Sobre o KC-390
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Re: Sobre o KC-390
Novo jato traz desafios para Embraer 11 Abr 2012
Por Virgínia Silveira | Para o Valor, de Santiago (Chile)
O desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, feito pela Embraer e 16 fornecedores principais, traz uma série de inovações tecnológicas que desafiam as áreas de desenvolvimento, manufatura e inovação desses parceiros, segundo o diretor do programa na Embraer, Paulo Gastão Silva.
Com capacidade para 20 toneladas de carga, o KC-390 vai substituir o Hércules C-130, em operação na Força Aérea Brasileira (FAB) desde a década de 60. A nova aeronave é um jato de transporte médio bimotor, que pode ser reabastecida ou abastecer outras aeronaves em pleno voo.
Com sistemas eletrônicos modernos, compatível com o equipamento de visão noturna, o KC-390 está sendo projetado para diversas missões, como lançamento de paraquedistas e carga, evacuação médica, transporte de carga paletizada, contêineres, tropas e veículos blindados.
O maior jato já feito pela Embraer, o 190, para 120 passageiros, tem uma asa de 92 metros quadrados. O KC-390, por sua vez, terá uma asa de 140 metros quadrados. Essa diferença traz uma série de desafios novos para a companhia, tanto do ponto de vista de desenvolvimento de novas tecnologias de manufatura e automação, quanto da própria montagem do avião e da logística, explica Gastão.
Até mesmo a montagem da nova aeronave vai exigir grandes mudanças na área de manufatura em Gavião Peixoto (SP), onde está concentrada a montagem das aeronaves de defesa. A empresa, segundo o diretor, está construindo no local mais seis hangares para abrigar as áreas de montagem final.
Na parte de produto, Gastão diz que poderá ser conquistado um salto tecnológico com o KC-390, relacionado aos comandos elétricos de voo, cujos softwares serão feitos pela primeira vez dentro da Embraer. Conhecidos também como sistemas "fly by wire" [controle de voo por computador], os comandos de voo do KC-390 já foram aplicados com sucesso nos E-Jets da Embraer e, mais recentemente, nos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500, os primeiros a terem todas as superfícies de comandos de voo controladas digitalmente, de acordo com o executivo.
"No KC-390 estamos indo um pouco além, pois faremos toda a parte de integração de sistemas de comando de voo da aeronave e também do software", destaca o diretor do programa. A tecnologia que envolve as leis de controle do avião, que definem seu comportamento do ponto de vista dos comandos de voo, será desenvolvida e certificada pela Embraer.
Outra inovação que será incorporada no KC-390 diz respeito a um sistema de monitoramento da vida estrutural do avião. A manutenção preditiva da estrutura, segundo Gastão, permitirá a detecção de eventuais danos independentemente das inspeções periódicas. Haverá ainda um monitoramento de prognóstico dos sistemas (hidráulico, combustível, elétrico), que fará alertas dos problemas antes de uma eventual pane.
A previsão da Embraer é que o KC-390 tenha algo em torno de 50 mil "part numbers" [lista de componentes], enquanto o jato civil 190 tem em torno de 44 mil. Estão envolvidos com o projeto na fábrica da Embraer, em São José dos Campos, atualmente, os três parceiros industriais do programa: a Ogma, de Portugal; a Fadea, da Argentina; e a Aero Vodochody, da República Tcheca. Os 16 fornecedores principais do KC-390 também trabalham juntos para definir a configuração do novo avião.
A escolha dos fornecedores foi feita em conjunto com a Aeronáutica, que também exigiu das empresas estrangeiras uma contrapartida, com obrigações de transferência de tecnologia em áreas de interesse da FAB e da indústria nacional, conforme está previsto na estratégia nacional de defesa.
As empresas brasileiras participam do desenvolvimento do KC-390 em algumas áreas consideradas estratégicas, como o trem de pouso, que será fornecido pela Eleb, subsidiária integral da Embraer, e a AEL Sistemas, de Porto Alegre, na parte do computador de missão do KC-390 e também dos sistemas de autoproteção, de contramedidas direcionais infravermelho e de orientação do piloto.
