Luís Henrique escreveu:
Fora os EUA que possuem 11 navios aeródromos, com 200 caças modernos (o que é um bom investimento, mas nada impossível para o Brasil) já estaríamos com um ótimo poder dissuasório.
Sendo a 5ª maior economia (em breve) da até para pensar em aumentar este número e manter um poder dissuasório efetivo (caça x caça) mesmo contra os EUA.
Essa equação pode parecer simples mas não o é, a meu ver:
Não podemos considerar apenas caças em NAes. Eles têm também:
1) Uma imensa capacidade REVO, o que permitiria o uso de caças adicionais - na pior hipótese - voando direto de bases ianques pelo mundo e sendo reabastecidas em voo na ida e na volta;
2) Capacidades e direitos não revelados sobre o uso de bases e pistas na vizinhança:
a - Há estranhos acordos com a Colômbia e Chile a este respeito.
b - Há aquela estranha pista no meio do nada e que ninguém sabe de quem é nem para que serve no PARAGUAI.
c - Podem haver ainda acordos com outros vizinhos que sejam completamente desconhecidos para nós.
Isso colocaria bases no continente para caças e mesmo forças terrestres...
3) A capacidade de mobilizar uma Coalizão, o que lhes aumentaria não apenas o poder aéreo mas também o terrestre e o naval. No pior dos mundos para NÓS, a dita Coalizão teria pelo menos UM membro aqui mesmo na América do Sul, terra de governos fracos e Países pobres (e nada simpáticos a um gigante lusófono como nós entre nanicos que falam castelhano). Sobre este último ponto eu pergunto:
- Como reagiria o governo PARAGUAIO a uma proposta de, em troca da cessão do uso de bases e de seu espaço aéreo em troca da devolução das terras que perdeu na guerra de Solano López, nisso incluída uma Itaipu 100% Paraguaia e investimentos? Diria não?
- Como reagiria a BOLÍVIA ante a proposta de devolução do Acre - e, no miraculoso caso de recusa Paraguaia às aspirações da Coalizão, devolução do Chaco perdido nos anos 30 também - e investimentos em sua infraestrutura? Recusaria?
Haveria mais casos a serem citados...
4) Milhares de UAVs e UCAVs. Os primeiros atuando em funções de reconhecimento/espionagem, guerra eletrônica e uma parte atuando como meras iscas para a Defesa Aérea; os segundos realizando ataques pontuais.
5) Bombardeiros furtivos como os B-2. Até que ponto poderíamos ter, com digamos 200 ou mesmo 300 caças tipo Rafale ou equivalentes, uma Defesa Aérea capacitada a enfrentar isso, fora os mísseis lançados por navios e submarinos mais os lançados por bombardeiros mais antigos (como os B-52 e B-1A/B) de pontos fora do alcance de nossa DA?
Não, temos MUITO chão pela frente ainda...