhar mais com o Brasil", afirmou o secretário americano, que realiza uma viagem por países sul-americanos que já o levou à Colômbia e será concluída no Chile.
Ele acrescentou que essa transferência será facilitada pela aliança estratégica que os países estão construindo já que o Brasil passará a ser considerado como "nação aliada" dos Estados Unidos.
O responsável pelas Forças Armadas da maior potência militar mundial disse que, apesar das restrições, os EUA aprovaram entre 2010 e 2011 cerca de 4 mil licenças de exportação de equipamentos controlados e continuarão apoiando os "bons aliados e amigos".
"Os Estados Unidos e o Brasil têm que aumentar o comércio de altas tecnologias nos dois fluxos e com transferência de tecnologia", disse Panetta, cuja agenda no Rio de Janeiro também incluiu a entrega de uma oferenda no Monumento aos Heróis da Segunda Guerra Mundial.
O secretário mencionou especificamente o caso dos caças Super Hornet F/A-18 e disse que os Estados Unidos transferirão a tecnologia destas aeronaves caso o Brasil faça com a americana Boeing um contrato de compra desses aviões militares.
Na licitação brasileira para a compra dos 36 aviões de combate também participam a companhia francesa Dassault, com seus caças Rafale, e a sueca Saab, com o modelo Gripen.
"O Congresso já garantiu total apoio para que os Estados Unidos compartilhem a tecnologia dessas aeronaves caso o Brasil as adquira. É um monopólio que só damos a nossos aliados mais próximos", afirmou.
Panetta disse que os Estados Unidos querem acordos de cooperação militar com o Brasil por considerar que o país é um aliado estratégico para ajudar a garantir a segurança regional.
O secretário americano veio ao Brasil para participar ao lado de Amorim da primeira reunião do comitê binacional de cooperação em assuntos de defesa, cuja criação foi estipulada há três semanas em Washington entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e a presidente Dilma Rousseff.
"Vemos o Brasil como um país que está assumindo o papel que lhe corresponde como líder global e por isso queremos uma associação diferente às que tínhamos antes", afirmou.
O secretário admitiu que seu país tinha a impressão de que poderia garantir a segurança hemisférica sem nenhuma ajuda e que hoje, para poder concentrar seus esforços em outras regiões com crise como o Oriente Médio e Ásia, quer alianças com países do continente americano com os quais compartilha valores.
"Hoje sabemos que um Brasil mais forte militarmente e mais comprometido como líder global pode cooperar e por isso queremos ajudá-lo a desenvolver sua capacidade para garantir segurança, compartilhar exercícios e tecnologias", disse.
Panetta afirmou que o Brasil e os Estados Unidos têm desafios comuns no continente, entre os quais mencionou o narcotráfico e a atenção aos desastres nucleares, e disse que a melhor forma de enfrentá-los é com uma ação conjunta.
Ele acrescentou que a base da associação militar que os países desejam construir é precisamente o interesse comum de querer garantir a paz e a segurança mundial neste século.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Esse Vampeta, Perneta, Chupeta, ou seja lá o que for é um enorme tonel de vaselina!!!
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"