Na área de engenharia, a Embraer está trabalhando com a Akaer, de São José dos Campos. Segundo o presidente da empresa, Cesar Augusto da Silva, a Akaer foi a única indústria brasileira a participar da fase de conceituação do KC-390. "Ganhamos 17 dos 30 pacotes que foram oferecidos pela Embraer", disse o presidente da Akaer.
A empresa também desenvolveu a fuselagem central e traseira, assim como as asas e as portas principais do trem de pouso do Gripen NG, novo caça sueco produzido pela Saab. A Akaer foi a primeira empresa do hemisfério sul a participar de forma efetiva do desenvolvimento de um caça supersônico, que utiliza materiais avançados, como o carbono.
A maturidade tecnológica da empresa, segundo seu presidente, foi conquistada nos últimos 20 anos com a participação no desenvolvimento dos principais aviões da Embraer: família E-Jets e Super Tucano. "Somente para os jatos da família 170/190 dedicamos mais de 1,2 milhão de horas de serviços de alto valor agregado", explicou Augusto da Silva.
Segundo o executivo, a Akaer também negocia com vários parceiros estrangeiros da Embraer encarregados de fazer outras partes do avião. Em 2011, a empresa faturou R$ 20 milhões, dos quais 50% vieram dos contratos com a Embraer e o restante de serviços de exportação para a sueca Saab, a belga Sonaca, que fornece partes da estrutura do jato executivo Legacy 500, da Embraer e de alguns trabalhos para a espanhola Aernnova.
A repórter viajou a convite da Embraer
Por Virgínia Silveira | Para o Valor, de Santiago (Chile)
O desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, feito pela Embraer e 16 fornecedores principais, traz uma série de inovações tecnológicas que desafiam as áreas de desenvolvimento, manufatura e inovação desses parceiros, segundo o diretor do programa na Embraer, Paulo Gastão Silva.
Com capacidade para 20 toneladas de carga, o KC-390 vai substituir o Hércules C-130, em operação na Força Aérea Brasileira (FAB) desde a década de 60. A nova aeronave é um jato de transporte médio bimotor, que pode ser reabastecida ou abastecer outras aeronaves em pleno voo.
Com sistemas eletrônicos modernos, compatível com o equipamento de visão noturna, o KC-390 está sendo projetado para diversas missões, como lançamento de paraquedistas e carga, evacuação médica, transporte de carga paletizada, contêineres, tropas e veículos blindados.
O maior jato já feito pela Embraer, o 190, para 120 passageiros, tem uma asa de 92 metros quadrados. O KC-390, por sua vez, terá uma asa de 140 metros quadrados. Essa diferença traz uma série de desafios novos para a companhia, tanto do ponto de vista de desenvolvimento de novas tecnologias de manufatura e automação, quanto da própria montagem do avião e da logística, explica Gastão.
Até mesmo a montagem da nova aeronave vai exigir grandes mudanças na área de manufatura em Gavião Peixoto (SP), onde está concentrada a montagem das aeronaves de defesa. A empresa, segundo o diretor, está construindo no local mais seis hangares para abrigar as áreas de montagem final.
Na parte de produto, Gastão diz que poderá ser conquistado um salto tecnológico com o KC-390, relacionado aos comandos elétricos de voo, cujos softwares serão feitos pela primeira vez dentro da Embraer. Conhecidos também como sistemas "fly by wire" [controle de voo por computador], os comandos de voo do KC-390 já foram aplicados com sucesso nos E-Jets da Embraer e, mais recentemente, nos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500, os primeiros a terem todas as superfícies de comandos de voo controladas digitalmente, de acordo com o executivo.
"No KC-390 estamos indo um pouco além, pois faremos toda a parte de integração de sistemas de comando de voo da aeronave e também do software", destaca o diretor do programa. A tecnologia que envolve as leis de controle do avião, que definem seu comportamento do ponto de vista dos comandos de voo, será desenvolvida e certificada pela Embraer.
Outra inovação que será incorporada no KC-390 diz respeito a um sistema de monitoramento da vida estrutural do avião. A manutenção preditiva da estrutura, segundo Gastão, permitirá a detecção de eventuais danos independentemente das inspeções periódicas. Haverá ainda um monitoramento de prognóstico dos sistemas (hidráulico, combustível, elétrico), que fará alertas dos problemas antes de uma eventual pane.
A previsão da Embraer é que o KC-390 tenha algo em torno de 50 mil "part numbers" [lista de componentes], enquanto o jato civil 190 tem em torno de 44 mil. Estão envolvidos com o projeto na fábrica da Embraer, em São José dos Campos, atualmente, os três parceiros industriais do programa: a Ogma, de Portugal; a Fadea, da Argentina; e a Aero Vodochody, da República Tcheca. Os 16 fornecedores principais do KC-390 também trabalham juntos para definir a configuração do novo avião.
A escolha dos fornecedores foi feita em conjunto com a Aeronáutica, que também exigiu das empresas estrangeiras uma contrapartida, com obrigações de transferência de tecnologia em áreas de interesse da FAB e da indústria nacional, conforme está previsto na estratégia nacional de defesa.
As empresas brasileiras participam do desenvolvimento do KC-390 em algumas áreas consideradas estratégicas, como o trem de pouso, que será fornecido pela Eleb, subsidiária integral da Embraer, e a AEL Sistemas, de Porto Alegre, na parte do computador de missão do KC-390 e também dos sistemas de autoproteção, de contramedidas direcionais infravermelho e de orientação do piloto.
Na área de engenharia, a Embraer está trabalhando com a Akaer, de São José dos Campos. Segundo o presidente da empresa, Cesar Augusto da Silva, a Akaer foi a única indústria brasileira a participar da fase de conceituação do KC-390. "Ganhamos 17 dos 30 pacotes que foram oferecidos pela Embraer", disse o presidente da Akaer.
A empresa também desenvolveu a fuselagem central e traseira, assim como as asas e as portas principais do trem de pouso do Gripen NG, novo caça sueco produzido pela Saab. A Akaer foi a primeira empresa do hemisfério sul a participar de forma efetiva do desenvolvimento de um caça supersônico, que utiliza materiais avançados, como o carbono.
A maturidade tecnológica da empresa, segundo seu presidente, foi conquistada nos últimos 20 anos com a participação no desenvolvimento dos principais aviões da Embraer: família E-Jets e Super Tucano. "Somente para os jatos da família 170/190 dedicamos mais de 1,2 milhão de horas de serviços de alto valor agregado", explicou Augusto da Silva.
Segundo o executivo, a Akaer também negocia com vários parceiros estrangeiros da Embraer encarregados de fazer outras partes do avião. Em 2011, a empresa faturou R$ 20 milhões, dos quais 50% vieram dos contratos com a Embraer e o restante de serviços de exportação para a sueca Saab, a belga Sonaca, que fornece partes da estrutura do jato executivo Legacy 500, da Embraer e de alguns trabalhos para a espanhola Aernnova.
A repórter viajou a convite da Embraer
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
- marcelo bahia
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Re: Sobre o KC-390
O Chile ainda não está decidido 100% pelo KC-390. Saiu numa revista chilena, a TECMIL. Vai esperar as provas de voo com a aeronave antes da compra das 6 unidades assinadas no MOU.
PS> Estão estudando a compra de helis de ataque. Poderia não ser um heli puro.
Sds.
PS> Estão estudando a compra de helis de ataque. Poderia não ser um heli puro.
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Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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- Brasileiro
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Re: Sobre o KC-390
Está aí um caso interessante a se pensar para o KC-390.
A Lockheed Martin mostrou mais detalhes do SC-130J “Sea Herc”, uma versão de patrulha marítima do C-130J Hercules. O objetivo é participar da concorrência indiana para uma aeronave de patrulha marítima de médio alcance. O Sea Herc irá usar os mesmos sistemas do P-3 Orion incluindo a capacidade anti-submarina. Os sistemas serão instalados em paletes que podem ser retirados para que a aeronave seja configurada como aeronave de carga.
A imagem acima permite ver alguns detalhes da configuração que inclui uma carenagem do trem de pouso maior que também será usada como compartimento de armas. Na parte inferior da fuselagem é possível ver a carenagem do radar semelhante à usada pelos HH-130J da Guarda Costeira dos EUA.
Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil
abraços]
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- henriquejr
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Re: Sobre o KC-390
Pois é. Creio que a Embraer estar atenta a essa possibilidade de uso do KC390 e deve projetar a célula do mesmo para ser multifuncional, podendo ser base para várias versões que possa ser produzido. Por ser um projeto MILITAR e que ta sendo projetado desde o inicio para este fim, esta celula deve apresentar muitas vantagens em relação a projetos civis adaptados!
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Re: Sobre o KC-390
Sei não;
“Sistemas instalados em paletes que podem ser retirados para que a aeronave seja configurada como aeronave de carga”
“Uma carenagem do trem de pouso maior que também será usada como compartimento de armas”
Isto é bonitinho nestas concepções artísticas que costumam marcar o nascimento de um novo programa de aeronave ou nova versão, na pratica isto pode ser um pesadelo operacional e não funcionar tão bem quanto imaginado.
O C-130 é um baita avião de transporte, talvez por isto sempre inventaram funções diferentes para ele.
Algumas funcionaram, as versões Gunship por exemplo, porem em outras ele nem de longe foi convincente como no papel de AWACS que ninguém se interessou em comprar.
Sobre os indianos, eles são mestres neste tipo de contradição, possuem excelentes plataformas para a função que é o Posseidon, pouca gente no mundo faz “Hi-lo-mix” de avião de patrulha;
A França faz com o Atlantic e o Falcon, o Brasil faz com o P-3BR e o P-95, (antes eram os S-2 Tracker), em comum duas coisas. Um tem ênfase ASW e o outro ASuW e existe um componente de apoio nacional na equação.
Se os estudos da Índia ainda assim concluir que um outro avião ASW é necessario, deveriam observar que eles mesmo estão desenvolvendo uma célula similar ao C-130, ficar licitando novos programas (de necessidade imediata questionável) que podem ser cumpridos pela industria local é estupidez no meu entendimento.
Sobre o P-390 é claro que a Embraer vai propor como propôs um P-99, como iria propor um P-190 se o programa KC-390 não existisse.
A questão é se vale a pena gastar centenas de milhões de dólares para transformar a célula do KC-390 em um P-390 e operá-lo duas turbinas P&W, com sistema de missão FITS da EADS, o Harpoon da Boeing o MU-90 da Eurotorp, sonoboias da USSI, radar da ELTA.
Eu preferia uma célula estrangeira já pronta para missões de patrulha e com o dinheiro que seria gasto na adaptação do KC-390 dotá-la de uma versão aerotransportada do SINCONTA, armá-la com o MAN-1 e com o futuro torpedo leve em estudo pela MB com sonobóias desenvolvidas no Brasil, com um radar desenvolvido pela Mectron e por ai vai.
Claro que os entusiastas mais eufóricos do P-390 acreditam que é possível as duas coisas, investir na adaptação da célula e no projeto dos subsistemas nacionais para equipar o avião.
Quem acreditar nisto que espere sentado.
- Brasileiro
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Re: Sobre o KC-390
O novo avião de patrulha da FAB sairá das fábricas da Embraer, isso é uma coisa meio que certa.Dall escreveu: Quem acreditar nisto que espere sentado.
Do site da ALIDE
"Ele concluiu, então, que a maior dificuldade na criação deste MPA antisubmarino e antisuperfície reside justamente na capacidade de lançamento de armamento moderno, um tipo de avião que, segundo a FAB, ela precisará ter entre 2018/2020 para poder substituir os seus P-3AM Orion.
Ele explicou que diferente do mercado civil, que é guiado principalmente por tendências de mercado, no mercado militar a maioria dos produtos nasce a partir de requerimentos claros definidos por uma única força aérea. Por isso, cabe a ela arcar com todos os custos de seu desenvolvimento. Perguntado sobre qual plataforma seria ideal para este hipotético substituto do Orion, Ikedo desconversou, alegando que tanto a família dos E-Jets como o KC-390 seriam excelentes opções de plataforma para o desenvolvimento deste novo programa, “quando ele for solicitado à Embraer pela FAB"
Cada um tem vantagens e desvantagens.
O KC-390 já nasce um avião puramente militar, mas o E-Jet talvez tenha uma maior facilidade com relação à adaptação de armas.
abraços]
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Re: Sobre o KC-390
Então a FAB está prevendo uma vida útil de menos de 10 anos pros P3 ??
Quanto aos P390 não ponho muita fé. Os americanos tinham a possibilidade de algo como o Sea Herc e preferiram uma plataforma bem menor como o 737. Por alguma razão será.
Quanto aos P390 não ponho muita fé. Os americanos tinham a possibilidade de algo como o Sea Herc e preferiram uma plataforma bem menor como o 737. Por alguma razão será.
- tflash
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Re: Sobre o KC-390
Acho que o sea herc é concorrente do C-295 MPA. É a interpretação norte-americana do conceito com uma plataforma duas vezes maior.
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Re: Sobre o KC-390
Brasileiro escreveu:
Do site da ALIDE
"Ele concluiu, então, que a maior dificuldade na criação deste MPA antisubmarino e antisuperfície reside justamente na capacidade de lançamento de armamento moderno, um tipo de avião que, segundo a FAB, ela precisará ter entre 2018/2020 para poder substituir os seus P-3AM Orion.
Vamos traçar uma linha do tempo do P-3BR
1) Contrato de aquisição: Março de 2000
2) Contrato de modernização: Outubro de 2002 (2 anos e meio depois da aquisição).
3) No inicio de 2003, quando o governo Lula assumiu paralizou o programa por 2 anos. (4,5 anos depois da aquisição a modernização ainda não tinha sido iniciada).
4) Primeiro vôo do protótipo do P-3BR, abril de 2009 (Demorou 9 anos e um mês até o protótipo modernizado voar).
5) Inicio da operação na FAB, setembro de 2011, com 2 aeronaves entregues foi dado declarara operacional. (Foram 11 anos e meio desde a aquisição para ter 2 aeronaves em operação).
6) O ultimo P-3BR deve ser entregue na primeira metade de 2014 (Serão 14 anos desde a aquisição até a dotação completa de aeronaves).
Considerando;
Existe uma grande necessidade de adestramento e desenvolvimento de doutrinas e táticas para estas aeronaves.
Existe uma suite complexa de armamentos, misseis Harpoon para estes aviões ainda não estão no Brasil, os torpedos nem foram selecionados. Após a compra dos armamentos é necessaria a integração e lançamentos de homologação, depois formação das doutrinas de emprego.
Tudo isto leva tempo e seguramente não vai ficar tudo pronto antes de 2020.
Se trabalharmos com a desativação destes aviões em 2020 será irônico que o esquadrão só tenha voado com dotação completa de aeronaves miseros 6 anos com seus armamentos e táticas ainda incompletos.
Para tristeza da Embraer os P-3BR ainda vão atravessar toda a década de 2020 em operação.
- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Se os P-3BR vierem a ser substituídos, no curtíssimo prazo, se provará cabalmente, ainda que indiretamente, que este é/será um dos programas mais mal administrado da história da FAB.
No entanto, entendo que a FAB demandará novas aeronaves à Embraer a partir de 2018/2020, e não começará a substituí-los nesta data.
Considerando que os KC-390 estarão praticamente iniciando sua vida útil na FAB, sem nem mesmo atingirem o FOC, haja vista a primeira aeronave ser integrada a força somente em 2016, então presume-se que a escolha lógica recairá na família E-190/195, que disporá da maturidade operacional necessária a futuras adaptações. Ainda em tempo, é bom lembrar que a nova versão dos E-jets já estará disponível nesta época, e que os seus desdobramentos poderão tornar aquele modelo ainda mais atraente para a missão, haja vista a própria Embraer dispor com certeza de conhecimento altamente embasado dos requerimentos para uma nova aeronave ASW para a FAB.
É aguardar. Creio que um mínimo de 16 aeronaves seriam o mínimo plausível e necessário para recompor o 7o GAV. Se levarmos a serio a responsabilidades da aviação naval, este numero poderá chegar até, quem sabe, de 24 a 32 aeronaves.
abs.
No entanto, entendo que a FAB demandará novas aeronaves à Embraer a partir de 2018/2020, e não começará a substituí-los nesta data.
Considerando que os KC-390 estarão praticamente iniciando sua vida útil na FAB, sem nem mesmo atingirem o FOC, haja vista a primeira aeronave ser integrada a força somente em 2016, então presume-se que a escolha lógica recairá na família E-190/195, que disporá da maturidade operacional necessária a futuras adaptações. Ainda em tempo, é bom lembrar que a nova versão dos E-jets já estará disponível nesta época, e que os seus desdobramentos poderão tornar aquele modelo ainda mais atraente para a missão, haja vista a própria Embraer dispor com certeza de conhecimento altamente embasado dos requerimentos para uma nova aeronave ASW para a FAB.
É aguardar. Creio que um mínimo de 16 aeronaves seriam o mínimo plausível e necessário para recompor o 7o GAV. Se levarmos a serio a responsabilidades da aviação naval, este numero poderá chegar até, quem sabe, de 24 a 32 aeronaves.
abs.
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Re: Sobre o KC-390
Nada impede que os P3AM e o novo patrulha da Embraer convivam na FAB por um bom tempo!!! Basta observar a extensão do nosso litoral e as pretensões que o Brasil já tem junto ao continente africano... Essas 8 unidades de P3AM não dão conta do recado de forma alguma. Num futuro próximo a FAB precisará ampliar sua frota de patrulheiros e não creio que a aquisição de mais celulas do P3 para serem modernizados seja uma opção!
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Re: Sobre o KC-390
henriquejr escreveu:Nada impede que os P3AM e o novo patrulha da Embraer convivam na FAB por um bom tempo!!! Basta observar a extensão do nosso litoral e as pretensões que o Brasil já tem junto ao continente africano... Essas 8 unidades de P3AM não dão conta do recado de forma alguma. Num futuro próximo a FAB precisará ampliar sua frota de patrulheiros e não creio que a aquisição de mais celulas do P3 para serem modernizados seja uma opção!
Eu, sou da opinião que para substituir os EMB-111 e complementar os P3 a FAB poderia adotar a versão
MPA/ASW do C-295.
Sds
Lord Nauta
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Re: Sobre o KC-390
Lord, acho que já chegou a hora da Embraer ocupar este nicho dentro da FAB e assim lançar mais um produto de defesa no mercado internacional.Lord Nauta escreveu:henriquejr escreveu:Nada impede que os P3AM e o novo patrulha da Embraer convivam na FAB por um bom tempo!!! Basta observar a extensão do nosso litoral e as pretensões que o Brasil já tem junto ao continente africano... Essas 8 unidades de P3AM não dão conta do recado de forma alguma. Num futuro próximo a FAB precisará ampliar sua frota de patrulheiros e não creio que a aquisição de mais celulas do P3 para serem modernizados seja uma opção!
Eu, sou da opinião que para substituir os EMB-111 e complementar os P3 a FAB poderia adotar a versão
MPA/ASW do C-295.
Sds
Lord Nauta
Na minha opinião um P-195, equipado com um sistema de missão já existente no mercado, que poderia ser o mesmo utilizado atualmente pelo P3AM (acho que é FITIS o nome) para haver uma certa comunalidade, cairia como uma luva e seria mais um produto que a Embraer poderia oferecer no mercado de defesa!
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Re: Sobre o KC-390
henriquejr escreveu:Lord, acho que já chegou a hora da Embraer ocupar este nicho dentro da FAB e assim lançar mais um produto de defesa no mercado internacional.Lord Nauta escreveu:
Eu, sou da opinião que para substituir os EMB-111 e complementar os P3 a FAB poderia adotar a versão
MPA/ASW do C-295.
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Na minha opinião um P-195, equipado com um sistema de missão já existente no mercado, que poderia ser o mesmo utilizado atualmente pelo P3AM (acho que é FITIS o nome) para haver uma certa comunalidade, cairia como uma luva e seria mais um produto que a Embraer poderia oferecer no mercado de defesa!
Também compartilho desta opinião. Entretanto a FAB deveria ter condições de garantir os investimentos para o desenvolvimento desta nova aeronave e adquiri-la em quantidade razoável.Quanto ao mercado externo e preciso avaliar a real capacidade de competir com os modelos existentes ou em desenvolvimento.
Sds
Lord Nauta
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Re: Sobre o KC-390
Voces estão subestimando o uso de VANTs para esclarecimento maritimo.
Provavelmente teremos este 8 P-3 (talvez com mais um ou dois acrescentados), VANts e o Bandeirulha. Depois a palavra dos novos aviões deverá caber a Embraer.
Provavelmente teremos este 8 P-3 (talvez com mais um ou dois acrescentados), VANts e o Bandeirulha. Depois a palavra dos novos aviões deverá caber a Embraer.